Buscar

A Concepção Estrutural e a Arquitetura - Yopanan Rebello

Prévia do material em texto

• 
A CONCEPÇAO ESTRUTURAL E A ARQUITETURA 
C•p• 
CLÁUDIO M OSCILELI..A 
llustraÇÕCJ 
PJ\UW 1.ACRETA 
Rc,·is~o 
SÉRGIO/\. M. 0 1/\S 
1•rojcro F.(lirorl.;1.I 
ZICURATE ~:OlTORA 
D.adet tm~11M.·101Uia d"' C.t•io1MõJ.o ..- Pu.bJ,_.~.io 1CfP1 
1Uman: Bn1sik1ra do l.J' ro ... P. 81-..ill 
llt'brllo. ' •1>a11111n Co1,n.du Pi-1t'11A 
A Co1"·rpçio Eiô\nJ1u1-nl t' 11 .\1qu1IC'h11u 
''11p~nitr1 (;oorndQ Pcrcu'.'41 f( ,.b("Uo .•• 't.1~ l,11,lc• 1 
Ziiurt1IC' t:dl!rira. 2000. 
81bJ11~,g:Nfin 
1:-iH\ 8..;...85570-03-2 
1. \.rquUr1'UD :?.. ~n" dt- t .. fJ'\M\Ub 
J _ f•f"'llh&n;a de~-"""' EM1MM" EANM 
' .- .. truluni5> - AtU.h..~ 1En~nh.nA! 1 Tflu'4>. 
CD0-721 
1 /\ff111i1e1t.1ra : f.M.1·1.11unu : Con~1ruçfl•• ª"'uit .. u)nir.:1 72.1 
2 tA.111Jtuna, : Â tq\1-Ítl:'luru ;~I 
A CONCEPÇÃO l:STR\rrUllA~ E A ARQUITETURA 
..:OPYRICKT tk y.,_.. c-nd• ~~âra RtKlle 
-COPl"ll_ICHT d.ti! ecUçte • ~ - 7Jpnco fÃiion." C..ttd.el 1.&d.a. 
TocJo..,. Gim-. de ttp.roclv.ç&o f't'Ht't-.d-. 
YOPANAN CONRADO PEREIRA REBELLO 
A CONCEPÇÃO ESTRUTURAL E A ARQUITETURA 
Zigurare .Editora 
São l'aulo, 2000 
... 
À Dai')'. minha aau<b espos2 e companl•cir.t sempre prt:SCntc. 
Ao Eduardo, Fra.ocisco e Daniel, meus amados e pacientes filhos. 
Ao< m<u• jnis Jo«! fm-mc:motUn) e M:&ria. 
Às rias Yapooin e Ycdd.. 
AGRADECIMENTOS 
i\o.unigo :uquitero Paulo Lacreb, com quem tive a l\onta d<: di\>i.dlr 
a. nl!i. de aula; autor das ilusuaç'ôcs contid~ neste livro. IlttStraçõc:s que 
cxgia.s.n :tlguém que além <lc ter bom ttaÇO cntcndC$$C de C$trnt,um. 
A 1ti11ig-.i. arquice~ ~1a.ria. Amélia, a !\•te~ que na ép<>C<l en1 ,que ainch era 
ininba aluna pro\•ocou n mi!\I interesse para as quest6i.:s do ensino de 
estrutura e arquitetura e depois, coino coleg;i em sala de aula. ÍJ1ceoclvou 
rncu trabalho sobre o assu.nro. 
Aos am.igos e sempre qÔcnwlores Editb Gonçalves de Oli\•cira e Aluí'Zio 
Fonraruo M"!l'rido. 
Ao meu 61ho Eduardo, que muitas vezes rn'e acudiu quando a informitica, 
n:as horas auciais, desafiava mính2. po_uC3 paciência .. 
À .Editora Ziguratc, que n:a. pcsso<l. do arquiteto Lui~ Ai1drade acreditou n;1 
possilbilid:ulc deste livro. 
A-Os amigos que são vertladeiauilcotc amigos. 
1\ Deus. que me pconitiu tu-do isso. 
• 
• 
PREFÁCCO 
N:.l. nat'utC7..a, todos os corpos cscio sob a aç:fio do meio an1bíe:nte. 
Es....;a aç:lo ~.tcptcs.corad.11. 1,cla gr1vidadc, <tgind9 wbrc a máss-a do corpo. 
A temperatura fu. con1 que o <:orpo aumente ou dimit1~ de ta.msuho. 
O cn1puxo hidrostático cxc:r.ct forças qua1ldo o corpo utá parte ou 
coc:tlmentc submerso: Os sisn1os, o vuto, são a.diciQnados aos fui1õmenos 
da. gravidide. Alguns desses fatores s!io pcrcc::pávcis f.acilmcntc, oucros_..1ilo. 
Temos oorpos crn repouso. em estado de equilíbrio, e ouuos cncont:ram-.sc 
animados por n1ovimen1os acelerados, muiw vezes cc>mpJÇ(o~ 
A JY.ITTC mccinica que tr.lt:i do equilíbrio dos corpos é a cs-tátic-J e :t que 
trata do movinlento e d.a furças é i dlnã.mlc:a. A màior di6t.'Uldade no eStudo 
tcóricc> da. medtli<."a está na dinâmica. l?or oun:o lado, ,, lt0tnem c,>nvivc 
qualirativ:anlcntc c::o1n alguns fenômenos din?fnicos com grande intimidade 
sem se aperceber dos mesmos. O honlCJll é c;tpaz de fanç:ar umn. ~dra num 
determinado ponto tom grande pi:;ecislo. avaliando o pC$O da ped.ra,o 
i11gulo ·do lançamento e a qúantidade- de r.c.mpo que ele deve aplicar à 
força para dar o impulso net.'CSSário à ped.ra. 
Nas estrutu.r2S, cm qut !!'! lidaco1n feoômcnc>S·como o equilíbrio dos corpos.a 
cornpatib.llid:adc dt dt.-Sl<>camcnros e a clasricidade do n1atcri:J, qu.c .s:io 
fenômenos simples em..scus princípios, e:> aluno cncontr.a grande difieuldiadc 
para vc::t o fenô1ncno füic:o pelo 1-ado qualitativo, que 6 normaln1cntc :1 
prirncica pert.cpç-lo do problema. 
Por que .... di6a1Jdade? 
A mio t Ãmplcs: as gnnd<zas fisõas ooloc>du em jogo são pequenas pan 
a nom pacepçlo e<giiüca. As.im, 00. n:lo lemo< a opcriênci>, quc do 
bem flOIS oricna '° jogamlOS uma pedra e nos falta totllmcntc quando 
queremos iinaginar uma cstrnn1n deformada ou r.tpidamtntc intuir 11s 
dimensões c1uc uma v;ga dC\'C ter para resistir às catga.s que o homem 
mmbém nuota c<:n).seguiu avaü:tr con1 '1.1.U: prdf~tia!I forçu. 
Ant« do dlculo cs•rutur.tl moderno, que J>OSliui pc>uc:o mais de um séCl.Llo, 
u consm.~ muitas vezes rinham (\Uc 1er rcícit:as vdrias vc-t.CS, J>!"OC\lfl11\do· 
.., rnodiliQ\'6cl que gvaon.scm • "" c:xcqOibilidadc c<lnlrur.al. 
O. granclca mmrcs coomvtom do p;usado adqlliriam • erpcriência lltica 
qu>!í11riva dos fcn6mcocsdts croururas •tra•ú dos seus •vós, dos seus p;aif 
e de OUUOI mcwes. que Dão uam muitOJ. üsa mesua consvuton::s cnun 
cxccpciona.is. 
l-f ojc:, o modcmo dlculo estrutural n~o necessita c1ui: sc nxocr.1. i ~riénci2 
do f.i:zcr, c.ti.t e cc.mtcr. p:ara termos obras portcnros:as como a.1 de um Sanmgo 
Ca.l\\trava, Q$Q1ar Nit.t11cyet, RcJ\'ZO l>iano, Cliu1e11rlo Gaspcrini, Paulo 
l\ilcndes da RochA, Nonrutn l.,..osccr, encrc 1nu11os ouu01 também de 
o:ccpcion~ 1 valor. 
O 2rual >luno dc.-e .., apacicado q"'"'º i forma, i funç>o e à t~• 
da construçto, entendendo vcntilaf.lot iluminação. comportam-coto 
esuutural, cntR: QUlr0$, paa sa- um arquir.cto. 
N<> estudo daa amiruru, tcrt105 tlu>s vertente< que dcv<m = scguidai. 
p2r.1 que o aluno adquira a sua cxperitnci:a; a d:a percepção e 1. do 
c:onhtcimtn LO teórico do cilrulo. 
O pre>Íeisor deve:. (!~volver os conht.-d111cntm teóricos a.o mcsn10 rcm1)C) 
cm que dc:i;c:n .. 'Olvc il lnruiçio do 1tluno. 
A maioria dos autores cuida ma.is dos a1pccros t~cnicos, deixando o 
conhecimento qu:iliwivo pan segundo pW>o. 
O autor Yopanan Ccmado Pereira Rcbdlo m .. upccros qualiuúYo< 
du atrutura.t com maestria, o que rn.nsíonna o tema numa 1ciruta muito 
W"divd. 
O titulo "A CONCEPÇÃO ESTROTURAL E A ARQYJTETURA" 
enseja uma villf,rt:m pn:>f'icua nn campo das c$tn1turns, n() qual as quallcbdes 
di_d:ítiç:t.S do autor s-lo notórias. 
Em ~te. capírulos, descreve os fcnóineuos Ssioos, os tilstcmas tstrUruntis 
~oos ligndos aM ma reriais, a associação d0$ sistemas estruturais~ ossis:tcmas 
de suponc de: vc~ oscri~rios priticos·<lc l-ançamcnt<> de vigas e pi.bres; 
0$ do.ls·UJõmo$ capjwJos -abotdarn aspectos dg, natuccza.c ::ts.su:.is analogias 
com as cdifiCJ.ções,tconinando com um pouco de b.istôri.a das estturu.ras. 
que ensejam uma 'formação culta e agmd:i~ do ten:'l2.. 
As ilusttações dos· dcse1Jhos coropJc1:ncntam de inancira pri_mor:osa a 
aprcscnt:Jçilo do tnbalho. 
O livro de Yo,Jn:nan Rtbdlo trtt uma importante conttib~~o ao ensino 
da&- estruturas, não só para os alunos oomo c:1mbé1.11 para rrofissio02is que: 
pcnnc.ia.m 11. ár~ d3S estIUtuns. 
São Paulo, agos«> de 2000 
Aluí:r.io Font2na lvlargarido 
Profenot 1\~J:tcl'ltc Doutor d~ Uni\•chida.dc de 
Slo P&u1o - .EH:ob Pol.itécniea - ApOSC$nta.do 
Pro(C$10f ' ('itubr de Pontes: e Sú.t:r~ ÜO'\ltur;ÚJ; 
da Urôv('n:ida<lc Sio JOO.s T2dcu, 
Prof«SOr Ti1ul.t.t de Sis1emu Estn1rut•i• da 
•"r.tU - nAM • FAAM 
,! 
-·cy.J,. 
........ , .. 
" 1 J ,._, a = 
...,, etc •-.Qp~ 
.,.. f :• • 
• 
. ... _.,._,. 
• 
1 
.1 
• 
-
SUMÁIU.0 
INTROJ)UÇÃO ........... o ..................................... ........ ........... 15 
CAPÍTIJLO l 
A Conceiru:lÇ'àt> dos. Fenómenos l".ísi.<.-os 
que Ocotrcm nos Sistétnas Estruturais. ................................... 21 
CAPíTUL0 2 
An.iffise d(>S Sistemas Estrururais Bisicoli 5ob 
O$ Aspoc:to.-; do CoJTiportamento 1.-isico e dos NJ:iteriais ........... 85 
CAJ•fTuLO 3 
As~ação de Sisrcmu EstrutUfais BísiC9s ........................... 1J7 
CAPITUL04 
Sisttall:lS Estrutttr-.&à p;lr;t, Suporte de Vtdiaçóc:$ ...................... l89 
CAP1TUL0 5 
Alguns Critérios Pr.lti= 
<lc: l~ançamenro <le Vi.g:í~ e Pilnrcs ......................................... 193 
CA.T'truLO 6 
An:µogias .entre Sis1cn1as· Estrunmtis· 
da Naru.l'C7.:< e os das Edificações ........................................... 199 
CAPfTuL07 
U.m Pouco da Hisróti;a do Conhecimtrtto Estrutural.iua DiVulgação e Aprcndiz:tdo.: .................................. ..... ...... 229 
BIBLIOGRAFIA ................... , ............................................. 267 
INTRODUÇÃO 
l:ll, n:&S pratelcinu; das bibtiol'Cel.S ti.as EsooW de Arquitetura, uma 
quantidade ,;ignifioatiV'.t. de publicações ditigidàs ao c:n.sino <lc estrutura 
1>ar.a estttdanle:s de arquitctur:L 
Ençontr.vn~se títulos: tai$ çomo '"1;:<5trururas p:ua A.rqui(Çlos• ou '"~~rururas 
An:ruitctônícas: .. ma :Unda "Thc Smactural BaSis of Arc:hiteerurC". 
Esses títulos, apesar de denow um:i pr<."OCU.paçâ.o oom o cnsi.n<> de esr.ru..rum 
dirigido ~os arquitetos ou estudantes de atq\Litetuta, i.ncortcm num desvio 
c.nt re.laÇio aos prindpios rclaci.onad<,>S ao proccsSQ <lt: c.n$Íno-a1>rctldizagen1 
tle. escrutu.ra1 pois pressupõem existir um ensino de c:scrutura volrado parn 
nrquitctQ.~ e outro volt:ido Jn.r:t cngcnheirQS, o que c:oosrin1i uma hcresja, 
póis' é P:npossivcl um estudo de çStrurura que. interesse· apeoa:s a esse ou 
~quefe profi.ssion.i. 
O que. pode existir, e isso é rnuitt.> élll!õ, é a St.-p;u-:.ção entre o cri.sino da 
concepção ci.'tnlrural e o c:usin.o dô cálculo marcmitico das est:run.tr.U. 
lJm c::xu.mc atento <lo c()ntcúdo dcs!;a bibliogr:afi2 mO$tTit a-; mais diversas 
roancir:a.s de abordagem do ensino de cstrururn. 
Algtins livtoa- falam apenas do comport:ainco'o do~ diversos sistemas 
esll'Ututàis, sem qualquer tcferéncia nta.tcmátic.a. 
Outros abordam de. mar1cira mais amplil os aspt'!CtOS matcmiticos do dlculo 
de csuurura, advertindo ser CS$CS cllatlos, d_e qu:llquer rorma, :i.pena.s 
~proxit:rt~civos, e que, para o dimensionamento dc.finitivo das esuutui:-u,. 
sÇri;lm exigidos c:Uc:ulos m.:ú.-; cotnpltxO!l. 
15 
Outros, sem quaJqucr referência m.atcm.ática. e tom poucas pal2vrng, 
procuram através de i1llStr:lÇóeS e fotoS de 1nodclôS, nâ<> cnsaiiveis, mos:rrar 
o com_port:uncn.to de um:. gama muiro a1npJa de sistemas esuututais. 
A grande m2jori<J. mostra cxcmpJos <lc obns cdificadas1 nos qu~is se 
;iprc~nra o si1tcma estrUrunl ~.náli$ado, $cm aprovcimr a oportunidade 
l_)aro. di.st.utlr a i.otct""reJação cnO't ~ proposta cs1;runml e :t arql.lirctônica. 
1\ primcita ,.ma. esses livros pacccem_ completos e eficazes no ensino de 
estrutura. 
Om cxa1nc: mais atcnLO, no enl"-.lnto, rcvcla que lhe$ falta.in algumas 
propriedades diditiClS impottantCS. o que pode invi-ablli:ti-los conw fonte 
de aprcndiz-:tdQ ou de reforço . 
• ~ !)Ct1üén.cia dos 3ssuntos nem sempre.é a mais l6gic-.i., ou seja> pá!tlndo dos 
:t.'iSUnr0$ mais ~implc-S para os ma.is l'Qmple.~ 
Algun.'> conceitos são ànidos antes <le tcrsido :ipresentados fonn:tlmente"' 
i1npossihiliranclo n COJnprcccn$ãc> do que e-srá.$cndo-discutido. 
Outros s2Q inde\•idamcnre aprofundados, çomando--se dcsi.n,eress:l.ntes. 
Oificilmcntc um OO\'O Conçcioo :•pn;scnt:td.o ~ rclaóoruitlo a modelos f'isicos 
quali~rivos. 
Raro.roente é feír:.l a ponte entre os roa:ccria.is, sua aplicação em sistemas 
C,$trunarajs e as conseqüências- n.-. form,:i--funçiio da edifiQtçl'\9. 
Muitos :as1u.n1os s{i.o abordado.s:. 1nas sempre d.e mancir~ e·stanqut, 
infêlí1.mcilte rcprodui.in(lo os mesmos erros do ensino fonmtl das ~l:tS. 
Prctendc·se que estt livro. além de estar ''Olr.itlo para o cnsioo dos asslmtos 
fundaru~nt~is pa.ra a comprecnsã.o elo compormmcnto das esm)ru™, não 
perca de vist:a tiUilS rclaçües, co1n a cóll<-'C'f's.ilO arquítetônic:l. 
~e, com um t.-onrcúdo basta.nle abcno_, intc1'C$SC:. t\So $6 il esrudantes de 
11rquitcturn tomo ra1nbém aos: de engenharia, coerente oom U; proposiçio 
de que. não existe uma cst:rurura para arquiteto e. ouuu pmt engenheiro. 
Deve servir mmbé.sn de m..1.terial de consulta ~ profi~on.:aii da .áre-3. quê 
est\:jam -a&: .. tados, no seu dia a <lia, <lo convívio co1u os ítaôin.c:nos que 
envolvem o compôrtamento du cstruntr:lll. 
Os 2ssu.ntos são abocdndos: sem a preocupação de aprofund.a.mcnto 
dcs:.ncccssário, mas visand<:>, sempre. :i íc:cyndaçio de idéi'15 básicas que: 
1>emUcun o dcscn~l\'imcnro do aprcn,di-ado c:om independência. 
!:lã m.mbém empenho c;ro i.ocCJltiVar ::i <:>b$Çrvação do OOS$O entorno, 
relacionando o aprcoclido com a tealid:a<fe. utilizando mecanismos como a 
obSU\':lçào das soluções esrrurur:Us na n<tturt1.3 e nl\S edificações cxcçur:ndas 
pelo ser buutlno. 
A 1n2léria. é desenvolvida. ua seguinte seqüência: 
16 
Capirulo l 
~'"S"Jo dos Feoõma>oo !"""'°" 
que Ooonr:m noo Sistc:nus ~· 
São· aprescnt-.tdm OS· c;onceitos ger'llis que, a.parentemente 'óbviosJ 11;1:0 
_funda,1nenr:ai.s-para infi1ndir no Jeicor a idéia <lc cstrutora"co.ooo algo prescnrc 
no dia :i di;i e 1nulto pr6x:i.tn.o dos seres humanos, VÍ$lllldo com l$.So 
dcsmisrificar a aparente dificuldade de :tpl'Cfldl?,:\dO dQ mun.to. 
l'r0C1.&.ta-~ mostntt que a cónccpção QirIUt\lf'{tl nto é algo alcat6rloô\1-apcnâti 
-produto da vontade <fc cad:!l-um. mas qul! dcpc:ndc, si.m1 de fu.torcs cxtcrnós 
como cStétiç~ cusrQS; possibilidades conscrutivas, m~rcr.i:üs e tanw outr.\S 
variá.vcisj que s:ibcr coorde1\õlf essas va.r.i:Í.vci$. ai::hando um;t maneira 
aclequaOa de harrnoni.zá-las, é o q_ue cone.luz a-so!uç~ c.c;-rruturais c:riatiws 
e beni ernl>àsadas.; que a solução oribrin:u.l não pro\'ém de uma ih1mio:ação 
mágica; mas do pJ9fuodo roohcórocoto do existente e de muiw rcntativ:as. 
S:io 11prescntados os csforsos que solicitam os elementos tstruturajs, 
mostrand9 os rcsult;1dos que CSSC$ esfutços. ptodw.an na forma desses 
cltmcruos e o seu conseqüente tclnti.mento nas formas arquitetônicas. 
A relação Ct\trc e:sforços e fom1:t tlas ·Scç.f>es dos cJcmcntos estruturais é 
cufaritada pela :tpre~nta~'liiO de um concdto sin1plcs. mas inteirnn1entc 
inédito: o principio da distribuição de massas nas ~, que esc:lue« a 
mio da cxlstên~i-:t das seçõ~ C$rrurur-.lis de concrc.to, ~ço e m:adcira. 
Aprclcntt .... sc d.: uma 1n:a11cir:1 nova cm rclaçlo à:. lircracuta cxisrcnt·c o 
conceito físico de n1-0n1.ento de inércia. 
111rroduz-se o couecitb inédito de hie.rarquia dos csforçQS,cm que os.csío~ 
são classificados do1 mais &voclveis :aos men.os íavorâ,reis. cvldcneiaitdo 
que a correta maniJrul.1.çio eh> conjunto cstrui:unl pode oonduzir-acsforços 
tais que resultem formas m~is leves ou mais pesadu. de mailCira <JUt possam 
sadsfiticr no csropo arquiterônico. 
Miis do que· m<>Stmt como-se oonlpot t".t111 dctcnnin:ados sistrm:is-c-strul'urais~ 
busca-lk: evidenciar a possibilidlidc de dctem1ifl!ld:ts sol~. 
l;-reqütnrcmcntc, ch:una,.sc a atenç:1o pam as: intt:1"'rclaçóe$ entre estruturr.a, 
form:i e n1atcrial 
17 
Capíoolo2 
·,w;,,,oo.smm.s i:."'"",.;,~ 
oob ""'\spccros&s Compormroe<J1.oo )';,;roe 00.Matcriai<" 
Após apresenrar unia inu:odtlçã"o bisi,ca. o Ú\'fO :i..borda os ~rcm35 
C:!itrutu.rlliS:. 
Em·vezde fazê-lo de forma 21eatótla, aprcseota·os o uma scqüêoci:.1. coere11te 
com o conceito iantcrionnef\cc apresenrado de hierarquia dos esforço$, 
mQ6trn.ndo inicialmente os sistemás ~trurur-.tis que apresc:ntam os csfor~ 
mais iavorávcis, passando dãf pa.ra_~s 1ncnos f2V0r.\vti.$. 
N~a pane do uabalho, introdu:L-$C-O coJ\cciro, tui1bé.m inédito, de si.stea:w 
estrurorais básicos, o.u scjn, seis sistemas CStn.irunús considerados bás-i.ros, a 
partir dos qua~ com :i.dcqwidas as$9ciaç9cs, po<letn ser. criadas tod.as ~ 
possibilidades csuurura.i$, de maneira :málok'.a à.'i sete notas musicais._ 
Sio 1nosrrados osesfórços queoc::orrem-nos·scis sistcrnas básicos e os gclfioos 
qlle pcmúrem pl'.é dimensioná-lo~. 
Objetivando um:t sislcma.tiza)29 do (lfOCCSSO de: ronccpçã.Q dttututal, o 
livro aprC$Cnt:t, no Ún'aldestc capítulo, ttbclasquc corrdacionam u vattávcis 
que con·rol>uc.m p:trn -a concepção csrrurur:il, -n1ostr.utdo nwnericamei\tc, 
por notas de 1 a S, :is relações que se aprcscnmm melhon:s que outr:as.; não 
deix.lndo de l-ado gue!;tbe!; tão atuais como "-cncrgi:tic:a e a «.-o lógica.. 
OIJ'Írulc> 3 
"~deSistlo ..... E.tnmmús ~ 
São nprêscnt':.'ldll$ -:tK possibilidadc:s de "2Ss.ociação dos siste1111S 
csl'rurutais básicos, qutpoden1 rcsul[âc cnl utn9 gi.tm:i imcn_:;a de 
possibilidades ·de: criações esttururais. 
i\qui, ~ dtru:rut".t.s l:Lmin:ua s3U :lprescn1ad:ui como associaç:«> ele sistemas 
b~siCos m:iis ~impJc·s,, procurando tornar o entendimento do seu 
oompottainento 1nais f-acilmentc inteligivcl 
Capirulc>4 
'Sisttmas Estrurutai.< pom Supotre de V~ 
Este assunto, notnl:ll1nc11te dcspi:catlu na litetaluta c:xistc-nte, 
merece um cãp:i~ó especial 
N"cle, <;.nhótdada-a estruturação de\•cdações de grande porte; principalmente 
oom vidro. 
18 
CopíruloS 
"Alguns Criiirio. Prióa>Jclc t...nç.m<noo ele Vipse Pibn:s" 
São ~tados alguns criúriot priticos p>n posiciooatncnto ele 
,.jp e pib.ttJ nos projetos mais c:on,-cncionaiJ, 
c .. prru1o6 
"Analogias Emre Sistema< Esm1rur.U. da Naml'C'm e vo ~ Edifu:uçãcs" 
r rocurando fixar conceito• e incentivar a obscfV2çio, são 
:apmcunadas virias anllogí:li eocrc cstrururu criadas peh\ na.rurcu e as 
cxcan:;&d .. pcloo homens, mosmndo que 5lo regid>s pcbt mcomas leis 
llsia<. 
Copírulo 7 
"l.hn l\itiro da Hlslllria do Coohccimc.,to &.runnw, 
" " Di"'lg:ação e 1\p=di>.odo" 
Neste rc1íltO histórico, ptocur:t .. tc evidenciar não s6 corno o 
t prcndiu1do <IOii' fenômeno~ cstrul'ura.is cvo1uiu ao longo do tempo m::t1 
ra1n~m con10 ocotrcu a. i.ntcr-rclaçá<, entre o oonhcclmc.nto esuututal e: o 
arquirccõnico, seus encontros e de.scnçon1ros, scmpcc nsulfllndo na 
produçfo de conhecimento. 
Yop1tn~.11 Cootado Pcrcita Rcbdlo 
19 
- ----
C/\PfTULO 1 
Co,,c:ciruaçã.o dos ~"enõ1ncnos l-Jsioos 
que Ooo~n nos Sistemas Esrtt1tút".lis 
O que é cstruruni? 
À J'rimcira-vista a resposta. a esta pergunta parece óbvia: esU\ltuta 
é 'rudo ~q\Lâlo que: sustcn~ cal quaJ o esqueleto bumano. 
N<> entanto, o co.rn:cito ~e estrutura é mais tunplo .e cncontrn·5e cm tQc4.'i 
2$ ~re.as do conhecimento humanp. 
Se se _perguntar a um .músico o que cJc cn.tcndc por cscrutu.ta a· resp<>S~ 
pódcrá ter palàvnts difertntC$ d3quctas dit:i-s por um c:ngcnhoiro ou um 
arquiteto, roas ;a idéia b~ica será a mesma. ov. seja_, estrutura é um conjunto, 
um .siscc.01a, composto de elementos que .se inter-relacionam pa.ra 
d_tsclJ\pcnhar uma função, permanente ou n;;o. 
O que é uma c5trurur:i ·musical senão u:ma reunião <lc elcmcnt<>S - as not:as 
musjcal.s - que se intet-rclacionam para desempenhar uma função: ernicir 
wn conjunto de sons correspondente a wna ünha melódica. e ou b.annô.n'ica 
que seja 11prcciad9 po:r quem escuta. 
Em outn.S árcas, eSs;i: ideià de csm1tura 1n-antém-~ comoJ 1>0r exemplo, a 
esuuru.ra poética, que é constituída de um conj·unro de clerilentos - as 
palavrali - que se intcr .. rcl:acionam. fo.rmando os versos, descmpcnhn.odo a 
funçi.o de transmitir um~ idêiaoo $COÓmcnro de forma litcrí.ria; a. estruturo 
urbana é. wn OOnjunro de edificaçües, vi;as e praças que se iotcr-rcL'lt:io11am-* 
ruas chegando cm ruas ou cm praças, para guc as JX.'$$0a.<t possam circulat c-
n::ili.zar ntivid.'1.dts fasiClS e iotclc..'ci\1.'1.is. 
No caso <las c<liijcações.. a cstruru:ra·é umbém um conjunto de elen1enros 
-lajes, vigas e piJa.rc:s - que S<: inttr""rt:lacion:un - b.je -apoi9ndo cm viga, 
vig? ~poia.ndo cm pil:u- - para dcscrnp.cnhar uma fi1n.f.lo: aiu u.m espaço 
em que pcsso8 c.xerccrà'o diversas acividadC$. 
Estrutura, port:lnto, ~ conceito que 1\ão se Msocia apenas a edificações. 
Está cm rudo que nos 1'.C)(feia, nas pl:i.nr.l$t no ir e: ru.s pcssoos. oos objcto1 
e nas i<iéias~ 
21 
A noçle> de esuururn ê parte integrante do into:nscicntc coletivo. Todo ser 
hum;ano nasce com a inruiç~o de cs.m1rur;i e ao longo das soas apcriência:s 
vivid:tS pode 1tpcrfeiçoar esse c.-onhcc:lmentô. 
Nas atitudes m.iis corriq~ciras das pessoas pode-se ,,ct:ifiear essa a.6.onaçlo: 
na maneira como n1anuseia.m os objeto~ cor.no pegam un1R folha de p-.tpe:I, 
como colocam um objeto sobl'c a 01esa, proairando mantê-lo cspi.vcl 
O ser humano, dc1><lc: a m.ai$ tt'.nra ididc, sem qualquer conhecimento 
sistemático de tl!trutur:i, roloça de pé o seu próprio corpo, uma das cstn1rura.o; 
mais complexas. 
Todo ser humano dito normal tem oo subconsciente a ooçâ.o de equilíbrio. 
k:iim, é JU1.tural que os fenômenos 6s:icos que t::o:volvcm a estabilidade de 
uma estrutura sejam facilmente a.."5imi1a.dos. 
J\ dificuldade está no entendimento da LT:icluç:i·o matem~ric;a desses 
fcnôn\cnos, quando cssá tt2du~ão é colocada antes de sua <:onceiruação 
tlsica. Uma Í<>rma muito intc.ress:aotc, :lgrldávd e de ficil·ac:csso, pata se 
a.primorar no entendimento do comportamento das escrutura-s ~ t 
olmrv>~o da nanirc@. 
A t'laturê1.:.l rende a resolver seus probJemas de ordem biológica e fis1ca dn 
maneira mais simi)fC$, econômica e beJa. 
Um g~ho de :\í""Orc J>9<le mostrar, de m:meiro1. muito Ylslvcl, os princípios 
&;c..'Os c1uc rcg_CJn o compon:uncnto de um·a viga cm 00.l:uiço (vigzi fix.adn 
cm apenas um :tpoio). 
Uma folha <lc palmeira pode cniii11ar como obter resistência usando 
dobradum cm folhas .6.nlt$. 
São inúmeros os exemplos narurnis que ajudam a entender melhor o 
comportõ1.mento de um sistema esuutural. 
Mais :1 fu:rite. usaremos alguns exemplos dé atrulUl\lS narurais P""" fixação 
dos co_nçcitos-cmiri.d0$ nestc·capítulo. 
Estrutura como c-.ãmin1io das forças 
Viu-se que cstrutur.i é um conjunto de c:lc1nwtos. No <:a.<;<> da 
estru.rura das e<lificaçõcs, esse conjunto de elementos toroa-«: o caminh.o 
pelo '\"ai"' fo'rço.s que aruam sóbrc cl>. devem iruWmr até chegar ao seu 
destino final, o $olo. 
O c:aminho na rural goc :is forças-gra.viroçionais, ou .seja, os pesos dos·objctos-
e das- J>essoas. rendem a tomar é o da ''crúcaL 
Se for ofcrctido a est.'l;S forças um C'.i.tnínhó.m:ús longo. cl:isobrig:&.toriaincntc 
terão <pie pcrcôrrê-lo, dC$\iiando-se. assim, de sua. tcndE:ncia natural e: 
provoc:wdo esforços que solici:wão os elementos presentes nesse caminho. 
22 
~ co1no pcrt;orret. um l.Wirinto cheio de dc.svios: a ttnd~11cl~. st'tia seguir 
cm linha reta e, côtn .isso• não se 5\lb(l)cter a m'!ljorcs csfur~."OS; a ..::ada C..'\11V'.1 
reali?.adá. se é força4o a mu<ktr de di'rcçâo, solicitando um esforço adici<>.nal 
ao oorpo. 
Ao fi.o.al <la corrida. a_ fudiga scr.S maior do q\1C sç tos.se percorri,lo utn 
caminho. reto. 
O mesmo ocorre co1n as forças quando ()brigadas a dcsviar•se do seu 
c11n1inho na.turàl, a vertiCal. 
P..i.ra tr.ulSfCrir um conjunto de forças :ité o solo podemos usar-poucos o,u 
muitos c:uninhos-. 
Uma estrulur:i com muil-o5 caminhos tende -:a ré-los ma.is c:Streltos; jti u 
com polltOS c:nminh~ snfrc1n um m:Uor at.'Úmulo de forças «O c-.a.da um, 
obrigandO-ôS a serem mais largos. 
J\ analogia com un1a esrrurura viária dcLxll benl clara. essa noçl:o de 
Jjstl'.ibW.9ão de carnin_hos. 
S.c a liga~!lo entre doi-s bairrõs fo.r feita por :tpenasuma ruia, dc\•c--se-c:oni;truir 
uma rua bem larg.i:, par.i <pJe n.ao haja cnbrarrafamenco. 
Se. 11.0 contrírio. l\ouvcr vã.cias ntas !_igando os dois bairros, oâo h.n.ve.ni 
n~ssidadc de ruas muito larg.i.s. 
Anlk'mbi - s1> 
M"'!' • SP 
1 
1 
1 
1 
' \ 
Estrururu oon\o a trefiçacs-pacial de 
cobertura do Parque Anhembi, em 
São 'Paulo, é um exemplo de 
estrUttlt:l com muitos caminhos. 
As batt.tS que constituem a rreliçn 
são bastanre esbeltas, produzindo 
uma lc.ve1..a tarlto 6sic:t con10 visunJ. 
J:í o mesmo nio ocorre com a. 
cstrurur.a. do MASl', camb6m em 
São PaulQ, n.a qual apenas qu·acro 
vigas e pilares ttansmitcn1 i_ niaior 
parrc da c-arga ao solo. É ficil 
perceber, neste cdiA'cio, o peso fl.sico 
e visual clessas vip e pil.'UCS. 
Q.u.aJ a melhor solução cstrutuml? 
~a.l 3 melhor solusio: uma e.scrunira com pouc9s ou muitos 
C..minhos ? Par.11 rtSpondtr ia essa qucstlo é intcr~_santc ~oo;ct-se de 
uma. outra análogia. Suponlia-se que, ein uma praça q·uaJquer, se que-ira 
apoiat Ul'))a estána sobre urn:a ($trutura adequada. 
Uma primeira proposta poderia ser 
a crii..çiio de u.m ú'nicó pcdcm:J sob 
a csútua. Essa. solução cc:solvc o 
problema de mane.ira bastante 
sintple.s e ditt:l'a. 
f\1as, SuJ>Ondo .. sc<1uc, além de 
:'lpoiar 3 cst.itu~ a cstrutur.1 devesse 
penniri.r a _pass3gcm de peSSOllS sob 
eli, a Soluçllo dp pedestal ti_njco 
toma-se invi:ivcl. exigindo Utn.a 
soluç5o com.o a proposta ao la.do. 
Se o cspaÇP 9>b a eslíitu2 devesse 
ser o mais amplo possível, a solução 
mais adequada sc:ria a 2prcscntada 
na figur.1 ao lado, 
Fi&J\ 
fig.e ·-
Ao anall$ar a.<; 3 prqposrns sob o poºnto de vist:1 puramente estrutural, ou de 
mcnorc!>: C$ÍOl'.ÇO$, é ób\'ÍO que a primcffil sol1Jç3o seria a melhor, pois 
corrcspon.de ao caminho de mais curto pcrcuno pat".l a carp. :1.té. o solo. 
Se OUtrQ$ ~quisitos foreni ooloca~.podatia olo ser" C$t.c o mdh<>r táJninll<>~ 
No txempl~ a n~idadc.dc um es~ço sob2 csd.ruac.-âgc que sç: ~rocurcm 
a.lté.tnarivas:. 
A primeira. tentativa seria propor uma estrutura flue dc$'1iassc a forçi o 
mínimo pPS$(vcl <Jç seu ~minho narur.tl, como mosITTdo na figura B. 
24 
No entanto, n cx.igêncin de CSJ>'AÇQ ·amplo fC?,: com q·ue a mclllOr csuutur-a 
se ((>massc a·quc n1ais desvi:a a forsa d•) S;C:u caminho Q:\rutal: a esuuwr" 
apresentada ftil Jigur~ e. 
Par" reforçar o c:oncCito de m.d.hor-.shlução c:strurural, pode-se usar outra. 
analogia: duas localidades A e Jl devem ser ligadas por urna estrada. 
A pro1>0sta mais .simples e imediAt:'l. p:u:a essa cstra<l<t seria a linha reta. já 
'lue·sc prcS$\Jpõc não ha\'Cf .nenhum impcdi.tneJtto topogcl.fico. 
A linha- reta lev.t.ri·a de m11ncir.i rápida as pe$$0~ de uma localidn.de ~ 
oumaJ e é a Solu~ 111:1.is- econõmjc:t. 
~las, se a finalidade do caiuUiho não fosSe â de levar as pes.Soas da m~lncira 
mais -clpid:i, e. sim ele fa'7..C-las a:ereciar paisagens bucólicas e turisticamente 
intc~essantes, que escivcssem fora do camiollo reto? Neste caso. 11 linha. 
reta dci11:2 de ser a mclh.or solução. 
Os exemplos aoccriores mOSttant que a rndhor rolu~iio é aquela que procura 
resolver da mclhót maneira os requisitos impostos. 
Entlo, <1ual a melhor solução esrruturàl ? 
Para responder• pergunta é occessilria a fo111.1u.lação de urna·ourrn: melhor 
c:m rda.ção a quê ? 
J\ ma.is a:cil de oonstrulr ? A tnais bo1Ul1l ? A má.Ís econômica ? 
J\ 1rlc:lhor cstrururii n:1 vttd.idc -não existe. 
Existé, •iro. uma boa soluç:ão que t<SO!ve b<:m àlguns pté-rcquisiros. 
Ass1m mes.mo, nJo resolve todos-- c>S .requisito.$ com o mC$mo grau de 
chciêccia. 
Umii ~l\1çíio poderá SCJ: econômica no tonsumo de. matci:iais. mas podc:r:J. 
ser- ftia e de ex<.'(,"Uçiô (femoi:adâ. 
Outta poderio ·sec- bonita, mas cara e dificil de ser cxccuracia, e assin1 por 
diante . . Pam orieotar .a e..-.colha. ~ 11ecb~.ir:io cs:rabclcccr wna hierarquia de 
<1uesit0$ aos quais a ~lução deverá atender, de maneira q\ tC se estabeleçam 
c-o1.tcgorlas-dc importância, deforrnu. que :a. soluç:'io c:ncQntrada atenda mui.to 
bem os mais i.mportantes- e bem os n1c:nm· impore\ntcs. 
Pode acontecer que se exija qtic a solução estrurutal: seja, em primeiro lugar, 
coonômica, e.m scgu.ndo, bol'úta, ein terceiro, fácil de: c;onstrui_r, c-:tSS:im por 
diaru~ É funçât,> de quem oonoebc i estru~ fazer com que. apesar de 
hiera(cjulz~dos. os rcquiSitos sej:1tn~ lltendid9s da forma m.1tis eficiente 
r:c>islvcl. 
Por c,~emplo, conceber unta tstrut\J.ra muito econômica. bem bonita e fácil 
<le cxecut~ ou se a. hierarquia for Qutr:l , uma CStTUtum muito bonita, bem 
fácil de: cxccut:u- e eoo~miC\,'Ntm..scmpre,se pode a.6n11a.r ca~ri<:atné.iltc 
qu.1.1 é a. n1e)hor solução. 1nas, sem dúvida, podc:"'$C a6rm::u: qual é 3 pior: a 
que apresentár o m2.ior clesc,nconrro entTC 0$ objcti\'O"S' do projc:oo <lc 
Mquitctur-a e os ao projeto de: cstrucura. 
25 
Outra quest~o que pteocupa quem concebe tLm _novo projcrô é o de ser o 
1n.US cri.a.t:i\·o e original possiv<:l. 
'"Nenhuma S<)luyio é tão original ciue 1.tão tenha um pn.-cedenre parecido" 
(Torroja). "Original ~ o que voloi iis o.ógens• (Gaudi). 
Uma obra, para 'Ser criariva~ não proci.sa ser- noccssaria.mcntc in&iitl. 
A criaçã.o do novo passa, tàm~1n. pela releinu·a do existente, vendo-O com 
novos olhol;. J>a.rn isso, o conhecimento profun<lo de~wluções uci.fu:.a.Uas: em 
projclos seooelh:tnres l\quc.le que se vaj: propor ê de- capital impornlnclâ. 
~1em.co11cebe a .dtrutu:ra? 
É quase um dogma a idéi.a ck que quem concebe a estrucura é -0 
pro6ssioruJ CJ.\gt:nhciro, que csn1d,,u profundamcncc fórmuh1s complc::xa$j 
cap:t7.t:s de resolver os mais dificei.s sistcmns estruturais. 
Isto 6 um grande cogano. 
Uma coisa ~ concclx.r a C:$tTUrnr:t, oucra ê dln1e1uion:i-la JY.U-:l que $Cj~ 
capa~ de supom.r :1s condlçôcs de trabalho às quRis estará submctid.a. 
Conceber é compre:endc:r, entender e ·ser cap:u. de opliar. 
Conceber :ligo não significa_ ncccssariameore materiâlizi-lo. 
1\ concepção da estrut\lr:t é anterior ao SC\I dimensionamento, ou seja à sua 
quanrificaçã~. É um:a ntirudc ao JJ\c.smo rcn:ipo metódica e- intuitiva·. 
Contcbcr um~ cstTUrura é rer co1\sciênci:.. d.'l po$.~l.bilid11.dc da $.U:l cxist~nci~ 
ê pc:.rccber 2 sua rclaç-:ro c:om o espaço ger-.td.0; ~ perceber o sistc.ana ou_ 
sísre.mas capazes de transmitir is e~· ao solo_, da forma nuiíi n:uural; ~ 
idendificar os materiais que, de: 1nan.eira mnis·adeqi1-ada1 se adaptam á·csses 
sist~n\as. 
Não se: pode imaginar unla forma que não ~~te: de uma estrutura, ou 
um::a escrurura que nlo tcnM. u~ forma.. 
Toda fonna rem uma esuutura_ e toda esU\lrurã. tem um.a fonna. 
De~sa mancirtt, nãc> se- pode conceber uma forma ":Sem se .conceber 
a.utoma.ticamente um:a. estrutura e vicc-vccsa. 
É muito co·mum vcr•sc a arquitetura como ia cciadora de formas que 
aparcnrtmente possam existir indepci1dcntes de sua estrutura, dos martrja.is 
de que do fcims e do processo de wa construção. 
Na vcrdadcJ a concepç~o de um:i forma implica na c:oncc.-pç:io de uma 
es.tru.rura e, ern c:ooseqüênci:.1:, dos materiais e: processos para marctiali:cl-
la. A estrutura .e.a, íorm.a são-um 00 objcro, e. a.ssin'I sendo, çonceber uma 
iinplic:a cm .conceber outra e vice-vcrm. 
A fonna e a estrutur:a 02.$CCm juntis 
Logo, quem aia a forma cria a estruru.r:a. 
Z6 
O ato de dcsenh:ar um pequeno comparti1rM:nro de um cdificio compromete 
o autor com ~ '4>1uçio da esrJ"Urura. que lhe Wri sustentação. 
O que _,,,_ t que nem sempre o criado< ela uquitcrun. cem consciWcia 
ck que no ICU ato criador dos espaços nd intrimcco o at0 criador da 
estrutura. Qiiando o criado< cb foma nilo se p.-:upa com o ato gêm«> cb 
concq>Çio es<ru111nl, dclcgmdo • ouuo profu.io.W ert> funçio, com: o 
ÔKO de ver ~ projc10 totalmente desfigurado. 
O proft.Ssionlll <JUC vem <lc Cora, por 111ais bo:a vont-.1.de que tenha, nunca 
con.scguir4 mponder :t<lcqu3damentc ~01 .inscios daq·ltcle q\lc viveu o 
momc:otc> (ntiJno da criação da fonrut. 
O papel do cákulo cnrurunil 
•Antes e 2cim3 de todo o cüculo csti a idti2, modeladora do 
m>tcrial cm focma n:sis<cnre, para cumprir Na milldo" (fonoja). 
Nilo ~ o oilculo que cona:bc uma funna, mas sim o esforço idealizado< da 
mente hum3na. 
O cllc:ulo CXÍitc para comprovar e conigi.r o que se intuiu. 
O e:ãlculo ~uma fcmamenta com a qual se manipulá un1 modelo flsiro. 
l'ara isso. ~ nce:w:irlo que a (cmmcnt'.a scjn ajustilvcl ao modelo. 
'N!to 1cn1 sentido aplicar-se u.m n1odelo n11'tc1n,1ico - o cllculo - a um 
modelo íl1ico <(UC não lhe corrcspond11., pois &e chega.ri a_ um tC11ulrado 
crr.u:lo ou, mesmo. 2 nenhum. 
Muitas vncs, a apliação de um moddo roatem~IÜ."O a um modelo 6sico, 
tentindo dcscrcvu "" componamcnio da manein nuis próxima do tcal. 
ronu-sc invi~~I. devido à complexidade doo ollculoc cnvoJ,;oo.. 
Neste cuo~ simplifia.ções e pressupostos nan $C!Tlprc n::alistas são ícitos., 
para tomar o cilculo proc=t.rcl ué para podcrooos compuwlotes. 
Po1 Íi$1), é impom.nte ter-se em .mente que, por ma.is precisos que scja.m, 
os cllculoJ nc:m .st:1nprc conseguem dC$(fCVCr ()()m precisão a realidade. 
t 1>rcciso colocar~ imponância dos númeroli cm seu devido lugar. 
A gcors1c.triu ~elementos auurun.i.t 
Um fio de ~.por nuis rcruo:nie q.ic ocj•. não é c:opaz de suport:&r 
a si p<óprioqu>Mo coloado cm ~ sobn: um apoio quolqw:r, nem scri 
capaz de m:intcr uma íorma reta quando apoiado c.m iCUS cnremos.. 
t<a:bcndo unu ÍO<Çll ~ao seu cüo. No cnttnro, qu>Mo pendurado. 
scr:I bamn1e cúc:ien<c paro suportar arga aplicada no dir<çio do ocu ci>oo. 
27 
U= fqlh> ~e papel não é ""!"'°de 
suportar a si mesma qu:tndo se 
projeta fot<t da ~o. 
Se for dada a essa íofm·uma pequena 
CU.rvlltura, el:a passa a ccr unu rigide-" 
maior e: a ser capaz de suport:lrÍOr.ÇL<; 
perpendiculares ao seo plano. 
~-
Pcxlc"'sc conclui! que nfo t:· só Q. resistência do material que g-.1.rantc a um 
clcmcnu.l estrutural â dpacidadc de S'Uporrar cargas. 
Sua (9~ é muims vêzes ma.i's dctcnninAAtc da_ sua resistência do que 'll 
prOp'ri:i rCsistência do matc~ial 
Materiais cm principio fuígcis. pó<!cm ser bem aproveitados csrrunJr.tlroente 
~;indo st.m forma for adcqu-adamentc pmjetucb pata o vlo p:r.OJ.»SfO e 
pm o c:a~m.cn,la ao qu*1 cstacl .submetido. 
Ql121ldo á forma d.e uma }J<ÇO esu:utur.ll é bem d:iliornda, ela se .,..rur,, em 
g:uiho na sua capacid:ndc resistente; c:nrcnda .. sc que isto .significa g-.1.nho 
para:-a própcl.a atqliiccrura-; cm muitas ocasiões, 'll forma do elemento 
dtrutural é de~n:..ntc: d.1. arqu.iterura. 
Os dcmmtO!i estrurumi.s podci11 $Cí us.'ldos iso1ad:llmentc O\I .igrupados. 
28 
O s:isccma cstruwral denominado 
arco pode ler o b_loco de pedra como 
elemento básico. 
(h,aodo esses blocos d< p<dtu sio 
adequad11mcncc agrupado~ formam 
wn sist'C&M capai de vencer v-J.os e 
suportar C2rg:IS grond4 
Um uonco de ""'"º pode, soúnbo. 
"·cnccr um rio e suportar cargu. 
qu11ndo, por exemplo, urilíz2do 
como ponte par:a a travessi:. de 
pcsti<>~. 
A lona de circo, por ouuo lado, s6 
COrutgW: cobrir um espaço, ou seja, 
,.,,,_ vSo • oupomr cvgu,qwndo 
tpoi:ad1 cm masuos e 
convcinienrcmcntc C$ricad:a com 
c:abot. 
No entanto, esses mesmos blocos. 
qlWIC!<> "8Jllfl"dos de outt2 fomu, 
t-!o i ncapll'ZC$ de vcoccr 'Jios 
1ignific:ttivos ou de supottar 
qu~.lqucr carga. 
Nos exemplos 2ntcriorcs, ~fácil obiCrvar a diferença de gcomçuia que 
existe entre um b10CC> de ~ um ttOn(O de '1vorc ou uma lona de 
circo. Cada um des.:scs elementos aprucnta relações geométricas b.utantc 
difettnc-i1d:1.s entre a$ suas u& dimcnf&s. 
São es'ª' rclaç:õa que atribuem a adi tipo de elemento C$U"UfUr.ll 
caracrerlsricu que lhe: pcnnitCJl'l ou nlo con1úNir dc.tcnnio.ad°" sistemas 
cstrut:oraís. 
29 
<l!,ialltO à.s sµas tclaç~s g~ométricJs1 os elemcnrqs C$truturui& podem 
Ser classificados em três tipos bá.sic:o.s: o ble>co, Q barra e ~ l~mina. 
O bl<><.-o é um elemenro esmarural 
cm que as três dimcnsôc-li-
aprescntanl 11 1nesm.1 ordem de 
grande••· 
Por ouuo lado, se for aplicada un1a 
(o~ cxtc.mn qtic n:nda a a.proximar 
os blooo·soolocidos bdo.2 lado e que 
cvite·,1ue élt!$ escorreguem entre si, 
pode-se criar u:n\ siStcm.'\ estrutural 
capaz de vcn(.-cl' um vão reto. 
O bloco só se.rvc como cstn1rura 
quando u~ado c,m associ.aç6Cs nas 
quai~ resultem ·forças intemàs que 
rcnd:u1~ a aproximá-los. 
Colocados lado.a lado , c:scocrcg.un 
entre si e nlo conseguem maneei"" 
se n:l posição. 
í::ssc principio é u$.1do n~ con.<truçào de poncrs: dcmc:mos pré-fabrii:ados 
na forrua de bloco"s (as aduelas) sã<> gradualmcotc juntndos entre liÍ por 
n1eio de uma força c.xterna a.plicadn por um cabo. 
30 
E~.! força tende a apcrt2.!' asáduclas wnas contra aa,outta.s e é dc1\oroinada 
forya de pro1:cn$âo. A medida que: esses elementos pré-&bricadb:s vão.M::ndõ 
uojdos, a ponte v.ú .. se prnjetando rlo ,;ão. IS:SO é feito cm duas fu:nccs de 
ITTbalbo que 5e en'ontr.tro 110 1.neio do Wo. 
Tal ptoecdimen-ro evita o uso de fi»rmas de- midçira pan ~ execução da 
vig:a. de co11crcto·. E~ .sistema de construção de.pontes é dcnominlldo 
~istcma construtivo cm balaws .sucessivos. 
, ,__ 1iran1c 
b 
b 
1. 
pd1r 
A barra, ao col\mlrio do bloco, pode 
ser 1J[iliz ada isoladamc:otc; não c>.;gc: 
associações especiais, como no caso 
dos blocos de pedra. 
A bam t um clcnicnro dltrutural 
de u~ maiS amplo. 
Pode ·s.er utilizada para pcn.dura.r 
e~ oomo um cabo, pa.ra apoiar 
e~, ~coo uin pilar, ou vcnc:cr 
vlos, como uma viga. 
A lmm:i é um clc1ncnco cstrurural 
cm que ul'ria de suas dlmt.nsõcs, o 
comprimento, predomina cm 
relação as o.u tr:lS du:l;~" lrugur:;a e 
alrura da secç"5o mrnsvcrsal. 
b:h » e 
,,,.,--timntc. 
pilu 
As barn-s podc1n, ainda, ser associadas, criando assim sistc1nas estruturais 
roais complexos capaicç de-vencer gr..uldts vlos; cs.sa.s barras pode1n rcr 
pequeno~ comprimentos, ~orno a$.quc compõcn1 ~ esuutura mos.tradn 
na figura ílbai:xo1 denomin:ida trcljça. 
31 
t\ làmina é um elemento estruruml em que du3S de suas dinlcnsõcs~ 
cumprimento e largura, p~eccm em reL1ção a uma rcrceira. ~ cspc..'õ$.Urn. 
As figura<; mostratn ttê:s tipos dt csrruturas e.rn que o clca1ento csui.rnmtl 
básico pd:de ser classí.6.cado como làmjna. 
Apesar de pmctricame11rc rodos os.elementos serem liiminas~ cada um 
tem c:u::actcó~ esuururai.s diferenres dos dc.mai$. 
O rt'SUhado fonn:il que cada demento a;trutural aprescnt-a mobEnt difere 
dos outros do's. 
No caso da lona.de circo, a forma só 
$C realiza com a colocaf':o de batr.IS 
verticais ou inclirui.d:l.~ (o nWtro} e 
pd• ação de barras cSricadas (o cabo 
ou tir.i.ntc). ~alqucc altcra.ção na 
posiçic> de um desses dementes 
n:$Ult:icl cm uma nova forma. 
No caso da laje. a form:t da limina 
se m:intém pcrmanc11te, 
independente de fato1c·s externos. 
Além disso, a laje pode"" c:>(eçtttod> 
hor1Z9nralincnte, o que~ impossível 
com ia lona. E~ ctr.i.c:tcrísti<.a d:t 
laje é obàdi com um grande 
aumcnro n~ esp:essura d:i limina. 
A rcrcci.ra po~ibilidadc ci;:trutural 
de uio d:l là1nin;l aparece na 
ab6bad3. 
Sua forma ma.otêm .. sc: const;:inte, 
pí'll"'.l qualquer titu<:\çio externa, sem 
que pw isS<• haja J'l04."CSSÍdadc de 
grande aumento na tSpessur.L 
A sua ,..istênci:i é dcteonin>da pcl;t 
CUJ'\'at~ <1uc lhe é. d.a<la. 
.'.) 
.A~. l.i.min;.1s-.quc. ~ps:e"ntam ('arac.rcrisric:as $Cmcl.1'anrcs ~s da loJt9 
denominam-se mcmbt2naJ, Membranas $io liimínaS muito finas e que 
apresei1tam resistênci~ aptnas no-seu plano. 
C.a:rga:s perpendiculares ao seu plano provocam ;ii(craç.10 na sua íorma. 
~2. 
I 
o 
A mc,nbran:a tende $Cmprc 'I\ 
·"l!dquirir a foD:ll.2 do c::u:rcg.unento 
que a soliciu. 
Uma_ bexiga eh.eia de igoa ter.\ a 
forma de urna gora, .sospc.nsa o.u 
11.poj1da sobre um plano. 
Pode-se diininu.ir o c:.ftito de mudança de forma na.o; membr,ana.\i devido :t 
cargas normai$ 20 sc:.-u pl:mo, aumcotwdO"'se o esforço aplicad.o oo seu 
plano. Em outras palavras, u.o1:1: lona bem csti~da: apresenta maior 
estabilid3dc de forma par.i catgas notmais ao .seu plllno. 
0 uso dt c.sttUtura.s cem loru1;.S infladas com ar é-:. uma aplicação desse 
princípio. O o.r cstiea ·a lona, :iumc;ntnndo sua e.srabilicbde a cargas cxtcm1t't. 
As Jãmin:ts ·quc apre-sentam tar2cteristicas semelhantes à laje são 
denominadas placts. 
A.$. pJ11s::as são lãmina.s que, devido à sua mi.ior ti,idez, 2presenta.nl ;l 
capa~cída,de de vencer v:los, Sl.~porrwtdo e:arps uaru:vcr:sais ap seu plano, 
sem a necessidade de aplicacão de e~ a.d.icióhaí$ no seu plano. 
/\S:sociaodo-sc a proericdàdc peculiar da memh.rana - -pequena CSJ>C$5ur.1 .. 
001:0 u da plac:l - re$i,stência 1t cargas normais ao seu phno - obten)os um 
terceiro õj>o de 1-:Unina; a casca. 
A J"C$jstCnci2 uansvcrsâl obtida pela d$ca s6 é possível devido à cutY2ruras 
°" dobruluru aplicad$ em seu plano. · 
Quan[o ma.is pl'tdom.inar o efeito de meo1brana,.ou s~ja, quanto m!Ü.$ os 
~orç~ se distribuITT::m no 5CU plal)(), mais esbelta será a cas:ca. 
lsló C possível c:om umã ã,acquad-à relação cncrc a fQrm.a d:a e.asa e o 
c:u:n.'g2rncnto que a solicira. 
33 
l:'orças que attuw1 nas estrutunu 
Conceito de dircçiio e se.1tido 
Quando algulrn anda por uma rua rcr.a e, de re.pen~ entra num-a 
de $U1lS tra\'<..'SsaS, o caminho que percorre muda bruscamente de direção. 
s·c, par outro lado, a ruapela qual amínha tivt::r um-a ~ ao pcrc0:rrcr 
esta C\ltv2, ~ partir do St-'U i.n.ício e cm cad:a ponto da curva. u pesroa também 
cstar.I mudando de di«Çio. 
~o caso ·m~crior, quando se cnrn. numa tra\~ a mudança de direçi(>, 
:.1>CS:U de bru~, cx:orrc :ipcnllS um:a VC'1? no caso da-cun".l, ocorrem muiw 
mudanças de direções. 
É sábido que, pata se garantir que um objeto C$teja cn1 movimento, é 
nocesW-io que esse movjn-aento seja rdaciouado a um referencial. 
Por exemplo: qu.:tndo duas J>CSSOa$ -andam lal:lo a lido, co1n :i mesm:. 
vclocidadc, e unia dl:bs olh> pata a ourm, ela a v<.rã·semprc ao seu lado, 
coino se esbvessc pat2d.a. 
O ..mcsnw não <)(:(>rre i un1a tctt'ei.ta ~a patada, que verias du:as priincins 
afastando-s: c.1 JlClr'tlll tO, c:.n1 1novimc:nto. 
No entanto, essa tett:cim pessoa, ronsidctad.a patad~ não o est:a.r.l para uma 
quarta que a v.isse <lo espaço sideral 
Ess11 pessoa, dita parada, tst:l.l:Íll c:u·a 1novi1ne11ro junto co1n o planeta 1êm. 
Logo, a terccin ~ poclc ser c:onsidcradá puad:a. ou n!lo, dependendo 
cL1 referência qúe se torne. 
Como no conc:cito de moviniento, o COlll-ei"to de direç:io tambbn exige um 
tcÍcretaci:aJ. 
Se não íor levado em con1:a um referencial qualquer, ditcção se.ri ~go scni 
nexo. 
A d.ireçiio de un1.'t rua ou ~rrada tem qt1e $CT ddinicb cm rdação 11- alguma 
rcfcr~ncia, como, poi: cxcmplo,.a linh:a do equador, a ~"UlM de uma. bússola, 
OU OUt.r.l qwlqÚcr. 
Pode-se escolher quaJqucr referencial para se definir :t dirê:çãô, nias, wnà 
vci. escolhido, esse refcreoc:ial deve: ser 6.xo e conhecido p:a.ra que todos· 
J)()mm ter a me:sm:a interprcrnção d().$ 1lCQntecimcntOli. 
Dcti.ne'"'SC como direção de uma rela quaJquCf o -lngulo que ela íorma wm 
<>'ltrn rct:t bem conhecid:a, denominada rcfen:nciaJ. 
J\ reta q·uc "3.i do ponto de localiz:ação de uma pessoa 30 pólo magnético da 
terra.1 dida pela igull1;i de Urtl-' bússola, por exemplo, é. um rcfcrenc:iiil bem 
ddinido e nounalruente utifü.~do. 
A direção do v<lo de um avilo é definida pelo ilngulo que sua rom forma 
rom a dácção dada pcb bússola. 
34 
Uma m.C$ma direção ou rota, por exemplo, a_ tot"J enO'C S-tio Paulo e Rio de 
Janeiro pode ser ocupada por um avião qoe ... -ai de São Paulo para o Rio e 
WW> que vai do Rio para-Slo PaUlo. 
Gs dois aviõe$ estão indo n;t mc.'Sma direção m'1s.cm sentidos ronuirios. 
Portanto, definida uma dircçã:o.i par°' se c:aracterizotr corre.mm.ente o 
movimento de~owSc iofon:nar também o secuido. 
~muilo comu,n.ba~>tr uma cx:rta confusão nõs Mn<:citc>S(lc direção e s<.ntido. 
É comum -OQO.crcr o c~.oo de se dizer qu:c <lc:rermlnad.o.vcJculo está indo 
na dircç:'io de SâQ "PauJo pnra o llio dç J~ciro e o O\ltro, que est:i n:t tncstru1 
cstr.ada, mas cm $Cnrido contririo, dizcr-.sc <JUC está ti.a CÜtcçâo cc>ntrári~ o 
que é w:n ei:ro grosseiro. 
A direç~o é • mesma: São P:aulo - Rio de }•lleim ()u Rio de joneiro - São 
Pauto~ O que n•uch é o $Cntido. 
Conceito de força 
Sempre que um c;.orpo, com uma detcmúnnda n1assa, esti ... ·et en't 
repouso e iniciar um movimento ou, ainda., quando jli cru tnovimcnoo 
rctillnco (m9vcndo---sc sobre uma reta), com vdocidadc constante, ti\'cr 
-SUa velocidade e/ou sua clitcção :Uter.t(la, <li"Z~.sc que a d.e foi aplicada urna 
força. Pottlll1to, a id~i.a de: fO~ç:.i e:,ú libt:ida às ooçôcs de rnma, aoeleração 
(alteração na velocidade), direção e sentido. 
Matematicamente~ definc'1)C força cor:no o produto: 1 F = M .8 1 
Força é um2 grandeza. ' 'Ctorial, porque para defini-la corretamente não é 
.suficiente apenas quantificl-1.a, mas indicar, t:unbém, s.t1:t direç."lo e sentido. 
Tfp~ de forças q-uc a.tua.m nas escruNJ!IS· 
Nes-te trab .. all10,ji se dc6oíu cstn1rura. como o caminho cia:S forças. 
Mas, que forças? E al>SOlutatncncc noces-sârio que as fon,"as que :.\tullm nas 
edificações scj'Ílm n1uito btm conhecida$, na sua intcnsid:.t4c. direção e 
sentido" para que a con-cepçlq csmiwrníscja coe.rente con1 ~ ou11inho que 
t5$as forças <levem ~orar aré o solo e para que os- derncntois estruturais 
~jam 3dequadarnente <li1ncnsioIUdos. 
i).s forças cxtern~ que atuam ms cstrururas s.ão dcoomin.ad~s ca.rg::c.s. 
Algwnas c:ugas an1am na C$1.TI.lt\lrn dur~n~ toda~ su.:i. vida útil, enquanto 
outQS· ocorrem espór~dicamcnte. 
Denorninam-sc c:ugas permanentes a,; que c>oorrê:m ao longo de tod::a a 
vida úril e Carg;tS acidentais- as que o<:om:.m cvenrua.lmcntc. 
35 
As·carga$ permanentes são catgw.s ct1jã.1nte~daac,.d.ireção e: sentido 
podêm ser determinados: com grande 1>tccisão, _pols a:s cargas pennancntC$ 
são dcvid.1s c;xclus.iv:une.ntc a forças gr.ivi~oais, ou pesol!-
Sio exemplos de ca~ pcrm2ncntes: 
O peso próprio d:a cstrµtura. Pá.r.a d.c.rerrn.inj-Jo_. ba~ta o 
001thecimeoto das dlmcn.sôes <lo elco1cnto c.'>trutttral e do pcs.o especifico 
(peso I ru3) do mae<rial de que é fcit0; 
O peso dos- re,•cs:1Uncn.tos de pisps. como contr:apisos, pisos. 
ccr:ânütos., cntte ou.tros;' 
O peso das paredes. Para dttcn:niná--lo, ~ n~es~io conhecer o 
peso específico do materi.al de quc.ê feita a parede.e do.seu rc..'\·estimcnro 
(emboço, reboco, a-L.ulejo e outros); 
O peso <le.rcvestimenl'O~ ~spcciais.J e.oro<> pb.cas de chumbo, n·as 
paredes de Salas: de Raio X. Pata dctcrmlnã: .. lo, é nec::cssário o couhecintcnto 
das dimensões e do peso especlfioo desses .r.cvcstimçntos:. 
Cargas acidcnmis. 
As cartias ac:itlcnr.ti.s s!o mais _diffceis de ser dctconin:tdas com 
precisão e podem variar com o tipo de edi6caçi.\o. 
Por ~ CSli~ c:arps são dcfuiid.as por. Normas, q_uc _pódem wri:ir de Jr.Ú." 
para pai~ No Brasil, :l norm-:t <fuc determina oS valores d:lS cargis-ac:idc.11-r:llJõ 
é a NBR 6120, da A"50Ciação Brasilciol de Nonnas TÓ<nicas. 
&lo 0><omplos de cargas •cidcolllis, presçriras ~ Nonna: 
O peso das pdSOa<; 
O peso do mob-iliáriot 
O peso de v<-ículos; 
A força de frcnagcm (freio) de veículos. 
(:: um Í01? hori<.o1tial, que depende do tipo de vdéulo; 
A força do vento . 
É uma ÍOl°ÇS hori7.ontâl, que depende da. região, das-ditneo.sõcs 
verticais e hori7A).nmis da edi.ficôlçio; 
O t>C60 de móveis especiais-, como cofres, niro é dctemüoado pela. 
Nor'ma e devcri ser informa<lo _pclo f.tbrlcantc do mobiliário. 
Obs. - O efeito d.a chuva, wroo Cll!TCg.trnc:rttoJ il_PCSaf de acidcnt:l~ ~ levado 
cm cont:L no pe.so da.~ ldhas· e dos revcstimcnlOlt, já que são sempre 
considerados encharcados. 
36 
Distribuir..i.o.dü-targa.s nos clemenros esautunüs. 
Geometria da$ cargas 
A distribuição de c:ugas sobre un::t-a f$ll'Ub.1ra pode ser d.if~te de 
um ponto para outro .. ~ cargas <1uc atuam sobfe u1n11 viga podem se 
~tribuir de maneira difcrci1te d.as <1uc aru:un sobcc uma laje. 
Normalmente, a geometria dos carregamentos. aoomp:lnha 2 geomcuia 
<los elemento~ estruturais sobre os quais ·eles 2tuam. As cargas podem amar 
de rn-ancir-3 unifount sobre 3 cstrUl\l.r'.1 ou variar de intensidade ponro a 
ponto. As c-:ug;:w que tCm a mesma intensidade ao longo do c:Jcmcnto 
cstru.tu.ral s~o denominadas cargas u1líformcs.; as que variam fão 
dcnomüudas catgas variáveis. 
Qiaanto à gt.-ometria.1 as-·t:atg:\S podem set: 
Oisc:ribuid:u_ sobre um.a .supttflciel denominadas caJ'b'áS supedicia.i~ São 
~mpJ.,. de cargos supcrncfais: o peso próprio de uma l;ijc,o peso próprio 
dc.rcvestimcntoii; de pisos·, o peso de um Üqu_id_o M>hrc o fundo do seu 
recipiente, o empuxo de wn liquido sobre is paredes do recipiente que o 
contém e as cargas acidencüs de6nidas pela Norma. 
Essas car-g;jts: são rc:ptcscnt-adas 
grafic1mcote por ur:n conjunto de 
sc~.dispostas sobre uma área. 
Segucm-ie cxempl.,.·dc ougas.acidentais supcrlicirus dclinid"' pela Nonun: 
cug>S acidcnOlis sobre pisoo;cTC$Ídcnciais (!""'°"" ~ .. etc.) • 150 kgf/m2; 
c:ugos iiéidcnt:W sobn: pisoS de cocritórios • 200 lcgfi'm2; 
cugos oádcntaiS sobn: pisós de lojas • 4()1) J<#m2; 
caig>s acident:W devidas ao vento • ·50 a 100 ~m2. (considcr.idas hori•.onCÚi 
e/au inclinadas). · 
Distribuídas sobre uma linha, dcnomioacbs cargas lineares. 
São exemplos.de carg:is lineares:o fl<$O p~ópr;o de um• vig:i, o I""º de 
uma_ p-a.rc<lc sObrc um-a viga ou um.a pi~aa, as carg;is depositadas por uma. 
laje sabre as vigas-, e assim por diante. 
37 
Essas ca?82S são represttlt,adas graficamente por um conjunto de seras 
dispostas sobtc UJllll linhn. 
Localizadas cm uJn po.nto, dtoomloadas e2rg.is pontuais ou targ-.i.s 
eoncê:11ttadas. 
S~o exc:rnplus de carg-.1s conccnuadas: w11a viga apoi3d:a sobre outta, um 
pilar que rna.'iCc: numa. v;iga ou nuina pL'lca, a peso próprio de um pilar_, e 
assim por di2nte. 
E$$.1S t.-:ug:is são representadas grafic.:tnlente por uma seta isolada. 
Nil'lguém duvida que o aço ê um ma~ctial mais mistcntc do t\uc• 
por c:xtmplo, o .ugodão. Mas, ÍSSQ n.ão garante que um fio de aço rcsis~ 
m:ú$ do qut um fio de ulgodio. Desde que c.ólOcadn- um:a quantidade 
suficience de algod:lo, o seu fio 1X><lcri· n:l\iscir mais.. A (C$istCl:K;ia de um 
clen1cnti:> estrurutal depende: da relaç.lo entre a força <1.pljcad2 e a qu.antid2de 
de marcti:al sobrc a qU.U. u. fot).1 gge. A ~s;i rt1"1ç2.0 dá-se O nom.c de tensão. 
Em outt'.i.S pala_vra.s, a tensão é a quantidade de fo~ que atui em umn. 
un.idade·dc árcQ do tnatctial. Só podemos co1nparar a r(sistéocía- de dois 
materiais compa~ndo as u1i.'<i1nás tens9<;s que eles podCill resistir, ou crn 
outras ir.Javras, o quanto ele força por ,Ul.idll.de de itCQ cl~s.t1porr.un. 
<lJ1~ndo a força ê aplicada 
pcrpcndicu1armc:ntc ~ supcrficic 
i'esisccntc, o. tensão dcno.mlo:i·st 
tensão oomul. 
38 
Q!Ja.ndo ':l forç2 aplicl\d2 for 
1>ar:ilela, ou melhor, cangtn(e ~ 
Sttpcrfic.ic tcsi.stcotc1 3 rcns!io 
denominar-se-á tensão ca.iigc:nci:ü 
O\l tensão de.cishlhamc.nto. 
É importante distinguir q_uc: ópo de teos.i.o está ocomodo crn dctcnninado 
elemc.oto estrurur.tl, pois os materiais :Jprescntam capacidades dlfuc:1ites., 
contbrmc: scj:Un solicitidos por u.m ou outro âpo de: tcn.r;âo . .E.1n seguida, 
Wo dado.s-alguJtS exemplos de marctiais·c Suas"fespécó~ (Cn$'Ões w:U;mas 
de ll"abaiho: 
Aço Õpo A-36: IT • 
'T ~ 
Peroba: a • 
'T . 
Concreto: a • 
'T . 
J .500 kgi7cm2 (tensão norm:U); 
800 kgf/cm:Z, (rensão d. cisolha:monro). 
90 kgf/cm2 (tensão normal); 
12 kgf/c:m2 (tensão de cis.1lhomcnro). 
250 J.q,.f/cin2 (tons[o normal}; 
6 kgi7cm2 (tcnsiio decí.alhamento). 
l\$ cstntturas, quando S'Jbnlct:idas a rentiões, devt.m trnPalhru- com uma 
cctta folga, para que imprcvislos, tais e9mO fulh2s de matcr'i11I, 
lnipossihilidarle Jc cxccu~o ide:.&), e ourros efeitos-imprevistos, não pOnham 
cm risco 4 resistência da csttut\ata. 
Nenhum·:. esrruturn mi.b.11h'Ol. dentto dos seus limices de rcsisfêncla, m"o\S 
cm um regime um pqut<> -abaixo desse li11'1ite. 
A e:~ regime de trãb:dho d.1.~se o nome de: rugitne de..scguta11? t as 1-.:nsõcs 
atuantes·são dtnomini.d~ 1cnsões idmissl\•eiS. 
A dercrrni.i:la~~<> das tensões admissJ,rcis é feita pela aplicação de uin 
coeficiente de segur.ulça às tensões ümiteS do materi;i.l. 
OscocÍicicnteti> de scguranç:oi \"ati:.ltn 4e n1:acerial )X\ra maccrilll e_ ~ao ohtit!os 
cstatisti.camc:nte, dependendo da mllior ou tncnor t~onfi11bilidadc do 
material.; no aço, esse coc6cienrc: ~da ordem de J,4 1 no conQ"CtO :mn:\do, 
2 e, cn1 algumas madcir..as,. iehcg;i a 9. 
1ôdo anatc:rinl. quando submetido a t~nliio, :i.prc$Clitll um dcslOéarncnto 
nas S\llt.S n1olécul:as1 que ~ dcnt>tn.Ú:1:ado deform;iç:io. 
Qs!anto rM.is solicit:tdo o nureriaJ, mais ele se defor~ 
Como as tensões s:'i<> ii1visíveis ao olho hunJIU'IO, um~ maneira de: S<: saber 
se um elemcnro csrrutur~ C!it:Í m~ ou menÇ>~ !iOlicit2do ê pela. vctificaç:ifo 
do qWlnto de se de.formou. 
39 
Alguns m.atccia.is ião mais defotm:lvcis do que outros. apresentando 
dcfonn-açõcs clC'V'Jd~s mesmo quando SO:Üc:ltados PQT pequena.a: forçu:. 
A deíonnabilid~e visível dm 1nare:ti.Ais estnJ.t.Utais ~ u.ma caracteristica 
b:astante deo$ejávcl, já que grandes deformaç~c:s podem llvisar sobre 
problcnlas nu. cstrul'\l.Nl. Ent:rc :t situ1çlo de: de&c11rrcgamento tot:tl e a 
ruptura, os materiais p:l.Ssam por algumas 6asts impom.ntes-. 
Enquanro as dcformaçõe$ forem proporcionaia às fa:rças aplica~, ou Kja, 
se ao te dupliau a força o m:a,eriaJ tiver a sua. defotmllçlo duplic:ub; se 'lO 
se triplicar a força sua deformação criplicar e wim por diante, o matcrilll é 
côn11jdcrado trabaJhn.ndo no rcgjmc cl:istioo. 
Nctta fase, quando se dciu de aplicar a força, o matctW \'OI~ a ter a sua 
diJnCn$1<> original. O elásóço de bomcha ~ um ck.mcnco que rcprcsenf:I 
bem CSSil siru3ç:ão. 
Se il. fo~ aplicada :atingir v;alores acim:i de um detcttnimdo limite:) podc-
sc nomr que o material muda de comportamento, não mais aprcscotando 
deformações propotcion.ai.o; :!O :aumento da força. 
A est:t fase dá-se o no1nc de regime plá$tico. 
Nesta sin.1ação, o niateti.31, quando descarrcg:ado, passa a aprcsenua.r uma 
dcfurmaçto pcrm1ncntc. 
J\o fin:tl do regime plástico, com o aumento de cuga, temos-a ruprura do 
matcrinJ. AJgi.ans matcti.:ús api:csentum, nll passagem do regime clistit0 
p2ra o plis-tiço, um grande ~umento na dc(ormaç:l9 sem aumento na 
inttruidadc cb. forç1t.. -Esta $iru1çlo c:ara.trcrú.a o ícn6meno denominado 
escoamento do n\u.tcrilll. A rcl:tÇ"1o enrrc a força -'1pli0ld11. e:: a deformação 
ooorrid11 pode $Cr coloc~da em gn\fico. 
Para qué o gr:ifico represente o ...... i.11 ••stn.t: ª'"~ ' 
co.mportamcnto do n1atcria11 ª~"~"L independenremcntc d11s dimcnsôe.,-
do demento que serviu de base para 
o ensaio, do colocadu.$ no gr.i.fico, ., 
" .. ) cm ve-~ das torças aplicada$, su2s 2 s e 
r<-speclivas tensões: e, cm vez du 
dcfurrn~o 101'1 d• barra, cujo valor 
wria com o oompri.menro inici:tl, ~ 
u~~da. a defonnaç!lo especifica, que 
é 2 rclaçAo cnttt l defottnaç!o real 
e o çomp.rlmcnto iniciAJ da barii. 
.... 
Dcs52 forma, obt~m ... s:c gtificos •"" 
scmdh11ntcs aos mosuados 2b:tixo, 
e que são dcno·minados gr4fic:o.t, 
tcn$1io x dcfonnaç5o. 
40 
F O'·-
A 
A 
6 ·-' 
a · tc.nsto: 
,, 
F. .. 'ª QC.. Ê 
S .de!ormtçlo c)ptcííle~: 
E ·módulo de cl1sticidade 
Módulo de clasiicidade 
Observando eses gráficos, nota-se <)'\IC na p,anc cm qu.e o g:ráfiro ê 
uma rcra,. correspondendo 1 tegilõ de regime tlisrico do 1na1criQJ, ou seja, 
na qtial lii proporcionalidade entre tensão e deformaç3o, sua inclinaçio 
varia de matt.cial para material. EsS2 vari::t)ãO aos mostra que, para uma 
me.~ma eco.são, c:.~istcm ma.tc:ri:lis q\lc .s:e deformam IN.is do que outros. 
Qyanro maior for o ânguJo ·a, ou sej~ quanto m:Us inclinada for a reta, 
m.cnos defomú.vi:l é 6 matcriM. Conclui-se: que a inclinaç-lo dessa reta nos 
informa qúi.o cleform:ivc1 ~ o material. 
A cs,sa inclin11ç:ão dá-$C o nome de módulo de Young ou módulo de: 
elasticidade, que ê uma conmntc paru cada tipo de m1'tcrial. 
O módulo de elmicidade do •9> E de 2.100.000 kgf/cm2, o dQ concreto é 
d3 ordem de 210.000 kgf/cm2. &;os valotcS monraru que o cónc:rcto é um 
mat~ri:tl 10 vt:7.cs m:iis dc.fo.rmávd que o aço, o que ll prinôp.io contraria 2 
intuiç~o, <1uc tcnd(( a indic;ar o c.ontrl.rio. 1-sso se d.c:vc à maneira romo os. 
dois 1nateriais sio aplicadoi nas d!trucuras:. 
Ae. peças de aço, devido i SWL. resist!ncia nlaior, i;~o mais,esbcltaS e ..i.-t de 
conc:tctO, ao contri!'io, mais vo1umow. 
Assim, e:m r.&Uo Qe su:ú.S din1cnrocs; 3$ peças mccllieas re-.nde.m ·a ser r:n:ü-s 
doformâvi;js, 
AIC:Cn do conceito de módulo de .c1a$ticidadc, os gráficos de rcn.são x 
deformação aptêscntml uma ttlaçio bastante Unportante, que descreve :a 
maneira-como o material se.relaciona com as ccnsôcs'a ele aplicadas e oom 
ti suas rt:$pCCtiVB.s defom1açõcs. 
Essa rcl:iç:fu é partit':U..bnncnrc importante no regime cl~tico, pois permite 
a s.olução de di\rcfios problema.e; de d imensionamento de elementos 
cstrurur.ais. 
Essa relação recebe o nome de Lei de Hookc e pçPc ser expressa 
rruu:ematicamente pela seguinte equação: (J • _e ~ e: 
U : Tensão apll~ada ao mat:cri~; 
E : Módulo de cla.~cicid.ack do material; 
€ : Deformaçiio csp<dfioa 
(defurm~ eftm'.ll dividida pelo comprim<..,..ro inicio!d• bom). 
Equih'brio 
Entce as propriedades- dt$tjad2s para -at estrun1_ras., a mais 
impottantc t que, quando submetidas às mais diferentes forç-as, posmn 
manter-.sc cm equih'brio durante toda a SWl vida útil 
41 
Diz-Se: que urn objeto está em equilíbrio qt1.1nd.o não Jcl aJicr.açã:o no estado 
d~ forç-.l:S que :i.ruru:n sobre etc. 
Uma cspnçooavc, no espaço side(al, longe do efcirQ P'~tacional dos-astros, 
dcsloc:.-sc C:Olll \'tlocid:.tdc construi te e cm u:ajelóriit rcrilC~u:a. Nesta B:~tuaÇáo, 
:t cspaçonave cnc."Oncn-$C em cquiltDrio. J:i um objeto sobre uma mesa, 
manter-se-á no lug.tr i11definidamcnte, desde que so1)rc ele não seja aplicá<la 
ou.tra força, ':\ nlo ser o seu pt6ptio peso e a reação da m.~~- NdtC c:tSO, o 
objeto cnc:óntta-sc nunbém cm cq·uilíbrio. f'lo c.~e!11plo da cspaçqnavet o 
equilibr.io oconc. má! existe m.õvimento. Este é o ciguilíbrio dinãsnic:o. No 
casió do objeto sobl'C a: mesa:, não ht m0Yin1cnro, o objeto pcnn:anecc par.ado; 
ê o equihôrio cmitico. 
11: este último cxcmpl.a <JUC inrc~ para as cdilicaçõcs, que,, p:u-a cxistit:t 
devem permanecer em cqui1J'br:ia escl:vcl durante tO<la a su:a vida Util. 
Condi,çõcs de-cquilíbriQ das et'trururu 
Para uma estrutura pcmuan_ccer cm equilíbrio esr2tico e nc«ssâtio, 
m2s não suficiente, qoc ::?S dimensões de -suas .seoçõcs sejam rorrewnente 
dercrmioodas.. Embofa corret2mentc: dimtnsion~d~~?- estn1mra pode perder 
o equiJibrio sc seus 2j)Oi0$ ou as ligações en1rc as p111t1es que a_ c.onstiructn. 
(ie.nominados vtocuJos., não forem e'oueu.mentc projcrados. Por outro lado, 
o correto proj~(O dos vinatlos não garancc :l esubilidade d::i. CSU'\1Nt'4l se as 
dimensões d:is suas secções focc:m meoores que u n~s:iri.'l.s.._ Por'tilnroJ 
para es,1:i.r \oralmente cm cqu.ili'brio cstáti~ luna estrurura deve ~tender 2 
cs~ oond.içãO wito c:.xtenuuncnt~ pelo <:<1u.ilibdo nos SC1.l$ vínculos, OOúlO 
i.nrcm.'\fficnte, pelo equilibrio das ÍOfÇ2S que oootrem dc11tro dM suas·secçõn. 
Equilíbrio Emrioo Exu:n 
Coosidcn:-sc • b:uTJ da 6gw 
~oooludo: 
t.I :-m ilSSfl 
& = 1celeraçio d:i gravidade 
A ação d.'t gravidade sobre t\r.l masS11 
provoca o ipareciroen·to d9: fotÇ:t 
peso. Sob • aç1ío d= forç:i, a ~"trll 
tende a S«.: dcS10a.r na vtnical, em 
dlrtÇ"ln ~o C'Clitro d.a 1êm. 
42 
Uma ml\nci~ de evitar que a bam 
k desloque n1t vertical é a criação 
de u1n dispositi ... ·o que cxctÇQ. uma 
reaç~o conwiriil à fo1ça peso:, 
cq·uilibrando-a. Supon.bamos (1ue, 
p~ isso, se crie. um supqrte. N_es.tas 
condições, o equilíbrio ainch não é 
àlcanç:a.do, já que :i. ba.rra re11dc a_ 
continuar movimC'J)t.1.0do-sc, só que 
agora gitando em totno do seu 
suporte.. 
R~ 
1 
cfe>l flttlDClllO 
korbi111ul d1 b1m 
Pan cviw esse .moviinenro, pode $Cl' 
coloca.do ount dos suportes uma 
trava: Assim, qualqucr que seja A 
for1y"".l c1uc atue sobre n bl:l.rr.t, desde 
que OQ seu P.lano, c:Sta pcnnancccrá 
indcslocá.vel, ou $C,j:i, em cquillhrio 
estático. Porranro. para um 
elemento esuutur:aJ estar cm 
c:quilfbrio en.t.tlco do sêu plano, é 
oondição ntcw:ir:ia e sufiticnt:c que 
ele nãi> ~-e desloque n·a vertical, o-lo 
se desloque na horizontal.e nem gire. 
Esru são as três condições.mlniinas 
ncccssúias pata. que ocotl'2 <> 
cquili.brío est.itico oo plano. 
Este r.tcioe:lnio 1><.>dc se~c.'<trapol.ado 
par:.J o espaço. 
p 
l'a.ra evitar o giro. podemos cri.ar 
ouuo S\lpottc. Desta fomla1 :a bam 
não irá. movimcnmr-Sc na vertical e 
nem gitar. Aiuda assim. o equilíbrio 
éstãt:ico d11 barra não csrará 
garantido, j:l '{Uc ~ apliéaçõo de uma 
forÇa hor;.on,.J f"'dcrá dcsk>c3·h 
nessa direção. 
4.'.l 
Se for ac:rac:entado à lnrrn mais um 
suport~ como mostrado oa figura 
ao lado, h.averá um -aumento na.s 
rondiçõe!> iniciais de equilíbrio. 
1\ barra estur.:i com condi5ões de 
equilíbrio est:'irico, 3cin1a das 
condições Jnínimas n.ccessária.s p.ara 
que ele ocorri. Se, a<> c.'Oncr.irio, for 
retir2do um do.s apoios, n'antend<>-
se stpenas um, a barra ficará cm 
condi~-dc tstabiJjdadc a.baixo das. 
mínimas necessária:;. 
Uma ~'tnltura que se tncontr.Lem condições mfnimas neccs.ririas de 
csrahilid:ule é denominada jsostárica (j..., mrlical grego que significa igual). 
Qyarulo as coucfiç6cs de esrabilicbdc emo acima das·mínim•s, diz=os 
que a estruturo é lúperestática (hiper, rarlio.t grego que signifiC<l Acima). 
Qiiando as condi_çõ<:s d.e estabilidade estlver.tnl abaixo das mlnimas, a 
c.strutun l. dita hipo$cltic11. (hipo, radical grego que &ignifica ;1ba.i)Co). 
Estrururas JUpOsclticas.sâo C$ll\1turu que não se etlcontram cm equillbi::io 
es:tárico e1 cm conscqüê.neia, nã-o lntcie.i;sam ao u1tlvet$0 das CSUUNX;l;S 
de. edifica~, _pojs tendem ·a cait. 
Conclui-se, portanto, que se d~ve tr:abalha.c .somente com estruru.ras 
i59St:iticas ou bipcrestitic:l·s. 
Pua identificar $C uma estruturn é b.ipr>J iso ou.hipc:ttst-1.tica deve-se analisar: 
su~ possibilidades de nlovimcnto quando submet:id.a. a quaisquer COJ.ldições 
de carregamento. 
P::tra essa an:ilise, deve-se verific.::.u- em ciue diteçóeS os nós, que ligam 
elementos da esa:uwr:i_, pcrm.itc:m m<:>vimcntos. 
-Esses nó~ , como j~ foi ooment;tdo, são dcnonlina_dos vínculos. 
São vínculos: a ligação cnrrc uma laje e um2 viga, uma-viga. e um pilar, um.a 
viga ç0m outrn viga1 a ligação entre as barras que fomiam uma nW.hà 
C$tt1.1tural, e assim por diante. 
Os vínculos p.odcm ou nãQ permitir movimentos rcJat.ivos: entre. os 
elementos por clcs u,nidos. 
Um vinculo q':fe permirc giro e dcs1ocun1ento rdàtivos ~ denominado 
vinculo articulado n1ó,.tl Arricu.13d<> po.r<1ue permite o giro, móvel porque 
permite o desl001mento em uma din:ção, normalmeorc a hori-.t.onral. 
Es.se vfncú.lo 6 cei)tes.ent'ado 
grsa.fiC:Jamcntc como mosuado nu. 
figur. .. lado. 
44 
O vfoculo que pcrnútc opcrus o giro E===== 
relativo ~ denominado vínculo à 
arri<ulado firo. 
O vinculo c1ue impede o g1t0 e oo 1 
dcJlocamcntos ~ denominado t===== 
vinculo cng.s111do. 
Na pr:ltjc;i1 os vínculos podem $Cr CJCccut:.tdos do maneira que tr.abalhcll\ 
cxammcntc ou :aproxi.mad:unen·rc conto pensados 011 teoria-. 
O vinculo entre ums viga e um pilar 
de conacto srmado, mokbdo$ ""in .. 
toco•, quando o vlo e o 
carregamento sio pequenos. t 
teoricamente considerado um 
vinculo uticub.do, o que não ocortt 
na rnlidadc, já que a vigo e o pilar 
.~ ccccuo.dos de form• que mo t 
poosívcl o.:orrcr o fom: giro de um 
c:n\ rclaçlc) :10 outro. 
Q!JMto mniotc1 fottJn os vios ou 0$ carrcgtamcntos a qiac c$cl. submetida :t 
estrutur.i, os vtnc:ulos devem liU projcÇtdos de íormA que ap1'C$C'lltcm as 
condiç6co de comporttmcruo idênticas b pcns>du na tcori>-
N• figwa abaixo, são apr<Sent>das algumas fomus de se projcw vínculos 
arricubcloo lixos e ro6'-ris. que se componun. na rcalicbck, como pcnsadao 
na tcOria. 
Ob..: o ncoprene t um ripo de borra<;ht que permite dcfonmç<les de 
di""1IOO ripos. 
~ 
tb1p1 
chapa m,t,tic:a ltOpltlt 
11e1Jlic:a roltLC pi110 4t a(Cl 
pilar 
pdir pil11 
45 
A opção 1>0r u1n ou o.urro tipo <lc vincula depende do modelo fisic:ô 
i(tc:ili.,;ado para. o compo-rcame..nro <la dtrututa. 
Assi1n, quando se quc.r que as dila1açõc.J -rérmi.t:its de uma viga 1l~O 
influenciem 0$ pilares sobre O:S quais d.a se apo.,i."1, pr<>jcra•se um vínc:ulu 
articulado móvc.I num dos piJ.llrCS <le apoio da .,.;ga, de maneira <[Ut da 
pos..;a d.ilal.'at-SC livrcmenrc se1n aplicar uma força horiz-Onn.J a.o pilar-. 
' ~: 
' 
l 
' 1! 
+- ...... OI ) 
Alterando um víoculo. podc· sc 
aumentar ou din1in1lir os brraus·de 
liberdade de mov,imcnto relarjvo 
entre as partes· ligada:s. 
Pode·..sc f:atc:r com que um vinculo. 
por exemplo, o apoio de uma. viga 
num pilar1 que inicialmente não 
pemútia qualqu.cr movin1cnro, po:m 
gr~da.tiv;i;mcnrc pc.rdcr suas 
teruiçõcs, propiciaJ1do lJ:Ucialmcnre 
o giro. depois o desloccamento 
hof.1'1Ant!t.l e por finl o vertical 
hipereSl,Lico. 
isostilica 
~ 
bipos1i1ic1 
.g, libc-rindo o giro 
libe.rotll.IC> o J, dcsloc1.mc1110 
horit<>nu1J 
...c=1 
No pri.mciro caso, -abarra horizontal C."-"t:á rigidnn1cn1·c Jigad1 ao apoio 
esquerdo, de maneira que a viga não pode, nesse ponto; ter qualqut:r 
movimento, ou seja, não pode .girar~ ru:m des.lQc~ J~a hotizooral e na 
verú~J~ "E$sc é um vioculo cogaslado. 
Se, ao Sic cllminar uma n::striçffo, permitindo o giro. por exemplo, a esuutu.rn 
ai1\da ma.ilàvcr o equilíbrio escicioo é porque, nn siruação anterior, cm que 
o.vínculo era e:ngasta.do, a estruturJ estava cm condições de csrabilidade 
superiores is mínimas; cm, pomnw,._ unut os.trutu.n hipcr~"t'.itica. 
46 
Se:, a.o contnlrio, tpós a liberação do giro, a cstruwra perder $CU t."q\liliôrio 
estático, ~ porque ela estava em condições mlninw de csubjlj<l2'1c; era, 
portanto, uma estrutura isostática.-Es!ic procedimento, de Liberar 
gradativ1tmcntc os movimentÇ1s dos vfu.culos-da cstruru(ll, pemüre que $C 
-ve_ri6que se cl:a é hlpcrC$tárica. Í$0Stática 91.1 mesmo l1ipos-r2rica. 
A figura .- ugu.it m..os.cra uma cstturuta isosrática, pois· a Liberação do 
mo\\'Ímento horit.ontal no seu apoio~ d ircif3, pela elinúnaç:ió do pino. faz. 
com que a estruntm rome« hipostárica>j:á que uma força horl-to11'21 pode 
provocar deslQCamcnto hori.7.onml d:t vig.l. 
1.s.osiflica 
o•ltll •~•o 
pOJJ lhillWc 4l 
dt1!0<1Cf ll0 
• 011to1al 
hipostd.tica 
~ f:iL;l ooncluir que o uso de esm.1rucas tU]>QSrilt-icat deve ser toWmcnrc 
cv:itado, j~: que ~o estruturas n:to es1ávei$, .restando a poSsibilidadc da.(j 
cstruruns isostáúcas e h.ipcrc&titicas~ 
Cl!,tal dt.la~i: nldltor? Pmra rc$pondcr a esta pc,gunm, observem .. ~ as d~::is 
siwtçót.-s de \~gatn.ento ap(CSC:nmdas na figura alnixo. 
1 ._~ . ~----
' 
Nas duas siruaÇóes, te.nos unu cStrutura com três vãos, lembraocJo que se 
chama vão o espaço livre cnts:c os apoios· d.'l barra, tam~m d_enominado 
t.ramo. A diferença subsr.-ncial entre os dois casos reside no fato de q11e os 
vínculos que f.lzcm a ligaç·iio entre os uamos São dife:tcntc:S:. 
47 
No p.r:i'mciio e~, O!i v:lrios mi:mos Sãó independentes, Jâ que cada um 
pode girar ou deslocar-se o.e> pilar SCn) qualquer interferência do tr.1mo 
vf'.-.inho. 
No segundo caso, os u:un.os estio intimamente ligados, de forma t}\le 
quu..lqucr _movi.n1cnto cm um muno interfere 110$ dem.'lis. 
No pritri't~iro caso, temos uma cstrutu.m lsostâcical bastando ver que a 
c1im.i.na5ão de um cios pilares, por e:xempk>, ~suficiente plnl que se pttca a. 
!'Stllbilidadc ~o sistema. 
ls.so j~ nlo OCOO'C-110 segundo C'a.$0, cm que a retirada de qualquer pilar não 
implica n;,1 perda d:a estabilidade do siStc.m:1, o que mostra ser cst.1: uma 
estrutura hípctc$tátlca. 
Se cm a.mb-as .at; cstrururas for aplicada u.ma carga vertical, no prinieiro 
dos seus vãos, podc .. se observar que ela.s sofrerão dcfor:mas:ões bc:m 
difcrCiltes. 
A primeira C$01Jtundcfoanani apcn~s: oo V'JO ero que a OJ.rg'.t cst.'i. aplic2da. 
Nn. scgund:a., ao contrJ.cio, devido à conrinuldadc, todos os \.'tios sofrer-do 
iollu~ocia da dc:foana.Ção ocoaid.'l. no primeiro v!lo, mas, em conmparrid.'\, 
eua.s. dcl'orm2çõcssciâo 1nenores d<> qui: ~ocorrida c<un a prim~J estr\ltura. 
Como existe uma relação d.itera entre defot.tn2ção e c:sfotço apÜ1,..,-ado, podC-
se concluir <1uc a primeira C$ttUtu.ra cscl $Uh metida á um:'.l solicitação maior. 
Cooc.lui .. sc deste futó que uma estrutura hipcrescltica é.sempre m.cnos 
solicltadi do que uma estn1ru01 ~tárica, rcsulta.ndo cm t.'St.f\ltura.ç c:om 
menor consuo10 de material 
Além disso, as estruturas hlpc.restãtic-as, por aprcsenrarem em condições 
dcesrabi.licbdc ~ci.tna.das,rofnimas,são csm1ruras-com uol gta\1 des!':gutanÇ2 
maior. 
As estturura;s iSÕStáticas_. por .su~ vc~. têm a vanta,gcln de serem mili 
Í."tci.hncotc: '3;0ali$3.d11s do ponto de vista do c:ílculo, p<>is seu tomportamcto 
é mais simples. São majs .f.iceis de sc:rcm ~CQ.lta.das, tom2ndo ... se, por im, 
um."\.soluçio b:ist.;lnte usada nas estruturas pré fabriq.das, na~ q~a.is as peças 
mcnorc.'i· e d.e fácil Jig;i.~·o cn.trc sí :são mais \lllntajosafi° paro o proccsso de 
iudusuiiliz.aç5<>. 
Coosi<lere-se, ainda, que a 1110 co11tlnuidade das peças lhes pernüce que 
possam dilatar-se c>u rtt.r.úr-sc 1ivrcmeJttC, k1n :aftti.r outt:as 1>attes da 
csmstu.ra.-
~ CStr\IOlr:lli de co.ocrcro :mnado moldadru; ;;-in .. loco", devido 20 próprio 
pcocessi0 conscrutivo, s5.o cm ~i.1.a grande m~iori:~ Wpcrestáticas.. 
As-escrururas ,roed.licas, de madeira e os pré-moldados de concreto, devido 
ao proce~o mais industtia1iudo, e.xecuradõ :tttavés da montagem de 
cornponcntes e vi$ando à simplific~ç:ão da$ liga~t5cs enttc eles. tão 
nonn:almente C.'ftTUturns isost:ãtieas. 
48 
Equilíbrio estático lntano 
O cquilibrio encmo de uma atN1un é condiçio _._.ria, mas 
nJo auJi.àcntie. par.a 2 wa cxistl:ocia. ~1cuno uma esuutun. com gn:nck 
gnu de cmb4lidade, como as couu1uns lüpcratl.ri<?S> pode padcr a sua 
cmbilidadc, oc o material da qual é cumpom, nJo fw capaz de n:agic às 
tcn$Õd inrcrnas,. n>mpcndo--~ e pcrdcJxlo o equilJbrio interno. 
Sc1nclhanrc ao ca.:;o do equilíbrio externo, para que <>Certa o cqui.líbrio 
inlcroo, t nca~Ario que as $CÇOc5 que 00111põc.m o elemento estn:1ru.ral 
nlo io dcsloc1ucm nll horizonttl, na vert:ícal e nlo girem. 
A ruptura de um ckn1ento cscrutur.al dj·llé: pcJa perda do cquillbrio intcnJc>, 
ou &ej:a u tensões no m2rcrW pfOV()(2m algum dctlocllmeoto rdati\o'O entre 
.. S<Ç6es. Como nJo se pode ver o que acont- dcnuo do seç;o de um 
demento mrurur.ü. rttorTC: se a aJgwna pist:a cac:nu. Essa pi$t2 é a fonna 
como o demento mrunu.lsc deforma qu>ndo$Ubmctido is fo<su atcnw. 
E>âsic um• rd>çio dite.a cnttt o que ooom dcnuo do elcmcmo csmnunl 
e as dcfonnaç6c:f c:xrc:mu vW\-eiJ. 
T,.çAo simples ou axiAI 
Se:: uo1a barra, quando $ubrnctidn :t (orças cxtcrnasJ $0Íre um 
11uolcnto no seu tamanho, na dircçio do seu eixo, e se esse aumento ocorre 
de forma uniíonnc, ou seja~ todas as suas libr.is IOÍrtm a mC$0la deformação, 
pcxk--sc concluir que intcmimentc a barra esd wjein :t um:t fol"Ç2 aruando 
de dcnuo puo fon, normal ao plano da •ua scçAo e 2plic:ld>. no seu ccruro 
de g111vidacle. A csa ~ di-tc o nome de uaçio simples ou axial. 
T 
T 
" A forço de tnçio simples se ilisttibw rui ~d• b:lm, p<0\'0Cand<1 tensões 
nonnajs de 11'llÇ10 simples. 
Esm 1entõca do unifonms ao longo de toda • "'1'5o,íi qw: a !r.IÇâo simples 
p~vca u1na soliciraçio uniforme de cocb.s as fibru da seção. 
Nurc ca.so. o rquilíbrio interno $Cri obtido quando o roarerial for 
;uf>àcntcmcotc reÃ$t<nu: para n:agicu 1cnoõca qw:, P"""""d" pchs forças 
de mçlo limpk<, rendem • afastar u scçllcs. 
49 
Conlpress-lo simples o-o. iOOal e flainbngcm 
Se a baita, quando submetida a forças C:X1ern.a!i, soíre um:.t 
dimiouiçã.o oo seu tamanho, na dircç?io do $CU. eixo, e se essa d.imin.uiçio 
ocotre de forma uniíom1e. ou seja, t9<1as as- $~1lS· fibra~ .sQÍcem a mesma 
dc.fonnaç:âo, pode-se concluir que inrem:uucntc a b:wa· está sujêic~l :t wn:a 
força atuando de fóra parn dentro, normal ~Ul plano da iru:i seção e apücada 
no centro de.gravidade de$$:\ seção. J\CSt<l forçadi ... se o nom(' de comptCSSão 
simplc$ ou axi:.~J . 
e 
Ali!n\ d.o 8ellli<lo em que se deformam, h:1 um w inpõrtnmCnro bastante 
difercnciad,o e11tre utna l>arrn sujtil'á a tntçfto sirnpleJ e <>urra sujcit.-i i 
compressão simples~ 
Se, em u1nil ba.rta tmc:io1la<h, a forç.i de rraç:ão simples é aumcn~d:t 
gr:ad:ui\12mente, 11! tt:n.~s internas aumentam até que, ultrnp:.t.s.S."l.da. ~ tcns~o 
de resistência à tt:açf\o do marcri~l. a peça se rompe. 
, u:çóc1~iiad•t 
No C:ISQ da cómpl't'$Sío mal, p;odc (~ª''ª ntab-4• 
ocorrer a pc:r<k de est.ibilidade da 
peça, bem aotcs ceie seja atlngida a. 
CCJ\S.ão de .n:1pCUt2 à compressão do 
m111c:.r.io.J, como n1ostta à-6.guta :te> 
lado. A este fen6meno de pen!• de 
c:smbiJídade da barra, antes da 
ruptura do material, dá~S:C o nome ~ 
de lhmb.gcm. e ~rua"lIDl.lID11i'tlm'A= e 
A flamb;1gem ê Q fc-nõmcuo que dlsriogue [adic:altnc:1\te o cotnpor.t:unc:nto 
de bUras subrnetidas :a tração cm tclação ao de. barras submc:tfdasa 
compmsão simples, CJÕgindo uma preocupação ~p~cial com ·'lls b2rt:l!t 
compriJnidas. 
A Il:unb.~~ depende de divc:fSQS C.1toT'C$ que, bc1n t<>ntro.bdo~ garJJlfe.tn 
um tr.ilialhQ adequado d.'lS b·amLS submtrid:as a comprcssã"o. 
É imedi.ata à conc:luSâo de que: a íotcnsidadc: da força aplicada é um desses 
fu:tores. ~3nto maior sua ioternidade maior será o perigo de flamlY.igcm. 
da. barn. O tipo d.e m~rerial é outro futor. 
50 
Como foi visto aotçriormente. existem ma.reriais ma.is deformáveis do que 
O\Jtros, scnçlo a dcíormabilid3de de Clld3 marcô:U 1n.edida pc.k> seu módulo 
de <;lasticid11.dc, obrido no cnsiio tensão x dcfurm!Aç2o. 
M31eriais oom módulos de cla:sticidade alrôs serio rocnos deformáveis e, 
porranto, sofrerão menos riscos de flamhagcm. 
Outtos fatore$, mcnO$ evidentes. }lOdcm ser observados -a paa:tir de ensaios 
1nujro simplc$. Se $C comprimir barras, com QS 1nes.rnas seções e de 
comprimentos diferente~. uorar-gc-:i que elas Oa.mbario çpm forças 
difcrc.:ntes: quanto n1aior o comprimc.nto da barra menor seri .i fo.rça 
necessária para·p.rovoc:u a 0ambagem. Vcriftca .. Je ctmbém que <t tlambagcm 
da barra depende do quadt"'\tdQ do $CU c9mprimcnro. Ern oums p:ili\vr.as, . 
.se sedupliçaro comprimento de uma barr.a, ~ JO(Ç:t nc~cssllri.'\ para prm'OCar: 
su:a flamOOgc:m fi<:ari· reduz.ida 1l a_pc.uas um quatt0. 
A bl.rra ficarâ quatro ·vCZCJ"n'lais iru'távcl. 
PotiS.$0, cor.n,am-sedc fund:tmcntal i.mporr:ãncia;-'1$oondiçõcs de crav·.ir:nento 
lataal d:u b:untS· submetidas :i co_mprcssão. 
'º•(to;1".lftftka .. -~ .. .,. -' 
•( .. , .......... ..... .......... 
' ' 
' 1 
A forma e ;is dimensões d2. seç-jo da 
barta são ou.ttos fatores de. grande 
impotdricia. rto _fenômeno da 
fl:unbagt:nl. Se se usar um modelo 
bem s.impJC$, vé-s.c que. io Oao1bar, 
as S<ç9çs da bma, ames paralelas, 
giram em tornC> do$ $CU-S eixos, 
aproxim:indt> ... sc numa d-a$ fuces e 
af.;a.scan.do~sc e,m outra. 
ES;Sa s.itu-nç.~o m0$!r.:l qtte a nl11ior ou 
mcoor possibilidade de um-a barr-J 
fumbor cst~ diretameme ligada à 
maior ou menor facilidade de giro 
das $u:lS seções. 
51 
Um;a folha de papel dobr.ada, se 
comparadn. :a uma· folha não 
dób.rada, :.presenta uma resistência 
muít0 superior ao giro em rclaçio 
to eixo hori'ZOntal que pai;s.a pelo 
centro' de g ravidade de sua seção 
trMsvers:ü. 
Convém lembrar que o ccnuo de 
gr.1.vidade de uma figun p1a.na é o 
pooto c.m CJUe, se ll fibf'Uf:l tÍV'CSSC 
peso, poderia ser suspcoli3 sc1n sofrer 
qualquer giro, m.antcndo-se 
bori7..ont.tl. Pat2 que issO ocorra, ~ 
i.nn1itivoser ncctSd.rio que· as m:issas 
que compô-em a tigur:t csrcjanl 
adcquadamc:nrc dis tribuídas, cm 
toda-s- ~s direções, cm rdaçilo "º 
ccilt:rQ de gravidade. 
'O:aJ ser possivel que o çcnrro 4e 
gr.tvidade de wrut figura piilna csicja 
SÍtu3do for:i dessa f4,rura. 
rolha dobBda 
Íco 
CG 
• •1ll ala.•Udl 
d.o CG 
jço ... e-d••••~••• ••~I 
Logo, a folha dobrada aptcsentl. maior resistê'nclt à fbn1Jr-igcm do que n 
folh• olo dobrada. 
Qiu&l é, porl".tnto. o f.1t~r qu-e &z com que uma.. s(!ç:ão '$.C tome mais ou 
menos ri::sistcntc ao giro? A maior ou menor [>0$Íhilidade de uma seção 
girar depende da maocira como o im.tcrial está distribu:ído cm rcJação :ao 
"'"""' de gr.wid•dc d• seção. 
Bata c·nrcndcr melhor c'~c: 
fcnónlcno1 obs-crvc 2 seguinte 
iln;iJogi.a fisica: suponh.11. que :se 
<[UCÍta giru, 00111 a m'lio, uma.massa 
qualqoer Qfn~rrada a ela por un1 fio. 
Ql1an.ro mais afastada ess:a massi 
estiver da mio mais: difícil será 
impu.lsioná~Ja ao giro. 
Ou seja, qu.wto mais longe es-tivcr 
a nussa do centr0 de giro m.als dilicil 
sccl tiffi .. Ja d;l .inércia .. 
1\ es::s:c fCnómcno dá-se o nome de 
momento de ü16tti:r. 
52 
Coisa scmdlu.ntc oeom: com a dísrribujçSo de matctial m._ seção de uma. 
b<Ur.L ~to nWs afutldo estive< o nuwi:il do ttntro de giro da scçio 
da l>arR, ou seja, do seu camo de p.;dade, nuit clIBál seri girw a ~ 
<. <OIU<<fU~lltOncntc, nl2is clIBci! ""' • barn flambtt 
No acmplo. 'fl'>ndo • folha de p;ipcl .. ,. ~. • "'1 oc:çlo tnlU\'CfS:il 
tem • rorm:a de um V cujo CCllUO de gnvidtde enconl?2~s-t: na pot:ição 
mostrada na fsgun da pigioa anterior. 
{ly$1ndo a foJhl'.l 1\!io cscl dob~da. a sua sccç!lo rcm a forma de um rctânguJo 
cuj" lliturn é 1nuito pequena (a cspçssorA drt folhV. 
Nesta situaç~o. o ct.ntro ele gravid.;idc cnc:ontr:1"$0 na mcudc dessa altur.;i. 
Pode~se .. ·cr que 2 dístribuiçio de nlatc:riaJ cm rcJ:açâo 20 cenuo de pvidadc 
du ~ ~ muito diftttntc, pan a folha dobrula e a nio dobrada. 
Na Colha dobl'lld., o imrai:il am mais longe do centro de gnvidad.:, ou 
eeouo de giro. o que ...W12em mtior resis!Cnáa ao giro da~ c,porwuo, 
em maior resisr<na. i ~ 
A forma como o ma1crial é dituibuJdo na KÇio pode ffr medido 
nu1c:maúcamcntc e recebe o nome de tnOJnc:nto de inércia da seçlo. 
O mofne:nto de 1.nércd da .seçSo relaciona u di ... aus pol'Ç6c5 de irea.s que 
a compõem cotn suas cli.stincias ao ~ntto de gravidade da S;<:Çio. 
(\xlc•-sc concluir que, para barras submetidas a compresdo, portanto sujeitas 
à narnbagc1'n, li íocml\ da. scçâ<>, ou seja, ~ m11nc:..ira co1no (> material cs.ri 
disf.ribuido Clll rclaçio 30 cc:nrro de gravid:.i<lc da 6CÇ~Q1 C de extrema 
itnportAncia. 
R""1mindo, a rigidtt de um• barro à flambagcm depende da o:bção curte 
o momcnro de in~rcia d:a sua $~ão, do comprimento da barra e da 
d..ncidadc do marc:ri:il que a compõe. 
A íónnub •p""""tada a seguú, de autoria de Euler, sin«riza bem casas 
rclaç6a: 
Per• 1t' ,EJ 
t' 
,...a,..~ .. ._..,.. ........ _ . ..__. 
t ............. - ..... ••i.t\tl 
.1 • •Oiat:!:>1t •• iMJ<llo .. t.a<•o n•-U Q ""'9 ( ·-P1Wt•11• 11k••••6o d•'°'' 
A força de c;on1prcss:lo simplC$ 1e disuibui na scç!lo da barra, p~_ndo 
ccnl6es norTn:Ús de compn:ssio sin11>lcw. Essas tcn.5ÕC:$ $3-0 uniformes- aq 
longo de roda a seçolo,jí que a compremo •imples provoca uma soliciação 
untlonnc cm tocbs suas fibras. 
No caso da compressão simples, o equilíbrio ÍJ\rcmo f obtido quando a 
barra ~ ..-uficicnrcmcntc rigicb. a ponto de nlo gir.a.r sob o cícito de 
Jb.mbogtm. ou qumdo o mateti>I ~ suficicnroncntc raistcnre pan reagir 
às tcru6es 'fl'C tendem a oproDmar U ~ ~ pebs forças de 
comprcsdo <implc:s. 
53 
1;oqa. (.OIU.Jl{t 
Supo1'lha-se a ·\ligi, apresentad2 na 68'1ra abaixo, a~iada cm ~us 
cxtrctnos e rttebcndo.uou, Iorça aplicada pcrpcndícul:umcnte n.o seu cixó. 
Se a viga fosse cortada e.qi qualquer posição, a·~ <lu·:a$ p!irtcs cortadas-
petdCJ:"i:am o equilíbrio e girariam ccn relação aos ~poi0$. 
P~t.ra <1uc u cquilJbriQ fosse. r'écopttado. secia o.ecessãrii a aplicaç:?.o de.um~ 
força. vcrtica1 na seção cortad.11.. J;:ssa-fo~ ..... já existe Ultcmamentc à $CÇ:fio d:a 
viga, enquanto da não Í<>r te<:cio.nada, e é ela q'Ut mi.ntém o equilibrio 
íntcm.c>, 'niio permitindo que as "Seções se desloquem na venicaJ. Essa força 
recebe o nome de rorça oortantc. 
i 
t 
r;B;::::;i 
.JC.:Jl 
01 e-02 • forças cortan1itc ,, 
•• 
j 
1 : 
' ' 1 ! 
' . ~ 
'LJ. 
O nome _forç~ com.occ é bem -apropriado, j.\ que C$$O.$ força$, ooorrendo 
paralelas -às seções dJ bam, !lSsemelham .. se àqudas provocad..1.:S PQr uma 
f.tea qu1.11do corra um objeto. Dependendo du forças c:xtcrnas-1 :i força 
cotmnte pode Vlfiat ao longo do rompcimene.o da barrn, como mostrn 11 
figura a seguir. A.J Íôtçai OOtr'.t.ntes do .sempre mbimas jun·to aoi; apoi(i$. 
rl •J11 
f'h!d 
a 1 e Q2 = ro1ças eortaJ)tês 
Pl .Jll 
~ ...... NJ 1., .. w T 
OM ]J . ........_ . 
..... 
1 
u~.. 1 H 
~ . ' . • • • 1 ' • • • • '2-:1r . i 1 V 
54 
Se for us:tdo um outro modelo, 
podc .. $e notar um--. 01Jcr3 
PQSSibi1idadc de csoorregamentQ 
relativo, nlo maili cntTc ias fatia:;-
verticais, mas entre as. fatias 
horit.on[a.i.s. Apare.te. ur1\a outr a 
modalidadç de forç.a c9rtanrc: a 
fi>rç-2 conantc hori.7,()nral. 
Scn1prc q\1c ooorrc:c .a posslbilid-:i.dc 
de eseotrcga.mcnto· d~$ seçôe.'> 
verticais, haverii o escorregamento 
das .seçõts hori2onlai$. 
Sio csc:Q,rrc_g~lmentos pro\•ocados 
pc:las foi:ças tort:Ul~ horizontais

Continue navegando