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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADEMICA DE GARANHUNS DISCIPLINA: HISTOLOGIA NOME: MARIA CÂNDIDA FERREIRA DA SILVA TEMA: TECIDO EPTELIAL DE REVESTIMENTO E GLANDULAR Tecido epitelial secretor ou glandular: apresenta como função secretar substâncias que agem em diversas regiões do organismo. Esse tecido é constituído por glândulas, estruturas formadas pela proliferação de células epiteliais que penetram no tecido conjuntivo subjacente e diferenciam-se posteriormente. Existem três tipos de glândulas: • Glândulas endócrinas: eliminam as substâncias secretadas na corrente sanguínea. Exemplo: Hipófise; • Glândulas exócrinas: eliminam as substâncias secretadas para fora do organismo ou em cavidades abertas. Exemplo: Glândulas sudoríferas e mamárias; • Glândulas mistas: eliminam as substâncias secretadas tanto na corrente sanguínea, como em cavidades abertas. Exemplo: Pâncreas. O tecido epitelial é um dos quatro tipos básicos dos tecidos animais. Formado por células justapostas, entre as quais se encontra pouca substância extracelular. Como suas células não possuem vasos sanguíneos, os nutrientes são recebidos através do tecido conjuntivo subjacente. Entre o tecido epitelial e o conjuntivo existe uma estrutura denominada lâmina basal, ou membrana basal visível. A lâmina basal separa e prende o epitélio ao tecido conjuntivo subjacente. É formada principalmente por colágeno tipo IV, laminina e proteoglicanas. A membrana basal é formada pela lâmina basal juntamente com fibras reticulares e complexos de proteoglicanas e glicoproteínas, sendo, visível ao microscópio óptico quando utilizamos técnicas específicas, como o PAS (ácido periódico de Schiff ). As células epiteliais de revestimento estão unidas umas com as outras através de estruturas denominadas de junções celulares. Os vários tipos de junções servem não só como locais de adesão, mas eventualmente também como vedantes prevenindo o fluxo de materiais pelo espaço intercelular, e ainda podem oferecer canais para a comunicação entre células adjacentes. Portanto do ponto de vista juncional as junções podem ser classificadas como junções de adesão, junções de oclusão (tight junctions) e junções de comunicação (junções gap). Em muitos epitélios várias junções estão presentes em uma seqüência constante do ápice para a célula. Em muitas células epiteliais a distribuição das organelas na porção apoiada na membrana basal da célula, pólo basal, é diferente das organelas presentes no citoplasma da porção livre da célula, pólo apical; a esta diferente distribuição que é constante nos vários tipos de epitélio, dá-se o nome de polaridade das células epiteliais. Isto significa que diferentes partes dessas células podem ter diferentes funções. https://www.biologianet.com/histologia-animal/tecido-conjuntivo.htm https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/glandulas-mamarias.htm Além da análise que leva em consideração o número de camadas e o formato celular, os epitélios ainda podem ser classificados observando-se a presença de especializações de superfície livre, como microvilosidades, cílios e os estereocílios. As microvilosidades São pequenas projeções do citoplasma curtas ou longas em forma de dedos, observadas no microscópio eletrônico. Encontradas em células que exercem intensa absorção, como as do epitélio de revestimento do intestino delgado e dos túbulos proximais dos rins. Nestas células o glicocálix é mais espesso que na maioria das células e o conjunto de glicocálix e microvilos é visto facilmente ao microscópio de luz, sendo chamado de borda em escova ou borda estriada. Alguns tipos de epitélio podem ainda apresentar células epiteliais secretoras de muco. As mucinas (misturas de glicoproteínas e proteoglicanos) têm importantes funções nas cavidades corporais, por exemplo, atua como lubrificante bucal, como lubrificante vaginal e como barreira estomacal. As células caliciformes presentes nos epitélios que revestem o intestino e no trato respiratório são exemplos de células secretoras de muco. Os cílios são prolongamentos longos dotados de motilidade, presente na superfície de algumas células epiteliais. O movimento ciliar de um conjunto de células de um epitélio é freqüentemente coordenado para permitir que uma corrente de fluído ou de partículas seja impelida em uma direção ao longo da superfície do epitélio. Os estereocílios são prolongamentos longos e imóveis de células do epidídimo e do ducto deferente que na verdade são microvilos longos e ramificados e que portanto, não devem ser confundidos com os verdadeiros cílios. Os estereocílios aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de molécula para dentro e para fora da célula. Combinando as duas classificações, obtemos uma grande variedade de epitélios: • Epitélio pavimentoso simples: encontrado nos vasos, cápsula de Bowman (rins), mesotélio. • Epitélio cúbico simples: encontrado nos túbulos contorcidos do rim e na parede dos folículos da tireóide. • Epitélio cilíndrico simples: encontrado em quase todo o tubo digestório, revestindo o estômago, o piloro, o intestino delgado e o grosso e a vesícula biliar. • Epitélio pavimentoso estratificado: pode ser queratinizado (pele) ou não, esôfago, vagina, língua, cavidade oral. • Epitélio cúbico estratificado: encontrado nos ductos de algumas glândulas. • Epitélio cilíndrico estratificado: é raro, só está presente em poucas áreas do corpo, como na conjuntiva ocular e nos grandes ductos excretores de glândulas salivares. • Epitélio de transição: na bexiga e ureter. • Epitélio pseudo-estratificado: geralmente é revestido por cílios, como na traquéia e brônquios, ou estereocílios, no epidídimo. O epitélio glandular está constituído por células isoladas ou grupamentos de células formando estruturas individualizadas, denominadas de glândulas, cuja função é a secreção. Entende-se por secreção a produção e a liberação pelas células de um fluido contendo substâncias como muco, enzimas ou um hormônio. Os epitélios que constituem as glândulas do corpo podem ser classificados de acordo com vários critérios. Glândulas unicelulares consistem em células glandulares isoladas, e glândulas multicelulares são compostas de agrupamentos de células. Em exemplo de glândula unicelular é a célula caliciforme, presente no revestimento do intestino delgado, ou do trato respiratório. O termo “glândula”, porém é normalmente mais usado para designar agregados maiores e mais complexos de células. As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após sofrem diferenciação adicional durante a vida fetal. Existem dois tipos principais de glândulas: Glândulas exócrinas: mantêm a sua conexão com o epitélio do qual se originaram, possuem ductos tubulares formados por células que transportam a secreção glandular para a superfície do corpo ou para o interior (lúmen) de um órgão cavitário. Ex: glândulas sudoríparas, salivares e intestinais. Glândulas endócrinas: não possuem ductos, a sua conexão com o epitélio foi obliterada durante o desenvolvimento e sua secreção é liberada diretamente na corrente sangüínea e transportada para o seu local de ação, o seu “tecido alvo”. A secreção das glândulas endócrinas contém hormônios. De acordo com a organização de suas células, podem ser diferenciados dois tipos de glândulas endócrinas. • Glândula endócrina cordonal: as células formam cordões anastomosados, entremeados por capilares sanguíneos. Ex: glândula adrenal, paratireóide, lobo anterior da hipófise). • Glândula endócrina folicular: as células formam vesículas ou folículos preenchidos por material secretado. Ex: a glândula tireóide. As glândulas exócrinas têm uma porção secretora constituída pelas células responsáveis pelo processo secretório. E ductos que transportama secreção eliminada das células. As glândulas simples têm apenas um ducto não ramificado, exemplo a glândula sudorípara, enquanto as glândulas compostas têm ductos ramificados, que nas grandes glândulas podem atingir altos níveis de complexidade, exemplo o pâncreas. A organização celular da porção secretora representa um segundo critério para a classificação das glândulas. Dependendo da forma de sua porção secretora, as glândulas simples podem ser tubulares; cuja porção secretora tem formato de um tubo, tubulares enoveladas, tubulares ramificadas ou acinosas; cuja porção secretora é esférica ou arredondada. As glândulas compostas podem ser tubulares, acinosas ou túbulo-acinosas. Alguns órgãos têm funções, tanto exócrina quanto endócrina e um só tipo de células pode funcionar de ambas as maneiras, por exemplo: o fígado, onde as células que secretam bile através de ductos também secretam produtos na circulação sanguínea. Em outros órgãos, algumas células são especializadas em secreção exócrina e outras em secreção endócrina; no pâncreas, por exemplo, as células acinosas secretam enzimas digestivas na cavidade intestinal, enquanto as células das ilhotas secretam insulina e glucagon no sangue. As glândulas exócrinas podem ser classificadas, de acordo com o modo de liberação da sua secreção, como merócrinas, holócrinas e apócrinas. Nas glândulas merócrinas, como o pâncreas, a secreção é liberada por exocitose, sem perda de outro material celular. Nas glândulas holócrinas, como as glândulas sebáceas, o produto de secreção é eliminado juntamente com toda a célula, processo que envolve a destruição das células repletas de secreção. Um tipo intermediário é o apócrino, encontrado na glândula mamária, em que o produto de secreção, é secretado junto com porções do citoplasma apical das células. uanto a natureza da secreção as glândulas podem ser classificadas em: glândulas serosase glândulas mucosas. As glândulas serosas são aquelas que secretam um fluído aquoso. As células serosas possuem um formato poliédrico ou piramidal, tem núcleos centrais arredondados e polaridade bem definida. As células acinosas do pâncreas e das glândulas salivares parótidas são exemplos de células serosas. A região basal dessas células exibe uma intensa basofilia que resulta do grande acúmulo de reticulo endoplasmático rugoso, associadas a abundantes polirribossomos. Na região apical encontra-se um complexo de Golgi bem desenvolvido e muitas vesículas arredondadas, envolvidas por membrana e com conteúdo rico em proteínas, chamadas de grânulos de secreção. Quando as células liberam seus produtos de secreção, a membrana dos grânulos se fundem com a membrana plasmática e o conteúdo do grânulo é colocado para fora da célula por exocitose. As glândulas mucosas são aquelas que secretam um fluido espesso e viscoso, glicoproteico, denominado muco. As células mucosas possuem geralmente um formato cubóide ou colunar, seu núcleo é oval e encontra-se pressionado junto à base da célula. A célula mucosa melhor estudada é a célula caliciforme dos intestinos e trato respiratório. Esta célula possui numerosos grânulos de secreção, que se coram fracamente e contém muco. Esses grânulos preenchem a região apical da célula, e o núcleo fica situado na região basal, que por sua vez, é rica em retículo endoplasmático rugoso. O complexo de Golgi é muito desenvolvido, localizado logo acima do núcleo, indicando seu importante papel nesta célula. As células caliciformes é somente um dos vários tipos de células que sintetizam muco. Outros tipos estão presentes no estômago, glândulas salivares, trato respiratório e trato genital. Estas células mucosas mostram grande variabilidade nas suas características morfológicas e natureza química das suas secreções. Por exemplo, a estrutura das células secretoras de muco das células caliciformes é diferente das glândulas salivares. Nesta última freqüentemente podemos observar células secretoras serosas e mucosas, no mesmo ácino. Nas glândulas salivares, os capilares que circundam as terminações secretoras são muito importantes para a secreção da saliva, após o estímulo pelo sistema nervoso autônomo. O estímulo parassimpático, geralmente iniciado pelo gosto ou cheiro dos alimentos, provoca uma secreção abundante de saliva aquosa, enquanto que o estímulo simpático produz uma pequena quantidade de saliva viscosa, rica em material orgânico. Esta secreção está freqüentemente associada à sensação de boca seca. Células mioepiteliais São células cuja função é contrair-se em volta da porção secretora ou dos ductos das glândulas e assim ajudar a expelir os seus produtos de secreção para o exterior. São encontradas em glândulas exócrinas, como as sudoríparas, lacrimais, salivares e mamárias, apresentando um formato fusiforme ou de forma estrelado. Estas células abraçam as unidades secretoras da glândula. Elas se organizam longitudinalmente entre a lâmina basal e o pólo basal das células secretoras ou das células dos ductos, e estão conectadas umas as outras por junções comunicantes.
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