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Contraventamentos Larissa Pitt

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1 
Chapecó, 28 de Julho de 2020 
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ. 
ACEA: ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E AMBIENTAIS – ARQUITETURA E URBANISMO / 1106 
COMPONENTE CURRICULAR: ESTRUTURAS EM AÇO. 
DOCENTE: DIOGO BEVILAQUA 
LARISSA PITT - TURMA: X / 6º PERÍODO 
 
CONTRAVENTAMENTO EM ESTRUTURAS 
Introdução 
Identificar os sistemas que compõem uma estrutura, seja ela metálica, em concreto, madeira ou 
qualquer outra tipologia é uma etapa extremamente importante no processo de projeto, uma vez que é 
necessário a projeção de estruturas isostáticas ou hiperestáticas para seu devido funcionamento, bem 
como facilita o processo de projeto sendo possível prever ações externas e ou internas de grande 
relevância com atuação nas estruturas. Desenvolvido através da componente de Estruturas de Aço, 
ministrada pelo docente Diogo Bevilaqua, esse trabalho tratará de questões mais específicas voltadas 
para o sistema de Contraventamento. 
Contraventamento: Aplicações, Princípios, Importância, Tipologias e Esforços. 
Antes de iniciar-se a discussão à cerca dos sistemas de contraventamentos, onde se aplicam e para 
quais estruturas são interessantes, faz-se necessário destacar o que é de fato esse sistema. De forma 
geral, pode caracterizar o contraventamento como um sistema utilizado, principalmente, em edificações 
que às protegem contra a ação do vento, sendo assim, é uma forma de ligação entre os principais 
elementos estruturais de uma estrutura, pilares e vigas, que possui como objetivo final o aumento da 
rigidez global da estrutura, conforme será exemplificado e discutido ao longo do desenvolvimento do 
trabalho. 
Sabe-se que o dimensionamento de uma estrutura requer atenção ao Estado Limite Último (ELU) 
dos materiais que nela serão empregados, dessa forma, analisando sua capacidade máxima aos esforços 
a fim de garantir seu devido funcionamento e ou vida útil. 
O ELU pode se dar devido ao esgotamento da capacidade máxima da estrutura 
podendo gerar a ruptura de seções, deterioração e perda de estabilidade, 
resultando em grandes deslocamentos na estrutura. Os deslocamentos em 
estruturas metálicas, devido à esbeltes das peças e a rigidez fornecida pelas 
ligações são geralmente de grande magnitude e, por isso, merecem atenção 
especial e devem ser um ponto específico de análise dentro do 
dimensionamento. RAFAEL CARRIJO BARRETO DE MATOS (2014). 
Geralmente acredita-se que apenas edificações em altura devem conter sistemas de 
contraventamentos como por exemplo, grandes edificações em concreto armado que possuem pilares 
paredes para conter o efeito indesejado do vento, entretanto, percebe-se que essa não é uma regra, uma 
vez que, barracões, pontes e demais estruturas na maioria das vezes, fazem uso de alguns sistemas de 
contraventamentos, ou seja, tanto estruturas muito altas, como estruturas muito esbeltas, mesmo que 
baixas, precisam em sua grande maioria o uso desse sistema. 
Segundo a NBR 6118 
Por conveniência de análise, é possível identificar, dentro da estrutura, 
subestruturas que, devido à sua grande rigidez a ações horizontais, resistem à 
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Chapecó, 28 de julho de 2020 
maior parte dos esforços decorrentes dessas ações. Essas subestruturas são 
chamadas subestruturas de contraventamento. Os elementos que não participam 
da subestrutura de contraventamento são chamados elementos contraventados. 
Quando fala-se em estabilidade global de uma estrutura a premissa encontra-se voltada à análise de 
todos os elementos estruturais atuando de forma conjunta para sua devida sustentação e resistência as 
ações solicitantes. Kimura (2007), define que a estabilidade global de uma determinada estrutura é 
inversamente proporcional à sua resistência para com relação aos esforços de segunda ordem, sendo 
assim, tem-se como definição básica a ideia de que quanto mais rígida for à estrutura, menor será o seu 
deslocamento horizontal, bem como que quanto maior forem os efeitos de segunda ordem na estrutura 
mais instável a mesma se torna. 
O aço, mesmo que ainda pouco explorado na construção se comparado com o concreto armado, é 
muito empregado na construção civil, contém excelente resistência à tração, dureza elevada, plasticidade 
e ductilidade como pontos positivos. Na estrutura metálica, sistemas de contraventamento são 
compostos principalmente pela utilização de barras também metálicas em conjunto com o restante da 
estrutura e visam minimizar ou anular deslocamentos horizontais, causados pelas ações variáveis. 
Essas estruturas podem ser visualizadas de duas formas, sendo elas: vertical a fim de promover o 
travamento de vigas e pilares ou na horizontal para travamento de coberturas, por exemplo, sendo que, 
vale ressaltar também que o dimensionamento dessas estruturas muito tem a ver inclusive com a região 
na qual estará inserida, de maneira geral, variam de acordo com cada projeto. 
Quanto aos tipo de contraventamento, podem ser citados inúmeras soluções: 
01. Pilares Parede: A utilização de pilares-parede, fornece a resistência necessária e a rigidez aos 
esforços horizontais que atuam sobre as estruturas. Normalmente, nesse tipo de estrutura os 
esforços ficam concentrados nesses pilares, uma vez que os mesmos, atuam de maneira 
individual de absorção. Por conta disso, muitas vezes transmitem esforços elevados às suas 
fundações e dessa forma, provocam um custo um pouco mais elevado. 
 
02. Efeito Pórtico: O sistema de contraventamento realizado através da idealização do efeito pórtico 
exige a análise detalhada dos vínculos da estrutura global, sendo assim, nesse caso, os vínculos 
em x ou y precisam estar devidamente definidos, levando em consideração a necessidade de 
ligações rígidas ou flexíveis dependendo do sentido do pórtico que pretende-se realizar, para 
que o conjunto se comporte de maneira conjunta. 
 
03. Núcleos Rígidos: Utilizados principalmente em edifícios de concreto armado, essa tipologia de 
contraventamento permite a criação de um núcleo com base na associação de paredes de 
concreto armado, que formam de fato um núcleo, resistente a cargas verticais e laterais 
principalmente. 
 
Além disso, são utilizadas ainda as treliças para o caso de telhados, o chamado sistema de tubos que 
pode ser composto por tubos perfurados, treliçados ou simples, efeitos de amortecimento ou dissipação 
de energia, entre outros. 
Nas estruturas metálicas propriamente ditas, os mais usual é a utilização das barras de forma 
diagonal na estrutura causando o efeito de rigidez necessário. 
Os deslocamentos que podem ser gerados em uma estrutura qualquer, devido a ação de forças 
variáveis ou não, podem apresentar até três níveis diferentes, de pequena, média e grande 
deslocabilidade. Conforme pode ser visualizado na Figura 1, existem várias formas de realizar as 
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Chapecó, 28 de julho de 2020 
subestruturas de contraventamento, sendo elas, o sistema de simples diagonal, diagonal dupla, sistema 
em X, sistema em V e em V invertido, respectivamente, além disso existe ainda o chamado K. 
Figura 01. Sistemas de Contraventamento. 
 
Fonte: MATOS, Uniceub, 2014. 
Essas tipologias apresentadas na Figura 01, fazem parte do conjunto de contraventamentos 
concêntricos, ou seja, aqueles que como resultado final da disposição resultam em triângulos completos, 
sendo esses os mais rígidos. Além desses, ainda existem outras opções que devido a sua disposição não 
formam triângulos completos, onde nesses casos as barras são afastadas ocasionando um sistema menos 
rígido e com menor eficiência final. 
Figura 02. Efeito do Contraventamento na Estrutura. 
 
Fonte: Análise das Estruturas. CARNEIRO, F., MARTINS, J. G., 2008. 
Figura 03 e 04. Efeitos do Contraventamento em Telhados. 
 
Fonte: Análise das Estruturas. CARNEIRO, F., MARTINS, J. G., 2008. 
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Chapecó, 28 de julho de 2020 
Nessas tipologias de estruturas de contraventamento a rigidez global da estrutura é garantida a 
partir de esforços de tração e de compressão em sentidodiagonal das barras. 
Conclusão. 
 Ao identificar-se os principais tipos de contraventamento, tendo em vista principalmente as 
estruturas metálicas, foco da matéria de Estruturas de Aço, abrem-se diversas soluções para o combate 
dos efeitos do vento nas estruturas. Sendo assim, tem-se por conclusão que a concepção estrutural, bem 
como a arquitetônica de toda e qualquer edificação ou elemento arquitetônico deve abrigar um conjunto 
de soluções pontuadas para a garantia de sua estabilidade global, incluindo-se nesse casos os sistemas 
de contraventamento. 
De maneira geral, pode-se dizer que os sistemas interligados condizem muito com suas funções, 
onde cada tipologia de estrutura atua de determinada maneira para o cumprimento de sua função. 
Edificações contraventadas, no caso de estruturas em aço, conseguem atingir um nível de rigidez 
satisfatório a partir do aumento da rigidez em suas linhas diagonais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Chapecó, 28 de julho de 2020 
REFERÊNCIAS: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRAS DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) NBR 6118. Projeto de Estruturas 
de Concreto. Rio de Janeiro, 2014. 
Centro Brasileiro de Construção em Aço. Disponível em: < https://www.cbca-
acobrasil.org.br/site/construcao-em-aco-vantagens.php>. Acesso em: 26/07/2020. 
Contraventamento. Disponível em: <http://www.estruturas.ufpr.br/wp-content/uploads/2015/02/09-
Contraventamento.pdf>. Acesso em: 25/07/2020. 
Estruturas Metálicas. Disponível em: 
<http://aquarius.ime.eb.br/~moniz/metalica/estruturas_metalicas_2013_/3.pdf>. Acesso em: 
25/07/2020. 
IGLESIA, Socrate Muñoz. Soluções Estruturais: 10 formas de controlar os deslocamentos e acelerações 
horizontais. Disponível em: < https://maisengenharia.altoqi.com.br/estrutural/solucoes-estruturais/>. 
Acesso em: 26/07/2020. 
O que é Contraventamento. Disponível em:< 
http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2009/02/o-que-e-contraventamento/>. Acesso em: 
25/07/2020. 
KIMURA, Alio Ernesto. Informática aplicada em estruturas de concreto armado: cálculos de edifícios 
com uso de sistemas computacionais. São Paulo. Ed. Pini, 2007. 
LONGO, Luis Filipe. Como Contraventar uma Estrutura. Disponível em: < 
https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-br/articles/115001186613-Como-contraventar-uma-estrutura->. 
Acesso em: 26/07/2020. 
MATOS, Rafael Carrijo Barreto. Sistemas De Contraventamentos Em Edifícios De Estrutura Metálica. 
Faculdade de tecnologia e ciências sociais aplicadas – fatecs curso: engenharia civil. Brasília, 2014. 
SOUZA, Marta Francisca Suassuna Mendes, RODRIGUES, Rafael Bezerra. Sistemas estruturais de 
edificações e exemplos. Campinas (SP), Julho de 2008. 
UNICEUP. Disponível em: < https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/6404/1/21016114.pdf>. 
Acesso em: 25/07/2020.

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