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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE/MS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo n. 0805758-55.2016.8.12.0001 
 
 GILMAR NATALINO VOLPINI-ME, qualificada nos autos da Ação 
de Indenização por Danos Materiais c/c Indenização por Danos Morais c/c Indenização por 
Danos Estéticos decorrentes de Acidente de Trânsito que lhe move VANESSA FERNANDES DE 
MATOS, feito em epígrafe, vem respeitosamente perante V. Exa., por seus procuradores 
subscritos, tempestivamente, apresentar CONTESTAÇÃO, consoante os argumentos fáticos e 
jurídicos doravante expendidos: 
 
 DOS FATOS: 
 DAS ALEGAÇÕES DA AUTORA. 
 
 Alega a Autora, VANESSA FERNANDES DE MATOS, em síntese, 
que sofreu um acidente de trânsito ocorrido no dia 28/02/2013, às 07h05m, na Rua 
Restinga, sentido Sul/Norte, cruzamento com a Avenida Marinha, quando trafegava com sua 
motocicleta de Marca HONDA, modelo CG/TITAN, placa HSW 8935. Afirma que a sua 
motocicleta foi abalroada pelo caminhão de placa HTP 2587, conduzido pelo Sr. MARIOLINO 
GONÇALVES. 
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II 
 Assevera que o condutor do caminhão interceptou a trajetória 
da motocicleta pilotada pela Autora, uma vez que o mesmo trafegava pela Rua Restinga, 
contudo, convergiu abruptamente para a esquerda, a fim de ingressar na Avenida Marinha, 
quando deveria ter aguardado a passagem da Autora, pois esta já trafegava pela via. Susten-
ta também que o croqui anexo a exordial, produzido pela polícia de trânsito, confirma de 
que não havia sinalização no referido cruzamento. 
 
 Ainda, aduz que estava grávida de 6 (seis) meses na época do 
acidente de trânsito e, por consequência, ocorreu o aborto do nascituro por Traumatismo 
Crânio –Encefálico. 
 
 Nas suas alegações, afirma que, em razão do ocorrido, sofreu 
danos materiais, morais e estéticos, em virtude da sua incapacidade laborativa e, em decor-
rência do aborto do nascituro. 
 
 A Autora pugnou pelo pagamento de indenização por dano ma-
terial no montante de R$ 12.133,00 (doze mil cento e trinta e três reais) pela perca total da 
motocicleta e pelos doze meses que ficou impossibilitada de trabalhar, ainda, requer o pa-
gamento do valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) relativos aos danos estéticos, e, por 
fim, pugna pelo pagamento de indenização por dano moral no valor total de R$ 130.000,00 
(cento e trinta mil reais) relativos ao abalo físico, moral e perca do filho. 
 
 Em suma, são estes os argumentos vazados na exordial, pelos 
quais se passa a contestar pontualmente. 
 
 Concessa vênia, o pleito não merece prosperar, conforme adi-
ante se demonstrará. 
 
 PRELIMINARMENTE: 
 DA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO – 
ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EMPRESA REQUERIDA. 
 
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III 
 A legitimidade das partes é, consoante o disposto no art. 485, 
inciso VI, do CPC/2015, uma das condições da ação, sem a qual é inviável a análise do mérito 
da demanda. 
 
 A legitimidade passiva, segundo a valiosa lição de Wambier, 
consiste na “relação de sujeição diante da pretensão do autor”1. Destarte, se não há nexo de 
causalidade entre o direito invocado pelo autor e a conduta do réu, verifica-se a ocorrência 
de ilegitimidade passiva. 
 
 A atuação da empresa requerida não contribuiu, de forma al-
guma, para causar os supostos danos que a autora pretende reparar, vez que, o próprio Bo-
letim de Acidente de Trânsito nº 01348/2013 descreveu que o possível fator preponderante 
do sinistro foi à falta de sinalização, bem como, não havia restrição de visibilidade e, as con-
dições meteorológicas eram de céu claro. Ainda, registrou-se que a autora era a condutora 
da motocicleta e, para tanto, não estava habilitada para dirigir o veículo sinistrado. O Código 
de Trânsito Brasileiro preceitua: 
 
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter 
domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção 
e cuidados indispensáveis à segurança do trân-
sito. 
 
 É importante salientar que, o Boletim de Ocorrência, redigido 
por autoridades policiais, em nenhum momento considerou a empresa Requerida como cul-
pada pelo acidente. 
 
 Aliás, frisa-se que a Autora se deslocava pela Rua Restinga, e o 
Sr. MARIOLINO GONÇALVES se deslocava pela via principal, denominada Avenida Marinha, 
na qual a Autora cruzou sem ao menos reduzir a velocidade ou se utilizar das práticas de di-
reção defensiva, conforme prescreve o código de trânsito brasileiro, ainda, considerando 
 
1 Wambier (coord.). Curso Avançado de Processo Civil , Volume 1. 8 ed. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2006, p. 131. 
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IV 
que não havia sinalização no local, seria mais um motivo para que a condutora da motocicle-
ta se utilizasse das regras de trânsito, contudo, a mesma sequer era habilitada para isso. 
 
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias ter-
restres abertas à circulação obedecerá às se-
guintes normas: 
I - (...) 
II - o condutor deverá guardar distância de se-
gurança lateral e frontal entre o seu e os de-
mais veículos, bem como em relação ao bordo da 
pista, considerando-se, no momento, a velocida-
de e as condições do local, da circulação, do 
veículo e as condições climáticas ; 
 
 Observa-se que os danos foram causados exclusivamente pela 
ação da condutora da motocicleta, o qual, em flagrante desrespeito às normas de trânsito, 
trafegava sem estar apta ou habilitada para dirigir a motocicleta, além disso, cruzou via prin-
cipal sem tomar os devidos cuidados previstos na direção defensiva, provocando assim o a-
cidente em questão, por negligência, imprudência e imperícia. Veja o Boletim de Ocorrência: 
 
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V 
 
 
 
 Assim, não resta a menor dúvida que a Autora deu causa aos 
danos que sofreu, evidenciando a culpa exclusiva da mesma. 
 
 Neste sentido, o entendimento da jurisprudência é o seguinte: 
 
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DANOS 
MORAIS E MATERIAIS - ACIDENTE DE VEÍCULO - CON-
VERSÃO À ESQUERDA - DÚVIDA QUANTO À EXISTÊNCIA 
DE ACOSTAMENTO - MOTOCICLISTA QUE REALIZA UL-
TRAPASSAGEM EM LOCAL PROIBIDO E NÃO MANTEM DIS-
TANCIAMENTO SEGURO DO VEÍCULO QUE SEGUE À FREN-
TE - COLISÃO NA LATERAL DO ÔNIBUS - CULPA EX-
CLUSIVA DA VÍTIMA CARATERIZADA - DEVER DE INDE-
NIZAR DO MUNICÍPIO AFASTADA - EXEGESE DOS ARTS. 
927, CAPUT, DO CÓDIGO CIVIL E ART. 29, II, DO 
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - SENTENÇA MANTI-
DA - RECURSO NÃO PROVIDO. Não demonstrada qual-
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VI 
quer irregularidade na manobra de conversão à 
esquerda realizada pelo preposto do apelado, 
posto tomadas as cautelas devidas, consideradas 
as peculiaridades do caso e, verificada a im-
prudência do apelante, consubstanciada na con-
dução de motocicleta com infringência ao dis-
posto no art. 29, II, do CTB, além de efetuar 
ultrapassagem em local proibido, não há que se 
cogitar de responsabilidade civil do Município, 
vez que evidenciada a culpa exclusiva da víti-
ma.(TJ-SC - AC: 264942 SC 2007.026494-2, Rela-
tor: Wilson Augusto do Nascimento, Data de Jul-
gamento: 17/12/2009, Terceira Câmara de Direi-
to Público, Data de Publicação: Apelação Cível 
n. , de Catanduvas) 
 
 Assim sendo, resta demonstrado que os danos sofridos pela 
Autora não podem ser reputados à empresa Requerida, pois esta em momento algum agiu 
de forma a contribuir para o infortúnio. Portanto, a autora não pode mover a presente ação 
contra a empresa Requerida, sendo que o mesmo não pode vir a responder por ato ilícito de 
outrem, devendo ser acatada a preliminar de ilegitimidade passiva, não podendo fazer parte 
do polo passivo da ação. 
 
 Não possuindo a Requerida “legitimatio ad causam” para figu-
rar no polo passivo do presente feito, consequentemente, não possui a Autora interesse de 
agir no tocante ao reclamado, como bem ensina Carnelutti 2: 
 
“L´interesse ad agire, pertanto, suppone la le-
gitimimazione mentre questa nom implica l 
´interesse; logicamente il proble della legiti-
mizaione precede il problema dell´interesse ad 
agire, L ´interesse, como ho già acennato, ri-
guarda non l ´appartenza ma l ´eesercizio 
dell´azione; cosi si distingue l´uno dalltra, 
 
2“ Diritto e Processo” , pág. 117. 
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VII 
chiarendo che la legittimazione come la capaci-
tà riguarda il modo di essere soggestivo mentre 
l´interesse concerne il modo di essere oggetivo 
(causale) dell´atto.” 
 
 Inexistente, portanto, o dever de sujeição da empresa requeri-
do ao direito alegado pela autora na inicial, vez que os supostos danos foram causados por 
culpa exclusiva da autora, carecendo a Requerida de legitimidade passiva, consequentemen-
te, não pode o r. juízo resolver o mérito, a teor do disposto no art. 485, inciso VI, do 
CPC/2015, devendo ser declarada extinta a presente ação. 
 
 DO MÉRITO: 
DA DENUNCIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS À 
LIDE – RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO PELA FALTA DE SINA-
LIZAÇÃO. 
 
 Caso seja ultrapassada a preliminar arguida, o que não se espe-
ra devido às provas contundentes que militam a favor da Requerida, impõe-se a denuncia-
ção da lide ao Município de Campo Grande/MS, por ser responsável pelo acidente em ques-
tão e, por conseguinte, pela reparação dos danos sofridos pelos envolvidos. 
 
 O instituto da denunciação homenageia o princípio da econo-
mia processual, pois visa à inserção do verdadeiro responsável pelos efeitos da condenação 
no mesmo processo, dispensando a propositura de ação regressiva. 
 
 O artigo 125 do Código de Processo Civil vigente permite que 
qualquer das partes denuncie a lide em duas hipóteses, a saber: 
 
 Art. 125. É admissível a denunciação da lide, 
promovida pro qualquer das partes: 
I - ao alienante imediato, no processo relativo 
à coisa cujo domínio foi transferido ao denun-
ciante, a fim de que possa exercer os direitos 
que da evicção lhe resultam; 
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VIII 
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou 
pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, 
o prejuízo de quem for vencido no processo. 
 
 Não obstante, no presente caso, a denunciação será feita na 
contestação, conforme prescreve a legislação vigente: 
 
Art. 126. A citação do denunciado será reque-
rida na petição inicial, se o denunciante for 
autor, ou na contestação, se o denunciante for 
réu, devendo ser realizada na forma e nos pra-
zos previstos no art. 131. 
 
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar 
em litisconsórcio passivo será requerida pelo 
réu na contestação e deve ser promovida no pra-
zo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem 
efeito o chamamento.No caso vertente, o próprio Boletim de Ocorrência, relatado 
por autoridade policial, descreveu que o fator preponderante do acidente foi à falta de sina-
lização, além disso, a autora confirma na exordial da culpabilidade do denunciado pela falta 
de sinalização. 
 
 O agente público tem o dever, em se tratando de via pública, 
de zelar pela segurança do trânsito e pela prevenção de acidentes, incumbindo-lhe o dever 
de manutenção e sinalização, advertindo os motoristas dos perigos e dos obstáculos que se 
apresentam. A falta no cumprimento desse dever caracteriza a conduta negligente da admi-
nistração pública e a torna responsável pelos danos causados por essa omissão. 
 
 Além disso, o ente competente deve verificar que em locais pe-
rigosos a sinalização é imprescindível para orientar os usuários, conforme estabelece o Códi-
go de Trânsito Brasileiro, já que esta atividade não é uma prerrogativa, mas sim, um dever. 
 
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IX 
 Veja o que diz o Boletim de Acidente de Trânsito nº 
01348/2013: 
 
 
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XI 
 O Código de Trânsito Brasileiro, Lei 9.503/97, em seus artigos 
80 a 90, estabelece que o ente estatal seja o responsável pela manutenção e sinalização a-
dequada das vias públicas. 
 
 O § 1º do art. 80 do CTB estabelece que “a sinalização será co-
locada em posição e condições que tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a 
noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, conforme normas específicas 
do CONTRAN”. 
 
 A sinalização vertical ou horizontal de trânsito é imperativo le-
gal. Leciona Arnaldo Rizzardo (2004, p. 260ss) que “a finalidade da sinalização é aumentar a 
segurança e ajudar a manter o fluxo de tráfego em ordem e fornecer informações aos usuá-
rios da via”. Dentre as razões da necessidade de sinalização o autor cita: “regulamentar as 
obrigações, limitações, proibições ou restrições que exigem o uso da via”, “advertir os con-
dutores sobre os perigos existentes na via, alertando também sobre a proximidade de esco-
las, passagens de pedestres etc.” e “indicar direções, logradouros, pontos de interesse etc.” 
 
 Comprovada a inexistência de sinalização, estabelece o § 1º do 
art. 90 do CTB que “o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é respon-
sável pela implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta 
colocação” 
 
 Ora, a omissão do responsável pela implantação da sinalização 
acarreta sua responsabilidade. Em caso de omissão do ente estatal pela não colocação da 
sinalização adequada, deve responder pelo dano. “A obrigação recai nos órgãos com cir-
cunscrição sobre a via, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação” 
(Rizzardo, 2004, p. 277), especialmente em decorrência de inobservância ao art. 88 do CTB. 
 
 Neste ponto, acrescenta-se o entendimento de Marçal Justen 
Filho (2005, p. 795): 
 
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XII 
“Se o evento foi propiciado pela atuação defei-
tuosa do serviço público ou dos órgãos esta-
tais, existe responsabilidade civil. Assim, o 
caso sempre lembrado é o do paciente de trânsi-
to causado por ausência de sinalização apropri-
ada e propícia ou o equívoco técnico da implan-
tação da rodovia, dando oportunidade à ocorrên-
cia de acidentes por ter sido mal concebida ou 
mal executada a obra pública.” 
 
 Portanto, a responsabilidade decorre da aplicação da teoria do 
dever específico de diligência ou dever de diligência especial, já que toda a ação ou omissão 
imputável ao ente estatal, que configure infração ao dever de diligência no exercício das 
competências próprias, gerará a responsabilização civil se produzir ou der oportunidade a 
dano moral ou patrimonial a terceiro. 
 
 Assim, pelo fato da omissão do Município de Campo Gran-
de/MS pela não colocação da sinalização adequada, deve este responder pelo dano, pois, 
não há que se falar em responsabilidade da empresa Requerida. 
 
 Portanto, com base no disposto no art. 126 e 131 do CPC/2015, 
impõe-se a denunciação à lide ao MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS, pessoa jurídica de 
direito público, o qual deve ser citado na pessoa de seu representante legal, encontradiço na 
Rua Barão do Rio Branco (Procuradoria Jurídica). 
 
DA NÃO OCORRÊNCIA DO ACIDENTE COMO DESCRITO NA INI-
CIAL – DA VERDADE DOS FATOS – DA CULPA EXCLUSIVA DA 
AUTORA – CONDUTORA DA MOTOCICLETA SEM CARTEIRA DE 
HABILITAÇÃO NACIONAL – RISCO PRESUMIDO. 
 
 A Autora ingressou a presente ação contra a empresa GILMAR 
NATALINO VOLPINI-ME sob o argumento de que o condutor do caminhão envolvido no sinis-
tro é preposto da empresa Requerida. 
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XIII 
 Contudo, os fatos obviamente não se passaram conforme nar-
rado pela Autora, pois, na verdade, não restou demonstrado a responsabilidade da Requeri-
da GILMAR NATALINO VOLPINI-ME, tendo em vista que o causador do acidente foi a própria 
condutora da motocicleta, Sra. VANESSA FERNANDES DE MATTOS, esta que por sua vez con-
duzia a motocicleta sem possuir carteira nacional de habilitação, bem como, não estava apta 
e nem tinha conhecimento das regras de trânsito, como consequência, cruzou a pista princi-
pal sem se utilizar das precauções necessárias, vindo a colidir com o veículo conduzido pelo 
Sr. MARIOLINO GONÇALVES. 
 
 É importante ressaltar que a Autora se deslocava pela Rua Res-
tinga, e o Sr. MARIOLINO GONÇALVES se deslocava pela via principal, denominada Avenida 
Marinha, na qual a Autora cruzou sem ao menos reduzir a velocidade ou se utilizar das práti-
cas de direção defensiva, ainda, considerando que não havia sinalização no local, seria mais 
um motivo para que a condutora da motocicleta se utilizasse das regras de trânsito, contu-
do, a mesma sequer era habilitada para isso. 
 
 A polícia de trânsito foi acionada, onde se lavrou o Boletim de 
Acidente de Trânsito nº 01348/2013, no qual constou que não houve vítimas fatais, bem 
como, que houve danos materiais de natureza leve aos veículos envolvidos. 
 
 Verdade é que a atitude da Autora é maliciosa para manipular 
este R. Juízo, posto que o Boletim de Ocorrência e demais documentos juntados aos autos 
comprovam que há irresponsabilidade da condutora da motocicleta e, que o risco foi assu-
mido pela autora ao conduzir a motocicleta sem ser habilitada para tal ato, sendo a mesma a 
única responsável pelo sinistro, por imprudência, negligência e imperícia. 
 
 Cruzar via preferencial, bem como sem sinalização, é uma ma-
nobra extremamente perigosa, que, segundo o contexto da legislação de trânsito, só pode 
ser encetada pelo motorista quando tiver plena certeza de que o fluxo de veículos que tran-
sitam na pista assim permita. 
 
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XIV 
 Sobre o assunto, estabelece as normas gerais de circulação e 
conduta pertinentes ao caso, insertas no Código de Trânsito Brasileiro: 
 
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de 
cruzamento, o condutor do veículo deve demons-
trar prudência especial, transitando em veloci-
dade moderada, de forma que possa deter seu ve-
ículo com segurança para dar passagem a pedes-
tre e a veículos que tenham o direito de prefe-
rência. 
 
 O dever de cuidado do motorista manifesta-se, tanto na condu-
ção do veículo de maneira prudente, resguardando distância dos outros veículos e trafegan-
do em velocidade segura, quanto na manutenção de atenção ao trânsito, de modo a preve-
nir acidentes, conforme preceituam os artigos 28 e 29 do Código de Transito Brasileiro: 
 
Artigo 28. O condutor deverá, a todo momento, 
ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com a-
tenção e cuidados indispensáveis à segurança do 
trânsito. 
 
Artigo 29. O trânsito de veículos nas vias ter-
restres abertas à circulação obedecerá às se-
guintes normas: 
[...] 
II – o condutor deverá guardar distância de se-
gurança lateral e frontal entre o seu e os de-
mais veículos, bem como em relação ao bordo da 
pista, considerando-se, no momento, a velocida-
de e as condições do local, da circulação, do 
veículo e as condições climáticas; [...]. 
 
 O fato é que, a autora condutora da motocicleta é quem prati-
cou ato ilícito, bem como, não restou comprovado que a culpa da empresa requerida GIL-
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XV 
MAR NATALINO VOLPINI-ME, não havendo possibilidade de se alegar responsabilidade da 
mesma. 
 
 Veja o entendimento jurisprudencial: 
 
APELAÇÃO CÍVEL EM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERI-
AIS E MORAIS, DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂN-
SITO. IMPOSSIBILIDADE DE AFERIR A RESPONSABILI-
DADE. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E IMPROVIDA. 1. 
A prova juntada aos autos não é suficiente para 
aferir a responsabilidade dos apelados pelo e-
vento danoso. 2. Não restou comprovado que o 
apelado teria agido com imprudência, imprimindo 
velocidade excessiva na condução do veículo e 
nem tampouco consta nos autos laudo pericial. 
3. A apelante confirma em depoimento (fl. 239) 
que ela e o condutor da motocicleta estavam sem 
capacete e que o condutor da motocicleta não 
tinha habilitação. 4. A apelante não comprovou 
a culpa dos apelados na efetivação do sinistro. 
(TJPA; APL 0000786-14.2007.8.14.0032; Ac. 
148779; Monte Alegre; Segunda Câmara Cível Iso-
lada; Relª Desª Helena Percila de Azevedo Dor-
nelles; Julg. 13/07/2015; DJPA 22/07/2015; Pág. 
140) 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO. ACIDENTE 
DE TRÂNSITO. Colisão frontal entre o coletivo 
conduzido por preposto da corré e de proprieda-
de da outra corré, e a motocicleta conduzida 
pela vítima, com seu garupa, os quais vieram a 
falecer. Ausência de prova da culpa do condutor 
do coletivo pelo trágico acidente. Nexo causal 
não demonstrado. Inquérito policial arquivado. 
Improcedência da ação. Improcedência da lide 
secundária. Recurso dos autores desprovido. 
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XVI 
(TJSP; APL 0011685-84.2004.8.26.0609; Ac. 
7753284; Taboão da Serra; Vigésima Sétima Câma-
ra de Direito Privado; Rel. Des. Claudio Hamil-
ton; Julg. 05/08/2014; DJESP 23/09/2014)Não bastasse, o risco foi assumido pela autora ao conduzir veí-
culo sem habilitação para tal ato, ainda, deu causa as lesões sofridas pela passageira garupa 
da motocicleta, Elaine Ramos Da Silva, conforme se observa no Boletim de Acidente de Trân-
sito. 
 
 Pelo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, percebe-se 
que o acidente era previsível, uma vez que a condutora da motocicleta não era apta para 
dirigir, portanto, a Autora tinha consciência do risco, assumindo a culpa. Veja o entendimen-
to, por analogia: 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. 
TRANSPORTE DE SIMPLES CORTESIA OU BENÉVOLO EM 
CARROCERIA ABERTA, SEM PROTEÇÃO. CULPA GRAVE 
(MODALIDADE CULPA CONSCIENTE) CONFIGURADA. VA-
LOR DA CONDENAÇÃO. REDUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284/STF. 1. Em se tratando 
de transporte desinteressado, de simples corte-
sia, só haverá possibilidade de condenação do 
transportador se comprovada a existência de do-
lo ou culpa grave (Súmula 145/STJ). 2. Resta 
configurada a culpa grave do condutor de veícu-
lo que transporta gratuitamente passageiro, de 
forma irregular, ou seja, em carroceria aberta, 
uma vez que previsível a ocorrência de graves 
danos, ainda que haja a crença de que eles não 
irão acontecer . 3. Não é possível o conhecimen-
to da pretensão de redução da condenação, pois 
o recorrente não apontou qualquer lei que teria 
sido vulnerada pelo acórdão recorrido. Aplica-
se, por analogia, na espécie, o disposto na Sú-
mula 284 do STF: É inadmissível o recurso ex-
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XVII 
traordinário, quando a deficiência na sua fun-
damentação não permitir a exata compreensão da 
controvérsia. 4. Recurso especial desprovido. 
(STJ, Recurso Especial 685791 MG, 2004/0119848-
8, pub. 10-03-2010) 
 
 Assim, a autora não pode mover a presente ação contra a re-
querida sem ao menos provar a responsabilidade, ainda, a requerida não pode vir a respon-
der por ato ilícito de outrem, não podendo fazer parte do polo passivo da ação. 
 
 Para Arnaldo Rizzardo, a culpa grave do condutor que pilota 
motocicleta sem estar habilitado para conduzir o veículo se aproxima do dolo civil: 
 
Envolve uma crassa desatenção e a violação de 
dever comum de cuidado relativamente ao mundo 
no qual vivemos. Alcança dimensões maiores 
quando a violação é consciente, embora não al-
mejado o resultado. No dizer de Pontes de Mi-
randa, "é a culpa magna, nímia, como se dizia, 
que tanto pode haver no ato positivo como no 
negativo, é a culpa ressaltante, a culpa que 
denuncia descaso, temeridade, falta de cuidado 
indispensável. Quem devia conhecer o alcance do 
seu ato positivo ou negativo incorre em culpa 
grave". (RIZZARDO, Arnaldo. A reparação dos a-
cidentes de trânsito , 12ª ed. São Paulo: Revis-
ta dos Tribunais, 2013, p. 20) 
 
 Conclui-se que, conduzir veículo sem estar habilitado para isto, 
e cruzar via principal sem adotar as regras estabelecidas pelo Código Nacional de Trânsito, 
toda essa falta de cuidado só poderia resultar em colisão, demonstrando a culpa exclusiva da 
autora. 
 
Carlos Roberto Gonçalves, com sua costumeira percuciência, 
acrescenta que: 
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XVIII 
“Quando o evento danoso acontece por culpa ex-
clusiva da vítima, desaparece a responsabili-
dade do agente. Nesse caso, deixa de existir a 
relação de causa e efeito entre o seu ato e o 
prejuízo experimentado pela vítima. Pode-se 
afirmar que, no caso de culpa exclusiva da ví-
tima, o causador do dano não passa de mero 
instrumento do acidente. Não há liame de cau-
salidade entre o seu ato e o prejuízo da víti-
ma.[...].” (Direito Civil Brasileiro, 3ª ed., 
Saraiva, 2008, p. 439). 
 
 Sobre o assunto, o entendimento jurisprudencial, por analogia, 
afasta a responsabilidade da empresa Requerida, veja: 
 
DECISÃO: ACORDAM os integrantes da Oitava Câma-
ra Cível do Tribunal de Justiça do Estado do 
Paraná, por unanimidade de votos, em dar parci-
al provimento ao recurso, nos termos do voto da 
Relatora. EMENTA: RELATORA: Desembargadora LI-
LIAN ROMEROAPELANTE CLAUDEMIR MELO DE OLIVEIRA-
APELADOS: IRMA MACOPPI e JOÃO MORAESINTERESSA-
DOS: AUTO VIAÇÃO REDENTOR LTDA e PAULO ALEXAN-
DRE MATOZOCÍVEL. APELAÇÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. 
ACIDENTE ENTRE VEÍCULOS. COLISÃO ENTRE ÔNIBUS E 
MOTOCICLETA. MORTE DO CARONA DESTA ÚLTI-
MA.TRANSPORTE BENÉVOLO. CULPA EXCLUSIVA DO CON-
DUTOR DA MOTOCICLETA. INVASÃO DE VIA PREFEREN-
CIAL. AUSÊNCIA DE PROVA DE QUE O ÔNIBUS, QUE 
TRAFEGAVA NA VIA PREFERENCIAL, ESTIVESSE EM VE-
LOCIDADE EXCESSIVA. NÃO CONFIGURAÇÃO, NO CASO 
CONCRETO, DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA EM-
PRESA CONCESSIONÁRIA DE TRANSPORTE COLETIVO. 
HIPÓTESE, ADEMAIS, QUE TAL RESPONSABILIDADE FOI 
ELIDIDA PELA CULPA EXCLUSIVA DO CONDUTOR DA MO-
TOCICLETA. ESCORREITO AFASTAMENTO DA RESPONSA-
BILIDADE DE TAL EMPRESA . PRETENDIDO RECONHECI-
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XIX 
MENTO DA REVELIA DO CONDUTOR DO ÔNIBUS PORQUE 
NÃO COMPARECEU À AUDIÊNCIA.INVIABILIDADE. AÇÃO 
NÃO AJUIZADA CONTRA O CONDUTOR DO ÔNIBUS. HIPÓ-
TESE, ADEMAIS, EM QUE ELE NÃO FOI INTIMADO PARA 
A AUDIÊNCIA MAS TERCEIRO, NÃO ENVOLVIDO NO ACI-
DENTE OBJETO DO FEITO. CONDUTOR QUE TOMARA EM-
PRESTADA A MOTOCICLETA, QUE ESTAVA NA POSSE DO 
FILHO DO PROPRIETÁRIO. PRETENDIDA ILEGITIMIDADE 
PASSIVA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº 
1.223.550-8. DESTE ÚLTIMO. INOCORRÊNCIA. PRECE-
DENTES.CULPA CONCORRENTE DA VÍTIMA, QUE NÃO U-
SAVA CAPACETE. CARACTERIZAÇÃO. POSSIBILIDADE DE 
REDUÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO. PENSÃO VITALÍ-
CIA FIXADA EM FAVOR DOS PAIS DA VÍTI-
MA.READEQUAÇÃO NECESSÁRIA. MONTANTE DE 2/3 DO 
SALÁRIO-MÍNIMO QUE DEVE SE ESTENDER DA DATA DO 
EVENTO DANOSO ATÉ AQUELA EM QUE A VÍTIMA COM-
PLETARIA 25 ANOS, SENDO REDUZIDA A PARTIR DE 
ENTÃO PARA 1/3. RECURSO PARCIALMENTEPROVIDO.Se 
por um lado é inegável a utilidade e conforto 
que os veículos automotores (aí incluídos auto-
móveis, motocicletas, caminhões, utilitários, 
etc.) conferem aos seus usuários, por outro é 
inequívoco o potencial lesivo que encerram, es-
pecialmente se imperita ou imprudentemente con-
duzidos ou ainda sem a devida manutenção. Dian-
te de tal quadro, é imperioso que não só condu-
tores, passageiros e pedestres obedeçam rigoro-
samente as normas de circulação impostas pelo 
CTB-Código de Trânsito Brasileiro, como também 
que os proprietários dos veículos redobrem as 
cautelas quando os emprestam ou cedem a sua di-
reção a terceiros. Assim, salvo se o veículo 
tiver sido arrebatado ou apropriado sem o con-
sentimento do proprietário, deve este responder 
solidariamente pelos danos causados em acidente 
em que seu veículo estiver envolvido, ainda que 
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XX 
conduzido por terceiro. TRIBUNAL DE JUSTIÇA A-
pelação Cível nº 1.223.550-8 (TJPR - 8ª C.Cível 
- AC - 1223550-8 - Foro Central da Comarca da 
Região Metropolitana de Curitiba - Rel.: Lilian 
Romero - Unânime - - J. 13.11.2014) (TJ-PR , 
Relator: Lilian Romero, Data de Julgamento: 
13/11/2014, 8ª Câmara Cível) 
 
 Não resta a menor dúvida que a Autora DEU CAUSA AOS DA-
NOS QUE SOFREU. 
 
 Observa-se que a Autora nada mais fez do que lançar alegações 
aleatórias, sem qualquer respaldo material nos autos e sem qualquer parâmetro, pois, não 
se fez acompanhar de qualquer indício de prova cabal que autorize a sua procedência. 
 
 Diante disso, na presente ação, evidenciou-se a culpa exclusiva da 
Autora, pois contribuiu para a ocorrência das lesões. Conclui-se, portanto, que o pedido deve 
ser julgado totalmente improcedente em relação ao contestante, por ausência da prática de 
ato ilícito por parte da empresa Requerida capaz de ensejar indenização. 
 
DA AUSÊNCIA DE CULPA DA EMPRESA REQUERIDA – DO BO-
LETIM DE OCORRÊNCIA. 
 
 Salienta-se, novamente, que o Boletim de Acidente de Trânsito 
nº 01348/2013, redigido por autoridades policiais, em nenhum momento considerou a Re-
querida como culpada do acidente. 
 
 Observa-se que, o próprio Boletim de Ocorrência descreveu 
que o possível fator preponderante foi à falta de atenção e a falta de sinalização, bem como, 
não havia restrição de visibilidade e as condições meteorológicas eram de céu claro, ainda, 
registrou-se que a autora era a condutora da motocicleta e não estava habilitada para dirigir 
o veículo sinistrado. 
 
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XXI 
 O Código de Trânsito Brasileiro preceitua: 
 
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter 
domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção 
e cuidados indispensáveis à segurança do trân-
sito. 
 
 Estes fatos narrados anteriormente, por si só, afastam a res-
ponsabilidade requerida, até porque, é importante salientar que a parte autora infringiu as 
normas de trânsito, dando causa ao sinistro, pois, caso houvesse, a autora, respeitado as 
normas previstas no Código de Trânsito Brasileiro, o acidente não teria se consumado. 
 
 Além disso, ainda que o Boletim de Ocorrência considerasse a 
Requerida como a responsável pelo acidente, fato este que não ocorreu, ainda assim esse 
documento não seria prova suficiente para respaldar a parte autora a ingressar com uma 
ação de reparação de danos por acidente, senão vejamos o entendimento jurisprudencial 
por analogia: 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRÂNSITO. 
BOLETIM DE OCORRENCIA. BATIDA NA TRASEIRA. PRE-
SUNCAO DE CULPA. 1 - O BOLETIM DE OCORRENCIAS 
NAO É DOCUMENTO ESSENCIAL A AÇÃO DE REPARACAO 
DE DANOS POR ACIDENTES DE TRÂNSITO; 2- PRESUME-
SE A CULPA DO MOTORISTA QUE, EM CORRENTE DE 
TRAFEGO, COLIDE O SEU VEICULO CONTRA A TRASEIRA 
DO CARRO QUE LHE VAI A FRENTE, POR DESRESPEITAR 
A REGRA DE QUE DEVE OBSERVAR A DISTANCIA SUFI-
CIENTE PARA POSSIBILITAR QUALQUER MANOBRA NE-
CESSARIA. AGRAVO RETIDO DESPROVIDO E PROVIMENTO 
DA APELACAO DO PRIMEIRO RECORRENTE. LEGISLACAO: 
L 9245/95. CPC - ART 277 . RCNT - ART 175, III. 
DOUTRINA: RIZZARDO, ARNAUDO - A REPARACAO NOS 
ACIDENTES DE TRÂNSITO, ED RT, 5 ED, P 228 . 
(TJ-PR - AC: 1023601 PR Apelação Cível - 
0102360-1, Relator: Ruy Cunha Sobrinho, Data de 
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XXII 
Julgamento: 26/03/1997, Quarta Câmara Cível 
(extinto TA) 
 
 A caracterização da responsabilidade civil subjetiva depende da 
presença concomitante do ato culposo ou doloso do ofensor, do dano imposto à vítima e do 
nexo causal entre ambos. À míngua da prova de um desses requisitos, cujo ônus a lei impõe 
ao autor (CPC/2015, art. 373, I), improcede a pretensão indenizatória. 
 
 Destarte, é lógico e evidente que a culpa grave não é da empre-
sa GILMAR NATALINO VOLPINI-ME. 
 
 Assim, resta demonstrado que os danos sofridos pela Autora 
não podem ser reputados a empresa Requerida, vez que esta em momento algum agiu de 
forma a contribuir para o infortúnio. 
 
DA CULPA DA AUTORA – DA CULPA CONCORRENTE. 
 
 Ad argumentandum tantum, ainda que se considerasse que a 
Requerida agiu com culpa no acidente, houve decisiva responsabilidade da condutora da 
motocicleta no evento danoso, desnudada no fato de dirigir sem habilitação, bem como, da 
responsabilidade do Município de Campo Grande/MS, devido a falta de sinalização. 
 
 No caso ora apresentado, a culpa da Requerida, caso houvesse, 
seria levíssima ou irrelevante em comparação ao da autora, ora condutora da motocicleta, 
pois, na verdade, esta última foi o pivô do acidente. 
 
 Desta forma, caso se conclua pela existência de culpa da Re-
querida, o que não se espera, diante de possível grau levíssimo, a hipótese se aproxima da 
culpa exclusiva da condutora da motocicleta. 
 
 Por oportuno,pede-se vênia para transcrição de julgados que, 
colhidos a esmo, refletem o entendimento consolidado na jurisprudência: 
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XXIII 
 
DIREITO CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDA-
DE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRÂNSITO. 
CRUZAMENTO NÃO SINALIZADO. PREFERÊNCIA. CULPA 
CONCORRENTE. INDENIZAÇÃO PROPORCIONAL. 1 - Aci-
dente de veículo. Preferência nos cruzamentos. 
Na forma do art. 29, inciso III, alínea ""c"" 
do código de trânsito, tem preferência de pas-
sagem, nos cruzamentos, o veículo que trafega 
pela direita do condutor. Culpa da autora que 
se reconhece, afastando a causalidade, indis-
pensável ao reconhecimento da responsabilidade 
objetiva do estado. 2. Culpa concorrente . Ainda 
que se reconheça a culpa concorrente do agente 
público, que trafegava com excesso de velocida-
de, tal dado tem por efeito reduzir o valor da 
indenização. Mesmo a redução proporcional da 
indenização não importa em valor inferior ao da 
competência dos juizados, pelo que se mostra 
acertada a indenização fixada na sentença. 3 - 
Recurso conhecido, mas não provido. Sem custas 
processuais e honorários advocatícios, no valor 
equivalente a 10% do valor da condenação, pela 
recorrente. (TJDF; Rec 2014.01.1.123881-0; Ac. 
889.633; Segunda Turma Recursal dos Juizados 
Especiais do Distrito Federal; Rel. Desig. Juiz 
Aiston Henrique de Sousa; DJDFTE 11/09/2015; 
Pág. 385) 
 
 Pelo exposto, ausente o nexo de causalidade, já que o causador 
do acidente não foi a empresa Requerida, elidindo, portanto, o seu dever de indenizar. Con-
tudo, pela dialética e apego ao debate, ainda que tivesse a Requerida agido com culpa, caso 
se entenda pelo dever de indenizar, o que não se concebe, o julgador deve considerar pri-
meiramente a conduta culposa praticada pela condutora da motocicleta, pelo disposto no 
Art. 945 do Código Civil. 
 
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XXIV 
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposa-
mente para o evento danoso, a sua indenização 
será fixada tendo-se em conta a gravidade de 
sua culpa em confronto com a do autor do dano. 
 
 Ou seja, segundo preceitua o Código Civil, a responsabilidade 
deverá ser distribuída entre as partes, na proporção do que cada um contribuiu para ocor-
rência do dano. 
 
 Neste sentido, a lição dos tribunais: 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ACIDENTE 
DE TRÂNSITO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. ASSIS-
TÊNCIA JUDICIÁRIA. CULPA CONCORRENTE. VALOR. 
PORCENTAGEM. JUROS MORATÓRIOS. CORREÇÃO MONETÁ-
RIA. 1- Estando em curso o processo, o pedido 
de Assistência Judiciária Gratuita deve ser 
formulado em petição autônoma e em autos apar-
tados, sob pena de não apreciação, por erro 
grosseiro, nos termos do art. 6º da Lei nº 
1.060/50 (precedentes do STJ). 2 - evidenciada 
a culpa concorrente entre os condutores do car-
ro e da motocicleta envolvidos no acidente, age 
com acerto o magistrado que condena tanto o 
condutor quanto o proprietário do carro a inde-
nizar, meio a meio, os danos materiais e morais 
experimentados pela vítima que trafegava na ga-
rupa da motocicleta abalroada, cujo condutor 
não foi acionado. 3- demonstrado o grande so-
frimento pelo qual passou a vítima ao longo do 
tratamento médico-hospitalar em que se submeteu 
a uma cirurgia ortopédica no joelho, implantan-
do também uma prótese metálica no fêmur direi-
to, experimentando escoriações de toda ordem e 
por todo o corpo, não há falar-se em exorbitân-
cia na fixação de danos morais . 4- os juros mo-
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XXV 
ratórios mensais de 1% incidem a partir do e-
vento danoso (Súmula nº 54 do STJ). 5- tendo a 
sentença fixado a incidência de correção mone-
tária pelo INPC a partir da data da sentença, 
fica prejudicado o pedido nesse sentido. Apelo 
desprovido. (TJGO; AC 0129297-
94.2005.8.09.0087; Itumbiara; Quarta Câmara Cí-
vel; Rel. Des. Carlos Escher; DJGO 28/05/2015; 
Pág. 216) 
 
 Após o acertamento sobre a parcela de culpa de cada parte no 
evento, há que se atentar para a culpa levíssima da empresa Requerida, para que se verifi-
que a desproporção entre a culpa da Requerida e o dano, a fim de que o julgador reduza e-
quitativamente o valor a ser indenizado. Conforme permissivo contido na legislação civilísti-
ca: 
 
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão 
do dano. 
Parágrafo único. Se houver excessiva despropor-
ção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá 
o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização. 
 
 O inciso V, do art. 5.º, da Constituição Federal é taxativo: 
 
Art. 5.º (...) 
V – é assegurado o direito de resposta, propor-
cional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem; 
 
 Os dispositivos citados abrem ocasião para que o r. juízo se uti-
lize da equidade, diante das circunstâncias que fizeram gerar uma consequência anormal no 
resultado do dano, que no caso era absolutamente imprevisível por parte da empresa Re-
querida. 
 
 
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XXVI 
 DO DIREITO: 
ÔNUS DA PROVA DA AUTORA. 
 
 O boletim de ocorrêncialavrado pela autoridade policial, bem 
como Laudo Pericial elaborado por expert de trânsito, gozam de presunção relativa de vera-
cidade que apenas será ilidida por contraprova inconcludente. 
 
 Conforme já relatado, o Boletim de Ocorrência confirma que a 
condutora da motocicleta pilotava sem possuir CNH ou permissão para dirigir. 
 
 Dessa forma, a Autora assumiu todo o risco, cabendo a ela pro-
var que os fatos ocorreram de outro modo ao que lhe foi atribuído para poder desfazer a 
presunção de culpa da Autora, sobretudo porque é seu o ônus de provar fato constitutivo do 
seu direito, conforme o artigo 373, I, do código de processo civil vigente, in verbis: 
 
"Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do 
seu direito;" 
 
 Esta obrigação da Autora em provar o que alega, encontra res-
paldo nas orientações jurisprudenciais, conforme se observa: 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO AÇÃO DE INDENIZAÇÃO 
ACIDENTE DE TRÂNSITO CULPA PELA OCORRÊNCIA DO 
EVENTO DANOSO. Ação de indenização proposta por 
condutor de motocicleta e garupa que sofreram 
danos decorrentes de abalroamento com caminhão. 
Ausência de elementos a demonstrarem qual das 
partes desrespeitou a sinalização de trânsito, 
ocasionando o acidente. Culpa não evidenciada 
nos autos para a configuração da 
responsabilidade civil. Autores que não se 
desincumbiram do ônus de provar fato 
constitutivo de seu direito, conforme artigo 
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XXVII 
333, I, do CPC. Sentença de procedência 
reformada. Recurso provido. Acórdão combatido 
que não apresenta omissão, contradição ou 
obscuridade para o acolhimento dos embargos 
Propósito de modificação do julgado, com 
reapreciação de matéria regularmente julgada 
Inviabilidade Decisão mantida. Embargos 
rejeitados. (TJSP; EDcl 0003319-
22.2012.8.26.0562/50000; Ac. 7865133; Santos; 
Décima Primeira Câmara Extraordinária de 
Direito Privado; Rel. Des. Leonel Costa; Julg. 
17/09/2014; DJESP 30/09/2014) 
 
 Para que não pairem dúvidas quanto ao alcance da definição do 
que venha a ser o fato constitutivo de seu direito, seria aquele que, quando ocorrido, faz 
nascer uma relação jurídica, ou seja, cria direitos por ligar o acontecimento a uma intenção, 
cuja base legal encontra-se no ordenamento. Dessa forma, ao autor cabe a prova destes fa-
tos para que sua pretensão seja recepcionada e procedente. 
 
 Assim, de acordo com a legislação pertinente, tudo aquilo que 
alegado e não comprovado é como se não existisse, portanto, único fato que ficou solamen-
te comprovado foi à conduta ardilosa da Autora ao descrever situações que jamais existiram. 
 
 Concluindo este tópico, deve o pedido ser julgado totalmente 
improcedente em relação ao contestante, por ausência da prática de ato ilícito ensejador de 
indenização. 
 
DA IMPROCEDÊNCIA DOS ALEGADOS DANOS MATERIAIS. 
 
Primeiramente, não há que se falar em danos, sequelas e muito 
menos que a autora estaria incapacitada ou inválida. 
 
Na mesma toada, é de sabença que compete à parte autora 
instruir a peça isagógica com os documentos destinados a comprovar os fatos constitutivos 
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XXVIII 
do seu alegado direito. Notadamente porque, a petição inicial deve necessariamente ser ins-
truída com os documentos indispensáveis à propositura da ação de forma a ser perfectibili-
zado o relacionamento havido entre as partes e aparelhada a argumentação que se traduz 
na pretensão deduzida, consoante prevêem os arts. 319, 320 e 434, todos do CPC/2015, in 
litteris: 
 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a 
existência da união estável, a profissão, o nú-
mero de inscrição no Cadastro de Pessoas Físi-
cas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, 
o endereço eletrônico, o domicílio e a residên-
cia do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pe-
dido; 
IV - o pedido, com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demons-
trar a verdade dos fatos alegados; 
(...) 
 
Art. 320. A petição inicial será instruída com 
os documentos indispensáveis à propositura da 
ação. 
 
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição 
inicial ou a contestação com os documentos des-
tinados a provar suas alegações. 
 
 Repisa-se que compete à autora a demonstração dos fatos 
constitutivos do seu direito, a teor da norma inserida no inciso I, do artigo 373 do CPC/2015. 
Não sendo provados os fatos alegados, é indubitável a improcedência do pedido de dano 
material. 
 
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XXIX 
Do caderno processual, verifica-se que a autora não carreou 
aos autos os documentos concernente aos alegados danos materiais, visto que não trouxe a 
baila qualquer documento que pelo menos indicasse ou que atestasse o suposto pagamento 
de despesas com motocicleta, hospital e médico, anteriores à propositura deste feito, pois 
não se tratam de documentos novos. 
 
 Portanto, impugna-se por todos os documentos juntados na 
exordial, pois, os mesmos, não comprovam que a autora teve prejuízos com conserto e/ou 
tratamento correspondente as lesões sofridas em detrimento do acidente ora em discussão. 
 
Ainda, sinaliza-se que é exigência da jurisprudência que seja 
apresentado no mínimo 03 (três) orçamentos de oficinas idôneas, sendo que, a Autora apre-
sentou apenas 01 (um) orçamento. Veja: 
 
RECURSO INOMINADO. REPARAÇÃO DE DANOS MATERI-
AIS. CONTRATO DE LOCAÇÃO. IMÓVEL COMERCIAL. AU-
SÊNCIA DE PROVAS QUANTO AOS DANOS CAUSADOS PE-
LOS RÉUS NO IMÓVEL. O RESSARCIMENTO DOS VALORES 
NECESSÁRIOS PARA OS REPAROS SOMENTE PODE SER 
EXIGIDO MEDIANTE A PRÉVIA NOTIFICAÇÃO DO INQUI-
LINO PARA QUE COMPAREÇA À VISTORIAFINAL. AU-
SÊNCIA DO TERMO DE VISTORIA INICIAL E DOS TRÊS 
ORÇAMENTOS DEMONSTRANDO OS REPAROS NECESSÁRIOS. 
Corretamente decretada a revelia da requerida, 
uma vez que o atestado médico de fls. 57 não é 
suficiente para demonstrar a impossibilidade de 
comparecimento à audiência de instrução. Não se 
trata de adentrar a esfera íntima da parte, mas 
sim, de não aceitar um atestado médico que não 
indica minimamente a situação que impossibili-
tou a ré de comparecer à audiência, ou que não 
poderia transferir a consulta para outra data 
ou horário. Restou evidente nos autos que o au-
tor, na qualidade de locador, e tentando resol-
ver as questões pendentes com os réus no âmbito 
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XXX 
administrativo, propôs o pagamento dos valores 
relativos ao aluguel até o dia 20/06/2014, caso 
todas as pendências fossem quitadas até o dia 
22/07/2014, o que não foi cumprido por eles. 
Desse modo, havendo o descumprimento do acordo 
por parte dos requeridos, não há que se exigir 
que o autor também cumpra com o prometido, aba-
tendo parte da dívida. Devem, pois, os réus ar-
carem com o aluguel integral do mês de junho de 
2014 e aluguel parcial relativo aos 15 dias do 
mês de julho de 2014, quando efetivamente... 
entregaram o imóvel. Não há provas inequívocas 
acerca dos danos existentes no imóvel. A prova 
testemunhal é frágil e não comprova que tenham 
sido causados pelos réus. Não foi realizada a 
vistoria final no imóvel e não há provas de que 
os réus foram notificados para acompanhamento. 
Para que o inquilino seja responsabilizado pelo 
ressarcimento de eventuais estragos ocorridos 
no período da locação, deve haver notificação 
para acompanhar à vistoria final. Sequer há nos 
autos os três orçamentos necessários para veri-
ficar que o serviço foi realizado pelo menor 
valor. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. RECURSO 
PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 
71005600481, Quarta Turma Recursal Cível, Tur-
mas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, 
Julgado em 30/10/2015). (TJ-RS - Recurso Cível: 
71005600481 RS, Relator: Glaucia Dipp Dreher, 
Data de Julgamento: 30/10/2015, Quarta Turma 
Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da 
Justiça do dia 05/11/2015) 
 
Portanto, sem a comprovação do dano, e não apresentado os 
documentos necessários, não há que se falar em reparação por danos materiais. 
 
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XXXI 
A pretensão de indenização por danos materiais depende de 
prova robusta dos prejuízos alegados. Neste liame, para alcançar a indenização por danos 
materiais, a parte demandante deve produzir prova robusta dos supostos prejuízos por ela 
suportados, e ainda, de que tais prejuízos tenham sido decorrentes de evento danoso impu-
tado aos requeridos, a teor do art. 333, I, do CPC. 
 
AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS MATERIAIS. REQUISITOS 
NÃO COMPROVADOS. REPARAÇÃO INDEVIDA. Para al-
cançar indenização por danos materiais, o autor 
deve produzir prova robusta dos supostos preju-
ízos por ele suportados, e ainda, de que tais 
prejuízos tenham sido decorrentes de evento da-
noso imputado ao réu, a teor do art. 333, I, do 
CPC. (TJMG; APCV 1.0508.09.008954-3/001; Rel. 
Des. Moacyr Lobato; Julg. 26/02/2013; DJEMG 
04/03/2013) 
 
Além do que, a reparação civil tem por pressuposto a existência 
de um prejuízo efetivo e que este seja decorrente de uma conduta ilícita, o que não ocorre-
ram in casu. 
 
Neste diapasão: 
 
APELAÇÂO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. AU-
SÊNCIA DE ATO ILÍCITO. Ausente a prova dacondu-
tailícita por parte da ré, a improcedência do 
pedido indenizatório é medida que se impõe. 
[...]. Improcedência do pleito indenizatório. 
Hipótese em que se nega seguimento ao ape-
lo.(TJRS; AC 86802-11.2011.8.21.7000; Sapucaia 
do Sul; Décima Câmara Cível; Rel. Des. Paulo 
Roberto Lessa Franz; Julg. 08/04/2011; DJERS 
25/04/2011). 
 
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XXXII 
Atento à boa técnica processual, sabe-se que o magistrado está 
estritamente vinculado ao pedido das partes, não podendo proferir julgamento fora dos li-
mites delineados no processo, sob pena de incorrer em nulidade absoluta sua sentença. 
 
No caso telado, por não haver pedido delimitado e pormenori-
zado de condenação em despesas de tratamento, bem como, a ausência dos orçamentos 
com gastos para conserto da motocicleta, improcede tal pleito por não haver total pertinên-
cia subjetiva para o processo. 
 
Tendo em vista que os argumentos lançados acima, somando-
se ao fato de que a autora não colacionou nenhuma prova de gastos com o alegado trata-
mento consistente nas aduzidas despesas hospitalares e médicas, consoante determinado o 
artigo 333, I, do CPC, impõe-se o indeferimento do pleito de danos morais. 
 
DA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE LUCROS CESSANTES - 
RENDA MENSAL NÃO COMPROVADA/INEXISTENTE. 
 
 A opção da defesa, em contestar os pedidos de danos materiais 
e lucros cessantes em tópicos diferentes decorre simplesmente pelo fato da denominação 
jurídica ser diversa, contudo, não se diferenciam ontologicamente. 
 
 Como se vê, a Autora alega que trabalhava como atendente da 
lanchonete SUBWAY, ganhando salário mínimo, sendo que, em razão do acidente, aduz que 
ficou afastada por cerca de um ano, contudo, não merece prosperar seu pedido por lucros 
cessantes, uma vez que, além do fato de não comprovar que estava empregada na época do 
acidente, ainda, sequer comprovou que percebeu benefícios da previdência nesse período, 
restando demonstrado o descabimento do pedido de danos materiais por lucros cessantes. 
 
 Na percuciente lição de CARLOS ROBERTO GONÇALVES: 
 
“Dano material é o que repercute no patrimônio 
do lesado. Patrimônio é o conjunto de relações 
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jurídicas de uma pessoa apreciáveis em dinhei-
ro. Avalia-se o dano material tendo em vista a 
diminuição sofrida no patrimônio. O ressarci-
mento do dano material objetiva a recomposição 
do patrimônio lesado. Se possível, restaurando 
o statu quo ante , isto é, devolvendo a vítima 
ao estado em que se encontrava antes da ocor-
rência do ato ilícito.” 
 
 Ante a ausência de comprovação do suposto prejuízo material 
suportado, requer a improcedência do pedido por lucros cessantes. 
 
 De mais a mais, cabe ressaltar que, além de não comprovado 
que a autora estava empregada na época do acidente, o pleito vem desacompanhado de 
qualquer documentação (laudo médico pericial ou do INSS) que comprove qualquer incapa-
cidade no período alegado, bem como, não se demonstrou em nenhum momento qualquer 
desembolso com tratamento médico. 
 
 Portanto, se a autora ficou incapacitada de exercer a profissão 
pelo período de 1 (um) ano, por certo requereu o auxilio-doença ao INSS, desta forma, o 
desconto da eventual indenização seria de tais benefícios previdenciários, sob pena de enri-
quecimento sem causa da Autora à custa da empresa Requerida. 
 
 Entrementes, não há que se falar em condenação da empresa 
Requerida ao pagamento de lucros cessantes, primeiro pelo fato de que não foi vislumbrada 
qualquer culpa que pudesse ser aplicada a Requerida; e segundo porque não há qualquer 
prova de vínculo empregatício ou da fantasiosa incapacidade laborativa pelo período de 1 
(um) ano e; por fim, pelo fato de, provavelmente, a previdência social ter arcado com o be-
nefício à autora. 
 
 Todavia, em caso deste juízo superar os argumentos defendi-
dos acima e entender pela possibilidade de fixação de lucros cessantes pelo período de 1 
(ano), deve-se levar em conta a necessidade de realização de perícia médica para avaliar e-
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xatamente a extensão dos supostos danos, e se estes possuem nexo causal com o fato aqui 
noticiado. Além do mais, requer seja expedido ofício ao CAGED (Cadastro Geral de Emprega-
dos e Desempregados) para que seja aferida a situação empregatícia da autora, incluindo 
informações de anotações na carteira de trabalho, funções, existência de vínculos emprega-
tícios, desde o dia 28/02/2013 até a presente data. 
 
DA INEXISTÊNCIA DOS ALEGADOS DANOS ESTÉTICOS 
 
Aduz a autora que, além das sequelas que supostamente lhe 
acometem, possui grandes cicatrizes na região das pernas e abdômen, devido às cirurgias e 
tratamentos realizados, devendo ser reparada no valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
 
No entanto, não há prova, sequer mínima, da ocorrência dos 
supostos danos estéticos, uma vez que a autora trouxe à baila, apenas, fotografias que se-
quer comprovam serem verídicas ou referentes à autora. 
 
 Para ser passível de ser indenizada da forma como pretendida, 
o alentado dano estético deve ser comprovado, sendo que constitui ônus da autora demons-
trá-los. 
 
 Entende-se por dano estético toda e qualquer alteração da apa-
rência humana que implique na deformidade estética da pessoa e que seja perfeitamente 
perceptível por provas contundentes. De igual modo, é necessária a aferição da extensão, 
como também da constatação da gravidade das lesões a fim de que seja possível constatar a 
ocorrência ou não de constrangimento estético pela vítima. 
 
No presente caso, tem-se por indevido o pleito de fixação de 
quantum indenizatório a título de danos estéticos, visto que estes sequer foram comprova-
dos, até porque, em nenhum momento foi demonstrado que as fotos são da autora, sendo 
forçoso concluir que houve sequelas físicas prejudiciais à rotina diária da requerente, res-
tando impugnados os documentos de fls. 27/36. 
 
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XXXV 
 Já fora dito anteriormente, mas não custa reforçar que todas as 
fotografias apresentadas pela autora não possuem data, sequer demonstram que efetiva-
mente se tratam da autora. Portanto, todas as fotografias encartadas nos autos não prestam 
para fazer qualquer prova, ficando todas impugnadas. 
 
O que se vê, na verdade, é a pretensão da condenação indeni-
zatória bis in idem, porquanto não é possível a individualização do pedido de dano moral e 
estético, não sendo passíveis de apuração em separado, com causas inconfundíveis. Destar-
te, o pedido formulado pela autora neste tópico redunda em verdadeiro dano moral, tor-
nando-se manifestamente improcedente. 
 
Noutro norte, inexiste qualquer prova que ateste a veracidade 
das sequelas físicas capazes de prejudicar a rotina diária da autora, sendo inviável apurar o 
quantum necessário para recompor o alegado prejuízo estético apontado e o grau das su-
postas sequelas, se é que estas existem, o que se refuta, restando incabível indenização, 
quanto menos na quantia equivalente a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
 
 DA INEXISTÊNCIA DO DANO MORAL – DO QUANTUM INDENI-
ZATÓRIO. 
 
 Pretende a Autora indenização por danos morais no importe 
total de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais), contudo, não merece prosperar, conforme 
restará demonstrado. 
 
 A autora alega que o acidente ocasionou dano físico e moral 
em virtude dos 47 (quarenta e sete) dias de internação no Hospital e pelos 10 (dez) meses 
utilizando aparelho extensor na perna esquerda, bem como, pela utilização de muleta, de-
vendo, portanto, a empresa requerida indenizar o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) 
pelo referido motivo. 
 
 Além disso, pleiteou o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil re-
ais) referente os danos morais causados pela dor da perda do filho (aborto do nascituro). 
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