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Alunos: Amábily Jenifer Soares Batista Carlos Gabriel Lucas de Abreu Nathália Caires da Silva O que sabemos sobre a Febre Maculosa? O primeiro caso de Febre Maculosa em território nacional ocorreu em 1929. E apesar de tantos anos que se passaram, a desinformação continua sendo um grande desafio para se enfrentar a doença. A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, que pode causar desde formas assintomáticas até casos mais graves, com alta possibilidade de óbito. No Brasil, os casos graves estão associados à infecção pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida principalmente pelo carrapato da espécie Amblyomma sculptum, popularmente conhecido como carrapato-estrela. No entanto, existem no mundo mais de 20 espécies de rickettsias que podem causar febre maculosa. Mas porque o nome Febre Maculosa? Existem dois motivos, o primeiro é pelo fato da doença causar um quadro de febre no paciente, e o segundo é pelo surgimentos de manchas avermelhadas pelo corpo, que são conhecidas como máculas. Vetores e reservatórios da doença No Brasil existe alguns carrapatos que são considerados os principais para a transmissão. Gênero Amblyomma. A. cajennense A. cooperi (dubitatum) A. aureolatum Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório, por exemplo, o carrapato do cão, Rhipicephalus sanguineus. Os equídeos, roedores como a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), marsupiais como o gambá (Didelphys sp) e o cão têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa. Porém, não há estudos suficientes que comprovem o envolvimento destes animais como reservatórios ou amplificadores de riquétsias, assim como transportadores de carrapatos potencialmente infectados. Saúde divulga boletim epidemiológico da Febre Maculosa até a SE 41 (01/01/23 até 14/10/2023 Transmissão A doença é transmitida ao homem basicamente pelo carrapato infectado, não havendo risco de transmissão pessoa a pessoa. Para que a infecção ocorra, o artrópode precisa ficar aderido à pele por um período de 4 a 6 horas. Se houver lesões na pele, o contágio pode ocorrer no momento do esmagamento do parasita. Uma vez infectados, os carrapatos permanecem assim durante toda a vida. Nos carrapatos, a perpetuação das riquétsias é possibilitada por meio da transmissão vertical (transovariana), da transmissão estádio-estádio (transestadial) ou da transmissão através da cópula, além da possibilidade de alimentação simultânea de carrapatos infectados com não infectados em animais com suficiente riquetsemia. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses. Sintomas A doença começa de forma repentina com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: • febre alta • dor no corpo • dor da cabeça • falta de apetite • desânimo • pequenas manchas avermelhadas que crescem e tornam-se salientes. Os sintomas levam em média de sete a dez dias para se manifestar. Por se tratar de uma doença pertencente ao grupo das febris-hemorrágicas, é de suma importância, o histórico epidemiológico, pois de posse dessas informações, o tratamento deverá ser iniciado imediatamente, dentro de no máximo cinco dias, evitando assim, os prováveis óbitos. Após este período, há sérios riscos de que os medicamentos não surtam mais o efeito desejado. Diagnóstico O diagnóstico oportuno da Febre Maculosa é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, pneumonia por Mycoplasma pneumoniae. São indicados testes laboratoriais para diagnóstico como, exames inespecíficos (hemograma e enzimas), reação de imunofluorescência indireta (RIFI), exame de Imunohistoquímica, técnicas de biologia celular e a cultura com isolamento da bactéria. Tratamento A febre maculosa brasileira tem cura desde que o tratamento com antibióticos seja introduzido nos primeiros dois ou três dias. O ideal é manter a medicação por dez a quatorze dias, mas logo nas primeiras doses o quadro começa a regredir e evolui para a cura total. No entanto, em pacientes graves, com edema (inchaço) e vômitos, por exemplo, o antibiótico deve ser ministrado por via endovenosa, além do tratamento de suporte, dependendo da gravidade do caso. Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito. Alguns remédios terapêuticos utilizados são: Doxiciclina (preferência) e Cloranfenicol Prevenção Febre Maculosa: Algumas medidas para evitar a doença, principalmente em locais onde haverá exposição à carrapatos: • Use roupas claras para ajudar a identificar o carrapato; • Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; • Evite andar em locais com grama ou vegetação alta; • Use repelentes que possuem proteção contra carrapatos; • Realize o controle com antiparasitário nos animais domésticos; Importante: A prevenção da febre maculosa é baseada no impedimento do contato com o carrapato. Recomendações – Cada fêmea de carrapato infectada pode gerar até 16 mil filhotes aptos a transmitir rickettsias. Deste modo, se você tem o hábito de levar o seu cão para viajar com você para áreas rurais, tome cuidado para que ele não se torne reservatório da febre maculosa quando você retornar para a sua cidade. Os cães, muitas vezes, não apresentam nenhum sintoma da doença; – Para quem mora nas regiões rurais, é bom não deixar os cães dentro de casa e procurar fazer com frequência a higiene dos animais, principalmente dos cavalos, com carrapaticidas. Uma medida eficaz, que também evita a proliferação dos carrapatos, é aparar o gramado rente ao solo uma vez por ano na época das águas, de preferência com roçadeira mecânica. Com o capim baixo, os ovos ficarão expostos ao sol e não vingarão, quebrando-se o ciclo do parasita; – A febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do carrapato, conhecidas como micuins; Qual o papel do médico veterinário diante a FMB? Ao diagnosticar os animais de pequeno porte com erliquiose, é de suma importância ressaltar que não é febre maculosa, pois na maioria das vezes é causada por Ehrlichia canis e não por Rickettsia rickettsii. Mostrar que a capivara participa do ciclo da FMB, não sendo uma vilã. Ela não vai nascer com a bactéria, e não fica amplificando para o resto da sua vida. Após ser infectada, ela se torna imune a bactéria. Diapositivo 1: Febre Maculosa Brasileira Diapositivo 2: O que sabemos sobre a Febre Maculosa? Diapositivo 3 Diapositivo 4: Mas porque o nome Febre Maculosa? Diapositivo 5: Vetores e reservatórios da doença Diapositivo 6 Diapositivo 7: Saúde divulga boletim epidemiológico da Febre Maculosa até a SE 41 (01/01/23 até 14/10/2023 Diapositivo 8: Diapositivo 9: Transmissão Diapositivo 10 Diapositivo 11 Diapositivo 12: Sintomas Diapositivo 13 Diapositivo 14 Diapositivo 15: Diagnóstico Diapositivo 16: Tratamento Diapositivo 17 Diapositivo 18: Prevenção Febre Maculosa: Diapositivo 19: Recomendações Diapositivo 20: Qual o papel do médico veterinário diante a FMB?
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