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Anatomia - Glândulas salivares

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3 | P á g i n a 
 
Glândulas salivares
Funções da saliva
 Umedecimento e lubrificação do alimento para a sua deglutição; 
 Início da 1ª fase da digestão (na sua constituição química, está a enzima que desdobra 
polissacárideos); 
 Manutenção da limpeza da boca (autóclise) devido ao meio úmido que a saliva proporciona, 
facilitando os movimentos dos lábios, bochechas, língua e fala; 
 Na prevenção da formação de cárie dental; 
 Inibe a atividade bacteriana, pois contém também algumas substâncias que inibem seu crescimento; 
 Reduzem o tempo de coagulação do sangue (isso está associado ao instinto dos animais de 
lamberem as suas feridas). 
pH da saliva: levemente ácido. 
 Se o pH aumenta, seus componentes inorgânicos carbonato de cálcio e sulfato de cálcio são 
depositados sobre os dentes como tártaro e podem também formar cálculos salivares nas 
glândulas ou nos seus ductos. 
 Se o pH cai muito, as superfícies dentais começam a se descalcificar. 
O CD tem que saber de onde saem os ductos grandes e resistentes das glândulas salivares maiores 
(parótida, submandibular e sublingual), e os muitos e pequenos ductos das glândulas menores (palatinas, 
labiais, bucais e linguais). 
Glândulas que se abrem no vestíbulo 
 Glândula parótida: situa-se entre o músculo esternocleidomastóideo e a borda posterior do ramo 
da mandíbula. A parte superficial, maior, recobre grande porção do músculo masseter e que 
acompanha por baixo o arco zigomático. Por ser uma porção às vezes destacada da glândula, é 
conhecida como glândula parótida acessória. A parte profunda, menor, fica entre o músculo 
pterigóideo medial e os músculos do processo estilóide. O istmo é perfurado horizontalmente pelo 
nervo facial e, verticalmente, pela veia retromandibular. Já no lobo profundo, a artéria carótida 
externa também atravessa verticalmente a glândula, e a artéria maxilar emerge daí. A parótida é 
completamente envolvida pela fáscia cervical, que nesse local passa a se chamar fáscia parotídea. 
Ela se prende no arco zigomático, no processo estiloide. Quando a glândula parótida se acha 
inflamada ou o seu ducto está obstruído por um cálculo, uma dor intensa logo se instala porque a 
fáscia parotídea, que a envolve completamente, limita a tumefação. A fáscia da glândula distende-
se e dói. A dor agrava-se quando a boca é aberta porque a glândula fica comprimida entre o ramo 
da mandíbula e o processo mastóide e seus músculos. Infecções bacterianas graves podem 
propagar-se da boca para a glândula parótida via ducto parotídeo. Uma higiene bucal muito precária 
também pode levar a parótida a uma infecção pela mesma via de disseminação. 
 Glândulas labiais: numerosas pequenas glândulas situadas na submucosa dos lábios superior e 
inferior. Chegam a formar uma camada quase contínua entre a mucosa e o músculo orbicular da 
boca. Seus ductos se abrem diretamente na mucosa dos lábios. Se eles ficarem ocluídos por algum 
distúrbio, um cisto mucoso azulado (mucocele) se desenvolverá devido ao intumescimento da 
glândula. 
 
 
4 | P á g i n a 
 
 Glândulas da bochecha: pequenas e escassas glândulas arredondadas, dispersas irregularmente 
na submucosa da bochecha, entre os feixes do músculo bucinador e mesmo na face externa desse 
músculo. Aquelas situadas próximas aos últimos dentes molares, alguns autores as denominam 
glândulas molares. 
Glândulas que se abrem na cavidade própria da boca 
 Glândula submandibular: com metade do tamanho da parótida, é um corpo alongado que pode ser 
dividido em duas porções: uma superficial, maior, arredondada, contínua com outra menor, que 
constitui seu prolongamento profundo. Sua superfície é composta por um número variável de lóbulos 
unidos entre si por tecido conjuntivo. Parte da porção superficial contata com a fóvea submandibular 
e, portanto, fica oculta acima da mandíbula. A parte visível é coberta apenas pela pele e platisma; 
ocupa o triângulo submandibular e fica em contato com o tendão intermédio do músculo digástrico. 
Medialmente, a glândula está em contato com os músculos milo-hióideo e hioglosso. 
o Sialolitíase (cálculo salivar) não é incomum nesse ducto; é a patologia mais comum das glândulas 
salivares maiores. A glândula apresenta-se aumentada e hipersensível, principalmente durante as 
refeições, devido a uma maior secreção salivar. A glândula submandibular é a mais 
frequentemente envolvida (80 a 90%), seguida da parótida (5 a 20%). 
o Sialoendoscopia é uma técnica usada com sucesso na remoção da sialolitíase. 
o Sialólitos localizados anteriormente ao 1º MI são facilmente removidos cirurgicamente. 
A fáscia cervical providencia um compartimento para a glândula submandibular, mas não a envolve 
completamente porque seu prolongamento profundo passa por uma abertura e fica fora desse 
compartimento. A fáscia está frouxamente aderida à glândula. 
 Glândula sublingual: situada no soalho da boca, descansa sobre o músculo milo-hióideo e faz 
saliência na mucosa (prega sublingual). É um corpo alongado e achatado, em contato com a fóvea 
sublingual da mandíbula, de um lado, e com o ducto submandibular, o nervo lingual e o músculo 
genioglosso, de outro. 
Tem uma dúzia de ductos sublinguais menores, ou até mais, que se abrem separadamente na prega 
sublingual. É descrito um ducto maior o ducto sublingual maior que se junta ao ducto 
submandibular ou se abre próximo a este, na carúncula sublingual. Do ponto de vista cirúrgico, a 
prega sublingual marca não apenas a posição da glândula sublingual, mas também a linha do ducto 
submandibular e do nervo lingual. 
 Glândulas palatinas: por estarem densamente agrupadas, formam uma camada na submucosa do 
palato mole. Ocupam também parte do arco palatoglosso, posteriormente, e a porção posterior do 
palato duro, anteriormente. Apesar de estarem compactadas como se fossem um corpo único, cada 
pequena glândula tem seu próprio ducto que perfura a mucosa do palato. Nos pacientes que ficam 
com a boca aberta durante longo tempo, podem-se visualizar gotículas de saliva nos locais de 
abertura dos ductos. 
 Glândulas linguais: consistem em dois conglomerados. Umas são encontradas na raiz da língua, 
próximas ao dorso. São do tipo seroso, que desembocam na vala das papilas circunvaladas, e do 
tipo mucoso, que se abrem por seus diminutos ductos nas criptas linguais dos nódulos linfáticos da 
tonsila lingual. 
O outro conglomerado constitui a glândula lingual anterior, que fica incrustada na massa muscular da 
língua, próximo ao ápice. Seus pequenos ductos terminam na mucosa da face inferior da língua. 
 
5 | P á g i n a 
 
A secreção serosa (fluida, aquosa) ajuda a remover partículas de alimento da superfície da gengiva, 
bochecha e dorso da língua, enquanto a secreção mucosa (viscosa, espessa) ajuda a ligar (grudar) a 
comida mastigada para formar o bolo a ser deglutido e protege o epitélio bucal da ação das partículas de 
alimento. 
As glândulas salivares possuem inervações simpática e parassimpática: 
 As fibras simpáticas pós-ganglionares originam-se do gânelio cervical superior e seguem a artéria 
carótida externa e seus ramos. A inervação simpática promove vasoconstrição e uma secreção 
viscosa pouco abundante. 
 As fibras parassimpáticas originam-se nos núcleos salivatórios superior e inferior. Do primeiro, elas 
saem pelo nervo intermédio do facial e alcançam todas as glândulas maiores, menos a parótida. Do 
núcleo salivatório inferior, elas saem pelo nervo glossofaríngeo e daí vão à parótida. É interessante 
notar que o nervo facial, apesar de atravessar a parótida, essa é a única glândula salivar maior que 
ele não inerva. A inervação parassimpática promove vasodilatação e secreção fluida e abundante.

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