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Ludicidade e Psicomotricidade

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Ludicidade e Psicomotricidade
Curso de pós-graduação
2021
Prof.ª. Me. Tatiana de Camargo Schiavon
Acolhida 
https://youtu.be/_-S7OYCoWRA 
O que Ludicidade
O primeiro aspecto a destacar é que as atividades lúdicas não se restringem ao jogo e à brincadeira, mas incluem atividades que possibilitam momentos de prazer, entrega e integração dos envolvidos. 
Segundo Luckesi, são aquelas que propiciam uma experiência de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis.
Para Santin, são ações vividas e sentidas, não definíveis por palavras, mas compreendidas pela fruição, povoadas pela fantasia, pela imaginação e pelos sonhos que se articulam como teias urdidas com materiais simbólicos.
O que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. 
Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida, de expressividade.
Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva.
“as atividades lúdicas permitem que o indivíduo vivencie sua inteireza e sua autonomia em um tempo-espaço próprio, particular. Esse momento de inteireza e encontro consigo mesmo gera possibilidades de autoconhecimento e de maior consciência de si” (PEREIRA, 2002)
O que é psicomotricidade
“A Psicomotricidade baseia-se em uma concepção unificada da pessoa, que inclui as interações cognitivas, sensoriomotoras e psíquicas na compreensão das capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em um contexto psicossocial. Ela se constitui por um conjunto de conhecimentos psicológicos, fisiológicos, antropológicos e relacionais que permitem, utilizando o corpo como mediador, abordar o ato motor humano com o intento de favorecer a integração deste sujeito consigo e com o mundo dos objetos e outros sujeitos.” (Costa,2002)
“Em razão de seu próprio objeto de estudo, isto é, o indivíduo humano e suas relações com o corpo, a Psicomotricidade é uma ciência encruzilhada... que utiliza as aquisições de numerosas ciências constituídas (biologia, psicologia, psicanálise, sociologia, linguística...) Em sua prática empenha-se em deslocar a problemática cartesiana e reformular as relações entre alma e corpo: O homem é seu corpo e NÃO - O homem e seu corpo”. (Jean-Claude Coste, 1981)
De acordo com Freire, “a criança é uma especialista em brinquedo, mais até que a própria professora. Não uma especialista em teorizar sobre o brinquedo, mas em brincar.”
Dinâmica
PARTE 1
Ouvindo a música: https://youtu.be/xJNKT9HAXRc 
Rememorar o que você gostava de brincar quando criança e desenhar.
PARTE 2
Procurar apresentar todos os detalhes vividos e as construções elaboradas
Que relações se estabelecem entre ambos
O lúdico vincula-se tanto com o prazer quanto com a cultura em si.
O que se reflete no sujeito.
Ao motivar-se pelo prazer, algo de construtivo se desenvolve.
Há sempre algo em jogo.
O elemento motivacional e da experiência interna.
VIVIDO, SENTIDO
AFETADO
O papel do professor
No trabalho da psicomotricidade, o papel do professor e dos demais, é o de assumir a intermediação do desenvolvimento da capacidade de aprender, dando à criança tempo para as suas descobertas, oferecendo situações e estímulos cada vez mais variados.
Experiências concretas;
Vivências com o corpo inteiro;
Construção própria de seu desenvolvimento global pelos estímulos. 
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão, pois facilita:
A aprendizagem;
O desenvolvimento pessoal, social e cultural;
Colabora para uma boa saúde mental;
Prepara para um estado interior fértil;
Facilita os processos de socialização;
Comunicação;
Expressão e construção do conhecimento. 
(Santos, 1997)
É pelo jogo, pelo brinquedo, que crescem a alma e a inteligência. Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho, será um adulto que não saberá pensar.
(Charteau, 1987)
Problemas encontrados:
Resistência de professores, pais e educandos;
Falta de conhecimento do percurso educativo;
Falta de conhecimento de como mediar as ações lúdicas;
Necessidade de organização do tempo e do espaço;
Necessidade de criar e recriar propostas;
Exige agir em um modelo contrário ao que se vivenciou na escola;
Riquíssimos resultados:
Escuta sensível aos apelos das crianças;
Abrir-se a história individual de cada um;
Aflora os sentidos e a sensibilização;
Compreensão da criança como ser histórico, social e lúdico.
Recursos de formação para o professor:
Proporcionar vivências lúdicas, conhecer-se como pessoa;
Saber de suas possibilidades e limitações;
Desbloquear resistências;
Apurar a visão clara do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto. 
Dinâmica 2
Buscar uma propaganda do seu tempo de criança.
Analisar as sensações que essa vivência lhe traz;
Que memórias são reavivadas a partir dessa atividade?
Por que as memórias se reavivam? Que gatilhos essa atividade desencadeia? Que sentidos cria?
Passado, presente e futuro
A brincadeira tem duas faces:
 Passado Futuro 
Permite que se resolvam simbolicamente problemas não resolvidos anteriormente.
Permite que se enfrente direta ou simbolicamente questões do presente. 
CONSTRUÍDO NO PRESENTE
Na brincadeira, ocorre a ressignificação das experiências.
Analisar as situações a seguir e refletir:
Mediante os conceitos de ludicidade e psicomotricidade que desenvolvemos nessa aula:
Destaque a categoria das atividades;
b) Elenque o que está sendo desenvolvido, atividades motoras, intelectuais, afetivas, componentes de socialização, culturais e/ou regras e interação;
Trabalho da disciplina
Assistir o documentário, resumir os fatos relacionando-os com os aspectos estudados na aula de hoje. 
Referências
COSTA, A. C. Psicopedagogia & Psicomotricidade: Pontos de intersecão nas dificuldades de aprendizagem. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese. In: LUCKESI, Cipriano Carlos (org.) Ludopedagogia – Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, 2000.
PEREIRA, Lucia Helena P. Ludicidade: algumas reflexões. In: PORTO, Bernadete de Souza (org.). Ludicidade: o que é mesmo isso? Salvador: Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Gepel, 2002, p.17
SANTIN, Silvino. Educação física: da opressão do rendimento à alegria do lúdico. Porto Alegre: Edições EST/ESEF – UFRGS, 1994.
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