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S11P1_a defesa da garganta

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S11P1: A DEFESA DA GARGANTA. 
ABERTURA: 05/05/21. 
FECHAMENTO: 06/05/21. 
 
Questionamentos 
1. O que causou a rouquidão e dores na garganta ao engolir? 
2. Por que as amidalas estavam grandes e vermelhas? 
3. Qual a função das amidalas? 
 
Hipóteses 
1. Processo inflamatório e infeccioso. 
2. Resultado de resposta imunológica à inflamação. 
3. Primeiro arquivo imunológico do organismo. 
 
Objetivos 
1. Conhecer os órgãos linfoides da laringe e faringe com foco nas tonsilas; 
2. Compreender a fisiologia vocal; 
3. Estudar anatomia e fisiologia da nasofaringe com foco nas inervações 
regionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A faringe é um tubo de 12 centímetros de comprimento que começa perto de 
nosso nariz e termina em nossa traqueia. Em humanos, é uma estrutura oca 
(ou cavidade muscular) forrada com tecido úmido. Isso é típico de todas as 
estruturas de nossos tratos digestivo e alimentar. Ter um revestimento úmido 
com uma barreira rica em muco nos permite respirar e nossos alimentos 
viajarem com segurança através de nosso canal sem danificar nossos tecidos 
sensíveis. A faringe muscular efetivamente forma a entrada para o esôfago, ou 
nosso “canal alimentar”, e a traqueia, também conhecida como nossa 
“traqueia”. Por esse motivo, a faringe é considerada parte de nossos sistemas 
respiratório e digestivo. 
 
Faringe – O que é 
 
A faringe é parte do aparelho digestivo de muitos animais, começando 
imediatamente após a boca e indo até o esófago. Nos homens, vai também até 
à laringe, sendo um cretal comum ao aparelho digestivo e ao aparelho 
respiratório. De modo geral entre os mamíferos a faringe é ponto de encontro 
entre estes dois aparelhos. 
A sua comunicação com a laringe está protegida por uma lâmina 
chamada epiglote, que atua como uma válvula: durante a inspiração, o ar 
passa das fossas nasais para a laringe, fazendo com que a epiglote se mova 
de forma a obstruir a entrada do esófago, conduzindo o ar para o cretal correto 
(traquéia). 
Na faringe ocorre o fenómeno da deglutição, em que a epiglote fecha a 
laringe (impedindo que alimentos cheguem à traquéia). Em seguida o 
alimento desce para o esófago. 
A faringe humana é divida em nasofaringe, localizada posteriormente à 
cavidade nasal; orofaringe, posterior à cavidade oral; e laringofaringe, posterior 
à laringe. 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES: É dividido em: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. 
A orofaringe e a laringofaringe se localizam na região cervical (pescoço) e 
servem de via de passagem de ar (que segue para a laringe) e alimentos (que 
seguem para o esôfago). A nasofaringe serve exclusivamente para passagem 
de ar e, portanto, está relacionada com o sistema respiratório. 
A faringe é o único órgão indispensável para a circulação do ar e dos 
alimentos. 
O ar pode penetrar nas vias aéreas pelos orifícios nasais ou pela boca, mas em 
ambos os casos tem que passar pela faringe. Se entrar pelos orifícios nasais, o 
ar dirige-se para a faringe superior, continua o seu caminho pela faringe média 
e pela inferior, até finalmente chegar a laringe. Por outro lado, caso o faça pela 
boca, passa diretamente para a faringe média e, após atravessar a inferior, 
encaminha-se igualmente para a laringe. Em qualquer dos casos, 
posteriormente, o ar continua a sua circulação pela traqueia e pelos brônquios 
até aos pulmões. 
Por outro lado, os alimentos entram sempre no tubo digestivo pela boca e são 
obrigados a seguir o seu caminho pela faringe média, descendo pelo esófago, 
após atravessar a inferior, para serem armazenados no estômago, antes de 
prosseguirem o seu trajeto pelos intestinos. 
Esta dupla função da faringe só possível graças a presença da epiglote. 
Situada na parte superior da laringe, normalmente permanece aberta, 
permitindo a comunicação aérea entre a laringe e o exterior, mas fecha-se 
durante a deglutição, bloqueando a entrada da laringe e fazendo com que o 
bolo alimentar se dirija obrigatoriamente para o esófago. 
 
• É uma região do corpo localizada atrás da cavidade bucal. É comum aos 
aparelhos digestivo e respiratório. Tem comunicação com a cavidade 
nasal e com a laringe. 
• A lâmina própria da faringe possui pequenos grupos de glândulas 
salivares mucosas. 
• A fase faringiana da deglutição ocorre em menos de um a dois 
segundos, interrompendo o ciclo respiratório por um pequeno tempo. 
 
Esta interrupção se dá pelo fechamento da traqueia pela epiglote, evitando a 
passagem do alimento para as cordas vocais e os pulmões, protegendo-os. A 
parte posterior das narinas é protegida na hora da deglutição, do refluxo do 
alimento, porque o palato mole é empurrado para cima. 
 
A faringe é dividida em 3 partes: nasal, oral e laríngea 
A parte nasal fica posterior ao nariz e acima do palato mole. Tem função 
respiratória. É a extensão posterior das cavidades nasais. O nariz se abre na 
nasofaringe através de coanos. 
O teto e a parede da nasofaringe formam uma superfície continua que se situa 
abaixo do corpo do esfenóide e da parte basilar do occiptal. 
O tecido linfóide da faringe forma um anel tonsilar incompleto junto da 
parte superior da faringe, é o anel linfático da faringe ou de Waldeyer, a 
parte ântero-inferior do anel é formado pela tonsila lingual, que fica na 
parte posterior da língua. As partes laterais são formadas pelas tonsilas 
palatina e tubària e as partes posterior e superior são formadas pela 
tonsila faríngea. 
 
O tecido Linfóide é agregado em massas chamadas de tonsilas. A tonsila 
faríngea (adenóide), encontra se na tunica mucosa do teto da parede posterior 
da nasofaringe. 
Estendendo-se inferiormente a partir da extremidade medial da tuba auditiva 
encontra-se uma prega vertical de túnica mucosa, a prega salpingofaríngea. 
Ela recobre o m. salpingofaríngeo, que abre o óstio da tuba auditiva durante a 
deglutição. A coleção de tecido linfóide na túnica submucosa da faringe 
próximo ao óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária. 
 
Atrás do toro tubário e da prega salpingofaríngea encontra-se uma projeção 
lateral da faringe em forma de fenda, o recesso faríngeo. 
 
A parte oral da faringe tem uma função digestória. É limitada pelo palato mole, 
base da língua e pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Estende-se do 
palato mole até a margem superior da epiglote. 
 
As tonsilas palatinas ficam de cada lado da orofaringe, no intervalo entre 
os arcos palatinos. O leito tonsilar, no qual a tonsila palatina se situa, é 
formado pelo m. constritor superior da faringe e pela fina lâmina fibrosa da 
fáscia faringo basilar. Esta lâmina se funde com o periósteo da base do crânio 
e define os limites da parede faríngea na sua parte superior. 
 
A parte laríngea da faringe situa-se atrás da laringe e estende-se da margem 
superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da 
cartilagem cricóidea. Posteriormente, e a parte laríngea da faríngea está 
relacionada com os corpos das vértebras C4 até C6. Suas paredes posterior e 
lateral são formadas pelos mm. constritores médio e inferior, e, internamente, a 
parede é formada pelos mm. 
 
Palatofaríngeo e estilofaríngeo. Ela se comunica com a laringe através do ádito 
da laringe. 
O recesso piriforme é uma pequena depressão da cavidade laringofaríngea em 
ambos os lados do ádito da faringe. Esse recesso revestido por mucosa é 
separado do adito da laringe pela prega ariepiglótica. Lateralmente, o recesso 
piriforme é limitado pelas faces mediais da cartilagem tireóidea e pela 
membrana tireohióidea. Os ramos internos do nervo laríngeo superior e os 
ramos do n. laríngeo recorrente se situam profundos à túnica mucosa do 
recesso piriforme e são vulneráveis à lesão quando um corpo estranho se aloja 
no recesso. 
 
Músculos da faringe 
 
É composta principalmente de uma camada de m. circular externa e uma 
camada de m. longitudinal interna. A circularconsiste em 3 constritores, a 
interna (longitudinais) em palatofaríngeo, estilofaríngeo e salpingofaríngeo. 
 
Estes mm. elevam a laringe e encurtam a faringe na deglutição e fonação. Os 
constritores têm um forte revestimento fascial interno, a fáscia faringo basilar, e 
um revestimento fascial externo fino, a fáscia bucofaríngea. 
Os constritores se contraem voluntariamente. 
TODOS OS 3 CONSTRITORES SÃO SUPRIDOS PELO PLEXO NERVOSO 
FARÍNGEO que é formado pelos ramos faríngeos do vago e glossofaríngeo e 
pelos ramos simpáticos do gânglio cervical superior. Este plexo fica na parede 
lateral da faringe, principalmente no m. constritor médio. 
 
A justaposição dos mm. constritores deixa 4 espaços para as estruturas 
entrarem ou saírem da faringe. 
 
São: 
1) entre o m. constritor superior e o crânio, passam o m. levantador do véu 
palatino, a tuba auditiva e a a. palatina ascendente; 
2) entre os mm. constritores superior e médio, forma uma abertura para a 
cavidade da boca, passam o m. estilofaríngeo, o n. glossofaríngeo e o 
ligamento estilo-hióideo; 
3) entre os constritores médio e inferior, passam o n. laríngeo superior e a. e v. 
laríngeas superiores; 
4) abaixo do constritor inferior, passam o n. laríngeo recorrente e a. laríngea 
inferior. 
Vasos da faringe 
 
A tonsila entra no pólo inferior da tonsila. A tonsila também recebe ramos das 
Palatina ascendente, palatina descendente e faríngea ascendente. 
 
A grande veia palatina externa desce do palato mole e passa próximo da face 
lateral da tonsila onde entra no plexo venoso da faringe. Os vasos linfáticos 
tonsilares passam lateral e inferiormente para os linfonodos próximos do 
ângulo da mandíbula e linfonodo jugulodigástrico, referido como linfonodo 
tonsilar por causa de seus aumentos quando a tonsila está inflamada (tonsilite). 
 
Nervos Faríngeos 
 
O suprimento motor e a maior parte do sensitivo derivam dos plexos faríngeos 
de nervos. As fibras motoras do plexo derivam do n. acessório e são 
transportadas pelo vago, por meio de seu ramo faríngeo, para todos os mm. da 
faringe e palato mole, exceto o m. estilofaríngeo (9º) e o m. tensor do véu 
palatino. O m. constritor inferior também recebe fibras motoras de ramos do 
laríngeo externo e recorrente do nervo vago. 
AS FIBRAS SENSITIVAS do plexo derivam do N. GLOSSOFARÍNGEO. 
Suprem a túnica mucosa das 3 partes da orofaringe. A parte anterior e superior 
da nasofaringe é principalmente originário do nervo maxilar, um n. puramente 
sensitivo. Os nn. Tonsilares derivam do plexo tonsilar, formado pelos ramos 
dos nervos glossofaríngeo e vago. 
 
Laringe 
 
A laringe é um órgão do sistema respiratório, também responsável pela fala 
(fonação). Permite a passagem do ar entre a faringe e a traqueia, mas impede 
que alimentos entrem nas vias aéreas. 
 
 
É composta por cartilagens, membranas, músculos e ligamentos que atuam em 
conjunto na fonação. O consumo excessivo de substâncias irritantes (fumo e 
álcool) e o uso inadequado da voz pode levar à inflamação da laringe, cujo 
principal sintoma é a rouquidão. 
 
Anatomia da Laringe 
A laringe é um tubo cartilaginoso irregular que une a faringe à traqueia. Sua 
estrutura permite o fluxo constante de ar, que está relacionado com suas 
funções de respiração e fonação. 
 
Possui diversos músculos que juntamente com as cartilagens são capazes de 
produzir diferentes sons. A forma da laringe muda nos homens e nas mulheres 
e por isso possuem diferentes tons de voz. 
 
 
As cartilagens que constituem a laringe são: 
Cartilagem Tireóidea: é a maior das cartilagens que constitui a laringe. Nela 
há uma proeminência popularmente chamada de pomo-de-adão. Protege as 
cordas vocais. 
Cartilagem Cricoidea: é um anel formado de cartilagem hialina que fica na 
parte inferior da laringe, ligando-a à traqueia. 
Cartilagens Aritenoideas: são pequenas cartilagens onde se fixam as cordas 
vocais. 
Epiglote: é uma fina estrutura cartilaginosa, que fecha a comunicação da 
laringe com a traqueia durante a deglutição, impedindo que o alimento entre 
nas vias aéreas. 
As cartilagens estão ligadas por tecido conjuntivo fibroso entre si por 
ligamentos e articulações, desse modo as cartilagens podem deslizar, uma 
sobre a outra, realizando movimentos comandados pelos músculos da laringe. 
 
Os músculos do laringe são de três tipos: 
 
Adutores - são os crico-aritenoideos e aritenoideo transverso e oblíquo, eles 
aproximam as cordas vocais, ou seja, fazem com que ela feche. São também 
chamados de constritores da glote (esse é o nome da abertura entre as pregas) 
e atuam principalmente na fonação. 
Abdutores - são os crico-aritenoideos posteriores, que afastam as cordas 
vocais, abrindo-a. Também são conhecidos como dilatadores da glote e 
participam da respiração. 
Tensores - são os tireo-aritenoideos e os crico-tireóideos, que fazem a 
distensão das cordas vocais, sendo atuantes na fonação. 
 
 
A laringe participa do sistema respiratório e além disso é o principal órgão 
responsável pela fonação. Na respiração, a laringe recebe o ar vindo da faringe 
(também participa do sistema digestório, portanto transporta ar e alimentos) e 
evita que alimentos passem para a traqueia, por meio da epiglote, que se fecha 
durante a deglutição. 
 
A emissão de sons é uma característica de diversos animais que possuem 
respiração pulmonar. No ser humano, a fala é produzida através da modulação 
do fluxo de ar vindo dos pulmões. Esse ar encontra as pregas vocais, fazendo-
as vibrar e assim produzindo pulsos sonoros. 
 
O som é amplificado pelos espaços que existem na faringe e nas cavidades 
nasal e oral, pois sem isso, esse som não seria percebido. Além disso, os 
diferentes movimentos realizados pelos músculos permitem que diferentes 
sons sejam produzidos. 
Tonsilas 
As tonsilas palatinas antigamente chamadas de amígdalas são estruturas 
formadas por uma massa de tecido linfoide, localizadas em ambos os lados da 
garganta. São extremamente ricas em células que atuam na defesa do 
organismo, e sua função é trabalhar duro na produção de anticorpos para 
combater organismos patogênicos, como bactérias. Por causa disso, as 
tonsilas são grandes aliadas do sistema imunológico. 
“Elas fazem parte do anel linfático de Waldeyer que é formado pela tonsila 
lingual, pela palatina e pela faríngea (ou adenoide), na região chamada 
rinofaringe (dentro das narinas). Essas estruturas, participam do processo 
respiratório e da deglutição, além de serem grandes aliadas do sistema linfático 
e imunológico. Por sua localização, ajudam o organismo a combater infecções 
causadas por vírus e bactérias que entram pela boca ou pelo nariz. As tonsilas 
constituem a primeira linha de defesa contra doenças e produzem leucócitos 
para ajudar o organismo a lutar contra infecções, combatendo as bactérias e os 
vírus que entram no organismo através da boca, porém são órgãos vulneráveis 
a infecções por esses invasores, nesses casos, ocorrem as tonsilites”. 
 
Tonsilas faríngeas (adenoides): Histologia: epitélio pseudoestratificado 
colunar ciliado (epitélio respiratório). Suprimento arterial: artérias 
faríngeas ascendente e palatina, ramo tonsilar da artéria facial, ramo 
faríngeo da artéria maxilar, artéria do canal pterigóideo, artéria 
basoesfenoide. Drenagem venosa: plexo faríngeo -> veias jugulares 
internas (VJI).Inervação: plexo faríngeo.Drenagem linfática: linfonodos 
retrofaríngeos e faringomaxilares. 
Tonsilas tubárias: Histologia: epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
(epitélio respiratório) 
Suprimento arterial: ramos das artérias esfenopalatinas e faríngeas 
ascendentes 
Drenagem linfática: linfonodos retrofaríngeos e cervicais profundos. 
Tonsilas palatinas (amígdalas): Histologia: epitélio escamoso estratificado 
não-queratinizado 
Suprimento arterial: artéria tonsilar, artéria faríngea ascendente, artéria 
facial (ramos tonsilar e palatinoascendente), artéria lingual (ramo lingual 
dorsal) 
Drenagem venosa: plexo peritonsilar 
Inervação: ramo tonsilar do nervo glossofaríngeo (NC IX) e nervo 
palatino menor 
Drenagem linfática: linfonodos jugulodigástrico e cervicais superiores. 
Tonsilas linguais:Histologia: epitélio escamoso estratificado não-
queratinizado 
Suprimento arterial: ramo lingual dorsal da artéria lingual 
Drenagem venosa: veia lingual 
Inervação: nervo glossofaríngeo. 
Tecido linfóide associado à mucosa (MALT): Localizados nos espaços 
intratonsilares 
Tonsila faríngea (adenoide) 
Situada superior e posteriormente ao tórus tubário (uma elevação ao 
redor da abertura faríngea da tuba auditiva ou Trompa de Eustáquio), no 
teto da nasofaringe, a tonsila faríngea é a principal responsável por 
‘rastrear’ o ar que entra através das narinas. A tonsila faríngea é 
revestida por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado (epitélio 
respiratório). Ao contrário das outras tonsilas, não existem criptas 
(invaginações na superfície da tonsila) presentes nesse órgão. 
 
Tonsilas tubárias (tonsilas de Gerlach) 
As tonsilas tubárias também se localizam no teto da nasofaringe. Elas 
são bilaterais e posteriores ao torus tubários, na fossa de Rosenmüller 
(recesso faríngeo). Devido à relativa proximidade das tonsilas tubárias e 
do tórus tubário, elas são chamadas algumas vezes de “tonsilas do tórus 
tubário”. O termo “tonsilas tubárias” também é sinônimo dos termos 
tonsilas de Eustáquio ou tonsilas de Gerlach. 
 
Tonsilas palatinas (amígdalas) 
As tonsilas palatinas são conhecidas historicamente somente pelo termo 
“tonsilas”. Elas são facilmente visualizadas na orofaringe quando 
inflamadas. Esses agregados linfóides bilaterais situam-se de cada lado 
no interior de uma incisura tonsilar, limitados anteriormente pelo arco 
palatoglosso e posteriormente pelo arco palatofaríngeo. Ao contrário da 
adenoide, as tonsilas palatinas são cobertas por epitélio escamoso 
estratificado não-queratinizado. Elas possuem ainda muitas 
invaginações que aumentam a probabilidade de exposição a antígenos 
(antigénios) externos ao tecido linfático presente nas criptas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A voz é produzida quando o ar é expiratório e passa pelas pregas vocais. Esse 
mecanismo se assemelha a um balão, quando é espremido provoca um ruído 
agudo, assim sendo o mesmo processo da voz humana. 
 
O sistema vocal, apesar de pequeno, possui uma capacidade de produção 
complexa e potente. A maior responsável por sua representação são as pregas 
vocais. 
 
O aparelho fonador é composto por um conjunto de órgãos: pulmões, 
brônquios, e traqueia, que produzem o ar. A laringe onde esta localiza as 
cordas vogais e produzem a energia da fala. A faringe e as fossas nasais são 
responsáveis pela ressonância. 
 
As pregas vocais são formadas por duas pragas ou músculos, formando o 
esfíncter glótico. A glote fica na altura do pomo de Adão, ou gogó é a abertura 
entre duas pregas musculares das paredes superiores da laringe. É o espaço 
entre as cordas vocais quando estão afastadas. 
 
O diafragma é um músculo estriado esquelético extenso que separa a cavidade 
torácica da abdominal. Localize-se junto ás vértebras lombares, as costelas 
inferiores e ao esterno. Quando em estado de relaxamento, o diafragma possui 
formato de abóbada. Durante a inspiração, este órgão se contrai e ao distender 
– se aumenta a capacidade do tórax. 
Bizu!!!! 
É na laringe que se situam as pregas vocais, responsáveis pela produção da 
voz. Ainda frequentemente chamadas de “cordas vocais”, as pregas vocais 
apresentam-se como dois lábios horizontais posicionados na extremidade 
superior da traqueia, formando saliências na parede interior da laringe, um à 
direita e outro à esquerda. (LE HUCHE & ALLALI, 1999; ZEMLIN, 2000). 
 
 
Unidas na parte anterior, as pregas vocais podem afastar-se e aproximar-se 
uma da outra na parte posterior, e ao aproximarem-se, podem vibrar (como 
lábios propriamente ditos) graças à ação do sopro pulmonar. Elas (as pregas 
vocais) são compostas por um músculo denominado tireoaritenóideo e 
diferentes tecidos que as revestem, formando camadas. Existem dois grupos 
musculares com inserções na laringe: os músculos intrínsecos e os 
extrínsecos. A musculatura intrínseca está diretamente relacionada ao controle 
de vibração das pregas vocais, enquanto que a musculatura extrínseca 
relaciona-se à elevação e abaixamento da laringe. (LEHUCHE & ALLALI, 
1999). 
Os músculos intrínsecos são os seguintes: tireoaritenóideo, responsável pelo 
encurtamento e enrijecimento das pregas vocais (sons graves); cricotireóideo 
Responsável pelo alongamento e conseqüente tensionamento das pregas 
vocais (sons agudos); cricoaritenóideo lateral, responsável pela adução ou 
fechamento das pregas vocais juntamente com os aritenóideos: 
cricoaritenóideo posterior responsável pela abdução ou abertura das pregas 
vocais. (CRUZ, 2006). 
 Como é facilmente perceptível (principalmente em alguns homens adultos, 
mas também possível em algumas mulheres), “o pomo-de-Adão35 movimenta-
se constantemente no sentido vertical, o que é necessário à articulação das 
vogais (para o “i” a laringe sobe, para o “u” ela desce)”. 
Esses movimentos rápidos e constantes são assegurados por três 
grupos de músculos que constituem os “suspensórios” da laringe. 
• Os suspensores anteriores ligam a laringe ao maxilar inferior (músculos 
supra-hióideos). 
• Os suspensores inferiores ligam a laringe ao bordo superior do esterno, isto é, 
ao tórax (músculos infra-hióideos). 
• Os suspensores superiores ligam a laringe à base do crânio exatamente 
abaixo do conduto auditivo (músculo estilo-hióideo e digástrico). (LE HUCHE & 
ALLALI, 1999). 
A mucosa da faringe forma dois pares de pregas que fazem saliência na luz; o 
primeiro par de pregas constitui as falsas cordas vocais ou pregas vestibulares 
(essa região tem lâmina própria frouxa e numerosas glândulas); o segundo par 
de pregas constitui as cordas vocais verdadeiras (com eixo de tecido conjuntivo 
elástico, ao qual se seguem, externamente, os chamados músculos intrínsecos 
da laringe). 
 
Diferença entre a fala de homens e mulheres 
Quais as diferenças entre as falas de homens e mulheres? As pregas vocais 
são as principais estruturas envolvidas na produção da voz. O ar que passa 
pela laringe vibra as pregas e produz som (fonação) pela criação de ondas de 
som na coluna de ar na faringe, no nariz e na boca. A variação do tom do som 
está relacionada com a tensão nas pregas vocais. Quanto maior a pressão do 
ar, mais alto o som produzido pela vibração das pregas vocais. O tom do som é 
controlado pela tensão nas pregas vocais. Se elas estão esticadas pelos 
músculos, vibram mais rapidamente, e isso resulta em um tom maior. A 
diminuição da tensão muscular nas pregas vocais faz com que elas 
vibrem mais lentamente e produzam sons de tons mais baixos. Por 
causa da influência de andrógenos (hormônios sexuais masculinos), as 
pregas vocais geralmente são mais espessas e maiores no sexo masculino 
do que no feminino e, portanto, vibram mais lentamente. É por isso que a 
voz do homem geralmente tem menor variação no tom do que em uma 
mulher. Ademais, as pregas vocais dos homens são maiores e mais largas 
do que as das mulheres. E existem diferenças quanto à posição vertical da 
laringe, que é mais baixa nos homens. No entanto, tais variações são 
pouco conhecidas, mas sabe-se que elas permitem caracterizar as vozes 
quanto ao sexo. Assim, a voz do homem é o resultado das características 
anatômicas e fisiológicas do seu aparelho fonador. Por fim, perfil vocal 
masculino pode ser explicado, basicamente, pelo fato de as pregas vocais 
dos homens serem mais compridas e mais largas, suaslaringes serem 
mais baixas, seu ângulo da cartilagem tireóideser menor em relação às 
mulheres, e seu trato vocal ser maior e mais longo. 
 
 
 
 
Nasofaringe: corresponde à primeira região da faringe, a região nasal. Ela 
está situada atrás do nariz. Na nasofaringe, observa-se a presença de quatro 
aberturas, duas para as tubas auditivas (eustaquianas) e duas para o nariz 
(coanas). As tubas auditivas são responsáveis por promover a comunicação 
entre a nasofaringe e a cavidade timpânica, o que garante que as pressões do 
ar externo sejam igualadas àquelas presentes na cavidade timpânica. Essa 
comunicação também permite que infecções que atinjam a faringe possam 
atingir também a orelha. 
 
 
 
 
 
Nervos 
Os ramos faríngeos do nervo glossofaríngeo fornecem a maior parte da 
inervação sensitiva da faringe. A exceção é a nasofaringe; suas partes anterior 
e superior são inervadas pelo nervo maxilar. 
 
O termo nasofaringe é sinônimo de rinofaringe, cavidade posterior das fossas 
nasais e cavum. É a parte exclusivamente respiratória da faringe. Constitui-se 
de um trapézio, com os seguintes limites:- superior: osso esfenóide; 
- posterior: corpos vertebrais do atlas e axis (1ae 2ª vértebras) e se estende da 
base do crânio até o palato mole; - anterior: coana; - inferior: orofaringe e o 
palato mole. 
Suas paredes laterais são músculo-aponeuróticas, exceto na sua porção mais 
anterior, que é formada pela lâmina medial do processo pterigóide. É forrada 
por dentro pela fáscia faringobasilar e no limite externo da nasofaringe pela 
fáscia bucofaringe. 
- anterior: nervo mandibular (V3), que atravessa a base do crânio pelo forame 
oval; 
- posterior: forame jugular (NC IX, X, XI) sendo que o canal do hipoglosso está 
medial ao mesmo. 
 
 
 
A nasofaringe é a primeira parte da faringe, continuando caudalmente com a 
orofaringe, porção oral desse órgão. A nasofaringe, que é separada 
incompletamente da orofaringe pelo palato mole, é revestida por epitélio 
respiratório. Na orofaringe o epitélio é pavimentoso estratificado.

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