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S10 P2 Ta calor!! Abertura: 30/04/2021 Fechamento: 05/05/2021 Questionamentos: 1. Por que o clima influencia na aparição da sinusite? 2. Quais as causas da sinusite? 3. Como e o porquê ocorre à reação inflamatória da sinusite? Hipóteses: 1. Pelo fator da umidade. 2. Alergia e infecções por vírus. 3. Formação de muco nas vias aéreas superiores. Objetivos: 1. Estudar a função de filtração, umidificação, aquecimento e condução das vias aéreas superiores. 2. Entender o processo de formação do muco nas vias aéreas superiores. 3. Compreender como ocorre o processo de proteção das vias aéreas superiores. Os mecanismos de defesa do aparelho respiratório envolvem uma série de fatores que atuam na remoção de partículas inaladas e micro-organismos. A barreira mecânica é o primeiro mecanismo de defesa e, junto com o sistema imunológico, atua com o objetivo de proteger os pulmões contra as infecções. As estruturas das vias aéreas superiores até a traqueia são responsáveis pela condução, filtração, aquecimento e umidificação do ar. A faringe é constituída por um tubo muscular, a laringe e a traquéia possuem uma estrutura cartilaginosa, e os brônquios são constituídos de tecido conjuntivo elástico. A faringe possui três áreas: a nasofaringe, localizada seguindo a cavidade nasal; a orofaringe, que é comum aos sistemas respiratório e digestivo; e a laringo-faringe, posicionada acima da laringe (Tortora, 2004). O processo respiratório e ventilatório são automático, geralmente rítmico e controlado por mecanismos centrais. O pulmão direito tem três lobos, e o esquerdo, apenas dois, cujos brônquios, vasos pulmonares e linfáticos estão posicionados no hilo, situado na face medial de cada pulmão. A traquéia bifurca-se em dois brônquios primários, que entram nos lobos pulmonares e, em seguida, subdividem-se em seguimentos progressivamente menores (bronquíolos, ductos e sacos alveolares) (Hansen; Koeppen, 2003). A mecânica da ventilação acontece em dois momentos distintos: a inspiração e a expiração. No processo respiratório, a inspiração, causada por influências neurais coordenadas, situadas no tronco cerebral, é a fase ativa da ventilação. Nessa fase, o diafragma e os músculos intercostais externos se contraem, fazendo com que a caixa torácica se expanda, o que diminui a pressão no espaço pleural que circunda cada pulmão. Com a redução da pressão no espaço pleural, os pulmões, que são distensíveis, expandem-se passivamente, diminuindo a pressão nos espaços aéreos terminais (ductos alveolares e alvéolos). À medida que essa pressão diminui, o ar ambiente flui pela árvore brônquica, em direção aos espaços aéreos terminais, até que as pressões se igualem o que assinala o término da inspiração. Durante a expiração (fase predominantemente passiva) o processo se inverte; as pressões pleural e alveolar aumentam e o gás flui para fora dos pulmões. (Fig. 1.1) A concentração sérica de CO2 determinará o tempo de inspiração e de expiração (Staub, 1996). Sistema Respiratório: Porção Condutora. Porção Respiratória Porção Condutora: • fossas nasais;• seios paranasais;• faringe;• laringe; • traquéia;• brônquios extra e intrapulmonar; • bronquíolos PD;• bronquíolos terminais. Funções: Condução, limpeza, filtração, aquecimento umedecimento. Porção Respiratória: • bronquíolo respiratório; • ductos alveolares; • sacos alveolares; • alvéolos. Vias Aéreas Superiores e composto por: • Nariz e Boca • Faringe • Nasofaringe; • Orofaringe; • Laringofaringe. • Laringe • Traquéia (porção superior) Vias Aéreas Inferiores ▫ Traquéia (porção inferior) ▫ Brônquios e Bronquíolos; ▫ Pulmões ▫ Alvéolos As cavidades nasais são o início do aparelho respiratório, e vão das narinas, onde existem as vibrissas, pê-los que filtram o ar, até a faringe. Elas são separadas por uma cartilagem chamada de septo nasal. Além disso, as cavidades nasais são revestidas. Por mucosa do epitélio respiratório e o vestíbulo nasal (“entrada das narinas”) é revestido por pele e rico em pelos e glândulas sebáceas. O nariz remove as partículas grandes por meio de precipitação turbulenta, pois ao se chocar com as conchas e septo nasais, o ar muda de direção, e como as partículas não conseguem acompanhar a velocidade dessa mudança de movimento, elas ficam presas nas paredes do nariz. Como as vibrissas geralmente estão úmidas, elas também filtram partículas de poeira do ar que entra na cavidade nasal. Atenção!!!! Ao passar pelo nariz, o ar, além de ser parcialmente filtrado, também é aquecido e umidificado, daí a importância da respiração via narinas. Quando a respiração é feita pela traqueia (boca ou traqueostomia), ocorre resfriamento e ressecamento da porção inferior do pulmão, podendo levar a formação de crostas e infecção. SE LIGA! O nariz é o sistema de ventilação que atravessa a cabeça, permitindo o fluxo de ar entre o ambiente externo e o sistema respiratório inferior (pulmões). À medida que atravessa o nariz, o ar tem sua composição química analisada (potencialização do olfato e do paladar), é aquecido, umidificado e filtrado para os pulmões. Ao sair, o calor e a umidade são liberados com ele. O nariz também é uma via de drenagem para o muco e o líquido lacrimal. O aparelho mucociliar constitui-se em um revestimento mucoso que recobre as vias aéreas em acoplamento mecânico com as células ciliadas, de cuja função mútua ocorre a propulsão do muco em direção à orofaringe. O prejuízo da função mucociliar determina retenção de microorganismos, aumentando a eficiência lesiva e, com isso, elevando à probabilidade de infecções broncopulmonares. O mecanismo de transporte mucociliar constitui-se em exemplo notável de eficiência contra as infecções pulmonares. Existem cerca de 200 cílios em cada célula, ou aproximadamente dois milhões de cílios por cm2 de superfície mucosa, com maior concentração na traqueia e brônquios présegmentares. Cada cílio apresenta cerca de 1.300 batimentos por minuto, promovendo o deslocamento ascendente de partículas a uma velocidade de 10 a 20mm por minuto. Aproximadamente 90% do material depositado sobre a mucosa do trato respiratório inferior pode ser eliminada dentro de uma hora. Além das numerosas células ciliadas, o revestimento epitelial das vias aéreas consiste principalmente em células secretoras (células caliciformes) que, juntamente com as glândulas submucosas, segregam diferentes moléculas antimicrobianas (defensinas, lisozima e IgA), moléculas imunomoduladoras (citocinas) e grandes glicoproteínas denominadas mucinas, que se ligam a quantidades consideráveis de água, formando-se assim, o gel deformável conhecido como muco. Em indivíduos saudáveis, este muco que recobre as vias aéreas contém 97% de água e 3% de sólidos, dos quais as mucinas constituem cerca de 30% (o restante são proteínas não mucinas; lípidos; sais e detritos celulares). Assim, os principais constituintes macromoleculares da camada de muco são as glicoproteínas de mucina, que são críticas para a defesa local das vias aéreas. Existem vários tipos de mucinas com diferentes funções e localizações, codificadas pelos genes MUC, das quais se destacam duas classes expressas nas vias aéreas: as mucinas, formadoras-de-gel (predominantemente MUC 5AC, MUC 5B expressas tipicamente pelas células caliciformes e pelas células das glândulas submucosas, respectivamente) que são secretadas e polimerizam para formar gel, e são responsáveis pela propriedade viscoelástica do muco; e as mucinas associadas-à-membrana (MUC 1, MUC 4, MUC 16 e MUC 20, são grandes glicoproteínas transmembranares presentes na superfície apical do epitélio das vias aéreas). A secreção de mucinas pode ser estimulada por muitos fatores, incluindo mediadores parácrinos e autócrinos, especialmente ATP. O primeiromecanismo de defesa do aparelho respiratório, o mecânico, inicia-se nas narinas que impedem, através dos cílios e do turbilhonamento aéreo, a passagem de micro-organismos, seguidos do fechamento da glote. Quando essa atitude defensiva mais imediata do aparelho respiratório não é capaz de deter o agente infeccioso, tornam-se importantes outros meios, incluindo a filtração aerodinâmica e o transporte mucociliar. O sistema respiratório possui mecanismos de defesa para sua limpeza e proteção. Somente partículas extremamente pequenas, com diâmetro menor do que 3 a 5 micra (0,000118 a 0,000196 polegadas) de diâmetro, penetram em profundidade nos pulmões. Os cílios, minúsculas projeções musculares parecidas com cabelo nas células que revestem as vias aéreas, representam um dos mecanismos de defesa do sistema respiratório. Os cílios impelem uma camada fluida de muco que recobre as vias aéreas. A camada de muco captura patógenos (micro-organismos potencialmente infecciosos) e outras partículas, evitando que cheguem aos pulmões. Os cílios batem mais de 1.000 vezes por minuto, movendo o muco que reveste a traqueia para cima cerca de 0,5 a 1 cm por minuto (0,197 a 0,4 polegada por minuto). As partículas e os patógenos que estão presos nessa camada mucosa são expelidos pela tosse ou arrastados para a boca e engolidos. Macrófagos alveolares, um tipo de glóbulo branco na superfície dos alvéolos, são outro mecanismo de defesa dos pulmões. Por causa das necessidades das trocas gasosas, os alvéolos não estão protegidos por muco e cílios — o muco é muito espesso e diminuiria a velocidade da passagem de oxigênio e de dióxido de carbono. No lugar delas, macrófagos alveolares procuram partículas depositadas, se ligam a elas, as ingerem, matam aquelas que estão vivas e as digerem. Quando os pulmões são expostos a ameaças sérias, podem ser recrutados glóbulos brancos adicionais na circulação, principalmente os neutrófilos, para ajudar a ingerir e matar os patógenos. Por exemplo, quando a pessoa inala uma grande quantidade de poeira ou está combatendo uma infecção respiratória, são produzidos mais macrófagos e são recrutados mais neutrófilos. Localização de Defesas Vias Aéreas Superiores Nariz e Nasofaringe ▫ Pêlos ▫ Aparato mucociliar ▫ Imunoglobulinas – IgA • Boca e Orofaringe ▫ Saliva; ▫ Flora bacteriana.
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