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Porto Itaguá Taguatinga Shopping Shopping Tamboré Shopping Guarujá Pátio Savassi Center Shopping de Uberlândia Supermercado Confiança Max Posto Rodoservice Star Espaço Estação GV Shopping Mercado da Vila Rubin Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço.número 04 junho de 2005 Shopping Centers e Centros Comerciais a construção em aço Tal como vem acontecendo em outros setores, o processo de industrialização da construção civil está alterando substancial- mente a forma de se projetar e construir no Brasil. A arquitetura migra do processo artesanal para um processo industrializado, cujos elementos pré-fabricados são compo- nentes de uma montagem sequencial. Resul- tado: melhor qualidade dimensional e menor desperdício de material e de tempo. Neste cenário, o aço é o material mais versátil e adequado a contribuir de forma decisiva para esta nova etapa da arquitetura e da construção civil brasileira. Mais do que isso, pode-se dizer que o aço associa quatro questões fundamentais: 1. Projeto . Transparência, esbeltez e leveza; . Grandes vãos livres, permitindo espaços mais flexíveis; . Garantia de precisão construtiva. 2. Economia . Redução do canteiro de obras; . Menor peso da estrutura: fundações mais baratas; . Estruturas esbeltas: menor seção dos pilares e menor altura das vigas; . Rapidez: obras mais rápidas; . Flexibilização no projeto de instalações e equipamentos; . Facilidade de modificações futuras. 3. Meio ambiente . Menor desperdício de material de construção; . Menos barulho e poeira; . Material 100% reciclável. 4. Segurança . Material certificado: confiança na qualidade; . Conexões visíveis: checagem do comportamento estrutural; . Capacidade de absorver ações excepcionais: terremotos e colisões. Assim, estimulando a criatividade dos nossos projetistas, o aço permite associar projetos arquitetônicos arrojados segundo novas formas estéticas. Permite ainda maior racionalidade econômica, menos impacto sobre o meio ambiente e mais segurança para os usuários, oferecendo maior satisfação para clientes, usuários, arquitetos, engenhei- ros e construtoras e contribuindo de forma definitiva para a melhoria da qualidade e da produtividade da construção civil brasileira. sumário 04. Center Shopping de Uberlândia Luiz Humberto Finotti 07. Patio Savassi CSB Arquitetos 10. Shopping Guarujá Doroti Riotto 12. Porto Itaguá GCP Arquitetos - Andreas Gyarfas e Sérgio Coelho 14. Shopping Center Tamboré KOM Arquitetura e Planejamento 17. Taguatinga Shopping Eduardo Mondolfo 20. GV Shopping André Sá e Francisco Mota 22. Shopping Estação Dória Lopes Fiúza Arquitetos Associados 24. Mercado da Vila Rubim Pedro Canal Filho 26. Supermercado Confiança Max Edmilson Queiroz Dias 28. Posto Rodoservice Star Jurandyr Bueno Filho ISSN 1678-1120 editorial Invenção norte-americana, o shopping center chegou ao Bra- sil na segunda metade do século passado. E se, inicialmente, eles estavam restritos às metrópoles, hoje, espalhados por todo o Brasil, atingem as cidades grandes e médias. Comodidade, conforto e segurança, são alguns dos principais aspectos que os tornaram um equipamento indispensável à vida urbana contemporânea de milhões de brasileiros. Tem- plo do consumo, o shopping vem se tornando cada vez mais especializado. Há shoppings de lazer, de decoração, só para automóveis ou informática, e até aqueles em que encontra- mos de tudo que se possa imaginar e um pouco mais. Obra de grande impacto urbano e econômico, os shoppings são empreendimentos com grande rigor de planejamento, tanto no aspecto financeiro e urbano, quanto na questão ar- quitetônica e construtiva. Neste sentido, é praticamente in- concebível que um equipamento de tamanho porte não seja hoje projetado com um sistema construtivo industrializado. Ainda que não haja uma exclusividade no uso de perfis de aço na superestrutura deste tipo de edificação, é certo que os elementos metálicos de aço estão presentes em quase a totali- dade dos shoppings brasileiros. Em função dos grandes vãos, é cada vez mais comum seu uso nas coberturas leves e parcial- mente transparentes. Além disso, sua presença em escadas, marquises e na estrutura interna das lojas é marcante. Como veremos nas próximas páginas, o uso do aço na estru- tura vem ganhando a preferência dos arquitetos e engenhei- ros envolvidos em projetos e construção dos shopping cen- ters. Também apresentaremos nesta edição centros comerciais de porte médio, como o Porto Itaguá e o Mercado da Vila Rubim, em Vitória. Esta preferência pode se dar por razões técnico-construtivas, no caso de prazos exíguos ou na inviabilidade de canteiros de obras em regiões urbanas densamente ocupadas, como também pelo lado estético da obra, quando se tira partido da expres- sividade do aço, associado a um espaço interno diferenciado, visando oferecer ao usuário um ambiente aprazível e propício às suas atividades de consumo e lazer. Afinal de contas, este é o objetivo de qualquer empreendimento comercial. Quem bem expressa isso é o arquiteto Eduardo Mondolfo, projetista de vários shoppings, ao falar sobre o uso do aço neste tipo de equipamento: “aos poucos fomos entendendo as sutilezas que o material carrega, e tentando transformá-las em fato estético”. expediente conselho editorial Alcino Santos - CST Catia Mac Cord Simões Coelho - CBCA Paulo Cesar Arcoverde Lellis - Usiminas Roberto Inaba - Cosipa Ronaldo do Carmo Soares - Gerdau Açominas Sérgio Iunis - CSN produção Núcleo de Excelência em Estruturas Metálicas e Mistas Universidade Federal do Espírito Santo coordenação editorial Tarcísio Bahia apoio editorial Helio Honorato Tiago Scaramussa projeto gráfico Ana Claudia Berwanger Ricardo Gomes editoração gráfica Radael Júnior revisão Sidnei Palatnik Arquitetura & Aço é uma publicação semestral do Centro Brasileiro da Construção em Aço. Centro Brasileiro da Construção em Aço Av. Rio Branco 181, 28o andar. CEP: 20040-007 Rio de Janeiro RJ http://www.cbca-ibs.org.br e-mail: cbca@ibs.org.br 4 Ambiciosa expansão, totalmente estruturada em aço, ampliou a área e incluiu um centro de convenções, cinemas e heliponto. Esta obra de expansão do Center Shopping de Uberlândia propiciou à cidade um novo e amplo espaço comercial, de lazer e negócios, atraindo eventos de grande porte como congressos, feiras e convenções, é uma edificação semi-subterrânea de seis pavimentos com 60.000 m². O conjunto é composto por 950 vagas de estacionamento, lojas e praça de alimentação, área de lazer com cine- mas e boliche, serviços como academia e cursos e um centro de convenções. Um dos diferenciais desta obra é o fato de que em três lados do shopping existem vias públicas com Luiz Humberto Finotti Center Shopping de Uberlândia Vista da área externa da expansão do shopping, onde se nota passarela totalmente estruturada em aço. CORTE Totalmente industrializada, a obra foi realizada com estrutura de aço e painéis pré-moldados. 12,5 25 50 5n.04 shopping centers e centros comerciais Center Shopping de Uberlândia Luiz Humberto Finotti trânsito de veículos. Estas vias foram apoiadas sobre uma es- trutura de aço independente do próprio shopping, e separadas do corpo principal através de juntas de dilatação. A agilidade construtiva que este tipo de empreendimento exigia, aliada à limitação do custo, re- sultou no desenvolvimento de um sistema misto constituído por pré-lajes modulares de pe- quena espessura, solidarizadas à estrutura de aço por meio de um capeamento concretado poste- riormente. Este sistema atendeu às necessidades de prazoe cus- to e também mostrou-se extre- mamente versátil, permitindo a utilização dos serviços da enge- nharia local. A sequência cons- trutiva da estrutura de aço con- sistiu na execução do projeto e PLANTA NÍVEL 108 Internamente o Center Shopping de Uberlândia tem uma imagem universal, uma das tendências comerciais do setor. 25 50 100 6 Center Shopping de Uberlândia Luiz Humberto Finotti Projeto: Luiz Humberto Finotti Área construída: 60.000 m2 Aço empregado: ASTM A 36 Peso da estrutura: 3200 t Coordenação de projeto: Gustavo Finotti Zanatta Projeto estrutural: Usiminas Mecânica Fornecedor da estrutura de aço: Usiminas Mecânica Construção: Tecsteel construções Metálicas Cliente: Center Shopping S/A Local: Uberlândia - MG Data de Projeto: 1999 Data de conclusão da obra: 2000 da fabricação da estrutura em paralelo a da execução das contenções e fundações. Desta forma, o canteiro já esta- va liberado quando a estrutura metálica estava em con- dições de ser montada. Além da supra-estrutura, também as vigas da cobertura são em treliças de aço. Vale a pena ressaltar que em julho de 1999, com a obra sendo montada, o pé-direito da região dos cinemas foi mo- dificado de 9,0 para 12,0 m, possibilitando a inclusão de um piso intermediário em metade da área do 5° pavimento. Mesmo com essa alteração, a obra foi entregue no prazo e sem custos adicionais, tendo a estrutura de aço absorvido facilmente o impacto destas modificações, o que exemplifi- ca a agilidade e versatilidade do processo construtivo. Escadas de aço reforçam a expressão de uma construção racionalizada. ELEVAÇÃO 12,5 25 50 7n.04 shopping centers e centros comerciais CSB Arquitetos Pátio Savassi Estrutura mista viabiliza obra em local de intensa atividade urbana, sem conflitos de vizinhança ou comprometimento de prazos. A atividade de construção civil é normalmen- te um transtorno para a vizinhança imediata da obra, principalmente nos grandes centros onde, além dos canteiros exíguos, o entorno é todo construído e habitado. Em obras conven- cionais, o ruído, a poeira e a grande movimen- tação de trabalhadores e caminhões criam um conflito imediato com o cotidiano da vida ur- bana local, uma vez que a população não quer pagar o ônus do incômodo causado pela obra. Com o incremento da democratização políti- ca da sociedade, construir é algo que deve ser cada vez mais planejado, pois as comunida- des urbanas legitimamente reinvindicam um ambiente harmonioso. Este é um dos motivos que mais incentivam obras industrializadas com rigoroso planejamento construtivo. Vista aérea do Pátio Savassi, uma obra inserida numa área densamente ocupada. 5 10 20 ELEVAÇÃO Vista da entrada; nota-se a harmoniosa relação do shopping com a cidade. 8 Pátio Savassi CSB Arquitetos 1 - LOJA 2 - ANCORA 3 - MALL 4 - SANITÁRIOS 5 - AREA TÉCNICA 6 - RESTAURANTE PLANTA - 2º PAVIMENTO E este é o caso do Pátio Savassi. Localizado no mais famoso bairro de Belo Horizonte, o que re- forçava a garantia de êxito do empreendimento era, ao mesmo tempo, um dificultador, pois a sua construção teve que levar em conta as condições impostas pelo local: pouca disponibilidade de canteiro, níveis de ruídos que não incomodassem a vizinhança e escassez de horários para carga e descarga. O Pátio Savassi foi concebido para ser um Lifestyle Center, ou seja, um shopping aberto, com pra- ça, calçadão, jardins, luz e ventilação natural, totalmente voltado para a cultura, gastronomia, lazer e moda, onde as pessoas se encontram para conversar, namorar, ir ao cinema, olhar vitrines, fazer compras ou simplesmente para passar o tempo em um local agradável. 1 1 1 1 1 1111 1 1 1 1 1 11 1 1 1 111 11 3 111111111 1 1 1 111 1 1 1 1 1 1 1 1 1 111111 13 3 5 5 5 5 1 1 1 1 1 1 1111116 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 111 11 1 1 1 1 1 1 11 11 1 1 1 2 4 1 1 1 1 1 55 5 5 5 5 5 10 20 Conforme pode ser visto, o despojamento e elegância são características do ambiente interno do shopping. 9n.04 shopping centers e centros comerciais Pátio Savassi Visto da rua, o Pátio Savassi é uma construção singela na escala do pedestre. CSB Arquitetos Projeto: CSB Arquitetos Ltda. Área construída: 65.000 m² Aço empregado: Aço com alta resistência mecânica com limite de escoamento em 300 MPa, A 572 GRAU 50 Peso da estrutura: 1.800 t Coordenação de Projeto: Tenco Realty Ltda. Projeto de Estrutura: Codeme Engenharia S.A., Precon Industrial S.A. Fornecedor da estrutura em aço: Codeme Engenharia Ltda. Construção: Codeme Engenharia Ltda., Precon Industrial S.A. Clientes: Líder Táxi Aéreo, CILPAR - Cil Participações Ltda., MK Empreendimentos e Participações Ltda. Local: Belo Horizonte - MG Data de projeto: 2002 / 2003 Data de conclusão da obra: 2004 As treliças de aço foram deixadas aparentes; solução econômica que não abre mão da beleza. CORTE LONGITUDINAL 5 10 20 Trata-se de um empreendimento com cerca de 65 mil m² de área construída, abrigando 150 espaços comerciais, 8 salas de cinema, praça de alimentação, área de eventos e estaciona- mento para 1.300 automóveis. A obra industrializada, utilizando uma estru- tura mista foi mais que uma opção, foi um aspecto determinante. Construído com pilares pré-moldados de concreto, com vigas de aço e lajes steel deck, o shopping alcançou as metas de prazo, resultado e baixo impacto ambien- tal durante sua construção. 10 Doroti Riotto Shopping Guarujá Terminal marítimo de passageiros integrado à shopping, faz uso metafórico da forma de uma onda. Privilegiadamente localizado à beira-mar, e na confluência da ligação Guarujá-Santos, o Shopping Guarujá tem na cobertura sinuosa sua principal imagem arquitetônica. Ressal- ta-se, porém, que tal cobertura é toda de aço, demonstrando a versatilidade do material, muitas vezes associado à linhas retas. Além disso, o uso do aço possibilitou o desenvolvimento de uma estrutura leve e a capacidade de vencer vãos com mais de 40 metros. A utilização de outro material acarretaria um acréscimo no peso geral da construção, como também a necessidade de pilares em locais que inviabiliza- riam o melhor aproveitamento do espaço. Outra questão determinante na opção pelo aço foi o curto prazo para a conclusão da obra em função da necessidade da ativação do terminal de passageiros, já que o tempo gasto na execução da estrutura, desde a confecção das peças até a sua montagem no canteiro, é bastante reduzido quando comparado com uma estrutura convencional. 5 10 20 CORTE TRANSVERSAL Uma vez que se trata também de um terminal de passageiros, o shopping foi projetado para também ser visto a partir do mar. ELEVAÇÃO 5 10 20 11n.04 shopping centers e centros comerciais Shopping Guarujá Doroti Riotto 1 - MÓDULO COMERCIAL 2 - BILHETERIA 3 - CIRCULAÇÃO 4 - SANITÁRIOS 5 - VESTIÁRIOS 6 - PRESTAÇÃO DE CONTASPLANTA - TÉRREO 5 10 20 CORTE TRANSVERSAL Sendo este um empreendimento à beira-mar, foi utilizado para a estrutura aço patinável, com maior resistência à corrosão atmosférica. Localizado ao lado do canal que divide Santos e Guarujá, o shopping serve de terminal de ônibus, terminal de balsa de pe- destres e fica ao lado do desembarque do ferry boat que liga as duas cidades. Do ponto de vista funcional, o shopping é organizado em dois níveis, dos quais o térreo abriga as atividades do terminal de passageiros, estacionamento e parte das lojas, enquanto no nível superior localizam-se as demais lojas, a praça de alimentação com ampla vista para o mar e três modernas salas decinemas. 5 10 20 Vistas da cobertura sinuosa durante a fase de construção do shopping. 1 444111111 1 3 3 2 6 Projeto: Doroti Riotto Equipe técnica: Adriano Ferraz, Daniela Drudi, Kátia Sasaki Utima. Área construída: 8.487 m2 Aço empregado: Aço de alta re- sistência à corrosão e média resistência mecânica com limite de escoamento em 250 MPa Peso da estrutura: 500 t Coordenação de projeto: Doroti Riotto Projeto estrutura de estrutura: Carlos Alberto Fontes Fornecedor da estrutura de aço (fabricação e montagem): Engemetal Construções e Montagens Ltda. Construção: Tecsa Engenharia e Comércio Ltda. Cliente: Translitoral Transporte Turismo e Participações Ltda. Local: Guarujá – São Paulo Data de Projeto: 2002 Data de conclusão da obra: 2004 12 GCP Arquitetos - Andreas Gyarfas e Sérgio Coelho Porto Itaguá À beira-mar, aproveitando a vista e a ventilação natural, este shopping explora o aço ao inspirar-se num barco. O cenário não poderia ser mais favorável: o mar de Uba- tuba, no litoral norte de São Paulo. Deste contexto, surgiu a idéia de evocar elementos de um barco, como mastro, velame e deck na fachada principal do edifício. Sua construção se baseou em princípios absolutamente distintos daqueles que fundamentam os shoppings das grandes cidades, pois aqui foi necessário considerar o mo- vimento sazonal típico de uma região turística. A cidade que tem 60 mil habitantes, aumenta muito sua população durante os fins de semana e principalmente nas férias. A valorização dos espaços de uso coletivo, como a praça de alimentação, circulações e acessos, fez com que essas áreas ocupassem cerca de 1/3 do total construído, índice bem superior ao dos shoppings convencionais. O piso tér- CORTE TRANSVERSAL A estrutura de aço faz referência aos mastros das embarcações marítimas. ELEVAÇÃO Vista noturna deste shopping eminentemente turístico. 5 10 20 5 10 20 13n.04 shopping centers e centros comerciais Porto Itaguá GCP Arquitetos - Andreas Gyarfas e Sérgio Coelho reo conta com 14 lojas, sendo nove delas no centro do edifício. O piso superior compreende, além do cinema, 15 lojas e uma área de playland. Com 635 m2 distribuídos em três ambientes, todos estão voltados para a praça de alimentação e, principal- mente, com vista para o mar. Estruturalmente, o edifício foi resolvido com uma modulação de 8 x 8 m, cujos pilares, quando embutidos em paredes, têm secção quadrada (30 x 30 cm) e quando visíveis (caso da praça de alimentação), são circulares, com 30 cm de diâmetro. Para dar formato semelhante aos mastros de um veleiro, na fachada principal, o diâmetro de 30 cm da base é reduzido para 20 cm na altura intermediária e para 10 cm no trecho final, que ultra- passa a cobertura em 4 m. Os tirantes de aço empregados nos mastros e na sustentação das velas de tela sintética perfurada, têm diâmetro de 5/8 de polegada a 1 ¼ de polegada e conferem leveza ao conjunto. Já a cobertura, é constituída por uma grelha de tubos de aço de secção 15 x 15 cm e modulação de 2 x 2 m, sobre a qual estão assentadas telhas trapezoidais galvanizadas de aço. Tal como toda a construção, as escadas de aço também fazem referência aos barcos do litoral de Ubatuba. Uma cobertura-marquise faz a transição do estacionamento para as áreas comerciais. PLANTA TÉRREO 1 - SUPERMERCADO 2 - LOJAS 3 - MCDONALDS 4 - COZINHA 5 10 20 2222223 4 6 6 5 2 2 2 2 2 1 8 7 2 5 - CHOPPERIA 6 - QUIOSQUE 7 - SANITÁRIOS 8 - SUBESTAÇÃO Projeto: Andreas Gyarfas e Sérgio Coelho Arquitetos colaboradores: Agnaldo Amaral, Ana Paula Carvalho, Clóvis Cunha, Daniela Simões, Hélio Rorato, Letícia Mansur, Sidnei Jun Webster. Área construída: 3.300 m2 Aço empregado: Aço de alta resistência à corrosão e média resistência mecânica com limite de escoamento em 250 MPa Peso da estrutura: 157 t Coordenação de projetos: GCP Arquitetos. Projeto de estrutura: Wilson Kikuti Fornecedor da estrutura de aço: Systemac Construção: Artin Construtora Ltda Cliente: Veggal Ltda Local: Ubatuba - SP Data do projeto: 2000/2001 Data de conclusão da obra: 2001 14 KOM Arquitetura e Planejamento Shopping Center Tamboré A leveza da cobertura de aço dos malls define a imagem e fluidez espacial deste shopping. A principal característica da primeira etapa do Shopping Center Tamboré, inaugurado em 1992, era seu partido aberto com muita iluminação e ventilação natural. O sucesso do empreendimento motivou sua expansão em 1998 e determinou um novo arranjo arquitetônico, sem, no entanto, perder aquela amplitude já consolidada. Se antes a imagem dos jardins e espelhos d’água reme- tiam ao espaço de uma longa varanda rodeada de lojas, agora trabalhou-se a cobertura das ga- lerias buscando um ambiente amplo e agradável, mantendo o conforto térmico e luminotécnico necessários ao bem-estar dos usuários. Uma elegante cobertura de aço marca o acesso de pedestres na fachada frontal do shopping. FACHADA CORTE 5 10 20 15n.04 shopping centers e centros comerciais Shopping Center Tamboré KOM Arquitetura e Planejamento Um dos recursos utilizados para este fim foi o uso de aberturas laterais e zenitais. Porém, o grande desafio era desenvol- ver estas coberturas com plasticidade e leveza. Para isso, a maleabilidade do aço se mostrou adequada. Foram de- senvolvidas treliças espaciais curvas de onde partem braços oblíquos que alcançam os pilares, cuja imagem se pode associar a de palmeiras. O resul- tado é essa cobertura de aço que acaba por definir tanto a expressão externa quanto interna do shopping. Outro aspecto positivo do emprego do aço foi a rapidez da execução das es- truturas e montagem das peças, permi- tindo que a obra fosse executada em curto espaço de tempo. A iluminação natural da área interna cria um ambiente agradável aos usuários. Detalhe da estrutura treliçada e dos esbeltos pilares que definem a cobertura do mall. 5 10 20 16 Shopping Center Tamboré KOM Arquitetura e Planejamento Projeto: KOM Arquitetura e Planejamento (Beatriz Ometto Moreno) Arquitetos: Sara Gusmão Ferreira, Cristina Boggi, Janaína Guedes Simões, Andréa Balestreros. Estagiários: Luciana Chakarian, Tatiana Ozawa, Flávia Ometto Moreno. Projeto de estrutura: Statura Engenharia, Waldemar Ueda. Fornecedor da estrutura de aço: Engemetal Construções e Montagens Ltda Construção: Engemetal Construções e Montagens Ltda Cliente: Tamboré S.A. Local: Barueri, SP Fase 1 (1998) Área construída: 4.400 m2 Aço empregado: Aço de alta resistência à corrosão e média resistência mecânica com limite de escoamento em 250 MPa Peso da estrutura: 154 T Coordenação de projeto: José Takiguawa Godoy e Laura Maria Capelas Data do projeto: 1998 Data de conclusão da obra: 1999 Fase 2 (2003) Área construída: 1950 m2 Aço em: USI – SAC 41 Peso da estrutura: 66 t Coordenação de projeto: Ricardo de Brito Marques Data do projeto: 2003 Data de conclusão da obra: 2003 Na galeria, os elementos da estrutura de aço foram deixados à vista. 1 - LOJA 2 - ÂNCORA 3 - MALL 4 - SANITÁRIOS 5 - PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PLANTA GERAL 10 20 40 6 - CINEMAS 7 - ÁREA TÉCNICA 8 - QUIOSQUES 9 - ESTACIONAMENTO 111 1 2 7 4 4 3 3 3 3 3 2 2 2 9 9 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 111 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 7 8 8 8 8 8 8 7 7 777 77 7 7 7 7 77 7 6 1 1 4 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 17n.04 shopping centers e centros comerciais Eduardo Mondolfo Taguatinga Shopping Atendendo a um público de mais de um milhão de pessoas, este shopping tornou-se uma nova referência para o Distrito Federal. Localizado num dos pontos de maior índice de crescimento do Brasil, o Taguatinga Shop- ping é hoje um dos cartões de visita de Brasí- lia, valorizando a economia e a cultura local, sendo referência de negócios, entretenimento e arte para o Distrito Federal. A decisão pelo uso do aço na estrutura deste empreendimento se deu tanto pela economia como pela rapidez construtiva que o sistema oferecia, e que também implicava num rápido retorno financeiro já que a obra seria concluída em menor tempo. Além disso, o fato da própria constru- tora estar familiarizada e habituada aos procedimentos de montagem de estruturas de aço, pesou nesta decisão. Para o arquiteto, contudo, o uso do aço oferecia a imagem de leveza, contempora- neidade e ubiqüidade, uma vez que a expressão resultante é a de um edifício que pode estar em qualquer lugar, isto é, sem qualquer caráter vernacular. 15 30 60 CORTE Vista do acesso principal do shopping; uma imagem contemporânea configu- rando o novo cartão de visita da cidade. 18 Taguatinga Shopping Eduardo Mondolfo Ainda em relação à estrutura, foi utilizado aço com alta resistência à corrosão e a maioria das peças são parafusadas, agilizando assim o processo de montagem. Os materiais de acabamento, são, em sua maioria, práticos e com baixo custo de manutenção, como os revestimentos cerâmi- cos aplicados nas paredes. Quanto à organização do espaço, trata-se de um partido simétrico, cuja centralidade é reforçada pelo maior número de pavimentos no eixo transversal da construção. A modulação 8 x 8 metros, visa facilitar a locação das vagas de garagem e a implantação das lojas, evitando que o posicio- namento dos pilares interfira no espaço comercial. Em números, o shopping conta com 150 lojas, 9 salas de cinemas multiplex e 10.000 vagas rota- tivas, tendo 26.000 m² de ABL (área bruta locável) e 94.000 m² de área total construída. ELEVAÇÃO 1- LOJA 2 - ÂNCORA 3 - MALL 4 - QUIOSQUE 5 - SANITÁRIOS 6 - DEPÓSITOS 7 - CIRCULAÇÃO 8 - ESTACIONAMENTO PLANTA - 2º NÍVEL 15 30 60 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 3 4 4 44 4 3 3 22 88 8 8 8 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 111111111 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 19n.04 shopping centers e centros comerciais Taguatinga Shopping Eduardo Mondolfo Projeto: Eduardo Mondolfo Área construída: 80.028,55 m² Aço empregado: Aço de alta resistência à corrosão e média resistência mecânica com limite de escoamento em 250 MPa Peso da estrutura: 3.500 toneladas Arquiteta colaboradora: Claudia Ruiz Coordenação de projeto: Via Engenharia e Paulo Octávio Investimentos Imobiliários Ltda. Projeto estrutural: Codeme Estruturas Metálicas Fornecedor da estrutura de aço: Codeme Estruturas Metálicas Construção: Via Engenharia e Paulo Octávio Investimentos Imobiliários Ltda. Cliente: Via Engenharia e Paulo Octávio Investimentos Imobiliários Ltda. Local: Taguatinga / DF Data de Projeto: 1998 Data de conclusão da obra: 2000 15 30 60 Vista do átrio interno com o domus zenital; notar à direita a escada de aço. Internamente, tirou-se partido da estrutura de aço como elemento estético. 20 André Sá e Francisco Mota GV Shopping Modulação estrutural e comercial, partido horizontal e cobertura azul marcam a imagem deste shopping. Localizado em Governador Valadares, importante cidade da região leste de Minas Gerais, o GV Shopping ocupa uma área de 67.000 m². Sua área construída é de 19.390 m², dos quais 13.326 m² correspondem à ABL (área bruta locável). Grande parte do restante do terreno é destina- do ao estacionamento, com vagas para 1.200 automóveis. Para as operações comerciais, o GV Shopping conta com um mix com 107 lojas, divididas em âncoras, satélites, de serviços, um su- permercado, praça de alimentação e duas salas de cinema. O projeto arquitetônico buscava uma solução de rápida execução, razão pela qual a estrutura de aço foi uma escolha natural, que agilizou o processo construtivo. Além disso, o sistema estrutural em aço tinha valor equivalente aos sistemas estruturais convencionais. Foi utilizada para a estrutura a modulação de 8 x 8 m, solução que permite modulações de vitri- ne de 4 metros, valor mínimo recomendável para a boa visibilidade das lojas. ELEVAÇÃO 5 10 20 CORTE Vista aérea do GV Shopping com sua destacada cobertura azul. 21n.04 shopping centers e centros comerciais GV Shopping André Sá e Francisco Mota Projeto: GV Shopping Área construída: 18.770 m² Aço empregado: ASTM A 36 Peso da estrutura: 310 t Coordenação de projeto: Construtora Líder Projeto de estrutura: Usimec – Usiminas Mecânica Fornecedor da estrutura de aço: Usiminas - Usimec Construção: Construtora Líder Cliente: Construtora Líder Local: Governador Valadares, MG Data de Projeto: 1998 Data de conclusão da obra: 1999 O mall e as praças internas recebem iluminação zenital propor- cionada por domus, também estruturados em aço. Os domus, além de proporcionar um ambiente mais aprazível e acolhedor, foram projetados de modo que não haja aumento da carga tér- mica interna do shopping, uma vez que os vidros foram fixados na posição vertical. Também foram utilizados lajes steel-deck e telhas metálicas ter- mo-acústicas na cor azul. E o uso da cor, fez do shopping uma referência visual no contexto urbano da cidade. Ainda quanto aos materiais, os fechamentos externos e entre lojas são de alvenaria, com cintas de amarração aos pilares metálicos. Vistas internas do mall, durante a construção e já em funcionamento; notar a estrutura de aço deixada à vista. 1 - LOJA 2 - ÂNCORA 3 - MALL 4 - PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO 5 - PRAÇA DE EVENTOS 6 - CINEMAS 7 - FOYER 8 - PARQUE 9 - SANITÁRIOS 10 - ÁREA TÉCNICA 11 - ESTACIONAMENTO 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 1 1 1 1 1 22 3 1 1 1 1 1 1 1 1 13 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 10 10 10 1010 10 9 96 7 6 10 10 10 1 1 1 1 1 1 1 1 4 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 5 10 20 PLANTA 5 10 20 22 Dória Lopes Fiuza Espaço Estação Estrutura de aço viabiliza instalação do mais moderno centro de convenções do país em cima de um shopping em funcionamento. Inserido no antigo terreno da Rede Ferroviária e contando com o prédio histórico da Estação Ferroviária de Curitiba, o Espaço Estação inspirou-se na arquitetura neoclássica do final do século XIX, em especial no Museu D’Orsay de Paris, cujos principais referenciais arquitetônicos são: re- lógios, torres, amplas plataformas e o uso de luz natural. Mas não é apenas este aspecto que diferencia o Espaço Estação da maioria dos shopping centers brasileiros. Este centro de compras e lazer está integrado a um grande cen- tro de convenções. Trata-se do Estação Embratel Conven- tion Center, que conta com um salão para 2.700 pessoas e outro para 750 pessoas, ambos com formatações que permitem várias subdivisões. Ocorre que a construção do centro de convenções preci- saria ser executada sem interferir nofuncionamento do shopping. Deste modo, a utilização do aço como material estrutural foi de fundamental importância para a viabili- zação da obra. Para que isso fosse possível, as peças que compunham a estrutura eram entregues durante a noite, descarregadas e içadas por meio de gruas e guindastes até o nível da montagem. Uma vez conclu- ídas as treliças, foram montadas as vigas de aço que dão sustentação às lajes dos novos andares do estacionamento e ao centro de convenções. Desta forma, o impacto da obra foi mínimo para o funcionamento do shopping. 5 10 20ELEVAÇÃO A cúpula de vidro também é valorizada do lado in- terno, cujo vazio espacial interliga os vários níveis. Vista geral do empreendimento desde a esquina, num entardecer de Curitiba. As referências às arquiteturas do século XIX são evidentes. 23n.04 shopping centers e centros comerciais Espaço Estação Dória Lopes Fiuza Projeto: Dória Lopes Fiúza Arquitetos Associados Área construída: 126.860,32 m2 Aço empregado: ASTM A572, Aço com alta resistência mecânica com limite de escoamento em 300 MPa Peso da estrutura: 2000 t Arquitetas colaboradoras: Érica Sato, Heloísa Mandim, Márcia Yamamoto Projeto de estrutura: RS Engenharia e Slab Serviços de Engenharia Fornecedor da estrutura metálica: Brafer Construções Construção: Dória Construções Cliente: Grupo K&G Local: Curitiba -PR Data do Projeto: 2002 Data de conclusão da obra: 2004 Quanto ao shopping center, propriamente dito, trata-se de um empreendimento com 214 lojas, 10 cinemas, teatros, dentro do conceito de Lifestyle Center, que tem como objetivo fazer com que, por meio da arquitetura, as pessoas vivam experiências diferenciadas. Outros destaques técnicos deste empreendimento são a mar- quise de vidro autoportante fixadas por perfis tubulares de aço inox e o revestimento da fachada também em aço inox, colorido na cor bronze. M A LL S H O PP IN G 01 02 03 04 DOCA 05 06 07 DOCA DOCA 5 10 20CORTE Jardins internos banhados por luz natural garatem um ambiente agradável aos usuários do shopping. Uma marquise de vidro estruturada por perfis de aço inox “flutua” sobre os pedestres. PLANTA 5 10 20 24 Pedro Canal Filho Mercado da Vila Rubim Mercado popular em área histórica, totalmente reconstruído em aço, pretende incrementar o turismo da região. Inaugurado em 1969, o Mercado da Vila Rubim contava com três galpões que abrigavam inicial- mente 100 boxes destinados a pequenos feirantes que comercializavam exclusivamente hortifruti- granjeiros. Posteriormente, descaracterizado em sua concepção espacial e de uso, passou por um perío- do de abandono depois de um trágico incêndio de grandes proporções, ocorrido em julho de 1994. Em 1998, a partir de negociação com o governo estadual (detentor da posse da área), a Prefeitura de Vitória assumiu a administração do Mercado, com o compromisso de reconstruir os galpões incen- diados. Assim, a Prefeitura de Vitória, em parceria com a Associação de Comerciantes local, desenvol- veu um projeto para a Recuperação do Mercado da Vila Rubim, cujo objetivo foi revitalizar física e economicamente a região. Ao todo foram recuperadas 42 lojas, respeitando- se as áreas, usos e comerciantes instalados ante- riormente ao incêndio; porém dentro de uma nova perspectiva que foi a sua inserção dentro de um circuito turístico regional. Deste modo, o partido arquitetônico adotado priorizou o pedestre e áre- as de permanência e lazer, com a criação de uma espécie de praça coberta. O contato direto com a rua/passeio, a manutenção das atividades tradicio- nais, como artesanato, artigos religiosos, ervas me- dicinais e floricultura, além de hortifrutigranjeiros, foram características importantes preservadas na nova concepção espacial do mercado. Do ponto de vista construtivo, adotou-se um sistema estrutural com perfil de aço “U” enrijecido duplo para os pilares, perfil “I” para as vigas principais e “U” para ELEVAÇÃO A entrada dos galpões, tendo ao fundo o mezanino para eventos. CORTE LONGITUDINAL As marquises de aço fazem referência à espada de São Jorge, alusão à proteção contra o “mau-olhado”. 5 10 20 5 10 20 25n.04 shopping centers e centros comerciais Mercado da Vila Rubim Pedro Canal Filho Projeto: Pedro Canal Filho Colaboradores: Anna Karine de Queiroz Costa Bellini, Jacqueline Alochio Marchezi, Melissa Passamani Boni e Mônica Cristina Souza, Elias José Borloti e Leandro Azevedo Terrão. Área construída: 3127,59 m² Aço empregado: ASTM A36 Peso da estrutura: 130 toneladas Coordenação de projeto: Pedro Canal Filho Projeto de estrutura: José Inácio Dantas Fornecedor da estrutura em aço: Art Metal Construção: Espaço Engenharia Cliente: Prefeitura de Vitória Local: Vitória – ES Data do projeto: 1998 Data de conclusão da obra: 2002 as vigas de acabamento da cobertura. Já a cobertura propria- mente dita, foi resolvida com treliças metálicas e telhas termo- acústicas de aço pré-pintado. Também foram utilizados piso em chapa de aço xadrez n° 14 e marquises com cobertura em chapas de policarbona- to alveolar translúcido, cuja estrutura de aço foi desenha- da tendo como inspiração as espadas de São Jorge, numa alusão à crença de proteção contra o mau-olhado. A opção pelo uso do aço se deveu, fundamentalmente, pela facilidade de execução e da diminuição do prazo de obra, condição necessária para que os comerciantes retor- nassem ao local de trabalho o mais rapidamente possível. A estrutura de aço deixada aparente, foi usada de forma simples de acordo com o caráter do mercado. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 GALPÃO A GALPÃO D GALPÃO B GALPÃO C GALPÃO 1 2ª ETAPA GALPÃO 1 2ª ETAPA 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 12 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1111 1 1 4 1 1 1 1 1 - LOJA 2 - SANITÁRIO FEMININO 3 - SANITÁRIO MASCULINO 5 - PRAÇA CENTRAL PLANTA TÉRREO 5 10 20 26 Edmilson Queiroz Dias Supermercado Confiança Max Sucessivas ampliações acabam por transformar um supermercado em um novo shopping center. O Supermercado Confiança, líder no mercado local, ao to- mar conhecimento dos planos de instalação de um forte con- corrente, tomou a decisão de ampliação e modernização dos seu espaço comercial em curto período de tempo. Um aspecto importante para o norteamento do projeto foi a não interrupção das atividades pré-existen- tes e, principalmente, a questão do conforto dos clientes. Foram então definidas as duas fases de ampliação, tendo premissas semelhantes. Foi feita a opção por um sistema construtivo industrializado com elementos em aço, com a execução simultânea da infra e superestrutura, com posterior montagem desta e a busca pela transpa- rência e expressividade plástica do objeto construído. A primeira etapa de expansão, caracterizou-se pelo acréscimo de dois pavimentos com estru- tura de aço, com pilares e vigas tipo caixão. Além disso, de aço também são as esquadrias e a cobertura de telhas trapezoidais. Vista externa do super- mercado, com destaque para a cobertura de aço. CORTE LONGITUDINAL 5 10 20 ELEVAÇÃO 5 10 20 27n.04 shopping centers e centros comerciais Supermercado Confiança Max Edmilson Queiroz Dias Projeto: Edmilson Queiroz Dias Coordenação do Projeto: Andréia Figueiredo de Souza; Felícia Goss Silvestre; Alessandra Sugawara Prudenciati. Fase 01 Área Construída: 7.018,69m2 Aço Empregado: ASTM A36 Peso da Estrutura: 23 Ton. Projeto de estrutura: Wilson Sebastião Franco Fabricação e Montagem da Estruturade Aço: W.F. Com. e Ind. Ltda. Construção: Fundep Engenharia Cliente: Supermercados Confiança Local: Bauru, SP Data do Projeto: 2000 Data de Conclusão da Obra: 2000 Fase 02 Área Construída: 7.018,69m2 Aço Empregado: Aço de alta resistência à corrosão e média resistência mecânica com limite de escoamento em 250 MPa Peso da Estrutura: 32,7 Ton. Projeto de estrutura: Élcio Gabas Fabricação e Montagem da Estrutura de Aço: Bandeirantes Estruturas Metálicas de Bauru Ltda. Construção: Fundep Engenharia Data do Projeto: 2000 Data de Conclusão da Obra: 2000 Já a segunda expansão teve como objetivo, além da ampliação das áreas de consumo e estacionamento, também a instalação de cinema infantil, galeria de lojas e praça de convivência. Nesta segunda fase, contudo, optou-se por um sistema misto, com elementos pré-fabricados em concreto associados com perfis de aço tipo I, tendo-se mantido as esquadrias em aço da etapa anterior de modo a configurar a mesma imagem arqui- tetônica já consolidada junto aos clientes. Vistas noturnas, na qual a plasticidade da arquitetura é valorizada por um acurado projeto de iluminação. 1 - SUPERMERCADO 2 - LOJAS 3 - AGÊNCIA 4 - QUIOSQUE 5 - RECEPÇÃO 6 - CHECK-OUT 7 - AUTO ATENDIMENTO 8 - GERÊNCIA 9 - ESPERA 10 - ADMINISTRAÇÃO 11 - SANITÁRIOS 12 - ÁREA TÉCNICA 13 - ESTACIONAMENTO RUA LAÉRCIO B. PEREIRA RUA LUSO BRASILEIRA R U A G U S TA V O M A C IE L R U A A LFR E D O FO N TÃ O AVENIDA GETÚLIO VARGAS 12 12 1 6 13 13 13 2 2 2 2 2 6 5 12 12 10 9 7 1211 1111 12 12 12 12 1212 12 IMPLANTAÇÃO E TÉRREO O resultado plástico da obra valoriza o empreendimento, dando-lhe o aspecto de um verdadeiro centro de compras. 5 10 20 28 Jurandyr Bueno Filho Posto Rodoservice Star Com mastros de aço, estação de serviço e conveniências torna-se um marco na paisagem da rodovia. Foi-se o tempo em que parar para abastecer significava ape- nas isto, pois a infra-estrutura dos postos de gasolina deixava totalmente a desejar. A exemplo do que aconteceu nos grandes centros, com a inclusão de lojas de conveniência, à margem das rodovias brasileiras e apesar de seu estado muitas vezes precário, vem surgindo uma nova gera- ção de postos de serviços: modernos, atraentes, confortáveis e limpos. Este é o caso do Posto Rodoservice Star na rodovia Castello Branco, São Paulo. Um posto de serviços que oferece uma infra-estrutura diversificada para o antendimento das necessidades dos viajantes. O programa do Rodoservice Star está dividido em quatro edificações, o programa do Rodoser- vice Star. No prédio principal ficam a lanchonete, o restaurante, com dois terraços ao ar livre, a cozinha, os toaletes, um café, minimercado, tabacaria, floricultura e loja. Com formas arre- dondadas e grandes balanços, este bloco possui nas duas laterais estacionamentos cobertos com balanços de 15,5 metros, para embarque e desembarque de passageiros, especialmente dos novos ônibus Double Deck, oferecendo conforto e segurança. Próximo a ele, um segundo bloco con- centra serviços, como a central de energia e a administração, e o setor de produção de alimentos, como padaria e confeitaria. O terceiro volume destina-se ao abastecimento de combustível e, finalmente, o quarto, ao centro automotivo. Panorama do Rodoservice Star desde a rodovia, cujo destaque são os mastros de aço. CORTE TRANSVERSAL 5 10 20 29n.04 shopping centers e centros comerciais Posto Rodoservice Star Jurandyr Bueno Filho A estrutura do bloco principal e seus anexos foi concebida com tubos e perfis de aço de alta resistência à corrosão atmosférica. Essa estrutura foi erguida com pilares e tirantes de tubos de aço, como grandes mastros, que podem ser vistos ao longe por quem trafega pela rodovia, tornando-se marcantes na pai- sagem. A parte metálica recebeu pintura de fundo e acabamento em poliuretano na cor branca. Na cobertura, optou-se por telhas Vista interna da área comercial: conforto à serviço do viajante. Os vários elementos da cobertura, foram desenhados tirando partido da plasticidade e comodidade aos usuários. ELEVAÇÃO 5 10 20 Esquadrias tipo “spider” garantem beleza e transparência ao ambiente. 30 Posto Rodoservice Star Jurandyr Bueno Filho Projeto: Jurandyr Bueno Filho Área construída: 13.500m² Aço empregado: aço com alta resistência meânica e alta resistência à corrosão com limite de escoamento em 300 MPa Peso da estrutura: 220ton Coordenação de projeto: Jurandyr Bueno Filho Projeto de estrutura: Luis Sergio Contente (Estrutel) Fornecedor da estrutura de aço: Estrutel Estruturas Metálicas Construção: Prata Construtora (bloco lanchonete) Cliente: Grupo Rodoservice Local: Pardinho – São Paulo Data de Projeto: 2000 Data de conclusão da obra: 2001 de aço termoacústicas. No acabamento das coberturas, extremidades de balanços, forros, marquises e passarelas foram usados painéis de alumínio composto. No fechamento dos vãos das edificações, além da alve- naria tradicional, empregou-se vidro temperado em larga escala, o que resultou em ambientes naturalmente ilumi- nados e integrados ao exterior. As enormes vidraças foram montadas utilizando-se o sistema de esquadrias “spider”, em que os montantes de alumínio são substituídos por cabos de aço com suportes diagonais em duralumínio in- jetado de 4,3 metros de altura e acabamento em pintura eletrostática branca. IMPLANTAÇÃO Vista da estrutura da cobertura durante a fase de construção. 25 50 100 fotos: CAPA: Glauco França (Shopping Center Tamboré) p.4: Center Shopping S/A. p.5: Center Shopping S/A. p.6: Center Shopping S/A. p.7: Tenco Realty Ltda. p.8: Tenco Realty Ltda. p.9: Tenco Realty Ltda. p.10: Tecsa Engenharia e Comércio Ltda. p.11: Tecsa Engenharia e Comércio Ltda. p.12: Kiko Coelho p.13: Kiko Coelho p.14: Glauco França p.15: Glauco França p.16: Glauco França p.17: Eduardo Mondolfo p.19: Eduardo Mondolfo p.20: Revista da Construtora Líder ( Departamento de Marketing do GV Shopping). p.21: Revista da Construtora Líder ( Departamento de Marketing do GV Shopping). p.22: Marcelo Aniello. p.23: Marcelo Aniello. p.24: Tarcísio Bahia p.25: Tarcísio Bahia p.26: Celso Pimentel Martha. p.27: Celso Pimentel Martha. p.28: Cristiano Mascaro. p.29: Cristiano Mascaro. p.30: Cristiano Mascaro. impressão: Gráfica GSA material para publicação: Contribuições para as próximas edições poderão ser enviadas para o CBCA e serão avaliadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura & Aço. Entretanto não nos comprometemos com a sua publicação. O material enviado deverá ser acompanhado de uma autorização para sua publicação nesta revista ou no site do CBCA, em versão eletrônica. Todo o material será arquivado e caso seja possível publicá-lo o autor será comunicado. Devem ser enviadas as seguintes informações: desenhos técnicos do projeto, fotos impressas da obra, local, cliente, datas de projeto e construção, engenhei- ro calculista da estrutura, além de endereço, telefone e email do remetente. endereço para postagem: Revista Arquitetura e Aço - CBCA Av. Rio Branco, 181 - 28º andar 20040-007 Rio de Janeiro RJ próximo número: Pontes, Viadutos, e Passarelas É permitida a reprodução total dos textos, desde que mencio- nada sua procedência. É proibida a reprodução das fotos e desenhos, exceto mediante expressa autorização do autor. www.cbca-ibs.org.br email: cbca@ibs.org.br realização www.ufes.br/~nexem/ produção apoio http://www.cbca-ibs.org.br cbca@ibs.org.br 9771678112067 04 ISSN 1678-1120
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