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- Tensões nos Solos, Capilaridade Professor: Giuliano BordinTrindade São José dos Campos, 10 de Novembro de 2016 Mecânica dos Solos Aula 05 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO” Tema para 1º Seminário (17/nov) “Classificação dos Solos” – Capítulo 3 (“Aula 3”) do livro Curso Básico de Mecânica dos Solos (Carlos Sousa Pinto, 3ª Ed.) Tema para 2º Seminário (01/dez) “Sistema Solo-Água” , “Sistema Solo-Água-Ar” , “Ensaio de Sedimentação” - Capítulo1 (“Aula 1”) do livro Curso Básico de Mecânica dos Solos (Carlos Sousa Pinto, 3ª Ed.) Tema para 3º Seminário (08/dez) “Prospecção do Subsolo” – Capítulo 2 (“Aula 2”) do livro Curso Básico de Mecânica dos Solos (Carlos Sousa Pinto, 3ª Ed.) Aula 05: Teórica (03/11/2016) Tensões nos Solos e Capilaridade Aula Prática 03 -Turma A (11/11/2016) Determinação dos índices de vazios: máximo e mínimo das areias. Conteúdo 2 DAS, Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 7ª. Ed., Cengage, 2012. CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e suas aplicações. 6ª. Ed., Rio de Janeiro, LTC Editora. Bibliografia Complementar – Aula 05 3 1. Conceito de Tensões em um meio particulado Tensões nos Solos e Capilaridade 4 • Para a aplicação da Mecânica dos Sólidos Deformáveis aos solos, deve- se partir do conceito de tensões. Uma maneira adequada consiste na consideração de que os solos são constituídos de partículas e que forças aplicadas a eles são transmitidas de partícula a partícula, além das que são suportadas pela água dos vazios. • Diversos grãos transmitirão forças à placa, as quais podem ser decompostas em normais e tangenciais à superfície da placa. Como é impossível desenvolver modelos matemáticos com base nas inúmeras forças, a sua ação é substituída pelo conceito de tensões. FIG. 5.1 Esquema do contato entre grãos para a definição de tensões (Pinto, 2006) 1. Conceito de Tensões em um meio particulado Tensões nos Solos e Capilaridade 5 FIG. 5.1 Esquema do contato entre grãos para a definição de tensões (Pinto, 2006) • A somatória das componentes normais ao plano, dividida pela área total que abrange as partículas em que os contatos ocorrem, é definida como tensão normal: • A somatória das forças tangenciais, dividida pela área, é referida como tensão cisalhante: 1. Conceito de Tensões em um meio particulado Tensões nos Solos e Capilaridade 6 FIG. 5.1 Esquema do contato entre grãos para a definição de tensões (Pinto, 2006) • O que se considerou para o contato entre o solo e a placa pode ser também assumido como válido para qualquer outro plano, como o plano P na Fig. 5.1, tendo-se que levar em conta as forças transmitidas no interior das partículas seccionadas, ou então, segundo superfícies onduladas se ajustando aos contatos entre os grãos, como a superfície Q. • Registre-se que as tensões, assim definidas, são muito menores do que as tensões que ocorrem nos contatos reais entre as partículas. Essas chegam a 700 MPa, enquanto que, nos problemas de Engenharia de Solos, raramente as tensões chegam a 1 MPa. 2. Tensões devidas ao peso próprio do solo Tensões nos Solos e Capilaridade 7 FIG. 5.2 Tensões em um plano horizontal (Pinto, 2006) • Nos solos, ocorrem tensões devidas ao peso próprio e às cargas aplicadas. Na análise do comportamento dos solos, as tensões devidas ao peso têm valores consideráveis, e não podem ser desconsideradas. • Quando a superfície do terreno é horizontal, aceita-se, intuitivamente, que a tensão atuante num plano horizontal a uma certa profundidade seja normal ao plano. Não há tensão de cisalhamento nesse plano. • Num plano horizontal acima do nível d’água, como o plano A mostrado na Fig. 5.2, atua o peso de um prisma de terra definido por esse plano. O peso do prisma, dividido pela área, indica a tensão vertical: 2. Tensões devidas ao peso próprio do solo Tensões nos Solos e Capilaridade 8 • Quando o solo é constituído de camadas aproximadamente horizontais, a tensão vertical resulta da somatória do efeito das diversas camadas. • A Figura 5.3, acima, apresenta um diagrama de tensões com a profundidade de uma seção de solo, por hipótese, completamente seco. • Ex. Aplicação: Calcule a tensão total nos pontos A,B, C e D, indicados no perfil a seguir. Construa o diagrama “Tensão total x Profundidade”. 2. Tensões devidas ao peso próprio do solo Tensões nos Solos e Capilaridade 9 Argila Dura Areia Compacta Solo Silto-Arenoso 18 kN/m³ 17,5 kN/m³ gn = 19 kN/m³ -6,5m -4,8m -3m A B C D 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 10 • Na análise do perfil mostrado na Fig. 5.2, considerou-se inicialmente um plano acima do nível d’água, onde o solo estava totalmente seco. A tensão total no plano B, abaixo do lençol freático, situado na profundidade zw, será a soma do efeito das camadas superiores. • A água no interior dos vazios, abaixo do nível d’água, estará sob uma pressão que independe da porosidade do solo, depende só de sua profundidade em relação ao nível freático. No plano considerado, a pressão da água, que em Mecânica dos Solos é representada pelo símbolo u, é: FIG. 5.2 Tensões em um plano horizontal (Pinto, 2006) • Diante da diferença de natureza das forças atuantes, Terzaghi constatou que a tensão normal total num plano qualquer deve ser considerada como a soma de duas parcelas: (1) a tensão transmitida pelos contatos entre as partículas, por ele chamada de tensão efetiva, caracterizada pelo símbolo σ’ ou σ; (2) a pressão da água, denominada pressão neutra ou poropressão. • A partir dessa constatação, Terzaghi estabeleceu o Princípio das Tensões Efetivas, que pode ser expresso em duas partes: a) a tensão efetiva, para solos saturados, pode ser expressa por: b) todos os efeitos mensuráveis resultantes de variações de tensões nos solos, como compressão, distorção e resistência ao cisalhamento são devidos a variações de tensões efetivas. 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 11 FIG. 5.2 Tensões em um plano horizontal (Pinto, 2006) 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 12 • A compressão das partículas, individualmente, é totalmente desprezível perante as deformações decorrentes dos deslocamentos das partículas, umas em relação às outras. Por esta razão, entende- se que as deformações nos solos sejam devidas somente a variações de tensões efetivas, que correspondem à parcela das tensões referente às forças transmitidas pelas partículas (Fig 5.4) FIG. 5.4 Deformação no solo como consequência de deslocamento de partículas (Pinto, 2006) 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 13 FIG. 5.5 Simulação para entender o conceito de tensão efetiva (Pinto, 2006) • O conceito de tensão efetiva pode ser visualizado com uma esponja cúbica, de 10 cm de aresta, colocada num recipiente, como se mostra na Fig. 5.5. Situação (a): água até a superfície superior, as tensões resultam de seu peso e da pressão da água; ela está em repouso. 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 14 FIG. 5.5 Simulação para entender o conceito de tensão efetiva (Pinto, 2006) Situação (b): Ao colocar-se sobre a esponja um peso de 10 N (1Kg), a pressão aplicada será de 1 kPa (10N/0,01m2), e as tensões no interior da esponja serão majoradas nesse mesmo valor. Observa-se que a esponja se deforma sob a ação desse peso, expulsando água de seu interior. O acréscimo de tensão foi efetivo. 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 15 FIG. 5.5 Simulação para entender o conceito de tensão efetiva (Pinto, 2006) Situação (c): Se, ao invés de se colocar o peso, o nível d’água fosse elevado em 10 cm, a pressão atuante sobre a esponja seria também de 1 kPa (10 kN/m3 × 0,1 m), e as tensões no interiorda esponja seriam majoradas nesse mesmo valor, mas a esponja não se deforma. A pressão da água atua também nos vazios da esponja e a estrutura sólida não “sente” a alteração das pressões. O acréscimo de pressão foi neutro. 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 16 "O que ocorre é análogo ao que se sente quando se carrega uma criança no colo, dentro de uma piscina, partindo-se da parte mais profunda para a mais rasa: tem-se a sensação de que o peso da criança aumenta. Na realidade, foi seu peso efetivo que aumentou, pois a pressão da água nos contatos de apoio diminuiu à medida que a posição relativa da água baixou.” ( Pinto, 2006) FIG. 5.5 Simulação para entender o conceito de tensão efetiva (Pinto, 2006) 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 17 FIG. 5.6 Exemplo de tensões totais, neutras e efetivas no solo (Pinto, 2006) 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas Tensões nos Solos e Capilaridade 18 Cálculo das tensões efetivas com o peso específico aparente submerso No exemplo mostrado na Fig. 5.6, o acréscimo de tensão efetiva da cota -3 m até a cota -7 m, é o resultado do acréscimo da tensão total, menos o acréscimo da pressão neutra: Acréscimo da tensão total: 121 kPa – 57 kPa = 64 kPa Acréscimo de pressão neutra: 60 kPa – 20 kPa = 40 kPa Acréscimo de tensão efetiva (Δσ): 64 kPa – 20 kPa = 24 kPa O acréscimo da tensão efetiva também pode ser calculado por meio do peso específico submerso do solo, que leva em consideração o empuxo da água: Acréscimo da tensão efetiva: Δσ = γsub ·Δz = 6 ×4 = 24 kPa, onde: gsub = gn – gw, sendo gw = 10kN/m³, então: gsub = gn – 10 (em kN/m³) • Ex. Aplicação: Calcule as tensões totais, neutras e efetivas nos pontos A,B, C e D, indicados no perfil a seguir. Construa o diagrama “Tensões x Profundidade”. Tensões nos Solos e Capilaridade 19 Aterro (Argila) Areia Solo Alteração 19 kN/m³ 17 kN/m³ gn = 20,5 kN/m³ -5,1m -3,8m -2,5m 3. Pressão Neutra e Conceito das Tensões Efetivas (-1,0m) A B C D Tensões nos Solos e Capilaridade 20 4. Ação da Água Capilar nos Solos FIG. 5.7 Esquema dos fenômenos relacionados à capilaridade (Pinto, 2006) Capilaridade: ou ação capilar, é a propriedade física que os fluidos têm de subir ou descer em tubos extremamente finos, ou de ‘fluir através de corpos porosos’, causada pela tensão superficial. Essa ação pode fazer com que líquidos fluam mesmo contra a força da gravidade. Tensões nos Solos e Capilaridade 21 4. Ação da Água Capilar nos Solos FIG. 5.8 Altura de ascensão e pressão d´água em um tubo capilar (Pinto, 2006) • Um bom exemplo do efeito dessas propriedades é o comportamento da água em tubos capilares. Quando o tubo é colocado em contato com a superfície livre da água, esta sobe pelo tubo até atingir uma posição de equilíbrio. • A subida da água resulta do contato vidro- água-ar e da tensão superficial da água. A superfície da água no tubo capilar é curva (esférica se o tubo for cilíndrico), e intercepta as paredes do tubo com um ângulo que depende das propriedades do material do tubo. • A altura da ascensão capilar pode ser determinada igualando-se o peso da água no tubo com a resultante da tensão superficial que a mantém na posição acima do nível d’água livre (vide Fig. 5.8). Tensões nos Solos e Capilaridade 22 4. Ação da Água Capilar nos Solos FIG. 5.8 Altura de ascensão e pressão d´água em um tubo capilar (Pinto, 2006) • O peso da água num tubo com raio r e altura de ascensão capilar hc é: P = π·r2·hc·γw • Ao considerar-se a tensão superficial T atuando em toda a superfície de contato água- tubo, a força resultante é igual a: F = 2·π·r·T • Ao igualar-se as expressões, tem-se: CONCLUSÃO: A altura de ascensão capilar é, portanto, inversamente proporcional ao raio do tubo. A tensão superficial da água, a 20°C, é de 0,073 N/m2. Pela equação acima, conclui-se que, em tubos com 1 mm de diâmetro, a altura de ascensão é de 3 cm. Para 0,1 mm, 30 cm; etc. Tensões nos Solos e Capilaridade 23 4. Ação da Água Capilar nos Solos • Da mesma forma que nos tubos capilares, a água nos vazios do solo, na faixa acima do lençol freático, com ele comunicada, está sob uma pressão abaixo da pressão atmosférica. A pressão neutra é negativa. • Conforme o conceito de tensão efetiva, se u for negativo, a tensão efetiva será maior do que a tensão total. A pressão neutra negativa provoca uma maior força nos contatos dos grãos e aumenta a tensão efetiva que reflete essas forças. O fenômeno é semelhante ao que se nota quando se quer separar duas placas de vidro, havendo uma delgada lâmina d’água entre elas. FIG 5.9 Tensões no subsolo, considerando as tensões capilares (Pinto, 2006) Como no caso da resistência das areias, a mesma é diretamente proporcional à tensão efetiva, a capilaridade confere a esse terreno uma sensível resistência. Tensões nos Solos e Capilaridade 24 4. Ação da Água Capilar nos Solos • Quando um solo seco é colocado em contato com a água, esta é sugada para o interior do solo. A altura que a água atingirá no interior do solo depende do diâmetro dos vazios. Existe uma altura máxima de ascensão capilar, indicada pelo ponto A na Fig. 5.10, que depende da ordem de grandeza dos vazios, a qual, por sua vez, depende do tamanho das partículas. Essa altura é variável com o tipo de solo (TAB 5.1). • Os vazios do solo são de dimensões muito irregulares e, certamente, durante o processo de ascensão, bolhas de ar ficam enclausuradas no interior do solo. Até uma certa altura indicada pelo ponto B, o grau de saturação é aproximadamente constante, ainda que não seja atingida total saturação. FIG. 5.10 Perfis de ascensão capilar relacionados ao histórico do nível d’água (Pinto, 2006) Tensões nos Solos e Capilaridade 25 4. Ação da Água Capilar nos Solos • Por outro lado, um solo que esteja originalmente abaixo do nível d’água e totalmente saturado. Se o nível for rebaixado, a água dos vazios tenderá a descer. A essa tendência, contrapõe-se a tensão superficial, formando meniscos capilares. Se o nível d’água baixar mais do que a altura de ascensão capilar correspondente (mais do que a tensão superficial é capaz de sustentar), a coluna de água se rompe, e parte da água, acima dessa cota, fica nos contatos entre as partículas. • Ao fixar-se a cota d’água no nível inferior indicado, até uma certa altura (ponto C), o solo permanecerá saturado. Do ponto C ao ponto D, a água estará em canais contínuos comunicados com o lençol freático. Acima do ponto D, a água retida nos contatos entre os grãos não constitui mais um filme contínuo de água. FIG. 5.10 Perfis de ascensão capilar relacionados ao histórico do nível d’água (Pinto, 2006) Tensões nos Solos e Capilaridade 26 4. Ação da Água Capilar nos Solos TAB 5.1 Exemplos de ascensões capilares de acordo com o tipo de solo (DAS, 2010) TAB. 5.1 FIG. 5.10 Perfis de ascensão capilar relacionados ao histórico do nível d’água (Pinto, 2006) Tensões nos Solos e Capilaridade 27 Ex. Aplicação Um perfil de solo é apresentado abaixo. Dados: H1 =2,0m, H2 = 1,80m, H3 = 3,2m. Trace o gráfico da variação de s, u e s´ em função da profundidade. Tensões nos Solos e Capilaridade 28 PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES SOBRE CONCEITO DAS TENSÕES EFETIVAS 1. A tensão efetiva é responsável pelo comportamento mecânico do solo, e só mediante uma análise de tensões efetivas se consegue estudar cientificamente os fenômenos de resistência e deformação dos solos. Deve-se notar que a pressão neutra, até aqui considerada, é a pressão da água provocada pela posição do solo em relação ao nível d’água (p.ex. percolação de água pelo solo também interfere nas pressões neutras e, consequentemente, nas tensões efetivas, será visto mais adiante). 2. O Princípio das Tensões Efetivas é plenamente justificado por exemplos como os apresentados. Só foi formulado porTerzaghi após intensa verificação experimental com solos e outros materiais, pela qual ficou evidenciado que certos aspectos do comportamento do solo, notadamente a deformabilidade e a resistência, dependem das variações da tensão efetiva. Ainda assim, o Princípio das Tensões Efetivas deve ser considerado somente como um modelo que justifica o comportamento dos solos em muitas e importantes situações. 3. A primeira parte do princípio (σ’ = σ − u) é plenamente correta. A segunda parte não leva em consideração o comportamento viscoso das argilas, que se manifesta em deformações sem variação das tensões efetivas, como no adensamento secundário, e que influencia certos aspectos do comportamento, como a dependência da resistência não drenada da velocidade de carregamento. Tensões nos Solos e Capilaridade 29 Exercício 5.1 Um terreno é constituído de uma camada de areia fina e fofa, com γn = 17 kN/m3, com 3 m de espessura, acima de uma camada de areia grossa compacta, com γn = 19 kN/m3 e espessura de 4 m, apoiada sobre um solo de alteração de rocha, como se mostra na Fig. 5.12. O nível d’água encontra-se a 1 m de profundidade. Calcule as tensões verticais no contato entre a areia grossa e o solo de alteração, a 7 m de profundidade. Tensões nos Solos e Capilaridade 30 Exercício 5.2 No terreno do Exercício 5.1, se ocorrer uma enchente que eleve o nível d’água até a cota + 2 m acima do terreno, quais seriam as tensões no contato entre a areia grossa e o solo de alteração de rocha? Compare os resultados. Exercício 5.3 Recalcule as tensões efetivas dos Exercícios 5.1 e 5.2, com os pesos específicos submersos. Exercício 5.4 No terreno da Fig. 5.12, determine as tensões na profundidade de 0,5 m. Considere que a areia está saturada por capilaridade. Tensões nos Solos e Capilaridade 31 Exercício 5.5 Nos exercícios anteriores, admitiu-se que a areia superficial tivesse, acima do nível d’água, um peso específico natural igual ao seu peso específico abaixo do nível d’água, o que é possível, pois, em virtude da capilaridade, ela poderia estar saturada. Se isto não estiver ocorrendo, e o grau de saturação for de 85%, como se alterariam os resultados, considerando-se que o valor de 17 kN/m3 se refira ao solo saturado? Tensões nos Solos e Capilaridade 32 Exercício 5.6 Duas caixas cúbicas com 1 m de aresta foram totalmente preenchidas com pedregulho grosso, cujo peso específico dos grãos é de 26,5 kN/m3. Na primeira caixa, o pedregulho foi colocado de maneira compacta, e coube um peso de 19,5 kN. Na segunda, foram colocados 17,5 kN, com o pedregulho no estado fofo. A seguir, as duas caixas foram preenchidas com água até a metade de sua altura (0,5 m). Pergunta-se: (a) De quanto aumentou o peso específico natural do pedregulho submerso em relação ao pedregulho seco?; (b) Que quantidade de água foi empregada em cada caso?; (c) Quais as tensões totais e efetivas no fundo da caixa antes de ser colocada água?; (d) Qual a pressão neutra no fundo da caixa, quando a água foi acrescentada?; (e) Quais as tensões totais e efetivas no fundo da caixa após a colocação da água? Compare os resultados de cada item para as caixas com pedregulho compacto e fofo. Tensões nos Solos e Capilaridade 33 Exercício 5.7 Referente à Figura 5.13: Calcular s, u e s´ nos pontos A, B, C, e D e traçar os gráficos de variação de tensões em função da profundidade para as 5 condições abaixo: Figura 5.13 (a) (b) (c) (d) (e) Tensões nos Solos e Capilaridade 34 Exercício 5.8 Refer to the soil profile shown in Figure 5.14. a) Calculate the variation of s, u, and s with depth. b) If the water table rises to the top of the ground surface, what is the change in the effective stress at the bottom of the clay layer? c) How many meters must the groundwater table rise to decrease the effective stress by 15 kN/m2 at the bottom of the clay layer? Figure 5.14 FIM AULA 05 Obrigado! 35
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