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ANIMAIS PEÇONHENTOS

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LAYS COPPIETERS – EST. DE MEDICINA
ANIMAIS PEÇONHENTOS:
Animais peçonhentos são aqueles que produzem uma substância tóxica(veneno) e tem como injetar essa toxina em outro ser vivo.
Atacam por DEFESA OU PREDAÇÃO
Epidemiologia:
Região Norte: 1% de incidência de acidentes por animais peçonhentos;
Região Sudeste: 22% de incidência de acidentes por animais peçonhentos;
Região Sul: 44% de incidência de acidentes por animais peçonhentos;
Região Nordeste: 30% de indência de acidentes por animais peçonhentos;
Região Centro Oeste : 4 % de incidência de acidentes por animais peçonhentos
· 60% dos ataques é advindo de escorpiões;
· 20% dos ataques é advindos por cobras e aranhas
Qual a diferença de um animal venenoso para o animal peçonhento?
A diferença é a forma de contato.Os animais peçonhentos agem de forma ativa e inoculam o veneno na vítima, já os animais venenosos não tem nenhum tipo de reação, você precisa ter encostado no animal e já ira entrar em contato com o veneno desse animal, sendo um mecanismo passivo.
Principais animais peçonhentos:
· Cobra Cascavel
· Viúva negra
· Escorpião
· Taturana
· Abelha 
· Arraia
· Aranhas
· Cobra coral
· Surucucu
ESCORPIÕES:
Espécies:
1.Tityus cambridgei
2.Tytu metuendus
3.Tytus stigmurus 
4.Tytus bahiensis
5.Tytus serrulatus(mais comum no Brasil e bem letal)
Toxicodinâmica da ação dos escorpiões:
Ele irá inibir a inativação dos canais de Na+, promovendo uma ativação indiscriminada de potenciais neurais.Ativando o Sistema nervoso simpático e parassimpático;
Os escorpiões ou lacraus apresentam o corpo formado pelo tronco (prosoma e mesosoma) e pela cauda (metasoma). O prosoma dorsalmente é coberto por uma carapaça indivisa, o cefalotórax, e nele se articulam os quatro pares de pernas, um par de quelíceras e um par de pedipalpos. O mesosoma apresenta sete segmentos dorsais, os tergitos, e cinco ventrais, os esternitos. A cauda é formada por cinco segmentos e no final da mesma situa-se o telso, composto de vesícula e ferrão (aguilhão) . A vesícula contém duas glândulas de veneno.
Os escorpiões são animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos ou baratas. Apresentam hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia sob pedras, troncos, dormentes de linha de trem, em entulhos, telhas ou tijolos. Muitas espécies vivem em áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas, bem como alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil. Os escorpiões de importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus , que é o mais rico em espécies, representando cerca de 60% da fauna escorpiônica neotropical
Casos leves: Dor local e parestesia
Tratamento :Suporte clínico e 6-12 hrs de observação;
Casos Moderados;
· Algia;
· Vômito;
· Sudorese;
· Agitação
Tratamento: 2 - 3 ampolas de soro antiescorpiônicos.
Casos Graves:
· Vômitos em excesso;
· Sudoreses profusa;
· Sonolência
· Convulsões
· Bradicardia
· Edema Pulmonar
Tratamento: 4 – 6 ampolas de soro antiescorpiônico
Além disso a administração de lidocaína no local da lesão e observação profunda dos sinais vitais do paciente.
EXAMES:
O eletrocardiograma é de grande utilidade no acompanhamento dos pacientes. Pode mostrar taquicardia ou bradicardia sinusal, extra-sístoles ventriculares, distúrbios da repolarização ventricular como inversão da onda T em várias derivações, presença de ondas U proeminentes, alterações semelhantes às observadas no infarto agudo do miocárdio (presença de ondas Q e supra ou infradesnivelamento do segmento ST) e bloqueio da condução atrioventricular ou intraventricular do estímulo. Estas alterações desaparecem em três dias na grande maioria dos casos, mas podem persistir por sete ou mais dias.
A radiografia de tórax pode evidenciar aumento da área cardíaca e sinais de edema pulmonar agudo, eventualmente unilateral. A ecocardiografia tem demonstrado, nas formas graves, hipocinesia transitória do septo interventricular e da parede posterior do ventrículo esquerdo, às vezes associada à regurgitação mitral. A glicemia geralmente apresenta-se elevada nas formas moderadas e graves nas primeiras horas após a picada. A amilasemia é elevada em metade dos casos moderados e em cerca de 80% dos casos graves. A leucocitose com neutrofilia está presente nas formas graves e em cerca de 50% das moderadas. Usualmente há hipopotassemia e hiponatremia. A creatinofosfoquinase e sua fração MB são elevadas em porcentagem significativa dos casos graves. O emprego de técnicas de imunodiagnóstico (ELISA) para detecção de veneno do escorpião Tityus serrulatus tem demonstrado a presença de veneno circulante nos pacientes com formas moderadas e graves de escorpionismo. Nos raros casos de pacientes com hemiplegia, a tomografia cerebral computadorizada pode mostrar alterações compatíveis com infarto cerebral
ARANHAS(ARANEÍSMO):
No Brasil, existem três gêneros de aranhas de importância médica: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus. Os acidentes causados por Lycosa (aranha-de-grama), bastante freqüentes e pelas caranguejeiras, muito temidas, são destituídos de maior importância. As aranhas são animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos e baratas. Muitas têm hábitos domiciliares e peridomiciliares. Apresentam o corpo dividido em cefalotórax e abdome. No cefalotórax articulam-se os quatro pares de pernas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras. Nas quelíceras estão os ferrões utilizados para inoculação do veneno.
EPIDEMIOLOGIA:
Aranha-marrom(Laxosceles): 66% das intoxicações no Brasil;
Phoneutria(Aranhas armadeiras): 33% das intoxicações no Brasil);
Lotrodectus(Viúva-negra): 1% das intoxicações no Brasil.
1.Phoneutria 
São conhecidas popularmente como aranhas armadeiras, em razão do fato de, ao assumirem comportamento de defesa, apóiam-se nas pernas traseiras, erguem as dianteiras e os palpos, abrem as quelíceras, tomando bem visíveis os ferrões, e procuram picar. Podem atingir de 3 cm a 4 cm de corpo e até 15 cm de envergadura de pernas. Não constroem teia geométrica, sendo animais errantes que caçam principalmente à noite. Os acidentes ocorrem freqüentemente dentro das residências e nas suas proximidades, ao se manusearem material de construção, entulhos, lenha ou calçando sapatos
TOXICODINÂMICA:
O veneno da aranha armadeira possui mais de 40 neurotoxinas fazendo uma ação indiscriminada do SNC. Caudando então,um quadro de algia insulportável.
Casos leves:
Algia forte no local da picada,sendo necessário deixar o paciente observação por pelo menos 12 hrs.
Casos moderados :
Vômitos;
Agitação;
Aumento da PA;
Arritmias.
Deve-se administrar 4 ampolas de soros antiaracnídico.
Casos Graves:
Espaços musculares;
Priapismo;
Edema pulmonar por falência cardíaca
 Deve-se administrar 10 ampolas de soro antiaracnídico. Além disso, analgesia local com lidocaína e analgesia sistêmica com Meperidina(Analgésico sistêmico forte) 
2.Loxosceles:
Conhecidas popularmente como aranhas-marrons, constroem teias irregulares em fendas de barrancos, sob cascas de árvores, telhas e tijolos empilhados, atrás de quadros e móveis, cantos de parede, sempre ao abrigo da luz direta. Podem atingir 1 cm de corpo e até 3 cm de envergadura de pernas. Não são aranhas agressivas, picando apenas quando comprimidas contra o corpo. No interior de domicílios, ao se refugiar em vestimentas, acabam provocando acidentes.
 TOXICODINÂMICA:
Possui a Esfingomielienase D que causa necrose celular podendi ser no local da picada ou pode gerar hemólise.
Nas primeiras 12 hrs de picada haverá a necrose local ficando cada vez mais escura,havendo edema da região. Após mais algumas horas o quadro pode piorar causando ao paciente manifestações sistêmicas como hematúria e icterícia.
Os pacientes picados pela Loxosceles podem ser divididos em 2:
 O PACIENTE QUE SÓ IRÁ APRESENTAR MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS.
Em que irá presentar achados de necrose local podendo-se administrar 5 ampolas de soro antiaracnídico +40mg de Predinisona por dia.
OPACIENTE QUE IRÁ APRESENTAR MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS E SISTÊMICAS AO MESMO TEMPO:
Administrando 10 ampolas de soro antiaracnídico + 40 mg de Predinisona por dia.
Por quê o uso do PREDINISONA?
A prednisona é um remédio com ação anti-inflamatória da classe dos glicocorticoides. Ou seja, é uma versão sintética de alguns dos nossos hormônios. A prednisona é utilizada no tratamento de diversos problemas: alergias, distúrbios endócrinos e osteomusculares e doenças dermatológicas, reumatológicas, oftalmológicas e respiratórias, entre outras.
3.Latrodectus:
São conhecidas popularmente como viúvas-negras. As fêmeas são pequenas e de abdome globular, apresentando no ventre um desenho característico em forma de ampulheta. Constroem teias irregulares entre vegetações arbustivas e gramíneas, podendo também apresentar hábitos domiciliares e peridomiciliares. Os acidentes ocorrem normalmente quando são comprimidas contra o corpo. As fêmeas apresentam o corpo com aproximadamente 1 cm, de comprimento e 3 cm de envergadura de pernas. Os machos são muito menores, em média 3 mm de comprimento, não sendo causadores de acidentes.
· TOXICODINÂMICA:
O venenos da viúva negra é a Latrotoxina Alfa causando a liberação indiscrimanada de neurotransmissores e destrói nervos através da formação de poros.
Casos Leves:
Dor local;
Edema;
Parestesia (Sensação de algo que não condiz com o ambiente nos seus membros);
Tremores;
Espaços musculares;
Deve-se administrar relaxante musculares ou sedativos. Deve-se tratar os sintomas.
Casos Moderados:
Cólica abdominal;
Sudorese;
Não deambula;
Cefaleia;
Hipertermia;
Deve-se administrar analgésicos,benzodiazepínicos ( tratar dos tremores) e uma ampola de soro antilatrodético
Casos Graves:
Bradicardia;
Taquicardia;
Bradipnéia;
Taquipnéia;
Aumento da PA;
Priapismo;
Deve-se administrar analgésicos,2 ampolas de soro antilatrodético e benzodiazepínicos
Acidentes Ofídicos:
São envenenamentos causados pela inoculação de toxinas,por intermédio das presas de serpentes,podendo determinar alterações locais e sistêmicas.
A ocorrência do acidente ofídico está, em geral, relacionada a fatores climáticos e aumento da atividade humana nos trabalhos no campo.Com isso, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, observa-se incremento do número de acidentes no período de setembro a março. Na região Nordeste, os acidentes aumentam de janeiro a maio, enquanto que, na região Norte, não se observa sazonalidade marcante, ocorrendo os acidentes uniformemente durante todo o ano.
Importância da identificação das serpentes :
Identificar o animal causador do acidente é procedimento importante na medida em que: - possibilita a dispensa imediata da maioria dos pacientes picados por serpentes não peçonhentas; - viabiliza o reconhecimento das espécies de importância médica em âmbito regional; - é medida auxiliar na indicação mais precisa do antiveneno a ser administrado. Apesar da importância do diagnóstico clínico, que orienta a conduta na grande maioria dos acidentes, o animal causador deve, na medida do possível, ser encaminhado para identificação por técnico treinado. A conservação dos animais mortos pode ser feita, embora precariamente, pela imersão dos mesmos em solução de formalina a 10% ou álcool comum e acondicionados em frascos rotulados com os dados do acidente, inclusive a procedência.
Jararaca (Bothrops jararaca):
Coloração esverdeada com desenhos semelhantes a um “V” invertido, corpo delgado medindo aproximadamente 1m. Sua picada causa muita dor e edema no local, podendo haver sangramento também nas gengivas ou em outros ferimentos pré-existentes. É encontrada nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. 
 O gênero Bothrops é encontrado principalmente em zonas rurais e periferias de grandes cidades, preferindo ambientes úmidos como matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade para proliferação de roedores (paióis, celeiros, depósitos de lenha). O acidente botrópico é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos em nosso país. 
Crotalus Cascavel (Crotalus durissus) :
Coloração marrom-amarelado, corpo robusto, medindo aproximadamente 1m. Apresenta chocalho na ponta da cauda. Após a picada, o paciente apresenta visão dupla e borrada e sua face se apresenta alterada (pálpebras caídas, aspecto sonolento). A urina pode se tornar escura de 6 a 12 horas após a picada. É encontrada nos Estados de Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Tocantins, Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Gênero:Micrurus
 
Coral Verdadeira (Micrurus frontalis):
 Possui anéis vermelhos, pretos e brancos ao redor do corpo, medindo entre 70 e 80cm. Se esconde em buracos, montes de lenha e troncos de árvores. Após a picada, o paciente apresenta a visão dupla e borrada, a face se apresenta alterada (pálpebras caídas, aspecto sonolento), dores musculares e aumento da salivação. Insuficiência respiratória pode ocorrer como complicação do acidente. É encontrada nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Bahia. 
Lachesis Surucucu (Lachesis muta):
 Também conhecida como pico-de-jaca. A cauda apresenta escamas eriçadas como uma escova. É a maior das serpentes peçonhentas das Américas, atingindo até 3,5m. São encontradas apenas em áreas de floresta tropical densa, como a Amazônia, pontos da Mata Atlântica e alguns enclaves de matas úmidas do Nordeste. 
Tratamento:
 O tratamento consiste na administração, o mais precocemente possível, do soro antiofídico, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde para todos os hospitais, postos de atendimento médico.
O pé e a perna foram atingidos em 70,8% dos acidentes notificados e em 13,4% a mão e o antebraço. A utilização de equipamentos individuais de proteção como sapatos, botas, luvas de couro e outros poderia reduzir em grande parte esses acidentes.
Tratamento das complicações locais 
Firmado o diagnóstico de síndrome de compartimento, a fasciotomia não deve ser retardada, desde que as condições de hemostasia do paciente o permitam. Se necessário, indicar transfusão de sangue, plasma fresco congelado ou crioprecipitado. O debridamento de áreas necrosadas delimitadas e a drenagem de abscessos devem ser efetuados. A necessidade de cirurgia reparadora deve ser considerada nas perdas extensas de tecidos e todos os esforços devem ser feitos no sentido de se preservar o segmento acometido.
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