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Aluno (a): Larissa Vitória Martins da Costa Meneses Matrícula: 154191008 Curso: Enfermagem Turma: Professor (a): Joventina Julita Pontes Azevedo Disciplina: SAÚDE DA MULHER I Nota: Data: 22/04/2021 Valor total da avaliação: pts. DATA: 27-04-2020 Hoje, durante a consulta de enfermagem na UBS para F.S.S, foi registrado no prontuário o seguinte: Cliente com 27 anos de idade, solteira, parda, universitária, residente no bairro do Lobato, juntamente com seus familiares; fumante (01carteira ao dia); esquema vacinal (FA: 01 dose (12/10/2015); dT: (1ª dose: 12/12/2018), 2ª dose: (12/12/2019); Hep. B: (1ª dose: 12/10/2016). Alega que o último exame citológico do colo uterino foi há 01 ano. Motivo da consulta: Sem queixas de corrimento no momento da consulta. História menstrual: Menarca aos 11 anos, fluxo moderado, ciclo de 28 dias. DUM: 15/09/2019. História Sexual: Início da vida sexual aos 16 anos; vida sexual ativa, ritmo sexual de 03 vezes/ semana, não tem parceiro fixo, libido e orgasmo mantidos, dispareunia presente, sinusiorragia ausente. Em uso de DIU há 03 anos. Nega uso de preservativo feminino ou masculino. História obstétrica: Gesta 2/ Para 1 (parto a termo- nativivo)/ Aborto 1 Antecedentes patológicos: IST’s (não lembra qual). Cirurgia ginecológica: Cauterização do colo há 01 ano. Antecedentes familiares: Câncer de mama, DM, HAS. Câncer de ovário. Exame Clínico das Mamas: mamas densas, volumosas, região supra e infraclavicular sem linfonodo alterado, papilas protusas com presença de secreção amarela à expressão, prolongamento axilar preservado. Exame genital: Na inspeção foi observado monte pubiano com pilificação preservada, grandes lábios e pequenos lábios simétricos, clitóris preservado, intróito vaginal com carúnculas himenalis, aberturas das glândulas de Bartholine e skene, pouco visualizadas, orifício uretral preservado, períneo com cicatriz de episiotomia e região anal sem alteração. Exame especular: Vagina preservada, elasticidade, coloração e rugosidades preservadas; conteúdo vaginal branco transparente, sem odor fétido; colo uterino com fenda transversal, presença do fio do DIU, fundo de saco livre. Ao toque bidigital, o canal vaginal se encontra com rugosidades, fundo de saco preservados, colo uterino indolor à palpação, presença do fio do DIU. De acordo com o caso acima citado, responda: 1) Quais os fatores de risco que a paciente apresenta? Ela apresenta histórico familiar de câncer de mama e de ovário, além de diabetes e hipertensão. Relata também ser tabagista. Possui histórico de IST, porém não lembra qual, e relata a realização de cauterização do colo do útero, que é um tratamento comum nos casos de feridas no útero provocadas por HPV. Além disso, possui múltiplos parceiros sexuais sem fazer o uso da camisinha, estando suscetível ao risco de ISTs. Avaliando as informações adquiridas, percebe-se que é uma paciente com risco elevado para câncer de mama, devido aos antecedentes familiares e presença de secreção amarelada durante ECM, também possui risco para o câncer de colo de útero, visto que não usa camisinha e possui vários parceiros, somado ao tabagismo, e também existe risco para câncer de ovário, visto que possui antecedentes familiares e que o tabagismo é um fator de risco. 2) Quais as queixas da paciente? Queixas de dor ao ato sexual (dispareunia) e corrimento no período. 3) Quais tipos de mamas são encontrados na mulher durante todo seu ciclo de vida de uma mulher? Mama densa, mama predominantemente densa, mama adiposa e mama predominantemente adiposa. 4) Você solicitaria mamografia para a paciente? Sim ou Não? Justifique: Sim, pois essa paciente possui um risco muito elevado para o câncer de mama, expressado pelo seu histórico familiar e ECM, onde foi observada presença de secreção amarelada à expressão. Além disso, é possível que o câncer de mama cause atraso na menstruação (conforme relatado pela DUM: 15/09/2019) assim como outros tipos de cânceres ginecológicos, e outros possíveis indicativos podem ser corrimento e dispareunia, que foram relatados pela paciente. 5) A paciente deverá realizar o exame citológico do colo do útero no momento desta consulta? Sim ou Não? Justifique: Sim, para que se investigue a dispareunia e a presença de corrimento (que pode indicar ISTs), que foram relatados como motivo da consulta, além de realizar o rastreamento do câncer de colo de útero. Porém, existem algumas ressalvas para a realização desse exame, como: abstinência sexual de um dia, caso a mulher faça uso de preservativo com lubrificante ou espermicida (que não é o caso da paciente); não é recomendado a realização de ducha ou uso de medicamentos e anticoncepcionais locais 48h antes da realização do exame; não é recomendado colher o exame durante o período menstrual, devendo aguardar 5 dias após o término, o que também não é o caso da paciente, visto que DUM: 15/09/2019, enquanto a consulta está sendo realizada no dia 27/04/2020. 6) O esquema vacinal desta mulher deverá ser atualizado? Sim ou Não? Caso sim, especifique quais vacinas serão administradas e registre o aprazamento. Sim: 1) Febre amarela (FA): em casos onde a vacinação ocorreu abaixo dos 5 anos, o Ministério da Saúde recomenda uma dose de reforço, mas como não foi o caso da paciente, não necessita. 2) dT: houve um atraso para tomar a segunda dose, que deveria ter sido no dia 12/02/2019 (dois meses após a primeira), e consequentemente um atraso para a terceira dose, que deveria ter sido quatro meses após a segunda, logo, no dia 12/06/2019. Após completar as 3 doses, deverá se vacinar a cada 10 anos, por toda a vida. Considerando que haja disponibilidade e a paciente seja vacinada no mesmo dia em que ocorreu a consulta (27/04/2020), deverá retornar no dia 27/04/2030 para a tomar uma nova dose. Sempre que possível, substituir pela dTpa, que além de difteria e tétano, também previne a coqueluche. 3) Hep. B: a paciente se vacinou no dia 12/10/2016 e não retornou para a 2ª dose e consequentemente para a 3ª dose, que deveriam ser administradas um mês após a primeira (segunda dose) e seis meses após a segunda (terceira dose). Considerando que ela seja imunizada com a 2ª dose no dia em que ocorreu a consulta, ela deverá retornar no dia 27/10/20 para a 3ª dose. É necessário também tomar a SRC (tríplice viral), que protege contra sarampo, caxumba e rubéola e que é administrada em dose única. 7) Diante do caso exposto, cite a conduta d@ enfermeir@? Para iniciar o atendimento, baseado na SAE, deve-se acolher a mulher como um ser holístico, considerando e abrangendo todas as suas necessidades, a partir da escuta qualificada e do atendimento humanizado. A enfermeira apresenta-se e informa quais passos serão tomados, para que a paciente fique confortável e tire as suas dúvidas com a profissional, que deve passar segurança para a mulher, aproveitando a oportunidade para estabelecer um vínculo, que a ajudará até mesmo na obtenção de algumas informações. A profissional deverá também seguir o que é preconizado pelo Ministério da Saúde e estar alerta para possíveis sinais de violência contra a mulher, mesmo que sem fortes indícios. Escutar com atenção todas as informações passadas pela paciente é indispensável, pois estas serão muito importantes para o planejamento a ser realizado. Após as informações adquiridas a partir da anamnese e dos exames realizados na paciente, iniciar as orientações: Sinalizar que a presença do corrimento pode ser devido a infecções como: candidíase vulvovaginal, clamídia, gonorreia, tricomoníase ou vaginose bacteriana, mas que também pode ser algo fisiológico; Explicar que a amenorreia que está ocorrendo pode ser devido ao uso de DIU, que chega a 3 anos, ou por outros fatores como gravidez, que neste caso é pouco provável, como pelas patologias a serem investigadas, que são o câncerde mama, câncer de colo do útero e câncer de ovário; Realizar o exame citopatológico do colo do útero, se a paciente estiver dentro das recomendações e se desejar realizar naquele momento, e solicitar exames complementares, como MMG e USG das mamas, para rastreamento do câncer de mama, visto os fatores de risco. Importante dialogar sobre a importância de realizar estes exames para detectar e tratar previamente possíveis alterações; Orientar a respeito do tabagismo, que além de ser um fator de risco para o câncer de colo de útero e de ovário, tem relação com vários outros tipos de cânceres, além de comprometimento do aparelho respiratório; Lembrar da importância de manter a caderneta de vacina atualizada, e conforme disponibilidade da unidade de saúde, fazer a aplicação das doses que precisam ser postas em dia e explicar quando será necessário voltar a unidade para as doses de reforço; Orientar sobre a prevenção da hipertensão e da diabetes, devido aos antecedentes familiares, a partir da prática de exercícios físicos, moderação no consumo de sal e álcool, evitando fumar, optando por uma alimentação saudável e controlando o estresse; Orientar sobre a importância do uso da camisinha na prevenção das ISTs, e caso haja desconhecimento, aproveitar a oportunidade para instruir sobre a forma como ela deve ser utilizada e disponibilizando-a para a mulher. Após exame especular e testes mínimos recomendados, se constatada IST, realizar prescrição e orientação para o tratamento, além de estabelecer estratégia para segmento e atenção para as parceiras sexuais e a importância de usar camisinha para a prevenção; Solicitar retorno para dar continuidade ao acompanhamento.
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