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Resumo Criança e adolescente

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Aula online – contexto histórico 
24/08/2020
	A garantia dos direitos das crianças e adolescentes no brasil sempre se apresentou como uma das mais intensas e desafiadoras lutas pelos direitos humanos ao longo dos diferentes contextos históricos culturais e econômicos. 
A história nos conta que até por volta do século XV, a infância não era reconhecida, as crianças eram vistas como dependentes.
*- 1891 – Proibição do trabalho escravo infantil.
*- Artigo 227 da constituição 1988 – torna-se base para a criação do ECA. É a única constituição que trouxe a importância da saúde como direito para todos e dever do Estado. 
Esse artigo estabelece como dever da família, da sociedade e do Estado “assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
*- 13/07/1990 - Estatuto da criança e adolescente. Aprovado no congresso nacional, estatuto da criança e do adolescente é o marco legal que reuniu reivindicações de movimentos sociais que trabalhavam em defesa da ideia de que crianças e adolescentes são também [...]
*- LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990
- Dispõe sobre o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, e dá outras providências.
- TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
No século XX a mortalidade infantil, o analfabetismo, as violências de caráter psicológico, físico e sexual, o trabalho infantil era um processo comum nessa época, onde o acesso a condições de saúde e escolaridade eram precárias. O contexto histórico de ingressão das crianças na sociedade mudou aos poucos com a mentalidade de que crianças precisavam crescer saudáveis para tão cedo serem inseridas no trabalho braçal contribuindo ao desenvolvimento econômico e industrial. E por isso, iniciou-se então à atenção ao pré-natal e aleitamento materno. Já nos meados de 1970, o cenário começou a mudar e a criança passou a ser vista como uma necessidade, prioridade ao cuidado de saúde, já se falava em cuidados com doenças respiratórias agudas, imunizações e tentativa de controle de infecções diarreicas. E 1980, ainda existiam altas taxas de mortalidade infantil, fortalecendo assim, programas de assistência à saúde da criança, principalmente a crianças que pertenciam ao grupo considerado de risco. Só em 1990, que foi instituído os direitos da criança pela constituição federal e o estatuto da criança e do adolescente (ECA), onde propõe a proteção integral à criança e adolescente.
 
- Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. 
- Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade. 
- Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. 
- Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
- Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. 
- Art. 60º É proibido qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
O Brasil firmou compromissos internos e externos para a melhoria da qualidade da atenção à saúde prestada a gestante e ao recém-nascido, com o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil.
Em 2004, foi firmado o “pacto pela redução da mortalidade materna e neonatal”, com o objetivo de melhoria da qualidade de vida das mulheres e crianças.
A taxa de mortalidade infantil, teve expressiva queda nos últimos anos no Brasil, graças a estratégias implementadas pelo governo como ações para diminuição da pobreza, ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família, aplicação da das taxas de aleitamento materno exclusivo.
*- 1997 - Programa de AIDPI – tem por finalidade de promover redução da mortalidade na infância. 
- 3 pilares básicos do AIDPI: 
- Capacitação de recursos humanos no nível primário de atenção.
- Reorganização dos serviços de saúde.
- Educação em saúde na família e da comunidade.
# PNAISC
Portaria nº 1.130 de 5 de agosto de 2015 – Instituto a política nacional de atenção integral à saúde da criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde. 
O objetivo é promover o aleitamento materno e a saúde da criança, a partir da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira infância (zero e cinco anos) e às populações de maior vulnerabilidade, como crianças com deficiências, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, e em situação de rua. 
Aula online: Assistência ao recém-nascido de baixo risco na sala de parto
31/08/2020
- O risco depende das condições pós-parto.
Quando se fala em humanização do parto, a primeira ideia que vem à cabeça é tornar a experiência do parto melhor para a mulher, mas, e o bebê¿
Humanizar o parto é também humanizar o nascimento. Não podemos nos esquecer do recém-nascido, fazendo o possível para que seja ele também uma boa experiência. Afinal, nascer é uma mudança drástica na vida. 
Na sala de parto, o ambiente deve ser preparado para promover o primeiro contato entre a mãe e o bebê, além do vínculo afetivo, favorecer a regulação térmica, realizar exame sistematizado e, se necessário, instituir apoio cardiorrespiratório e metabólico até que se possa encaminhar o RN ao nível de maior complexidade.
- Cerca de 90% dos bebês nascem saudáveis e não precisam de nenhuma intervenção.
A humanização do nascimento é portanto, melhorar as práticas na atenção ao recém-nascido, evitando realizar de rotina práticas que são consideradas inadequadas. É, também, aplicar as boas práticas, que são, por exemplo:
1) Clampeamento tardio do cordão umbilical.
2) Contato pele a pele imediato mãe-bebê.
3) Início precoce do aleitamento materno.
- Sobre clampeamento: Quando o bebê nasce com boa vitalidade, a recomendação é a realização do clampeamento tardio do cordão umbilical, que deve acontecer quando o mesmo parar de pulsar espontaneamente (média de 1 a 3 minutos). O clampeamento pode ser realizado imediatamente quando a mãe HIV positiva, sofrimento fetal, prematuridade, incompatibilidade Rh e gestação múltipla. Após o clampeamento, a inspeção dos vasos umbilicais se fez obrigatória para verificar a presença de duas artérias e uma veia.
- Sobre aleitamento: A Organização Mundial de Saúde recomenda que o recém-nascido seja entregue à mãe para que inicie o aleitamento materno já na sala de parto, de forma que o aleitamento seja iniciado na primeira hora de vida (ou primeira meia hora).
# De acordo com: Segunda a OMS,
*- Idade Gestacional:
- RN pré-termo ou prematuro: toda criança nascida antes de 37 semanas
- RN a termo: 37 a 41 semanas e 6 dias de gestação.
- RN pós termo: com 42 semanas ou mais
*- Peso de nascimento:
- RN baixo do peso: com peso < 2.500g
- RN muito baixo peso: com < 1.500g
- RN de extremo baixo peso: com < 1.000g
*- Crescimento intra-uterino: A classificação do estado nutricional é feita associando-se idade gestacional (IG) com o peso de nascimento (PN)
- A.I.G: Adequado para a idade gestacional (peso entre percentil 10 e percentil 90).
- P.I.G: Pequeno para a idade gestacional (peso baixo de percentil 10).
- G.I.G: Grande para a idade gestacional (peso acimado percentil 90).
# Preparo para a assistência: Para atender o RN na sala de parto inclui:
- Realização de anamnese materna.
- Disponibilidade do material para atendimento.
- Presença de equipe treinada. 	
# Avaliação da vitalidade ao nascer. Após o nascimento é necessária avaliação rápida de 4 situações referentes a vitalidade do RN: Gestação a termo¿ ausência de mecônio¿ respirando ou chorando¿ tônus muscular bom¿
- Se a resposta é sim para todas as perguntas, considera-se que o RN está com boa vitalidade e não necessita de manobras de reanimação.
- Se a resposta é não para todas as perguntas, o RN está com baixa vitalidade e necessita de manobras de reanimação.
- A determinação da necessidade da reanimação na sala de parto depende da avaliação simultânea de 2 sinais: respiração e frequência cardíaca. A FC é o principal determinando para iniciar a reanimação. Quando tem uma baixa FC aliado à baixa FR inicia-se a manobra de reanimação e ventilação.
Não se faz avaliação pela coloração da pele, RN pode estar saudável mesmo estando cianótico. 
- SSVV do RN:
- Temperatura: 36 a 36,5 ºC
 
- FR: 30 a 60 rpm
- FC: 120 a 140 bpm
- PA: 65x45 mmHg.
# Método do Capurro
Quando não sabe a idade gestacional da mãe e pelas características do RN conseguimos avaliar a idade gestacional do RN após o nascimento. 
O método de Capurro é aplicável para recém-nascidos de 29 semanas ou mais, pois avalia critérios simples de maturidade física, não envolvendo a maturidade neuromuscular.
Idade gestacional = (somatório de pontos + 204) /7.
Atividade do slide: 
Ex: 16 (orelha) + 5 (glândula)+ 10 (mamilo)+ 10 (pele) + 10 = 51
Ex: 51 + 204 /7 = 36,42 semanas gestacional.
# Cuidados imediatos ao RN: ainda na sala de parto
- Será secado e posicionado sobre o tórax da mãe (calor do corpo da mãe facilita a manutenção da temperatura do bebê - 36º) Campo estéril, seco e aquecido.
- Nesse momento, pode-se iniciar a amamentação (se possível).
Na sala de parto, o ambiente deve ser preparado para promover o primeiro contato entre a mãe e o bebê, e as atividades de recepção visam não somente favorecer o vínculo afetivo dentro dos preceitos da humanização, como também favorecer a regulação térmica, realizar exame sistematizado e, se necessário, instituir apoio cardiorrespiratório e metabólico até que se possa encaminhar o RN ao nível de maior complexidade.
# O que é GOLDEN HOUR¿
Assim que o bebê nasce, temos dois caminhos possíveis. No primeiro ele está vigoroso, em bom estado geral, pode ficar em contato direto com a mãe e ser estimulado a amamentar. No segundo caminho, há algum problema detectado, causando prejuízo ao RN. A maior parte desses problemas decorre de asfixia, e então temos o chamado “minuto de ouro”, que é a recomendação atual para que se aumentem as chances de sobrevida quando o RN não nasce bem.
Primeira hora de vida do bebê, a hora de ouro, é essencial para a saúde. Imediatamente após o parto, o profissional de saúde irá observar o estado de saúde do bebê. Será avaliado se ele é ou não pré-maturo, se o líquido amniótico, é claro ou se está com mecônio, se os braços e pernas estão flexionados. Caso tudo esteja bem, o RN deve ir direto para o colo da mãe, independente dela ter realizado parto normal ou cesárea. Para garantir a boa saúde do bebê é essencial colocá-lo no colo da mãe na 1ª hora de vida e oferecer o peito a ele. Colocar o RN no colo da mãe na primeira hora de vida é essencial para a saúde dele. 
- O clampeamaneto do cordão umbilical:
- Em aproximadamente 3 minutos após o nascimento, sessa o pulso e realiza-se o clampeamento.
- Fixar o clamp a distância de 2 a 3 cm do abdome.
- Verificar a presença de 2 artérias e 1 veia umbilical, pois a existência de artéria umbilical única pode associar-se se anomalias congênitas.
Benefícios: conferir na gravação 01:09 min.
#Aspiração das vias aéreas superiores:
OBS: só se necessário.
- Promover limpeza das vias aéreas superiores e manutenção da respiração.
- Impedir tamponamento dos espaços bronco-alveolares.
- Ordem boca – nariz.
- Aspirar quando apresenta presença de mecônio; RN que nascem de parto cesárea que apresenta secreção pela boca e nariz.
Obs: Atualmente não se recomenda mais a aspiração de vias aéreas na rotina, nem mesmo na vigência de mecônio, exceto nos casos de suspeita de obstrução da via aérea por mecônio. Caso haja excesso de secreção, as vias aéreas podem ser aspiradas delicadamente, primeiro a boca depois as narinas
# Escala de Apgar:
- É uma avaliação da adaptação do RN ao mundo extrauterino.
- Sinais: frequência cardíaca, coloração da pele, irritabilidade reflexa, esforço respiratório e tônus muscular.
- 0 é ausência de respostas e 2, alguma resposta.
- Avaliação no primeiro e quinto minuto de vida. Se permanecer a baixo de 7 até o quinto minuto, permanece avaliação a cada minuto até 20 min de vida.
- O boletim de Apgar não deve ser utilizado para determinar o início da reanimação nem as manobras a serem feitas. Mas, sua aferição longitudinal permite avaliar a resposta do RN as manobras realizadas e a eficácia delas.
- Se o escore é inferior a 7 no 5º minuto, recomenda-se sua aplicação a cada minuto, até 20 minutos de vida. 
- Interpretação dos resultados:
- De 0 a 3: Asfixia grave.
- De 4 a 6: Asfixia moderada.
- De 7 a 10: Boa vitalidade, boa adaptação.
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Aula online: 14/09/2020 e 15/09/2020
# Credeização / método de Credê
- Instila-se 1 gota de nitrato de prata a 1% nos olhos do RN (em meninas na vagina também) a fim de evitar oftalmia, transmitida verticalmente.
- Oftalmia gonocócica: É uma conjuntivite do recém-nascido após a contaminação durante o nascimento, com secreções genitais da mãe infectada por clamídia e gonorreia. 
# Administração da Vitamina K
- Como os RN’s nascem com concentração baixa de vitamina K, é necessário administrar 1mg por via IM desta vitamina para evitara ocorrência de sangramentos (doença hemorrágica do recém-nascido). 
- Objetivo: Catalisar a síntese da protrombina no fígado (prevenção do sangramento por deficiência de vitamina K).
- Sendo realizada na perninha esquerda.
# Identificação do RN
- (Nome da gestante, data e hora do nascimento).
- Identificar o recém-nascido com pulseira e colocar no antebraço e tornozelo. 
- Se for gêmeo, identificar gemelar 1 e gemelar 2, a data e hora do nascimento. 
2) Cuidados mediatos ao RN:
# Antropometria
- Peso: Balança adequada protegida (com fralda ou tecido)
- Comprimento: utilização da mesa antropométrica ou FITA métrica
-Perímeteo cefálico: entre 33 e 35 cm
- Perímetro torácico: 30 e 33 cm.
Obs. 0É importante proteger a balança porque o RN perde temperatura em ambientes gelados.
#Higiene ou Banho
- O banho do RN não pode ser dado imediatamente porque é importante que o RN fique com a mãe, o verniz caseoso protege a pele do bebê, evita que perca temperatura. 
- Banho realizado após 24h, antes disso apenas limpeza.
# Imunização
- Anti-hepatite B. (Deve ser realizada nas primeiras 12h).
- Esquema: ao nascer e depois continua com a penta valente. A partir dos 7 anos: 3 doses (0,
- Realizado no vasto lateral da coxa direita, e em crianças < 2 anos, e deltoide a partir de 2 anos. 
- BCG. 
Após realização de todos os cuidados de rotina na sala de parto, o RN, em boas condições clínicas, deve ser encaminhado com a mãe ao alojamento conjunto.
# Primeiras 24-36h do RN – inicia as eliminações intestinais, por isso é importante a supervisão.
- A primeira urina produzida por um RN é concentrada;
- A primeira evacuação consiste no mecônio (substância negro esverdeada e viscosa) que é conteúdo do intestino formado durante a gestação por secreções digestivas do fígado, líquido amniótico deglutido e células intestinais. 
- Todo RN deve eliminar o mecônio nas primeiras 24 a 36h após o nascimento, sendo eliminado nas primeiras 3-4 dias de vida. Após esse período surgem as chamadas “fezes de transição” (amarelo-esverdeado).
#Termorregulação
A termorregulação é uma necessidade crucial do RN logo após o nascimento e duranteo período de alojamento conjunto. O ambiente uterino fornecia ao feto uma temperatura 0,5ºC a 1ºC acima da temperatura materna e ao nascer, ele pode perder calor por:
- Convecção: perda de calor da pele do RN para o ar ao seu redor, ocorre em ambientes resfriados. Atentar-se com ventiladores, ar condicionados.
- Evaporação: perda insensível de água pela pele. Transição de ambiente úmido para um ambiente seco, normalmente no próprio trabalho de parto, podendo ser minimizada secando o RN imediatamente e removendo os campos molhados.
- Radiação: perda de calor do RN para objetos ou superfícies mais frias que não estão em contato com ele. Uma superfície mais sólida que mesmo sem contato direto com o RN pode causar perda de calor através da irradiação, como janelas e paredes da incubadora.
- Condução: perda de calor do RN para a superfície em contato com ele. Contato direto com um objeto mais frio. Qualquer ambiente metálico deve ser forrado. 
- O que enfermeiro deve fazer? Atentar-se para temperatura do ambiente, tirar objetos próximo do RN, esquentar estetoscópio, colocar fralda ou lençol em lugares metálicos ou recipientes frios. 
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# Aleitamento materno
- Quando se incentiva o aleitamento materno, automaticamente induz um planeta mais saudável, diminuindo menos caixas de leite, menos chupetas e mamadeiras.
- "Amamentar é muito mais que alimentar" Além de nutrir, proporciona vínculo afetivo, melhora desenvolvimento cognitivo e emocional. 
- O.M.S. prevê amamentação até 2 anos ou mais, sendo exclusivo até os 6 meses.
- Apesar de todas evidências científicas provarem a superioridade do aleitamento materno sobre outras formas de alimentar a criança, a maioria das crianças brasileiras não são amamentadas por 2 anos ou mais e não recebem leite materno exclusivo nos primeiros 6 meses. 
- Amamentar não é uma tarefa fácil, requer treino, auxílio profissional e paciência. Existem várias condições nesse processo que pode prejudicar e interferir no aleitamento materno, então é indicado o preparo (estímulo) da mama para amamentar porque o próprio corpo se prepara para esse momento. 
- O que é uma amamentação bem-sucedida? Quando traz prazer para a mulher, qualidade de vida, RN está ganhando peso e saúde.
- Alimentação sucedida: fatores emocionais, culturais, história pregressa (quando fica comparando), anatomia fisiológicas.
#Fatores que podem influenciar o AM.
- Presença do pai
- Idade da mãe.
- Bebê ideal #vs Bebê real.
- Blues puerperal vs Depressão por parto. 
* Blues puerperal (aceitável até o sexto dia)
- 50% a 70% dos nascimentos.
- O pico se situa entre o 3 e o 6° dia após o nascimento.
- Não tem necessidade de internação.
- Raramente dura mais que uma semana.
- Humor depressivo, fadiga, insônia e ansiedade.
- Choro sem explicação, tristeza, aparentemente depressiva, fadiga, ansiedade de cobrança de perfeição, de não poder errar.
- Tratamento de apoio familiar.
- Não tem necessidade de internação.
* Depressão pós-parto (grau mais intenso)
- 15% dos nascimentos.
- Maioria dos casos nos 2 primeiros meses após o parto.
- Pode necessitar internação e acompanhamento profissional.
- Pode necessitar de medicações antidepressivas.
- Duração variável.
- Sensação de incapacidade, oscilação de humor.
# Vantagens para o RN
- Redução da mortalidade na infância.
- Proteção contra diarreia.
- Proteção contra doenças respiratórias. Imunologicamente está mais preparada.
- Proteção contra alergias. Diminui o risco de alergias e idas ao hospital.
- Proteção contra HAS, Colesterol alto e DM.
- Promoção do crescimento. Principal alimento que favorece o desenvolvimento.
- Desenvolvimento cognitivo.
- Desenvolvimento da cavidade bucal, mastigação e deglutição. 
- Vincula de mãe e filho.
- Economia.
# Vantagens para mãe
- Involução uterina mais rápida e diminui o sangramento nesse período. Nós pós-parto já faz a palpação do abdome para avaliar a involução uterina; verificar o sangramento após o parto. 
- Traz bem-estar (efeito relaxante – pelo hormônio prolactina)
- Retorno do peso corporal
- Ajuda o desenvolvimento do afeto mãe e filho.
- Diminuição de risco de câncer de ovário, mama e útero. 
........##.......
COVID-19: Mesmo em pandemia é indicado que continue com a amamentação materna, tomando todos os cuidados de higiene durante esse processo. Ainda não há evidências que o vírus passe pela amamentação materna e também não é uma transmissão vertical. Utilizar máscara, limpar o mamilo, higienizar as mãos.
................##.....
- Número de mamadas por dia:
- Amamentação em livre demanda*
- Em geral, um bebê mama de 8 a 12 vezes ao dia.
- Primeiro dia, o estômago do RN 5 a 7 ml; no terceiro dia, em média de 20 a 30 ml, com 7 dias, suporta 45 – 60 ml, e com 30 dias, 80 – 150 ml de leite.
- Duração das mamadas:
- O tempo de permanência não deve ser fixado, é o tempo necessário para esvaziar as mamas;
- Pode variar dependendo da fome, do intervalo desde a última mamada e do volume de leite armazenado na mama (o leite produzido é armazenado nos alvéolos e ductos).
- Grande parte do leite da mamada é produzida enquanto a criança mama, devido ao estímulo da prolactina* Durante a gestação normalmente pode ter saída de secreção pelo mamilo, pela 16º semana, algumas mulheres têm saída de colostro, não é o leite de fato, mas a secreção é produzida devido ao processo hormonal, após a saída da placenta, queda de estrogênio e progesterona, estimulo do seio, aumento de prolactina. 
- Nos primeiros dias pós-parto a quantidade de leite é pequena, menor de 100ml/dia, mas no 4º dia, em média 600ml/dia (apojadura “descida do leite” – dura em média de 3 a 4 dias).
- O volume de leite varia dependendo do quanto a criança mama e da frequência da mamada
# Hormônios e Lactação:
- Prolactina: Produção láctea.
- Ocitocina: Ejeção do leite.
Durante toda a gestação a gente têm esses hormônios altos, após a saída da placenta aumenta de prolactina e aumento de ocitocina e queda da progesterona. Prolactina produção de leite e ocitocina responsável pela ejeção do leite. A ocitocina faz contração das células dos alvéolos.
Ocitocina (hipófise posterior) – faz ejeção do leite. Entre as células mioepiteliais sofrem ação da ocitocina fazendo-as contraírem e ajudando o leite a sair. A ocitocina também contrai o útero ajudando-a a voltar para o lugar no caso da puérpera, por isso a amamentação é importante, continua a estimulação e produção de ocitocina. 
Prolactina: produção de leite. 
- Equilíbrio entre os 2 hormônios, como:
- Ambiente tranquilo para a amamentação:
- Evitar o estresse;
- Alimentação adequada;
- Ingerir bastante água;
- Repouso. 
#Fisiologia da lactação
O leite é produzido nos alvéolos e transportado até os seis lactíferos por uma rede de ductos. E cada lactíferos, com uma saída independente, no mamilo (entre 15 a 25 no total). 
- Composição do leite: 
- Células (macrófagos, linfócitos, etc) Ig A, lactoferrina, b12 e hormônios.
A maior composição é de água. 
- Aspectos do leite: O importante é que a mãe dê tempo suficiente à criança para ela esvaziar adequadamente a mama.
- Esvaziamento prejudicado diminuição da produção do LM:
- O esvaziamento das mamas é importante também para o ganho de peso e para a manutenção da produção de leite suficiente para atender às demandas do bebê.
LEITE ANTERIOR: leite do início da mamada, pelo seu teor de água, é rica em anticorpos.
LEITE POSTERIOR: o do final da mamada é mais branco-amarelado devido à presença de betacaroteno.
- Requer uma abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também a parte da aréola – forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para que o mamilo e aréola se mantenham dentro da boca do bebê.
- Na amamentação existe t0rês tipos de reflexos: Reflexo de busca, sucção e deglutição. (SUGA, ENGOLE E RESPIRA). 
- A bochecha ajuda na amamentação. E a língua empurra o mamilo no céu da boca. Quando o bebê que tem língua presa, não consegue empurrar o mamilo e não amamenta direito, “frenulo”. 
 # Ordenhamanual: 
- Realizar ordenha, de preferência manual.
Funciona para armazenar leite e para aliviar a mama quando está muito cheia (ingurgitamento entre as mamadas); 
- Retirada de leite: os dedos da mão em forma de “C”, o polegar na aréola ACIMA do mamilo e o dedo indicador ABAIXO do mamilo e sustentando o seio com os outros dedos. 
- Outros dispositivos encontrados no mercado p/ ordenha: 
# Ingurgitamento mamário “empedramento do leite”
(1) Congestão/aumento da vascularização da mama; pode acontecer porque a mãe tem uma grande produção, às vezes a mãe nunca esvazia a mama, ou mama o suficiente, quando estimula com água quente. 
(2) Retenção de leite nos alvéolos.
(3) Edema decorrente da congestão e obstrução da drenagem do sistema linfático.
- Ingurgitamento fisiológico: é discreto e é um sinal positivo de que o leite está “descendo”, não sendo.
- Ingurgitamento do patológico: mama distendida, causando grande desconforto às vezes acompanhado de febre e mal-estar. Os mamilos ficam achatados, dificultando a pega do bebê, e o leite muitas vezes não flui com facilidade.
- Ingurgitamento mamário: São mamas cheias. Acontece na descida do leite (apojadura) no 3º dia pós-parto porque até então a mulher tem colostro (é extremamente calórico e cheio de imunoglobulinas ajudando na proteção do sistema imunológico do RN). O que fazer¿ Massagem; ordenha manual; amamentação. O que é proibido: bolsa fria e calor. Evitar: coletar leite para doação, sutiã de alças largas.
- Fatores que favorecem o ingurgitamento: 
- Leite em abundância.
- Início tardio da amamentação.
- Mamadas infrequentes.
- Sucção ineficaz do bebê.
- Retirada de leite para ofertar ao bebê depois:
- Dispor de vasilhame de vidro esterilizado para receber o leite e etiquetar.
- Procurar um local tranquilo e ficar relaxada.
- Prender os cabelos.
- Usar máscara ou lenço na boca, e evitar falar, espirrar e ou tossir.
- Lavar as mãos.
- Massagear delicadamente a mama com movimentos circulares da base em direção à aréola.
- Curvar o tórax sobre o abdômen, para facilitar a saída do leite e aumento o fluxo.
- Pressionar suavemente o polegar e o dedo indicador, um em direção ao outro, e levemente para dentro.
- Pressionar e soltar, pressionar e soltar. A técnica não deve doer se estiver correta. O leite pode não fluir, mas depois de pressionar algumas vezes o leite começará a pingar.
# Masite.
É um processo inflamatório que acomete um ou mais seguimentos da mama, podendo progredir ou não para uma infecção bacteriana, normalmente por staphylococcus aureus.
- O ingurgitamento patológico pode evoluir para a mastite. 
 - A produção de leite por ser afetas na mama comprometida.
- Mama dolorosa, vermelha, edemaciada e quente.
- Acompanhada também na maioria das infecções por mal-estar, febre e calafrios.
- O sabor do leite costuma alterar.
# Proteção legal do aleitamento materno
- Licença-maternidade – licença de 120 dias consecutivos, sem prejuízo do emprego e da remuneração, podendo ter início no 1º dia do 9º mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
- Direito à garantia no emprego – É proibida a dispensa arbitraria ou sem justo causa da mulher trabalhadora durante o período de gestação e lactação, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.
- Pausas para amamentar – Para amamentar seu filho, até que este complete 6 meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 descansos, de meia hora cada um.
# Licença paternidade
- Trabalhador em empresa do programa empresa cidadã, 20 dias corridos.
- Trabalhador de empresa pública ou privadas, 5 dias corridos.
- Servidor público federal, 20 dias corridos.
# Contraindicações para amamentação.
Nas seguintes situações, o aleitamento materno não deve ser recomendado:
- Mães com HIV.
- Mães com HTLV1 E HTLV2. 
- Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação como, por exemplo, os antineoplásicos.
#Interrupção temporária da amamentação. 
- Infecção por herpes, quando há vesículas localizadas na pele da mama, a amamentação deve ser mantida na mama sadia; 
- Varicela/catapora na mãe, interrompe aleitamento durante o período de transmissão, ao iniciar o tratamento, pode amamentar.
- Abcesso mamário, até que tenha sido drenado e a antibióticoterapia iniciada a amamentação deve ser mantida na mama sadia.
- Consumo de drogas de abuso, recomenda-se a interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga. 
- O aleitamento materno não deve ser contraindicado
 - Tuberculose: recomenda-se que as mães amamentam com o uso de máscaras e restrinjam o contato próximo com a criança por causa da transmissão potencial por meio das gotículas do trato respiratório.
- Hanseníase: considerando-se que a 1º dose de rifampicina é suficiente para que a mãe não seja bacilífera, deve-se manter a amamentação e iniciar o tratamento da mãe.
- Hepatite B: a vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o nascimento praticamente eliminam qualquer risco teórica de transmissão da doença via leite materno.
- Hepatite C: a prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV positivas é importante, uma vez que não se sabe se contato da criança com o sangue materno a transmissão da doença.
- Consumo de cigarros: Orientar a não fumar, devido a todas complicações. Se essa mulher não conseguir parar de fumar, o ideal é que diminua cada vez mais o consumo, e principalmente que não fume no mesmo ambiente do bebê. Mas não é contraindicado a amamentar. 
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Principais agravos ao RN
19/10/2020
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- Classificação do RN se baseia em dois critérios: idade gestacional e peso ao nascer. 
- Idade gestacional: prematuridade (menor que 37 semanas).
- Peso ao nascer: peso abaixo do normal (com menos de 2,5 kg).
# Prematuridade – é uma das principais causas de mortalidade, sendo todo o organismo imaturo, dificuldade grande de adaptação do RN, passando por longo tratamento em uti neonatal. Por isso há uma preocupação da gestante fazer o pré-natal corretamente para oferecer um parto adequado e no tempo adequado para esse RN. 
- O que leva a antecipação do parto?
- Mãe hipertensa; por causa da DHEG, oscilação de PA durante a gestação.
- Diabetes gestacional; geralmente desenvolvida no fim do 3º trimestre, causada pela resistência insulínica propício devido aos hormônios da mãe, o bebê ganha muito peso. 
- Descolamento da placenta; 
- Placenta prévia;
- Sofrimento fetal; apresenta pouca movimentação, FC baixa do feto.
- Perda do líquido amniótico (oligoidramnia); 
- Lesão por arma de fogo ou branca.
- Características do RN prematuro.
- Normalmente com menos de 46 cm e com menos de 2,5 kg.
- Pele mais fina e mais gelatinosa.
- Aréolas reduzidas.
- Forma de orelha chata, disforme, pavilhão, não encurvada.
- Glândula Mamária pouco palpável, e etc.
- Complicações Do RN Prematuro:
- Dificuldade de controlar a temperatura. Hipotálamo pouco amadurecido.
- Complicações respiratória. O pulmão se torna amadurecido a partir de 34 semanas, menos que isso, a fisiologia do pulmão ainda está comprometida.
- Tendência a hipoglicemia. Devido a própria deficiência da glândula adrenal. 
- Dificuldade de sucção. Reflexo imaturo. Alimentação feito por sonda.
- Imaturidade do sistema imunológica.
- Icterícia. Imaturidade do sistema hepático.
#Baixo peso: Bases legais. 
Quando se trata de baixo peso, implementa-se o método canguru. Método considerado importante porque quanto mais fica com a mãe no tórax ganha um peso considerável de um dia para o outro. Contribui para o laço afetivo com a mãe/pai, promovendo calor da mãe para o filho e auxilia no tratamento ao RN. 
- É um modelo de assistência voltado para melhoria da qualidade do cuidado ao RN nascido com baixo peso. 
- Parte dos princípios da atenção humanizada.
- Reduz o tempode separação entre mãe e recém-nascido e favorece o vínculo.
- Permite o controle térmico adequado.
- Reduz o estresse e a dor do recém-nascido.
- Aumenta as taxas de aleitamento materno.
- Possibilita maior competência e confiança dos pais ao cuidado do seu flho inclusive após a alta hospitalar.
#Icterícia pré-natal (hiperbilirrubina)
A bilirrubina é um produto da quebra da Molécula da hemoglobina (formando a bilirrubina não conjugada). Os principais locais de formação são no fígado e baço. É considerada fisiológico e patológica. 
A bilirrubina não conjugada se liga a albumina formando bilirrubina conjugada que excretada no duodeno através da bile. NO RN por conta da imaturidade das células hepáticas, a bilirrubina não é excretada e cai de volta na circulação, causando a cúmulo de bilirrubina, causando icterícia. 
- A fisiológico não traz tantos problemas para o bebê. A preocupação maior é com a icterícia patológica quando ocorre a cumulação de bilirrubina no sangue. 
- Tem evolução céfalo-caudal. (Cabeça, rosto, tórax, abdômen e pernas). É importante perceber e já iniciar intervenção e a involução completa da icterícia. 
- A pele e a esclerótica dos olhos ficam amareladas.
- Causa: excesso de bilirrubina no sangue.
- Icterícia Fisiológica:
Normalmente aparece na primeira semana de vida. Ocorre quando há um aumento da bilirrubina não conjugada. (Pelo fato do fígado não conseguir eliminar de maneira satisfatória pela bile).
É a mais comum, pois o fígado do bebê pode apresentar dificuldade em eliminar a bilirrubina através da bile.
- A pele do bebê fica mais amarelada.
- Concentração de bilirrubina indireta ou direta no sangue é de 1,5mg/dl.
- Causas:
- Oferta de oxigênio diminuída para o fígado; Função prejudicada.
- Aumento da carga de bilirrubina para as células hepáticas; 
- Excreção hepática deficiente.
- Tratamento:
- Fototerapia
- Exposição ao sol.
# Icterícia patológica 
Icterícia visível nas primeiras 24h após o nascimento.
- Pode durar mais de 1 semana no RN a termo e 2 semanas no prematuro.
-Principal causa: Prematuridade
- Quadro clínico da icterícia patológica: pele amarelada, sucção lenta, hipoatividade, hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e baço), anemia e anasarca.
- Efeitos tóxicos; Sequelas neurológicas: 
- Leve: dificuldades de aprendizado.
- Graves: retardo mental, perda de audição e disfunções motoras.
- Diagnóstico laboratoriais: dosagem dos níveis de bilirrubina totais e frações, hemograma completo, tipagem sanguínea da mae e RN, test de coombs indireto na mãe e direto no RN.
- Tratamento: fototerapia (quebra a bilirrubina com facilidade para ser eliminada).
A eficácia da fototerapia depende principalmente:
- Irradiação.
- Superfície corpórea exposta à luz.
Quanto maior a superfície do corpo exposta à luz, maior é a eficácia da fototerapia. Então os RN’s que recebem a luz na parte anterior e posterior do tronco, membros e permanecem sem fraldas recebem maior irradiância. Dessa forma, a fototerapia é mais eficaz. 
- Cuidados de enfermagem:
- Despir o RN (manter a genitálias cobertas).
- Proteger os olhos com venda radiopaca (veludo negro ou papel carbono envolto em gaze) porque pode lesionar a retina.
- Verificar os SSVV.
- Balanço hídrico rigoroso (o RN perde água durante a fototerapia).
- Mudança de decúbito de 4/4h (para permitir que o RN receba luz de forma uniforme).
 - Verificar peso diariamente.
- Regular intervalos na fototerapia (removendo a venda ocular para promover a estimulação visual e favorecer o aleitamento).
- Aumentar a oferta de leite materno, pois a fototerapia pode provocar elevação da temperatura, levando ao aumento do consumo de oxigênio, da FR e do fluxo sanguíneo na pele, culminando em maior perda de água.
- Promover motilidade gastrointestinal através da alimentação e estimulação de evacuações (eliminar + rapidamente a bilirrubina).
# Distúrbios respiratórios
1-. Taquipneia transitória do RN ou Síndroma do pulmão úmido.
Quando o bebê nasce ocorre entrada de ar nos pulmões e ao mesmo tempo saída dos fluídos pulmonares. Quando os fluidos não saem totalmente dos pulmões acarretam alterações pulmonares e dificuldade na complacência, sendo que a síndrome está mais relacionada aos partos de rn prematuro em relação ao parto, justificada pelo fato do bebê não sofrer a pressão na caixa torácica durante a passagem no canal durante o parto; e prematuridade pelo não desenvolvimento total da fisiologia pulmonar. 
Obs: No parto vaginal ocorre uma pressão natural na caixa torácica e quando não são eliminados são absorvidos pelo sistema linfático em até 72h.
- Ocorre devido à retenção do fluido pulmonar fetal.
- É mais comum em: RN que nascem de parto cesariano;
- Os fluidos pulmonares não eliminados após o nascimento, são absorvidos através do sistema linfático, até 72h depois. 
- Quadro clínico do RN: Taquipnéia; retrações intercostais e respiração gemente e batimento de asa de nariz. 
- Diagnóstico: Através do quadro clínico; RX de tórax (infiltrado pulmonar difuso); Gasometria arterial.
- Tratamento: Administrar 02, se necessário; Manter SpO2 90-95%; Manter Tax normal; HV para manter equilíbrio hidroeletrolítico.
2-. Síndrome da Aspiração do mecônio.
A conduta do profissional frente à presença de líquido meconial vai depender da vitalidade do RN.
Liberação de mecônio dentro da barriga da mãe. Como não se sabe quanto tempo o RN aspirou mecônio, é necessário que haja uma avaliação da vitalidade do bebê.
Após o nascimento, caso esse RN apresenta movimentos respiratórios rítmicos e regulares, tônus musculares adequados e FC maior que 100bpm, a conduta deverá ser: 
- Posicionar o RN na mesa;
- Colocá-lo sob fonte de calor.
- Posicionar sua cabeça com uma leve extensão do pescoço.
- Aspirar o excesso de secreções da boca e do nariz.
- Avaliar a FC e a respiração. 
Se a avaliação for normal, o RN receberá os cuidados de rotina na sala de parto.
Quando o RN não apresentar ritmo respiratório regular e/ou tônus muscular flácido e/ou a FC for menor que 100 bpm, o profissional deve:
- Aspiração do mecônio residual da hipofaringe e da traqueia;
- Fornecer fonte de calor.
Aspirar o excesso de mecônio: se o RN permanecer com FC < 100bpm, respiração irregular ou apnéia, deve-se iniciar a ventilação com pressão positiva.
- Ventilação com pressão positiva (reanimador manual ou ambú): A ventilação pulmonar é importante e efetiva para o RN na sala de parto. Ocorre a insuflação dos pulmões acarreta dilatação da vasculatura pulmonar, permitindo que a hematose possa ocorrer de forma apropriada.
- Cuidados necessários:
- Manter a permeabilidade das vias aéreas, posicionando a cabeça com leve extensão do pescoço. Para abrir a via aérea.
- Se necessário, colocar um coxim sob os ombros do RN para facilitar o posicionamento adequado da cabeça.
- A ventilação com pressão positiva, deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida (“minuto de ouro”);
- Usar máscara no tamanho adequado (deve cobrir a ponta do queixo, a boca e o nariz) pois é fundamental ter um ajuste adequado entre a face e a máscara para garantir o sucesso da ventilação.
3-. Síndrome da Angústia respiratória ou síndrome do desconforto respiratório.
- Imaturidade pulmonar;
- Deficiência de surfactante (líquido que facilita na troca gasosa produzido a partir da 20 semanas), levando ao colapso dos alvéolos (atelectasia pulmonar) de forma progressiva, levando ao aumento da necessidade de oxigênio e estresse respiratório. 
- É mais comum em: RN prematuros de 28 semanas de gestação.
- Profilaxia: Administração de corticoide: na mãe antes do parto (induz a maturidade pulmonar fetal e aumenta a produção de surfactante). Administrar entre 24 a 48h antes do nascimento. Induz a produção de surfactante no pulmão do feto. 
- Quadro clínico:
- Dispnéia;
- Insuficiência respiratória, com piora progressiva nas primeiras 48h.
- Taquicardia;
- Retrações intercostais;
- Batimento de asa de nariz;
- Cianose central.
- Diagnóstico: Quadro clínico; Rx de tórax; Gasometria arterial
- Tratamento: Reduzir a hipoxemia; 
- Ventilação mecânica;- Administrar surfactante (em bollus ou através da TOT);
- Monitorização da gasometria e sinais vitais.
- Manter equilíbrio hidro-eletrolítico e glicose.
- Cuidados gerais de enfermagem. 
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Aula online: 26/10/2020
Crescimento e desenvolvimento na atenção básica/ Consulta de puericultura
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*. Objetivo: Prevenção de doenças e agravos.
*. Será realizado: 
- Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança.
- Atualização do esquema de vacina.
- Orientações aos pais.
- Aleitamento materno.
- Higiene individual e do ambiente.
- Identificação precoce dos agravos, para uma intervenção efetiva.
*. A consulta pode ser feita pelo Enfermeiro ou pelo Médico.
*. Qual a época ideal para a primeira consulta¿ a 1º consulta do RN deverá ocorrer na sua primeira semana de vida. Indicado para fazer a vacina da BCG.
# Consulta de enfermagem em Puericultura
- Atendimento centrado na família e na criança.
- Possibilita a detecção de alterações que podem ocorrer na vida da criança. (alterações motoras, físicas, linguagem, mental, etc)
- As ações e cuidados são direcionados especialmente para crianças de 0 a 5 anos pela maior vulnerabilidade a esses fatores externos (extrínsecos) e internos (intrínsecos). – podem interferir no crescimento dessa criança.
A criança de 0 a 5 anos devem ser acompanhadas pela atenção básica na consulta de CD porque é considerado uma fase de maior atenção, ofertado grande número de vacinas e seus efeitos colaterais, importante está próximo as mães para orientá-las sobre os agravos decorrentes de imunização.
*. Fatores que influenciam no crescimento e desenvolvimento: O Estado de saúde da criança depende de: 
- Fatores intrínsecos: Fatores genéticos e fatores endócrinos. 
- Fatores extrínsecos: Alimentação, ambiente, higiene, condições psicológicas e afetivas, condições sociais, culturais econômicas. 
*- Por que e para quê acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança: Se a criança desenvolve de maneira adequada e sadia, a tendência é ter um adulto saudável. 
*- Crescimento + Desenvolvimento = Crescimento e desenvolvimento:
. Crescimento: processo de caráter concreto e mensurável que compreende a formação, aumento da massa e renovação de tecidos. (acompanhamento do crescimento)
- É mais dinâmico, contínuo e expresso pelo aumento de tamanho. 
- O melhor método de acompanhamento do crescimento infantil é o registro periódico do peso, da estatura e do IMC da criança na caderneta de saúde da criança.
- Até os 2 anos de idade, perímetro cefálico também. É o período onde o crânio vai crescer e o cérebro precisa desenvolver.
+
.Desenvolvimento: implica na aquisição de competências e capacidade que ocorrem ao longo da vida. (linguagem, afetividade, aprendizagem de acordo com a faixa etária).
- Transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva. 
- Inclui também, maturação, aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais.
=
.Crescimento e desenvolvimento: soma das diversas mudanças que ocorreram durante a vida de um indivíduo. 
*. Ganho de peso:
- Perda de peso: 10% até 7 dias. 
- Recuperação do peso de nascimento até 14 dias.
1º Trim: 700g/mês.
2º Trim.: 600g/mês.
3º Trim.: 500g/mês.
4º Trim.: 400g/mês.
2º anos: 100-200g/mês.
Normalmente espera que a criança ganhe 10 kg com 1 ano de vida.
*. Caderneta da criança:
- É fundamental a utilização e o adequado preenchimento da caderneta de saúde da criança para o registro das principais informações sobre a saúde da criança.
- É um instrumento reconhecido como facilitador da comunicação entre pais e profissionais.
*- Frequência de consultas na puericultura:
O ministério da Saúde recomenda:
	7 consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de 2 consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2 º ano de vida, consultas anuais, de preferência, próximas ao mês do aniversário até 5 anos completos.
*- Consulta de Puericultura:
- Anamnese: A partir da anamnese, deve-se:
- Avaliar as condições do nascimento da criança (tipo de parto, peso ao nascer, idade gestacional, Apgar, intercorrências clínicas na gestação, no parto e no período neonatal.
- Antecedentes familiares (condições de saúde dos pais e dos irmãos, o nº de gestações anteriores, o nº de irmãos).
- Exame físico completo:
- O exame físico completo deve ser realizado na 1º consulta de puericultura.
- Os achados devem ser compartilhados com os pais, como forma de facilitar a percepção das necessidades do bebê.
- Desenvolvimento neuropsicomotor da criança: 
- 1º mês: 
- Atento a movimentos próximos e suaves.
- Segue com os olhos.
- Sorrir quando se sentem bem. (reflexo)
- Reflexos motores: Preensão palmar, preensão plantar e moro.
- 2º mês:
- O bebê já segura a cabeça durante alguns instantes.
- Se o sentar, as costas estão moles e ele fica curvado.
- Já o chupam os dedos.
- Entre 1 mês e 2 meses, o bebê dará os primeiros sorrisos verdadeiros, como respostas a uma solicitação. 
- 3º mês:
 - Consegue manter a cabeça ereta quando o pega no colo.
- As costas ficam cada mais eretas quando o senta.
- Prono: consegue levantar a cabeça e apoiar-se nos antebraços instantaneamente.
- Deitado de costas, ele estica e dobra as pernas.
- Observa as mãos e fascinação por elas.
- Agarra objetos e em seguida larga-lo.
4º mês:
- Em supino: o bebê explora o corpo.
- Consegue por alguns instantes segurar um objeto na mão, mas ainda o perde com facilidade.
- Junta as mãos e as mantém unidas.
- Vira a cabeça quando ouve um barulho.
- Começa a ri à gargalhada.
- 5º mês:
- Em supino: brinca com os pés.
- Consegue ficar sentado durante um curto espaço de tempo se estiver entre almofadas.
- Agarram um objeto que esteja na mão e leva-o à boca.
- Sorri quando se vê no espelho. 
- 6º mês.
- Prono: rola e ficar deitado de costas.
- Supino: brinca com os pés e coloca. Levanta a cabeça e o tronco, mas não consegue se sentar.
- Estica os braços para que lhe pegue no colo.
- Segura bem os brinquedos.
- De pé: as pernas exercem movimentos de reflexão-extensão como uma mola: parece que está pulando.
- 8º mês:
- Sentado: inclina para frente para pegar um brinquedo e volta a posição inicial sem cair.
- Aprende a apoiar as mãos área para manter equilíbrio.
- Supino: sentar-se sozinho apoiado em um braço. 
- 9º mês.
- Sentado: o bebê balança a cabeça para mudar de direção.
- Prono: consegue ficar de bruços, mas ainda não consegue engatinhar.
- Arrasta-se apoiando nos antebraços. Mas quase sempre em marcha ré.
- Consegue ficar de pé alguns segundos agarrando a um móvel.
- Pega pequenos objetos com o indicador e o polegar (pinça fina).
- Pega os brinquedos e lhe entregue.
- 11 mês:
- Consegue ficar de pé sem apoio durante alguns instantes.
- De pé: consegue pegar algo no chão com a outra mão.
- Consegue andar desde que lhe dê as duas mãos.
- Aponta com o dedo os objetos que lhe interessam.
- Dá “tchau” e bate “palminhas”.
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- Caso clínico:
Uma criança de 6 meses e atendida no ambulatório de puericultura. A mãe relata que ele nasceu com idade gestacional de 34 semanas e que necessitou de internação em UTI neonatal por uma semana por causa de “dificuldade de respirar”. No momento, a criança está bem, está em aleitamento materno misto complementado por fórmula, frutas e sopa salgada. Como avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor do prematuro¿
Resposta: 40 semanas – 34 = 6 semanas de diferença (1 mês e 15 dias). A idade cronológica é de 6 meses; e a idade corrigida é de 5 meses e 15 dias.
# Nutrição infantil:
A vigilância nutricional e o monitoramento do crescimento objetivam promover e proteger a saúde da criança.
- Transição alimentar do bebê:
Crianças maiores de 6 meses, as necessidades já não são atendidas apenas com leite materno. A partir dessa idade elas podem receber outros alimentos, como frutas, verduras, legumes, carnes e raízes. Uma alimentaçãovariada oferece as quantidades de nutrientes que elas precisam, além de contribuir na formação de hábitos alimentares saudáveis.
Passar do leite materno para outros alimentos é uma experiência nutritiva e sensorial importante para a criança. Ela pode estranhar e rejeitar alguns alimentos no início. É preciso paciência e perseverança, pois esse é o momento perfeito para adequar seu paladar aos alimentos mais saudáveis. 
- Por que essa transição da amamentação e alimentação sólida deve ser feita aos 6 meses¿
- Antes de passar da dieta líquida para a sólida é necessário que o bebê tenha algumas habilidades, geralmente alcançada entre o 5º e o 6º mês de vida.
- Quando consegue sentar, a criança é capaz de deglutir, evitando os engasgos com pedaços de alimentos.
- Nesta fase que o sistema digestivo e excretor já amadureceu o suficiente para ter contato com nutrientes diferentes dos presentes no leite materno, sem causar dores ou sobrecargas dos rins.
- Oferecer novos alimentos gradativamente.
-No início, a criança come frutas amassadas ou raspadas, que são oferecidas no lanche da manhã, cerca de 2 horas após a 1ª mamada.
- No passo seguinte, a frutinha também entra no lanche da tarde, com intervalo de 2h após a mamada do almoço.
- A terceira etapa é oferecer uma papinha salgada – preparada com leguminosas, hortaliças, carne e cereais ou tubérculos.
- Assim, que o bebê estiver adaptado com essas três refeições – a papinha salgada também ofertada no jantar.
- Ofereça um tipo de alimento por vez e escolha uma nova fruta ou verdura, a cada dois dias. Dessa forma, fica mais fácil observar possíveis reações alérgicas ou diarreia e prisão de ventre.
- Para garantir o aporte de nutrientes, a papa salgada deve conter 1 alimento de cada grupo principalmente carne: Grupo de Hortaliças e frutas; Grupo de Carnes e ovos; e grupo de grãos.
- Mastigação:
Não é indica liquidificar os alimentos porque o processo de mastigação amadurece a musculatura da boca.
- Ofereça os alimentos em forma de papas ou purês para estimular a mastigação.
- Os alimentos não devem ser liquidificados e nem peneirados e sim amassados ou desfiados.
- A mastigação é importante para preparação da musculatura da boca e desenvolvimento da fala quando for iniciado.
- Uso do mel: é altamente contraindicado para crianças em até 12 meses. Pode ser fonte de botulismo (causado por bactéria).
# Exames do RN
1-. Teste do pezinho (triagem neonatal)
- O que detecta: Hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e fibrose cística.
- Quando deve ser feito: Na primeira semana de vida.
- É um Programa nacional de triagem (PNTN).
- Coleta: 
- Deve ser realizado entre o 3º e o 5º dia de vida da criança. Embora não seja o ideal, aceita-se que seja feita a coleta até o 30º dia de vida do bebê.
- Em alguns estudos esta coleta também é realizada em maternidades e casas de parto.
- Ambientes de coleta: Local tranquilo e adequado à finalidade; não pode ser um ambiente frio para não resfriar o pé do bebê e dificultar a obtenção de sangue.
- Separar todo material necessário: Luvas de procedimento; lanceta estéril e descartável com ponta; álcool a 70%; Algodão ou gazes; papel filtro.
- Feito por enfermeiros e técnicos.
2-. Teste da orelhinha
O que detecta: Problemas auditivos.
Quando deve ser feito: A partir de 48h de vida.
- O método mais moderno para constata problemas auditivos nos recém-nascidos.
- Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno por meio de uma delicada sonda introduzida na orelhinha; É rápido, seguro e indolor. Realizado pelo pediatra ou fonoaudiologia.
3-. Teste de olhinho.
O que detecta: Catarata, glaucoma congênito, hemorragias, inflamações intraoculares, e etc.
Quando deve ser feito: Antes da alta da maternidade ou na primeira consulta.
- Triagem de doenças oftalmológicas com potencial de desenvolvimento de cegueira em crianças.
- Feito pelo pediatra. Se apresentar alteração, deverá sem encaminhado para um oftalmologista.
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Aula online: Imunização e calendário de vacinação da criança
17/11/2020 
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O nosso sistema humano funciona basicamente de duas maneiras quando há um agressor. A primeira resposta de linha de ataque é inespecífica, e a segunda linha de ataque age como uma resposta específica, é a demandada de anticorpos específicos para determinada doença. A segunda linha está relacionada a memória imunológica. Utilizada quando a primeira linha não tem resposta suficiente. 
Imunização ativa: o próprio organismo é estimulado a produzir anticorpos, podendo agir de forma natural (quando o corpo tem contato com uma doença, o organismo gera anticorpos inespecíficos para combater) ou artificial (administração de vacinas, é um antígeno enfraquecido/modificado para enganar o organismo e cria anticorpos específicos para determinada doença).
Imunização passiva: o organismo recebe anticorpos prontos, podendo acontecer de forma natural (através da amamentação) e artificial (soro terapêutico), considerado imuno-imunológico de ação rápida em casos de toxinas e venenos (picadas de animais peçonhentos por exemplo).
SORO X VACINA
Vacina: Uma forma muito enfraquecida ou totalmente inativada do agente que causa a doença e é introduzida no organismo. A defesa do organismo entra em ação e esse combate gera anticorpos e memória imunológica. Se no futuro o agente ativo da doença atacar o organismo, os anticorpos específicos produzidos pela vacina não destruí-lo. 
# Memória imunológica:
- O sistema imune também tem a capacidade de se lembrar das ameaças já combatidas, por isso, sempre que os mesmos agentes infecciosos entram em contato com nosso organismo, o complexo processo de proteção é reativado.
- Em alguns casos, a memória imunológica é tão eficiente que não deixa uma doença ocorrer mais de uma vez na mesma pessoa. Isso acontece, por exemplo, quando contraímos sarampo ou catapora (varicela) ou quando nos vacinamos contra essas doenças. Algumas doenças precisam renovar as doses de vacinas, os chamados reforços, quando a dose inicial não é suficiente para ser imune a vida toda.
# Eficácia e segurança das vacinas 
A maioria das vacinas protege cerca de 90% a 100% das pessoas. O pequeno percentual de não proteção se deve a muitos fatores — alguns estão relacionados com o tipo da vacina, outros, com o organismo da pessoa vacinada que não produziu a resposta imunológica adequada. 
Quanto à segurança, ou seja, à garantia de que não vai causar dano à saúde, é importante saber que toda vacina, para ser licenciada no Brasil, passa por um rigoroso processo de avaliação realizado pela Anvisa. 
Esse órgão, analisa os dados das pesquisas que demonstram os resultados de segurança e eficácia da vacina obtidos em estudos com milhares de humanos voluntários de vários países. 
O objetivo é se certificar de que o produto é de fato capaz de prevenir a doença sem oferecer risco à saúde.
#Composição das vacinas 
❖ As vacinas atenuadas contêm agentes infecciosos vivos, mas extremamente enfraquecidos. 
❖ Já as vacinas inativadas usam agentes mortos, alterados, ou apenas partículas deles. 
❖ Todos são chamados de antígenos e têm como função reduzir ao máximo o risco de infecção ao estimular o sistema imune a produzir anticorpos, de forma semelhante ao que acontece quando somos expostos aos vírus e bactérias, porém, sem causar doença.
# Risco da não imunização: 
Quanto mais pessoas são vacinadas, menor é a circulação de vírus e bactéria entre a população, logo, menos pessoas adoecem.
Lembrando: VACINA para prevenir e SORO para remediar (resposta imediata)
# Objetivo principal do calendário da criança: 
❖ É de oferecer todas as vacinas com qualidade a todas as crianças que nascem anualmente em nosso país, tentando alcançar coberturas vacinais de 100% de forma homogênea em todos os municípios e em todos os bairros. 
# Calendário de Vacinação 
- São disponibilizados pelo PNI 45 tipos de imunobiológicos(vacinas, soros e imunobiológicos especiais - CRIE); São indicados para alguns grupos específico, pessoas imunodepremidas, câncer, HIV, reação a algum componente da vacina. 
- Na rotina, são oferecidas 19 vacinas;
No DF, temos 4 centros de referência para imunobiológicos especiais: o HRAN, HRC, HRT e Materno infantil.
(em vermelho são reforços)
Obs: 
- Até complementar 6 meses de vida, a criança vacina todos os meses. 
- Depois de 6 meses a criança vacina de 3 em 3 meses até completar 1 ano e 3 meses.
- Depois com 4 e 5 anos.
- Vacinas: A hepatite B realizada em até 12h ainda da maternidade (vasto lateral da coxa direita). E BHCG na primeira semana de vida, é realizada intradermica. 
IM em criança com mais de 2 anos faz em glúteo, menos de 2 anos vasto lateral da coxa porque o glúteo não está bem desenvolvido.
- Penta + VIP + Pneumo (IM) + Rotavírus (gotinhas).
- Quem tem alergia à ovo, não pode tomar vacina da febre amarela porque a composição é parecida.
- Tempo para realizar reforço de vacina: Mínimo de 30 dias, mas o recomendado é de 60 dias. Voltou a ter reforço na última atualização do calendário.
- Tríplice viral: sarampo, caxumba e rubéola.
- Tetra viral: sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Com 4 anos pode se tomar só a tetra viral ou a varicela monovalente. 
- Pneumo 10 e meningo C: são reforços a partir de 1 ano de vida.
- HPV feito em meninas aos 9 anos. E em meninos incluso no calendário do adolescente.
# Registro na caderneta (Portaria GM 1533/2016)
Art. 8º - A comprovação da vacinação será feita por meio do cartão ou caderneta de vacinação, emitido pelas UBS públicas e privadas, devidamente credenciadas no âmbito do SUS, contendo as seguintes informações: 
I - dados pessoais: nome completo, data de nascimento e endereço;
II - nome da vacina 
III - data;
 IV - número do lote;
 V - laboratório produtor; 
VI - unidade vacinadora; e 
VII - nome do vacinador. 
Parágrafo único - O cartão ou caderneta de vacinação é um documento de caráter pessoal e intransferível, válido em todo o território nacional, sendo que sua atualização deve ser feita em conformidade com as indicações do Calendário Nacional de Vacinação. 
# Conservação 
❖ Existe uma grande preocupação com a conservação das vacinas porque elas são produtos sensíveis a variações de temperatura, isto quer dizer que se não conservadas entre +2°C e +8°C podem perder sua eficácia.
 ❖ Esse processo deve ser mantido da fabricação até a aplicação, e recebe o nome de cadeia ou rede de frio.
 ❖ É fundamental que cada elo faça sua parte. O laboratório, as centrais de armazenamento, as salas de vacinas e todos os outros participantes dessa rede devem realizar o armazenamento e transporte corretamente, de forma que as vacinas nunca sejam expostas a temperaturas fora da faixa estabelecida.
# Rede de frios
Os cuidados mais importantes com a rede de frio são: 
✓ Monitoramento das temperaturas máxima, mínima e do momento, durante as 24 horas do dia. 
✓ O uso de refrigeradores adequados para armazenamento de vacinas (não é permitido o uso de frigobar). 
✓ O uso do refrigerador para armazenamento exclusivo de vacinas.
 ✓ A não utilização da porta do refrigerador ou qualquer outro local, como bancadas e armários, para armazenamento de vacinas. 
✓ A presença de termômetros digitais de fácil visualização em todos os refrigeradores e caixas térmicas. 
✓ A elaboração de um plano de contingência para o caso de problemas com o equipamento ou queda de energia. 
✓ A adequada conservação das caixas térmicas utilizadas para transporte de vacinas, que devem estar em perfeito estado, sem rachaduras e com a correta vedação. 
✓ O uso de bobinas de gelo que estejam dentro do prazo de validade e não apresentem vazamento.
# Os cinco “CERTOS” da vacinação 
Cuidados a serem observados pelo vacinador: Paciente Certo: confirmar o nome do paciente para evitar a aplicação em pessoa errada. 
Vacina Certa: conferir pelo menos três vezes qual vacina deve ser preparada para administração. 
Momento Certo: analisar cuidadosamente a carteira de vacinação para ter certeza de que é o momento correto para administrar determinada vacina. 
Dose Certa: administrar a dose correta. O cuidado deve ser redobrado quando a apresentação da vacina for multidose. 
Preparo e Administração Certos: preparar a vacina de acordo com sua apresentação. Exemplos: diluir o pó da vacina com o conteúdo inteiro do diluente; não agitar a vacina com força após a diluição e aspirar todo o conteúdo.
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Aula online: Patologias cirúrgicas
16/11/2020
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# NEONATAIS 
1- ATRESIA DE ESÔFAGO 
Quando não tem uma parte do esôfago. 
❑ É a mais frequente das anomalias do esôfago; 
❑ Se caracteriza pela ausência de um segmento do esôfago, associado ou não à comunicação com a traqueia (FÍSTULA); 
❑ Ocorre no período fetal quando a traqueia e o esôfago estão passando pelo processo de formação (4ª ou 5ª semana de desenvolvimento embriológico).
- Tipos de atresia:
- o AE isolada (sem fístulas); quando falta parte do seguimento do esfófago.
- o AE com FTE proximal (fístula traqueo-esofágica proximal); além do seguimento do esôfago, a parte proximal faz comunicação com a traqueia. A criança apresenta sintomas respiratórios.
- o AE com FTE distal (fístula traqueo-esofágica distal): parte distal se comunica com a traqueia.
-o AE com FTE distal e proximal (dupla): tanto a parte proximal e distal se comunicam com a traqueia.
- o FTE isolada (fístula traqueo-esofágica isolada): não tem falta de seguimento, mas tem fístula. 
Falta o seguimento completo do esófago. 
Se iniciado a amamentação ocorre regurgitação do leite. 
- No geral 
- Impossibilidade de deglutição, ocorrendo salivação abundante; 
- Tentativa de sondagem gástrica sem sucesso;
- Quando a AE estiver associada à fístula traqueal, haverá distensão abdominal, e quando não houver esta associação, haverá abdome escavado.
- DIAGNÓSTICO
- Pode ser feito ainda no pré-natal, porém é mais frequente após o nascimento.
O QUE FAZER QUANDO HÁ SUSPEITA DE AE? 
- Antes do nascimento: Tentativa de visualização através do USG durante o pré natal; 
- Pós nascimento: tentar passar uma sonda pelo esôfago e fazer radiografia de tórax e abdome. Para confirmação do diagnóstico e localização do problema
- TRATAMENTO:
- Cirúrgico (de imediato).
- Quando não for possível será em etapas, com colocação de GTT para alimentação e descompressão abdominal.
Devido aos avanços no tratamento cirúrgico, a mortalidade diminuiu significativamente, aumentando a sobrevida e melhorando a qualidade de vida destes pacientes. O diagnóstico precoce, controle de fatores de risco, a indicação e boa técnica cirúrgica no momento apropriado são imprescindíveis para o sucesso terapêutico.
2- GASTROSQUISE E ONFALOCELE 
- Gastrosquise é um defeito congênito da parede abdominal, onde os órgãos se exteriorizam por uma abertura lateral, normalmente à direita do cordão umbilical e não possui revestimento.
Está relacionado ao mal posicionamento do intestino, saída através do cordão durante toda gestação. Não tem revestimento, risco de infecção e hipotermia após o nascimento.
- Onfalocele é um defeito congênito em que a parede abdominal anterior é desprovida de revestimento músculo-aponeurótico e cutâneo, as vísceras abdominais se herniam centralmente pelo cordão umbilical e estão cobertas por uma membrana avascular transparente.
Não possui o músculo-aponeurótico (camada grossa que protege o músculo da parede abdominal), no caso como não tem, ocorre a saída dos órgãos e conteúdos abdominais. 
- ETIOLOGIA 
• Não é clara. 
• Porém os principais fatores estão associados à: 
- idade materna ˂ 20 anos e/ou ˃ 40 anos; 
- Tabagismo.
- DIAGNÓSTICO:
Os órgãos em questão são formados entre a 8ª e 12ª semana da gravidez, portanto, já no 1º ultrassom fetal é possível a visualização do problema.
- TRATAMENTO:
- Cirúrgico (as técnicas variam de acordo com o tipo de defeito). 
❖ GASTROSQUISE: 
- O fechamentopode ser imediato ou não; 
- Caso não seja possível, utiliza-se uma bolsa de plástico tipo silicone.
❖ ONFALOCELE: 
- Nos casos onde a má formação é de pequena a moderada pode ser mobilizada pele do abdome e tórax recobrindo a onfalocele; 
- Ou uso de material sintético, como silicone ou enxertos de pele humana ou de suínos colocados sobre a onfalocele
- MANEJO NO PÓS PARTO IMEDIATO:
❖ GASTROSQUISE: 
- Receber o RN em ambiente asséptico, envolver o intestino exteriorizado em compressas esterilizadas; 
- Assim que possível envolver em bolsa plástica estéril;
 - Transferir o RN para UTI; 
- Passar sonda nasogástrica para eliminar o ar e líquidos intestinais;
 - Iniciar ATB, hidratação adequada;
 - Providenciar e preparar para correção cirúrgica. 
❖ ONFALOCELE: 
- Manejo local igual ao da gastrosquise; 
- Reposição hídrica; 
- Avaliar a necessidade de urgência cirúrgica. 
- Uso de bolsa estéril própria ou cobrir os órgãos expostos com compressa cirúrgica embebida em soro fisiológico morno; 
- Monitorização dos sinais vitais com frequência; 
- Se houver estresse respiratório, indicada a intubação.
- CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
- São similares para gastrosquise e onfalocele;
 - Oferecer apoio aos pais, explicando a anomalia, tratamento e prognóstico; 
- O manejo inicial tem como objetivo: prevenir hipotermia, manter o conteúdo exteriorizado estéril e promover a perfusão;
 - Uso de bolsa estéril própria ou cobrir os órgãos expostos com compressa cirúrgica embebida em soro fisiológico morno; 
- Monitorização dos sinais vitais com frequência;
3- ENTEROCOLITE NECROSANTE 
❑ Necrose da mucosa do intestino, pode acometer qualquer área, mas o íleo e o colo ascendente são os mais acometidos, consequência de um processo isquêmico; 
❑ Principais causas de morbimortalidade em UTI neonatal, principalmente os RN prematuros devido à imaturidade do sistema intestina
- QUADRO CLÍNICO: 
- Distenção abdominal; 
- Intolerância alimentar com vômitos biliosos (esverdeado); 
- Presença de sangue nas fezes (visível ou oculto); 
- Sinais de infecção (apnéia, instabilidade térmica, letargia, irritabilidade); 
- Abdome sensível ao toque; 
- Choque séptico; 
- Presença de ascite abdominal (é um sinal de gravidade).
- DIAGNÓSTICO: Quadro clínico; Exames laboratoriais; Radiografia de abdome.
- TRATAMENTO: 
- Esvaziamento gástrico por sonda nasogástrica; 
- Uso de antibiótico de amplo espectro; 
- Nutrição parenteral; 
- Correção cirúrgica (uso de ostomias).
4- OSTOMIA INTESTINAL
- CUIDADOS: 
- Dieta zero e uso de Nutrição parenteral; 
- Controle rigoroso dos sinais vitais; 
- Balanço hídrico rigoroso; 
- Monitorização contínua (identificar sinais de choque).
4-. DEFEITOS CONGÊNITOS DA COLUNA VERTEBRAL 
- Ocorrem por falhas na formação e fechamento do tubo neural durante o 1º trimestre da gravidez;
- Pode resultar de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como idade materna, histórico familiar de malformações da coluna vertebral e deficiência de ácido fólico.
TIPOS: 
❖MIELOMENINGOCELE 
❖MENINGOCELE MIELOMENINGOCELE 
- Também conhecida como Espinha Bífida Aberta, é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas coberto por uma camada fina de epiderme; 
- Ocorre com frequência na região toracolombar (T12-L1), lombar (L1-L5) e lombossacra (L5-S1); 
- Pode ter extravazamento de LCR (líquido cefalorraquidiano);
- É o defeito + grave e que possui maiores consequências neurológicas; 
- O reparo cirúrgico será feito, mas não poderá reverter as deficiências neurológicas já existentes.
❖ MENINGOCELE 
- Caracteriza-se pela abertura anormal da coluna vertebral geralmente na região lombossacra (L5-S1) das meninges, formando uma lesão cística; 
- Estando protegida por epiderme normal ou apresentando “tufos de pêlos”; 
- A criança pode desenvolver déficits neurológicos.
QUADRO CLÍNICO 
- Paralisia total ou parcial (pode perder o movimento das pernas, braços e tronco);
 - Fraqueza muscular que não permite um desenvolvimento motor típico;
 - Hidrocefalia; 
- Perda de sensibilidade, principalmente nos membros inferiores; 
- Bexiga neurogênica (pode sofrer com incontinência urinária ou retenção urinária, pois não há o controle dos esfíncteres); 
- Intestino neurogênico (a criança pode apresentar incontinência fecal); 
- Pé torto; 
- Atrasos no desenvolvimento cognitivo.
DIAGNÓSTICO 
- Durante o pré-natal; 
- Diagnosticado no momento do parto. Os exames que permitem o diagnóstico são: USG; Medição de alfa-fetoproteína (por aminiocentese ou sangue do bebê). No entanto, não fica claro se a criança nasceu com meningocele ou mielomeningocele e, por isso, o médico pode pedir um exame de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) da coluna do bebê.
- TRATAMENTO
Não tem cura. Uma vez que se trata de uma malformação, não existe uma maneira de recuperar os danos nos nervos; 
- Logo que o bebê nasce e a condição é diagnosticada, deve-se começar o tratamento para prevenir ainda mais complicações; 
- Cirurgia nas primeiras 48h de vida; 
- No procedimento os nervos continuam danificados. No entanto, a correção da coluna impede que eles saiam novamente e previne infecções sérias, como a meningite.
Como grande parte dos bebês com mielomeningocele tem, também, hidrocefalia, é necessário o procedimento cirúrgico para drenar o líquido do cérebro; 
- Existe a possibilidade de uma cirurgia para correção intrauterina, feito com 24 semanas de gestação; Existem riscos: a mulher pode entrar em trabalho de parto prematuro ou pode haver uma ruptura prematura das membranas.
# PEDIÁTRICAS
1-. HIDROCEFALIA
É o acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquor) nas cavidades cranianas, causando aumento na pressão intracraniana sobre o cérebro, o que pode gerar lesões no tecido cerebral; 
Decorrente do aumento da produção ou diminuição da absorção.
- CAUSAS: A hidrocefalia acontece quando a quantidade desse líquido aumenta dentro do crânio. Este aumento anormal do volume de líquor dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do crânio, provocando uma série de sintomas que necessitam de tratamento de emergência para prevenir danos mais sérios.
FATORES RELACIONADOS: 
✓ Desenvolvimento anormal do sistema nervoso central, que pode obstruir o fluxo;
 ✓ Sangramento dentro dos ventrículos - uma possível complicação de parto prematuro 
✓ Infecção no útero durante a gravidez, como rubéola ou sífilis; 
✓ Lesões ou tumores no cérebro ou na medula espinal; 
✓ Infecções no sistema nervoso central, como meningite bacteriana ou caxumba; 
✓ Outras lesões traumáticas do cérebro; 
✓ Mielomeningocele.
- SINTOMAS:
 ✓ Cabeça bem maior do que o normal 
✓ Vômitos 
✓ Sonolência 
✓ Irritabilidade 
✓ Má alimentação 
✓ Convulsões 
✓ Déficits no tônus muscular e pouca força muscular 
✓ Déficit de atenção
 ✓ Declínio no desempenho escolar
- DIAGNÓSTICO: 
✓ Exame físico
 ✓ Exame neurológico, que inclui testes de força muscular, reflexo, sensibilidade ao tato, audição, coordenação e equilíbrio 
✓ Exames de imagem do cérebro, como ultrassom, ressonância magnética e tomografia computadorizada
- TRATAMENTO: Os principais objetivos são reduzir e prevenir danos cerebrais melhorando e corrigindo o fluxo de LCR.
 - Um tubo flexível é colocado no cérebro para redirecionar o fluxo de líquor. Esse tubo, envia o LCR para outra parte do corpo, para a cavidade abdominal, onde ele pode ser absorvido, chamado de válvula de DERIVAÇÃO VENTRÍCULOPERITONEAL (DVP).
2-. FISSURA LABIAL E FENDA PALATINA 
O exame clínico da cavidade oral após o nascimento para detecção precoce.
Ao inspecionar a cavidade oral do RN deve ser avaliado: 
✓ Abaulamentos gengivais; mucosa gengival de cor rosada; região do palato (bem marcada, com as rugosidades palatinas); maxilar; mandíbula e lábios. 
Alguns tipos de anomalias ainda são encontrados na mucosa bucal dos bebês, como: fissura labial e fenda palatina. 
- Normalmente a fenda palatina está associada à fissura de labial.
✓ São deformidades congênitas;
 ✓ De etiologia diversa e,muitas vezes, incerta, sendo que alguns casos se devem a anomalias cromossômicas ou agentes ambientais; 
- As fissuras palatinas são consideradas patologias distintas das fissuras labiais e labiopalatinas, porque o processo embrionário dessas estruturas se desenvolvem de forma e em tempos distintos.
- Fissura labial não há fusão do processo maxilar com o processo nasal, podendo ser uni ou bilateral; 
- A fissura de lábio ocorre por volta da 7ª semana de vida intrauterina.
- Fenda palatina ocorre quando não há fusão ou uma falha na aproximação das lâminas palatinas;
- Por volta da 10ª semana gestacional; 
- É considerada completa, quando atinge os palatos duro e mole, ou é incompleta, ao comprometer apenas o palato mole.
- As malformações alteram a estética e são fatores de possíveis limitações funcionais (sucção, deglutição, respiração, mastigação, audição e fonação), com consequente distúrbiopsicossocial. 
- A OMS recomenda uma equipe multidisciplinar composta por neonatologista, pediatra, cirurgião plástico, cirurgião-dentista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social, nutricionista e outros.
- BENEFÍCIOS ANTES DA CIRURGIA.
- TRATAMENTO: 
- Consiste em cirurgias primárias e secundárias.
- Queiloplastia é a cirurgia primária que reconstitui o lábio e é realizada aos 3 meses de idade. 
- Palatoplastia é a cirurgia primária indicada a partir dos 12 meses de idade, com o intuito de separar a cavidade nasal da bucal, visando restaurar a função sem prejudicar o crescimento da face. Por essa razão, alguns centros postergam o fechamento do palato duro, optando somente no 1º ano de vida.
As cirurgias secundárias serão para complementar as cirurgias primárias ou minimizar falhas eventualmente. Nesse grupo, estão incluídas as rinoplastias, as faringoplastias e o enxerto ósseo.
- CUIDADOS NA ALIMENTAÇÃO: 
✓ As fissuras labiais (isoladas) permitem o aleitamento materno, enquanto as fissuras palatinas e as labiopalatinas necessitam de mamadeiras com bicos adaptados e manobras apropriadas, em razão da baixa pressão intrabucal; 
✓ O uso da sonda nasogástrica é restrito às fissuras labiopalatinas associadas a patologias cardíacas, neurológicas e síndromes craniofaciais que acarretam estresse e perda ponderal por gasto energético; 
✓ As orientações à família sobre alimentação, desenvolvimento, linguagem e audição são mensais até a finalização das cirurgias primárias; 
✓ E acompanhamento com equipe multiprofissional.

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