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Isabela Alves - @vetgram.i Objetivos: o Definir o processo de bioeletrogênese; o Conceituar geração e condução do potencial de ação; o Explicar como ocorre a junção neuromuscular. O que é? Origem da eletricidade biológica. É a capacidade celular de gerar potenciais elétricos pela membrana plasmática; Membrana plasmática Estrutura responsável por gerar esses potenciais através da entrada e saída de íons. Ou seja, é a propriedade de algumas células (neurônios e célula muscular esqueléticas) de gerar e alternar a diferença de potencial elétrico da membrana. Por que a bioeletrogênese acontece? Devido aos sinais elétricos – processo intra e extracelular. No meio intracelular é carregado negativamente devido a altas quantidades de proteínas existentes dentro das células. O meio extracelular é carregado positivamente à abundância de moléculas tônicas, principalmente eletrólitos, predominantes fora das células. Dessa forma, há diferença de potencial elétrico existente no interior e no exterior das células. Esses processos modificam a diferença de potencial elétrico da membrana. Ou seja, a diferença da carga elétrica entre os meios intra e extracelular, possibilitando a passagem dos sinais elétricos. Tipos de potenciais de ação: • Potencial de repouso; • Potencial de ação. Potencial de repouso É a diferença de potencial elétrico, em Volts (V) gerada a partir de um gradiente eletroquímico através da membrana plasmática, que é semipermeável. Essa diferença de concentração de íons entre o meio intracelular e o meio extracelular quando a célula não está despolarizada (em repouso). A célula está em repouso nas seguintes condições: ✓ Predominância elétrica negativa no meio intracelular; ✓ Altas quantidades de proteínas. Quando a célula gera potenciais de ação? Potencial de repouso – isso ocorre quando a célula necessita de moléculas que estão no seu exterior ou precisa fazer com que certas substâncias saiam do seu meio. Isabela Alves - @vetgram.i A célula promove alteração ou inversão das cargas elétricas do meio intracelular para o meio extracelular para que um potencial de ação seja gerado. Essa inversão é denominada despolarização. A partir desse momento, moléculas que são essenciais para a célula possam ser transportadas para o interior ou para fora da mesma ao mesmo tempo. Potencial de repouso – a célula não está produzindo nenhum impulso. Potencial de ação Refere-se às variações rápidas do potencial de repouso das células excitáveis. Elas variam de voltagens negativas a positivas, retornando a valores negativos após a despolarização. Todo esse processo é importante para que as células transmitam seus sinais e realizem suas funções. A despolarização ocorre quando o meio intracelular que é carregado negativamente se torna positivo e o meio extracelular que é carregado positivamente se torna negativo. - Inversão de cargas. A fisiologia descrita desse processo nessa unidade dura, na realidade, apenas milésimos de segundos e é realizado de forma autônoma durante toda a vida dos animais para a manutenção do equilíbrio homeostático do organismo. Despolarização é a mudança abrupta do potencial de ação e das cargas elétricas do interior e do exterior das células fazendo com que o meio intracelular fique positivo e o meio extracelular fique negativo. Repolarização: em seguida à despolarização ocorre a repolarização. Por meio da repolarização, a célula retorna ao seu estado potencial de repouso ou ação com o meio intracelular carregando negativamente e o meio extracelular carregado positivamente. Retorno do potencial de ação. Inicia-se um novo processo. Inversão das cargas elétricas que retornam ao potenciam de repouso. Mecanismos da despolarização neural Os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica, eles se ligam a receptores Ionotrópicos e Metabotrópicos. 1. Ionotrópicos Isabela Alves - @vetgram.i A ligação do neurotransmissor com seu receptor específico altera, de forma conformacional, proteínas de canal. Exemplo: Na+, causando influxo de sódio (potencial pós-sináptico Excitatório – PPSE). PPSI pela ação de neurotransmissores inibitórios como o GABA, causando a abertura de proteínas de canal K+ (efluxo) ou CL-(influxo), gerando uma hiperpolarização do neurônio. 2. Metabotrópicos A ligação do neurotransmissor ao receptor desencadeia processos que envolvem “mensageiros secundários”. O principal processo é o que envolve a Proteina-G. Junção neuromuscular O que é? É a junção entre a parte terminal de um axônio motor com uma placa motora (ou sinapse neuromuscular), que é a região da membrana plasmática de uma fibra muscular onde se dá o encontro entre o nervo e o músculo permitindo desencadear a contração muscular. Age como interface entre os nervos motores e os músculos por meio da conversão das correntes elétricas dos nervos motores em sinais químicos e, a seguir, retornando para correntes elétricas nos músculos. Junção neuromuscular O que é? Os três componentes principais da junção neuromuscular (JNM) incluem a região pré- sináptica, a fenda sináptica e a região pós- sináptica. Neurotransmissor utilizado é a acetilcolina (ACH). A fibra nervosa ramifica-se no final, para formar a placa terminal, que se invagina para dentro da fibra muscular, mas repousa inteiramente na parte externa da membrana. A transmissão sináptica na junção neuromuscular se inicia quando um potencial de ação atinge o terminal pré-sináptico de um neurônio motor, que ativa canais de cálcio dependente de voltagem, permitindo a entrada de íons de cálcio no interior do neurônio. Íons de cálcio ligam-se à proteínas sensitivas (sinaptotagminas) em vesículas sinápticas, armando vesículas de fusão na membrana celular e subsequente liberação de Isabela Alves - @vetgram.i neurotransmissores do neurônio motor na fenda sináptica. A ligação de ACh ao receptor pode despolarizar a fibra muscular, causando uma cascata de eventos que eventualmente resulta em contração muscular. A placa motora é o local em que um estímulo elétrico tem que ser transformado em movimento, através de alguns mediadores químicos, o principal dos quais a acetilcolina, permitem essa transformação. As sinapses, incluindo as placas motoras e o sistema nervoso autônomo são colinérgicos, isto é, liberam acetilcolina. A junção neuromuscular é onde o neurônio ativa a contração de um músculo. Quando um potencial de ação chega ao terminal pré-sináptico de um neurônio, canais de cálcio dependentes de voltagem abrem e íons Ca2+ fluem do fluído intersticial ao citosol do neurônio pré-sináptico. Esse influxo de Ca2+ causa as vesículas cheias de neurotransmissores a se ligar à membrana celular do neurônio com o auxílio das proteínas. Essa fusão resulta no esvaziamento das vesículas que contém acetilcolina na fenda sináptica, por exocitose. A acetilcolina se difunde na fenda e se liga aos receptores nicotínicos de acetilcolina na placa motora.
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