Buscar

Tecido epitelial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tecido epitelial 
Introdução 
Os tecidos são constituídos por células e por 
matriz extracelular (MEC). A MEC é composta por muitos 
tipos de moléculas, algumas das quais altamente 
organizadas, formando estruturas complexas, como 
fibrilas de colágeno e membranas basais. 
Antigamente, as principais funções atribuídas à 
matriz extracelular eram fornecer apoio mecânico para 
as células e ser um meio para transportar nutrientes às 
células e levar de volta catabólitos e produtos de 
secreção; além disso, consideravam-se as células e a MEC 
como unidades independentes. Os grandes progressos da 
pesquisa biomédica mostraram que as células produzem 
a MEC, controlam sua composição e são ao mesmo tempo 
influenciadas e controladas por moléculas da matriz. 
Epitélio 
 Se encontra revestindo superfícies externas, 
como na pele, e internas, como cavidades. As células 
epiteliais são sempre justapostas, próximas umas das 
outras. A interação célula-célula é uma das coisas mais 
importantes para manter sua integridade; quase não 
havendo matriz extracelular. O tecido conjuntivo é 
diferente. 
 
O tecido epitelial, cornificado, começa na camada 
mais basal. As células da camada basal criam camadas e 
se proliferam, até que as camadas mais apicais sofram 
morte celular. Assim, fica apenas a queratina das células, 
formando uma camada córnea. 
 A epiderme faz parte do tecido epitelial e a 
derme, do tecido conjuntivo. 
Características gerais 
 As células se organizam como folhetos que 
revestem a superfície externa e as cavidades 
do corpo ou se organizam em unidades 
secretoras. 
 Contiguidade, justaposição e coesão celular. 
 São constituídos por células poliédricas, isto é, 
células que têm muitas faces. 
 Pouco material intercelular (MEC) e células 
polarizadas. 
 O núcleo forma característica, variando de 
esférico até alongado ou elíptico. A forma dos 
núcleos geralmente acompanha a forma das 
células. 
 Avascularares – dependem de processos de 
difusão de moléculas através da lâmina basal. No 
tecido conjuntivo, temos vasos sanguíneos e 
capilares que fornecem oxigênio e nutrientes 
para o epitélio. Um local específico chamado de 
estria vascular no interior da orelha interna 
possui vascularização. 
 Apoia-se sobre uma lâmina basal, que é uma 
matriz extracelular especializada, permitindo a 
adesão do epitélio ao tecido conjuntivo 
subjascente. Além disso, a lâmina basal é seletiva, 
selecionando elementos que passam por ela. 
 Alta capacidade de renovação e de regeneração, 
estando sempre em processo de mitose, porque 
tem células tronco que permitem a renovação do 
tecido. Assim, ficam muito suscetíveis a ação de 
agentes externos e processos neoplásicos. 
 Não há tecido epitelial: na superfície articular, 
principalmente as sinoviais e superfície do 
esmalte dos dentes e na face anterior da íris. 
 Mucosas são formadas por tecidos epiteliais 
sempre úmidos e com tecido conjuntivo 
subjacente. 
 Tecidos epiteliais mais espessos como a parede 
mucosa do esôfago são muito estratificados e 
espessos, além de produzirem muco, para que 
as lesões causadas pelo atrito da passagem de 
alimentos não provoquem danos graves. 
 Camada córnea de queratina com 
impermeabilidade. 
Funções do tecido epitelial 
 Proteção. 
 Absorção e transporte seletivo. 
 Excreção e reabsorção. 
 Recepção sensitiva. 
 Impede que percamos água por um processo de 
desidratação. 
A função de proteção pode ser exemplificada pela 
pele, em sua camada de epiderme que reveste a 
superfície externa do corpo. 
 
Pele – epiderme e derme, com camada córnea de queratina. 
A função de absorção pode ser exemplificada pela 
absorção de nutrientes pelos enterócitos. 
 
Célula caliciforme secretora de muco na parede de revestimento 
interno do intestino. 
 
Vilosidades intestinais – enterócitos (célula absortiva de 
componentes da dieta com microvilosidades na região apical) e 
células caliciformes (produzem muco protetor). 
 
Borda em escova da superfície dos enterócitos. O glicocálix possui 
algumas enzimas específicas que ajudam na digestão de 
carboidratos como lactose e sacarose em glicose. 
 Como exemplo da função de reabsorção, os 
tubos coletores do rim possuem revestimento com 
células epiteliais cúbicas que se apoiam em uma lâmina 
basal. A função do túbulo coletor é de reabsorver água. 
 Hormônio antidiurético ADH interfere na 
concentração da urina. 
 Sem ADH: formação de urina hipotônica. 
 Com ADH: formação de urina hipertônica. 
 
Corte de rim que mostra as membranas basais (setas) situadas em 
torno do epitélio de túbulos renais 
 Como função de recepção sensitiva, temos o 
epitélio que reveste uma parte da região do teto da 
cavidade nasal, responsável pela sensação de odor – 
neuroepitélio. Essas células tem projeções com 
receptores que são estimulados por substâncias. 
Também, os corpúsculos gustativos estão inseridos na 
superfície dorsal da língua. Nesses corpúsculos 
gustativos, podemos ter diversos tipos de células 
sensoriais. 
 
 
 Os corpúsculos gustativos, com função sensorial, 
possuem células sensoriais, de sustentação e 
células tronco basais, que fazem a regeneração 
das células sensoriais e células de sustentação. 
Existem epitélios que desenvolvem outras funções 
específicas. Por exemplo, epitélios que revestem a 
parede dos alvéolos pulmonares, que possuem função de 
trocas gasosas. 
 
 Células do mesotélio, que revestem as cavidades 
– no pulmão, a pleura parietal e visceral. Também, no 
peritônio parietal e visceral. 
 
 Há epitélios que formam glândulas, secretando 
substâncias específicas. Também, há tecidos epiteliais 
responsáveis pelo transporte de substâncias, com o 
auxílio de cílios e esteriocilios, como nos ductos do 
epidídimo e no epitélio prismático da traquéia. 
 
 
Epitélio prismático da traqueia e células caliciformes (C). 
Características especiais 
glicocálix 
 Barreira mecânica. 
 Aumenta a seletividade ou permeabilidade. 
 Sítios receptores para várias moléculas alvo, 
enzimas. 
 Mais desenvolvido em epitélios com microvilos. 
 Enzimas digestivas (superfície apical de 
enterócitos, com várias microvilosidades). 
Especializações apicais 
 Microvilosidades (rins e intestino delgado). 
1. Aumenta a absorção; 
2. Aumenta a área de superfície de contato 
entre o epitélio e os componentes da dieta. 
 Esteriocílios: microvilosidades mais longas e 
ramificadas (epidídimo, órgão espiral de Corti na 
orelha interna). 
1. Aumenta a absorção. 
2. Aumenta a área de superfície de trocas. 
 Cílios (trato respiratório superior e epitélio que 
reveste a mucosa do oviduto das trompas de 
falópio). 
1. Movimento sincronizado. 
2. Reter/remover partículas. 
Adesão celular 
 Zonula de oclusão; 
 Zonula de adesão; 
 Desmossomos ou mácula de adesão. 
 Junções GAP; 
 Adesão focal e hemidesmossomos. 
 
A eletromicrografia de células do revestimento epitelial do intestino 
mostra um complexo unitivo com sua zônula de oclusão (ZO) e 
zônula de adesão (ZA), além de um desmossomo (D). Um microvilo 
(MV) é visível na superfície apical da célula. 
Ao conjunto de zônula de oclusão e zônula de 
adesão que circunda toda a parede lateral da região apical 
de muitos tipos de células epiteliais se dá o nome de 
complexo unitivo. 
 
Zênula de oclusão: promove a polarização da 
membrana (domínios apical e basolateral). Veda os 
espaços intercelulares (ocludinas e claudinas). Permite que 
não haja movimentação de moléculas de uma região para 
outra. 
 
Zônula de adesão: promove a união entre as 
células. Possui um espaço intercelular de 20 a 25 nm, 
com proteínas chamadas caderinas. 
Desmossomos: estruturas descontínuas, com 
formato de botão. Encontramos proteínas associadas a 
essas placas, tornando-as aderidas – desmogleinas e 
desmocolinas. 
Junções GAP: pequenos canais – conexons – 
formados por conexinas, que permitem a passagem de 
íons e moléculas de até 1kDa. Célulaas conectadas pela 
junção GAP são acopladas elétrica e metabolicamente,mas com individualidade genética e estrutural. Existem 21 
tipos de conexinas e cada tecido pode apresenyar um 
tipo diferente de conexina. A comunicação normalmente 
ocorre entre células epiteliais, e em alguns casos menos 
frequentes, conecta o meio intracelular e o meio 
extracelular. 
 
Hemidesmossomos: permitem a fixação da 
célula na lâmina basal, formando uma estrutura em placa 
associado à filamentos intermediários citoplasmáticos, e 
essas estruturas, através das integrinas, se aderem a 
lâmina basal e permite que as células epiteliais fiquem 
ancoradas e aderidas no tecido conjuntivo subjacente. 
 
Lâmina basal 
 É uma matriz extracelular produzida pela célula 
epitelial. Essa matriz tem duas regiões, uma mais próxima 
da célula epitelial que chama lâmina lúcida ou clara e outra 
mais profunda, chamada de lâmina densa. Essas 
estruturas se associam com outros elementos da matriz 
extracelular e também ao tecido conjuntivo. 
 
 Espessura de 20 a 100 nm. 
 Componentes: colágeno tipo IV; laminina e 
proteoglicanas 
 Função: migração epitelial, reparo no tecido 
epitelial, controle da proliferação das células 
epiteliais e diferenciação celular; barreira para as 
células epiteliais, além de ser uma barreira 
seletiva de moléculas proteicas por carga e por 
peso molecular. 
 Localização: entre tecidos epiteliais – há uma 
fusão de duas lâminas basais – a do pedócito e 
a do endotélio, sendo importante para o 
processo de filtração glomerular, por exemplo – 
e associada ao tecido conjuntivo (matriz) 
subjacente. Lâmina externa ao redor de tecidos 
não epiteliais como adipócitos, célula muscular e 
células de Schwann. 
Membrana basal 
 A membrana basal é formada pela lâmina basal 
e lâmina reticular (pertencente ao tecido conjuntivo – 
formada por fibrilas de colágeno tipo I, tipo IV, tipo VII. 
Alguns autores chamam a fusão de duas lâminas basais 
de membrana basal, em um caso muito particular. 
Tipos de epitélios 
 Epitélio de revestimento – que reveste 
superfícies. 
 Epitélio glandular – que forma glândulas 
secretoras. É dividido em glândulas exócrinas 
(salivares, sudoríparas) e glândulas endócrinas 
(hipófise, tireóide). 
Pode haver interrelação entre os dois tipos de 
epitélio, ou seja, um epitélio pode ser de revestimento e 
glandular ao mesmo tempo. Por exemplo, no caso do 
epitélio de revestimento da mucosa gástrica, o epitélio 
que reveste o trato respiratório superior. 
Tipos de epitélios simples 
 O epitélio simples é aquele formado por uma 
camada única de células. 
Epitélio simples pavimentoso 
 
 A largura das células é maior que sua altura.; 
núcleos achatados. 
 Revestimento de vasos (endotélio); revestimento 
das cavidades pericárdica, pleural, peritoneal 
(mesotélio). 
 Proteção das vísceras (mesotélio); transporte 
ativo por pinocitose (mesotélio e endotélio); 
secreção de moléculas biologicamente ativas 
(endotélio). 
Epitélio simples cúbico 
 
 A altura e a largura das células são mais ou 
menos proporcional; núcleos esféricos.. 
 Revestimento externo do ovário; ductos 
excretores, de glândulas; folículos tireoidianos. 
 Revestimento, secreção. 
Epitélio simples cilíndrico colunar 
 A altura é maior que a largura, núcleos elípticos.. 
 Revestimento do lúmen do intestino e da vesícula 
biliar. 
 Proteção, lubrificação, absorção, secreção. 
 
 
Classificação dos epitélios 
Epitélio simples 
 Epitélio pavimentoso simples: Endotélio - 
revestindo a camada interna dos vasos 
sanguíneos. Origem mesodérmica, endotélio, 
peritônio, pleura, etc. 
 
 Epitélio cúbico simples: Túbulos renais. 
 
 Epitélio cilíndrico simples: revestimento das 
vilosidades intestinais. 
 
 Epitélio pseudoestratificado: mucosa da traqueia, 
que reveste a cavidade respiratória superior. 
O epitélio pseudoestratificado é assim chamado 
porque, embora seja formado por apenas uma camada 
de células, os núcleos são vistos em diferentes alturas do 
epitélio, parecendo estar em várias camadas. Todas as 
suas células estão apoiadas na lâmina basal, mas nem 
todas alcançam a superfície do epitélio, fazendo com que 
a posição dos núcleos seja variável. O exemplo mais bem 
conhecido desse tecido é o epitélio pseudoestratificado 
prismático ciliado que reveste as passagens respiratórias 
mais calibrosas desde o nariz até os brônquios. 
 
Tipos de epitélios 
estratificados 
 O epitélio estratificado é aquele que possui uma 
ou mais camadas de células, formando estratos de 
células. Pode ser classificado em diversos tipos 
diferentes, dependendo do formato de suas células. 
Epitélio estratificado pavimentoso 
 
 As células tronco ficam na primeira camada e se 
proliferam próximas à lâmina basal, ganham 
glicogênio (vagina e seu pH) e se achatam de 
baixo para cima (basal-superficial). 
1. Queratinizado 
 Epiderme. 
 Não se vê núcleos na parte superficial do epitélio. 
 Proteção; previne perda de água. 
 
2. Não queratinizado 
 Boca, esôfago, vagina, canal anal. 
 Se vê núcleos na parte superficial do epitélio. 
 Proteção, previne perda de água. 
 
Epitélio estratificado cúbico 
 
 Ductos de glândulas sudoríparas, folículos 
ovarianos em crescimento. 
 Proteção, secreção. 
 
 Ducto excretor de glândula salivar. 
Epitélio estratificado de transição 
1. Relaxado 
 
 Bexiga, ureteres, cálices renais. 
 Células com formato mais globoso por 
relaxamento do tecido, como na bexiga vazia. 
 Proteção, distensibilidade. 
2. Distendido 
 
 Bexiga, ureteres, cálices renais. 
 Células com formato mais pavimentoso por 
distensão do tecido, como na bexiga cheia. 
 Proteção, distensibilidade. 
 
 
 Epitélio de transição da bexiga. 
 
Distúrbios de crescimento 
e diferenciação 
Displasia: arquitetura anormal ou diferenciação 
desordenada de células em um tecido. Pode ocorrer uma 
proliferação atípica nesse epitélio. Crescimento de células 
não apenas na região basal, mas por todo o epitélio e vias 
de apoptose. 
Neoplasia: é uma proliferação desordenada de 
células no organismo, formando, assim, uma massa 
anormal de tecido. Pode ser classificada como benigna ou 
maligna. A neoplasia benigna tem, geralmente, 
crescimento lento, ordenado e apresentando limites 
definidos. A neoplasia maligna, também conhecida como 
câncer, de forma geral, tem um crescimento mais rápido, 
as células não apresentam diferenciação e invadem 
tecidos vizinhos. 
 
Epitélio endocervical metaplásico 
 
Epitélio plano estratificado não corneificado normal 
 
Nomenclatura de neoplasias 
Tecido de origem Comportamento biológico 
 Benigno Maligno 
Epitelial ...+oma ...+carcinoma 
Mesenquimal ...+oma ...+sarcoma 
 
TECIDO DE 
ORIGEM 
BENIGNO MALIGNO 
Epitélio 
estratificado 
Papiloma Carcinoma 
espinocelular; 
Carcinoma basocelular 
Epitélio 
glandular 
Adenoma 
Cistoadenoma 
Adenocarcinoma 
Cistoadenocarcinoma 
Epitélio 
transicional 
Papiloma Carcinoma papilífero 
Carcinoma transicional 
Placenta Mola 
Midatiforme 
Coriocarcinoma 
Melanócitos Nevus Melanoma 
 
 
 
Carcinoma basocelular 
 
Etapas do 
desenvolvimento do 
câncer 
 O câncer começa em uma lesão in situ. 
 As células neoplásicas podem crescer em 
direção à luz – lesão séssil ou papilomatosa – ou 
em direção ao tecido conjuntivo subjacente. 
 As células cancderosas produzem uma série de 
enzimas proteases que degradam a lâmina basal 
e causam o rompimento desta. 
 As células tomorosas crescem no tecido 
conjuntivo subjacente. Nessa migração, ela pode 
atingir vasos sanguíneos e se deslocar para 
outros lugares específicos. 
 Forma-se uma segunda massa tumoral em 
outros tecidos, chamadas de metástases. 
1. Graduação – grau de diferenciação. Quanto mais 
indiferenciada a neoplasia, pior é o prognóstico 
do paciente. 
2. Estadiamento – tamanho do tumor primário. 
 
Tecido epitelial 
glandular 
Os epitélios glandulares são constituídos por 
células especializadas na atividade de secreção. As células 
epiteliais glandulares podem sintetizar, armazenar e 
eliminarproteínas (p. ex., o pâncreas), lipídios (p. ex., a 
adrenal e as glândulas sebáceas) ou complexos de 
carboidrato e proteínas (p. ex., as glândulas salivares). As 
glândulas mamárias secretam todos os três tipos de 
substâncias. Menos comuns são as células de glândulas 
que têm baixa atividade sintética (p. ex., as glândulas 
sudoríparas), cuja secreção é constituída principalmente 
por substâncias transportadas do sangue ao lúmen da 
glândula. As moléculas a serem secretadas são em geral 
temporariamente armazenadas nas células em pequenas 
vesículas envolvidas por uma membrana, chamadas de 
grânulos de secreção. 
Os epitélios que constituem as glândulas do corpo 
podem ser classificados de acordo com vários critérios. 
Há glândulas unicelulares e multicelulares. Um exemplo de 
glândula unicelular é a célula caliciforme, encontrada no 
revestimento do intestino delgado ou do sistema 
respiratório. O termo “glândula”, porém, é normalmente 
mais usado para designar agregados multicelulares, 
maiores e mais complexos de 
células epiteliais glandulares. 
As glândulas 
propriamente ditas são sempre 
formadas a partir de epitélios de 
revestimento cujas células 
proliferam e invadem o tecido 
conjuntivo subjacente, após o que 
sofrem diferenciação adicional. 
As glândulas exócrinas mantêm 
sua conexão com o epitélio do qual 
se originaram. Essa conexão 
toma a forma de ductos 
tubulares constituídos por células 
epiteliais e, através desses 
ductos, as secreções são 
eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma 
cavidade. 
Células epiteliais especializadas em secreção de: 
 Proteínas – pâncreas e glândula parótida 
 Lipídios – glândulas sebáceas 
 Glicoproteínas – glândulas salivares 
Formação das glândulas 
 Há uma proliferação epitelial em direção ao tecido 
conjuntivo subjacente com a ajuda de protases. A lâmina 
basal vai junto com as células epiteliais em proliferação, 
para ajudar na formação da glândula. Ela pode formar 
dois tipos de glândulas: exócrinas e endócrinas. Toda 
glândula exócrina produz suas secreções e elas são 
encaminhadas para a superfície do tecido epitelial 
através de um ducto. As glândulas endócrinas perdem o 
contato com o epitélio que as formou e passam a se 
apresentar em forma de grupos de células em cordões, 
coronal ou estruturas foliculares mais desenvolvidas, 
ficando inseridas no tecido conjuntivo adjacente ao 
epitélio; produzem suas secreções e são lançados para 
vasos sanguíneos próximos, normalmente capilares 
fenestrados ou sinusoides que facilitam a captação 
dessas substâncias e as carregam para locais distantes 
daquela glândula de origem. 
Funções das glândulas 
1. Transporte de substâncias 
2. Defesa contra microrganismos através de 
enzimas e anticorpos presentes na secreção 
que regulam o crescimento de floras bacterianas 
3. Digestão através de enzimas, como o suco 
pancreático e saliva 
4. Lubrificação da superfície epitelial 
5. Hormonal, como nas glândulas endócrinas que 
produzem hormônios com funções específicas 
 
 Célula secretora de glândula exócrina. 
 Formato piramidal, com núcleo mais próximo a 
base (núcleo basal). 
 Muitas mitocôndrias, RER e REL localizados na 
região basal, próximo ao núcleo. 
 Vesículas de secreção ou grânulos 
citoplasmáticos cheios de conteúdo de secreção 
na região apical da célula. 
 Grânulos secretam o seu conteúdo de forma 
regulada através do mecanismo de exocitose. 
 Os vasos sanguíneos próximos ajudam a 
fornecer os nutrientes para a manutenção da 
vida da própria célula secretora e para a 
manutenção da produção das substâncias a 
serem secretadas. 
 
Corte histológico de glândulas mamárias 
 Células epiteliais glandulares eliminam a sua 
secreção para a luz dos alvéolos mamários. 
Glândulas exócrinas 
 
Essa estrutura sempre estará envolta pela lâmina 
basal. A poção de tecido conjuntivo que está ao redor da 
glândula é chamada de estroma, pois contém vasos 
sanguíneos e fibra nervosas importantes para a 
sustentação da estrutura glandular. As glândulas 
exócrinas possuem basicamente duas porções: 
1. Parênquima: Porção secretora, formada por 
células epiteliais especializadas em secreção que 
compõe a parte funcional da glândula. 
2. Porção ductal, formada por células epiteliais que 
formam o ducto da glândula. 
 
Corte histológico de glândula esofágica, formado por parênquima e 
ductos 
Classificação 
 Parâmetros para classificação: 
1. Número de células 
2. Tipo e mecanismo de secreção 
3. Formato da porção secretora (PS) 
4. Ramificação da porção secretora (PS) 
5. Ramificação da porção condutora (PC) 
Número de células 
1. Unicelular 
As células caliciformes são encontradas nos 
intestinos e no revestimento de grande parte da árvore 
respiratória. Outros tipos de células produtoras de muco 
são encontrados no esôfago, no estômago, em glândulas 
salivares, no sistema respiratório e no sistema genital. 
Essas células mucosas mostram grande variabilidade nas 
suas características morfológicas e na natureza química 
das suas secreções. As células secretoras de muco das 
glândulas salivares, por exemplo, têm estrutura diferente 
das caliciformes e frequentemente estão presentes nos 
ácinos formados por células secretoras serosas 
 
 Células caliciformes (PAS+) e neuroendócrinas 
 
2. Multicelular 
 
Corte histológico de enterócitos 
 Conjunto de células caliciformes formando uma 
glândula multicelular 
Tipo e mecanismo de secreção 
1. Serosa 
Secretam proteínas e polissacarídeos. Formada por 
ácinos serosos. Os ácinos serosos são pequenas porções 
secretoras formadas por células colunares ou piramidais. 
Apresentam um lúmen bastante reduzido, o qual se 
continua por um ducto excretor. Em cortes, são vistos 
como estruturas arredondadas ou alongadas, 
dependendo do ângulo de corte. Os núcleos das células 
acinosas são arredondados e se situam na porção basal 
da célula. A região basal das células acinosas contém muito 
ácido ribonucleico (RNA) e se cora bem pela hematoxilina, 
enquanto a região apical é ocupada por grãos de 
secreção e, por essa razão, cora-se em rosa pela eosina. 
Ex: parótida, pâncreas. 
 
O ácino é arredondado ou ovoide e é formado 
por um número variável de células piramidais. Seus 
núcleos são esféricos e se situam na porção basal da 
célula. A porção apical da célula contém grãos de 
secreção. O lúmen do ácino é estreito e se continua com 
um estreito ducto excretor. 
 
Corte de pâncreas, órgão formado por milhões de ácinos serosos 
2. Mucosa 
Os túbulos mucosos, como o nome indica, são 
estruturas alongadas, tubulares, às vezes únicas, às 
vezes ramificadas. Apresentam um lúmen dilatado que se 
continua com um ducto excretor. Suas células são largas, 
geralmente piramidais. Seus núcleos geralmente têm 
cromatina condensada e se coram fortemente pela 
hematoxilina. Esses núcleos costumam ficar “deitados” 
contra a base da célula. Ao contrário das células acinosas, 
seu citoplasma é pouco corado, em azul-claro. 
 
A porção secretora tem forma tubular e pode 
ser ramificada. As células são piramidais ou prismáticas, 
e os núcleos de cromatina condensada, situados junto à 
superfície basal das células. O lúmen do túbulo é amplo. 
Ex: glândulas salivares. 
 
Corte histológico de glândulas salivares 
 
 
Corte histológico do túbulo mucoso da parede do esôfago. Em 
comparação com o ácino seroso, o túbulo mucoso é tubular, 
formado por células que se coram pouco, e tem um lúmen dilatado. 
Em aumento maior, podem-se observar detalhes das células com 
seus núcleos de cromatina densa rentes à superfície basal das 
células. 
3. Mista 
Algumas glândulas são formadas tanto por ácinos 
serosos como por túbulos mucosos. Ex: glândulas salivares 
submandibulares, sublingual. 
 
Corte histológico de glândulas salivares submandibular 
CÉLULAS SEROSAS CÉLULAS MUCOSAS 
 
Citoplasma granular 
acidófilo (ápice) e basófilo 
(base). 
Citoplasma vacuolizado 
Núcleo central ou 
paracentral 
Núcleo achatado e basalCélulas mioepiteliais: são células epiteliais 
com filamentos contráteis, que podem se contrair e 
ajudar no processo de saída da secreção da estrutura 
secretora. Um exemplo de células mioepiteliais são as que 
ficam nas glândulas mamárias. Através da sinalização 
hormonal da ocitocina, as células mioepiteliais se 
contraem, liberando o leite. A ação as células epiteliais 
pode ser regulada pela ação de hormônios ou 
neurotransmissores. 
 
 
Microscopia eletrônica de célula mucosa 
Semilua serosa: Secreta, além da amilase 
salivar, a lisozima, uma enzima que promove a hidrólise de 
parede bacteriana. Outra enzima é a lactofeína, que ajuda 
a retirar ferro do meio, impedindo a proliferação 
bacteriana. Por meio de ductos pequenos, a secreção da 
semilua ou ácino seroso se junta à dos túbulos ou ácinos 
mucosos e se direcionam ao lúmen do ducto, compondo a 
saliva, por exemplo. 
 
Corte histológico de células mucosas em forma de ácino com 
semiluas serosas. As estruturas mais alongadas são os túbulos 
mucosos, também com semiluas associadas. 
 
Corte histológico da glândula salivar sublingual 
Tipo e mecanismo de secreção 
1. Merócrina: somente o produto da 
secreção é liberado. Ex: parótida, pâncreas e 
proteínas da glândula mamária. 
 
2. Apócrina: o produto de secreção é liberado 
com parte do citoplasma apical. Ex: glândula 
sudorípara écrina, próstata e lipídeos da glândula 
mamária. 
 
3. Holócrina: toda célula se torna o produto 
da secreção após morte celular. Ex: glândula 
sebácea. 
 
 Uma mesma célula pode ter mecanismos de 
secreção diferentes. As gorduras do leite 
materno são excretadas por mecanismo 
apócrino; outros componentes proteicos do leite 
são excretados por mecanismo merócrino. 
 
Corte histológico de glândula sebácea da derme 
 Células com núcleo central 
 Ducto da glândula ligado ao folículo piloso 
Formato da porção secretora 
1. Tubulosa: Ex: enterócitos, sem ducto 
propriamente dito. 
 
2. Acinar ou alveolar: As glândulas 
alveolares possuem maior luz do que as acinosas. 
Ex: glândulas esofágicas (ácinos) e glândulas 
mamárias e alvéolos prostáticos (alvéolos). 
 
Ramificação da porção secretora 
1. Não ramificada: com PS única. Ex: 
glândula intestinal. 
 
2. Ramificada: com PS que se ramifica. Ex: 
glândula gástrica. 
 
Ramificação da porção condutora 
1. Simples: um único ducto secretor. Ex: 
glândula esofágica (acinosa-tubular) e sudorípara 
(simples enovelada). 
 
2. Composta: ductos complexos e ramificados. 
Ex: glândulas salivares e sebáceas da pele 
(sacular, alveolar e acinosa). 
 
 
 Quanto mais próximo o ducto da porção 
secretora, menor o diâmetro desse ducto. 
Quanto mais distante o ducto da porção 
secretora, maior o diâmetro desse ducto. 
Subdivisões das glândulas 
multicelulares 
As glândulas compostas geralmente são 
macroscópicas, como as salivares e pâncreas. As demais, 
são todas microscópicas. As glândulas macroscópicas são 
divididas em lobos e esses lobos são divididos em lóbulos 
menores com unidades secretores. Os ductos se 
ramificam como os galhos de uma árvore e os lobos são 
revestidos por uma cápsula externa. 
 
 
Nomenclatura geral das 
glândulas 
FORMATO 
PS 
RAMIFICAÇÃO 
PC 
RAMIFICAÇÃO 
PS 
TIPO DE 
SECREÇÃO 
Tubulosa 
Acinosa 
Túbulo-
acinosa 
Tubulosa 
enovelada 
Simples 
Composta 
Não-
ramificada 
Ramificada 
Mucosa 
Serosa 
Mucoserosa 
Seromucosa 
 
Células mioepiteliais 
Várias glândulas exócrinas (p. ex., sudoríparas, 
lacrimais, salivares, mamárias) contêm células mioepiteliais 
fusiformes ou de forma estrelada. Essas células abraçam 
as unidades secretoras da glândula como um polvo 
abraçaria um pedregulho arredondado. Ao longo dos 
ductos, elas se organizam longitudinalmente. As células 
mioepiteliais se localizam entre a lâmina basal e o polo 
basal das células secretoras ou das células dos ductos. 
Elas são conectadas umas às outras e às células epiteliais 
por junções comunicantes e desmossomos. O citoplasma 
contém numerosos filamentos de actina, assim como 
miosina. As células mioepiteliais também contêm 
filamentos intermediários da família da queratina, o que 
confirma a sua origem epitelial. 
 
Eletromicrografia de uma secção de glândula salivar 
A função das células mioepiteliais é contrair-se 
em volta da porção secretora ou condutora da glândula 
e, assim, ajudar a impelir os produtos de secreção para 
o exterior. 
Classificando as glândulas 
salivares 
Parótida: acinosa, composta, não-ramificada e 
Sublingual: túbulo-acinosa, composta, 
ramificada e mista mucosserosa, com mais células 
mucosas do que serosas. 
Submandibular: túbulo-acinosa, composta, 
ramificada e mista seromucosa, com mais células serosas 
do que mucosas. 
 
Glândulas endócrinas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão

Outros materiais