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AGREGADOS Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Gleidson Junior da Silva Souza Josimar Vasconcelos Cavalcante Robeval Raimundo dos Santos Júnior Geovane Gessi Dechering Prof. Douglas Póvoas de Oliveira 1. INTRODUÇÃO Os agregados são materiais abundosos no brasil e no mundo, são caracterizados principalmente por serem granulares, e também por não possuir forma e volumes definidos. Sendo um dos elementos mais utilizados na construção civil, tais como, as areias, pedra britada, cascalho, argilas, materiais obtidos por moagem de rocha, escórias de aciaria, entre outros produtos industriais. Podem ser encontrados de forma natural ou artificial, agregados encontrados de forma natural são aqueles obtidos de forma partilhada na natureza, como: areia, cascalho, pedregulho. Já os encontrados de forma artificial, são produzidos por processos industriais, como: areias artificiais, pedras britadas, escórias de alto forno e argilas expandidas, entre outros. 1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA Apresentar como os agregados são obtidos, sua caracterização e produção. Trazer questão de diferentes origens, em relação ao uso dos agregados dentro das cidades que pode levar à problemas de escassez, e problemas relacionas a gestão desses recursos perto das cidades. 1.2 OBJETIVO GERAL O objetivo geral da pesquisa é apresentar como os agregados são obtidos, caracterização e produção e também os problemas ambientais e logísticos. 2. DESENVOLVIMENTO Quando nos referimos a agregados, estamos se referindo a uma família de materiais que acabam sendo aptos para o uso em argamassas e concreto, as argamassas geralmente acabam utilizando porções além do cimento e da água, faz o uso da areia que são frações de dimensões menores podendo variar de dimensões onde a areia fina varia entre: (0,06 mm e 0,2 mm); areia média entre: (0,2 mm e 0,6 mm); areia grossa entre: (0,6 mm e 2,0 mm); e essas areias podem ser obtidas de diferentes formas, antigamente ou em algumas regiões, se extraia muito areia de rio, à medida que a legislação ambiental evolui , esses lugares vão ficando com passivos ambientais, o que acaba levando ao fechamento desses setores de mineração de areia. Logo vai se tornando um bem localmente escasso, e vai se afastando cada vez mais da região, por outo lado, irá surgir oportunidades para produção de areia artificial, que é obtida a partir da rocha por processo de britagem. Então acabasse tendo uma diversificação de produtos, para produzir os materiais cimentícios, são eles obtidos por fragmentação de rochas ou simplesmente por classificação de tamanho, obtidos em leito de rio ou materiais naturais. Normalmente em uma pedreira, possui um layout onde na parte de trás, ela vem em uma frente chamada Frente de Lavra, que é onde acontece a implosão das rochas, para que se desprenda dela grandes fragmentos de rochas, e esses grandes fragmentos são levados para as linhas de britagem, onde são feitos vários estágios de britagem, e vão ser produzidas as frações granulométricas de dimensões e tamanhos diferentes, onde serão classificas os produtos de construção civil. Nas pedreiras geralmente o sistema de transporte é feito por caminhões de grande porte, os desmontes de rochas são peças de grande dimensão, também possui várias sequencias de peneiras e britadores de grande porte, tendo assim uma grande escala de produção. A areia pode ser obtida em leito de rio ou também por desmonte de cavas, que são praticamente areia de quartzo sedimentar, onde é usado a projeção da água para fazer o desmonte do barranco ou do monte, para uso em construção. Agregado mesmo obtido por rocha, como já citado as areias obtidas pelo rio, que é essencialmente composta pelo mineral quartzo, temos também rochas que são a mistura de minerais por exemplo: o granito, que é uma mistura de quartzo com outro mineral, que pode ser o ortoclase ou outros conjuntos de minerais. São rochas que já possuem alumínio, presença de potássio, sódios. Até minerais como basalto, que são rochas produzidas na natureza, por resfriamento brusco, também podem ser chamadas de rochas extrusidas, que são rochas produzidas na crosta terrestre por resfriamento de magma bruscamente. Esse tipo de agregado pode conter materiais amorfos, ou seja, não cristalinos por dentro deles, que pode implicar em reações com o cimento e alterações no tempo. E também a própria matéria prima para produção de cimento, pode ser usada para fazer agregado, por exemplo: o calcário pode ser usado para fazer cimento também pode ser usado para fazer agregado. Essas rochas britadas, cada rocha cada mineral desse possui uma estrutura cristalina, que, na medida que ela é fragmentada ela tende a formar um formato típico desse mineral que irá depender da estrutura cristalina, logo a forma do agregado pode mudar a partícula, podendo ser mais lamenar ou não, podendo mudar inclusive o tamanho do cristal dentro da rocha, tudo isso pode alterar as suas características mecânicas, de estabilidade, química e outras influencias. Geralmente o agregado deve ser classificado por tamanho, os produtos comerciais eles apresentam uma gradação de tamanho e são classificados por normas brasileiras para comercialização e uso nos materiais cimentícios. Basicamente para classificar o tamanho do agregado, é feito pela definição da peneira, a peneira é uma malha que possui dimensão padronizada, então com sucessivas aberturas de malha onde irá submeter as partículas ao ensaio (passa ou não passa) na peneira, vibra-se o sistema e as partículas que tem dimensão maior que a peneira vai ficar retida na malha, e assim sucessivamente. Vale lembrar que a definição de “tamanho do agregado”, se dá pelo intervalo de tamanho, ou seja, dentro de um intervalo possui formas variáveis, outra coisa é que uma partícula por ser tridimensional, o tamanho definido pelo peneiramento geralmente é a segunda menor dimensão da partícula que o define. Agregados graúdos – pedregulho ou brita, são os materiais retidos na peneira acima de 4 mm. Agregados miúdos – areia de origem natural ou artificial resultantes do processo de britagem de rochas são os materiais que passam na peneira abaixo de 4 mm. Finos – são os materiais abaixo de 0,075 mm, são teores secundários, que podem ser produzidos no processo de britagem da rocha, vale lembrar que não é recomendável que se tenha excesso de finos, pois nessa faixa de dimensão já entramos na granulometria do cimento, se for posto intencionalmente deve ser usado como filler, usar como uma adição ao cimento, logo, não é interessante que o agregado tenha descontrole da fração fina. Algumas aplicações de materiais acabam tendo misturas de fração graúda e miúda ou pó de pedra e pedriscos, que são materiais que possuem tanto brita e areia combinada, que servem para mercados específicos de produção de pré-fabricados, concretos secos, concreto material de pavimentação, esses tipos de situações acaba requerendo tipos específicos de granulometria de agregados. Tanto na argamassa quanto no concreto, é consumido para cada uma parte em massa, se consome de 4 a 10 partes de agregado, na média 5 ou 6 partes. Logo a massa de agregados chega ser a quase 5 ou 6 vezes superior a massa de cimento. Então o material mais consumido no concreto, nos materiais cimentícios são os agregados, e são eles que possuem os maiores problemas logísticos, e também tem as maiores dificuldades de chegar a preço custo baixo, também em características adequadas para aplicação nos matérias cimentícios. As pedreiras de São Paulo como por exemplo, quando se observa o crescimento urbano, elas acabam se esgotando, pois à medida que uma pedreira se aproxima da cidade, ela acaba se tornando uma área indesejada, principalmentepela geração de pó, isso acaba ocasionando que ninguém deseje morar perto da pedreira. Isso acarreta em uma mobilização da população ou de questões ambientais no município, e acabam restringindo a mineração perto da cidade e as mineradoras vão se afastando. Nisso que as pedreiras vão se afastando, acontece que vai aumentando as distancias de transporte de logística, e o preço do agregado vai aumentando nas regiões metropolitanas, em São Paulo já está em torno de 25 a 35 km, para se levar o material até uma posição, e a areia que é geralmente um material com o formato mais esférico que ajudam nas características reológicas dos materiais cimentícios, acabam vindo de distancias de até 150 km da região metropolitana de São Paulo. Então em São Paulo falta areia, ao contraio da brita, já em outras regiões, pode faltar brita por exemplo. A escassez localizada pode ocorrer em diferentes municípios e países, logo não é um fato isolado de São Paulo, existe escassez de agregado no estado do Amazonas, no Paraná, e em diversos países como na França, Holanda entre outros. Regiões densamente povoadas vão ter problemas de fornecimento, e não é nem mesmo pela falta do mineral, mas sim por falta de condições para que essas operações operem, restrições ambientais, oposição de vizinhança, custos de exploração cada vez mais elevados, por exemplo para extrair rocha na Amazônia, será preciso remover uma camada de solo, uma camada de areia, e isso vai tornando os custos mais caros. É por isso que em muitas regiões ou países surge a questão da reciclagem, que é a própria britagem do concreto envelhecido, a cidade produz diversos edifícios que tem a vida útil finalizada e perdendo o seu uso, e que servem como matéria prima para produção de agregado, vale lembrar que ainda assim os agregados reciclados não possuem as mesmas características de um agregado natural. 4. CONCLUSÃO Este trabalho teve como abjetivo apresentar, como é o processo de produção dos agregados, apresentando as principais características dos agregados que podem implicar no desempenho dos materiais cimentícios, aos problemas ambientais e logísticos que por sua vez se relaciona principalmente com as grandes metrópoles. Logo conclui-se que as fontes de materiais vão mudar dependo da região de onde se trabalha, dependendo das condições, precisa-se estar apto a selecionar esses materiais tendo em vista as alterações das características que eles vão ter. 5. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Salvador L. M. Luz, Adão Benvindo da. Manual de Agregados para Construção Civil. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2009. VALVERVE, Fernando Mendes, Agregados Para Construção Civil. Balanço Mineral Brasileiro, 2001. VALVERDE, Fernando M; Tsuchiya, OsvaldoYutaka. ANEPAC Agregados Para Construção Civil. Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal. Brasília, 2009. 1. INTRODUÇÃO 1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 2. DESENVOLVIMENTO
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