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PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA PISCICULTURA DE TAMBAQUI ( Colossomamacropomum) NO MUNICÍPIO DE MORADA N OVA

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ IFCE
CAMPUS MORADA NOVA 
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE AQUICULTURA
MARCUS VINÍCIUS ARAÚJO DE LIMA
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA PISCICULTURA DE TAMBAQUI (Colossoma
macropomum) NO MUNICÍPIO DE MORADA NOVA
MORADA NOVA 
2020
INTRODUÇÃO
Segundo o anuário da Peixe BR de 2020, a produção de peixes nativos representa 38% da
produtividade piscícola total, onde a maior parte produzida foi na região norte. Porém, alguns
problemas com a sanidade, infraestrutura, dificuldade no licenciamento e na comercialização fez
com que houvesse uma certa estabilidade na produtividade, havendo um aumento de somente 20
toneladas em relação ao ano de 2018, totalizando 287.930 t de peixes nativos produzidos no ano de
2019.
Não obstante, apesar dessa “estabilidade”, esse aumento de 20 toneladas na produção é um
resultado bem significativo e nos traz uma visão positiva, quando se compara com a quantidade
produzida nos anos anteriores.
Dentro dessa atividade, a principal espécie que vem liderando a produção de peixes nativos,
principal espécie amazônica cultivada, é o Tambaqui (Colossoma macropomum). Natural da bacia
amazônica, é um peixe de fácil reprodução, rápido crescimento e em ambiente natural pode chegar
a um peso médio de 30 kg. É considerado o segundo maior peixe de escamas oriundo da bacia
amazônica, perdendo para o pirarucu (Arapaima gigas).
Sua rusticidade é um fator que favorece o seu cultivo tanto em sistemas semi-intensivos,
quanto em sistemas intensivos. Seu ciclo de cultivo pode durar de 8 a 12 meses (a duração é
determinada pelos manejos adotados durante o cultivo e da genética do animal), despescando
tambaquis com peso final de 1,0 kg a 2,0 kg, e de 12 a 18 meses, tambaquis com mais de 2,0 kg no
peso final.
Figura 1: Ranking da produção de peixes nativos 
Diante da sua rusticidade e das suas características de clima tropical e de águas mais
quentes, o Tambaqui tem sido cultivado com sucesso nas regiões norte, nordeste e centro-oeste do
país, além de possui uma grande aceitabilidade no mercado. E isso vem fazendo com que esse peixe
venha ganhando cada vez mais seu espaço no mercado consumidor de proteína animal.
Uma localidade propícia para implantação de uma piscicultura de tambaqui, seria o
município de Morada Nova, no Ceará (figura 01). Localizada no mesorregião Jaguaribana e
microrregião vale do Jaguaribe (figura 03), essa cidade possui uma área de 2.779,00 Km2 e uma
população estimada em 62.065 habitantes. Sua principal atividade econômica é oriunda do
agronegócio, bem como possui uma área de perímetro irrigado de domínio do Departamento
Nacional De Obras Contra as Secas (DNOCS), para o desenvolvimento da agricultura local.
Figura 2: Mapa de localização Do município de Morada Nova
Figura 3: Localização do Município de Morada nova
O perímetro irrigado de Morada Nova teve sua operação iniciada no ano de 1970 (primeiro a
ser implantado no Ceará) , possui um total de 11.025,12 ha de áreas desapropriadas, 6.692,12 ha de
área de sequeiro e 4.333,00 ha de área irrigável. Nos últimos anos, esse perímetro tem sido ocupado
não somente pelas grandes culturas agrícolas, mas a atividade aquícola vem tomando cada vez mais
espaço nessa localidade, principalmente a carcinicultura em águas oligohalinas. 
Apesar dos períodos de estiagem e a baixa média de precipitação anual, os produtores têm se
sobressaído e conseguido desenvolver e progredir na atividade por meio da perfuração de poços
artesianos para o abastecimento dos viveiros de cultivo. 
JUSTIFICATIVA
Com o aumento da demanda por proteína animal, o pescado se torna uma ótima opção para
suprir essa necessidade. O pescado pode ser obtido através da pesca artesanal e industrial e do
cultivo desses organismos aquáticos em cativeiro com condições controladas, a aquicultura.
Sabe-se que a pesca extrativa não tem sido uma boa opção para a obtenção de pescados.
Devido ao aumento da demanda, o aumento da atividade pesqueira industrial vem causando
esgotamento dos bancos naturais dos organismos aquáticos de interesse econômico. 
Em virtude disso, a aquicultura vem sendo a melhor opção para esse fim. Tendo em vista
que essa atividade não obtém pescados por extração dos recursos pesqueiros, mas sim obtendo as
matrizes para reprodução e cultivo desses animais em cativeiro. E, com isso, a produção aquícola
vem crescendo cada vez mais.
Algumas regiões e estados do Brasil vem se destacando na produção de organismos
aquáticos. Por exemplo: o Estado do Ceará atualmente é o maior produtor do camarão branco do
pacífico (Litopenaeus vannamei) e já foi o maior produtor de tilápia, hoje perdeu esse ranking para
o Estado do Paraná segundo o relatório anual da Peixe BR de 2019.
A partir disso, municípios do interior do Estado do Ceará, como Morada Nova, também vem
se destacando e ganhando seu lugar nesse ramo de produção de pescados. Onde antes era somente
feitas grandes culturas agrícolas e pecuárias, hoje vem dando espaço para a produção de organismos
aquáticos em cativeiro. Tornando os municípios do interior uma boa opção para implantação de
empreendimentos e empresas pesqueiras além de contribuir para a geração de empregos nas
comunidades da região.
No que diz respeito à localização do empreendimento, uma boa opção para implantação
seria no perímetro irrigado de Morada Nova. Quanto à disponibilidade hídrica, ela seria suprida pela
perfuração de poços artesianos.
A espécie de peixe Tambaqui possui características desejáveis para cultivar numa região do
semiárido nordestino como Morada Nova. Sua rusticidade e requerimentos climatológicos fazem
dela uma ótima opção de organismo aquático para montagem de uma empresa pesqueira de
produção de peixes. Além de ser um peixe que possui uma boa aceitabilidade no mercado e uma
carne bastante apreciada na região.
A implantação de uma piscicultura de tambaqui, além de ser economicamente rentável ao
produtor, gera empregos e desenvolve a economia do município, como também contribui para o
desenvolvimento da atividade aquícola no Estado do Ceará.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORREA, R. de O.; DE SOUSA, A. R. B.; MARTINS JUNIOR, H. Criação de tambaquis.
Embrapa Amazônia Oriental-Fôlder/Folheto/Cartilha (INFOTECA-E), 2018.
IZEL, ACU et al. Cultivo do tambaqui no Amazonas. Embrapa Amazônia Ocidental-Col Criar
Plantar ABC 500P/500R Saber (INFOTECA-E), 2014.
KUBITZA, Fernando; ONO, Eduardo Akifumi; CAMPOS, João Lorena. Os caminhos da
produção de peixes nativos no Brasil. Panorama da Aquicultura, Rio de Janeiro, p. 15, 2007.
KUBITZA, Fernando. Coletânea de informações aplicadas ao cultivo do tambaqui, do pacu e
de outros peixes redondos. Panorama da Aquicultura, v. 14, n. 82, p. 27-39, 2004.
PEIXE, B. R. Anuário PeixeBr da Piscicultura 2020. 2020. v. 28, 2019. Acesso em: 01/12/2020.
PONTES, Paulo Araújo; ARAGÃO, Klinger. Os Perímetros Irrigados do Ceará: os grandes
projetos de irrigação têm impacto sobre a renda local. XXXVII EnANPAD, 2013. 
FAO. 2020. A Situação Mundial da Pesca e Aquicultura 2020. Sustentabilidade em ação. Roma. 
ROLIM, JB de S. Sistemas Técnicos e Sustentabilidade: Desafios no Perímetro Irrigado de 
Morada Nova (PIMN), Ceará. 2006.

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