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O Lúdico na Educação Infantil: um estudo de caso na Escola Municipal Ex 
Intendente Manoel Cândido Ferreira 
 
 
 
Ana Glésia Ferreira Silvai 
Maria Luiza de Jesus Oliveiraii 
 
 
 
RESUMO 
 
Este artigo discorre a respeito dos benefícios trazidos a partir do uso de atividades lúdicas na 
Educação Infantil, o quanto é importante um professor introduzir em suas aulas, uma 
metodologia mais flexível, usando o lúdico como complemento. Durante este estudo, foi-se 
observado que as crianças necessitam de estímulos para desenvolver diversos aspectos e mostrar 
um bom desenvolvimento e participação nas atividades cotidianas. O método utilizado para esta 
pesquisa foi à pesquisa de campo, juntamente com algumas pesquisas vindas de alguns livros e 
de fontes de acesso, um questionário distribuído para as docentes, para somar ainda mais nesta 
discussão acerca da ludicidade na escola Municipal Ex. Intendente Manoel Cândido Ferreira. O 
brinquedo e a brincadeira, nesta fase tornam-se tão importante para o melhoramento das praticas 
escolares das crianças. O brincar e a ludicidade são a associação perfeita para ser desenvolvido 
no âmbito escolar, lugar este onde são desenvolvidas nos alunos múltiplas inteligências. 
 
PALAVRAS-CHAVE 
Ludicidade, Educação Infantil, Brincadeiras, Brinquedo, Lúdico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O presente estudo tem como objetivo principal, mostrar a importância do 
lúdico na educação infantil, para um bom desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e 
psicomotor da criança. A ludicidade na Educação infantil vem se tornado cada vez mais 
um mecanismo que fomenta um ensino/aprendizagem de qualidade para a criança, 
ocasionando assim o desenvolvimento de inúmeras habilidades que serão necessárias 
durante o percurso escolar e de vida do educando, uma vez que o trabalho com o lúdico 
esta vinculado ao desenvolvimento integral do aluno. É de práxis que ao chegar a um 
determinado local, as crianças sentem a necessidade de interagir no ambiente, dividir 
suas vivencias com outras crianças que estão a sua volta. Com isso, as crianças serão 
atraídas, contribuindo para a imaginação, o desenvolvimento de novas habilidades e um 
aprendizado rico. Com experiências novas, de acordo com a realidade de cada um. 
 O uso do lúdico surge como uma ferramenta a mais para o auxilio do educador, 
pois à medida que os anos vão passando, o aluno vai perdendo o gosto e o prazer pelos 
estudos. E principalmente na Educação infantil que as crianças não leem livros, não 
fazem cálculos de contas matemáticas, satisfazem-se, expressam sentimentos, emoções, 
enfim, obtém todo o seu conhecimento através das vivencias adquiridas durante as 
brincadeiras e jogos lúdicos associados aos conteúdos escolares. Portanto, trabalhar na 
educação infantil é trabalhar constantemente com a ludicidade, envolvendo os 
educandos nas atividades cotidianas escolares, visto que por intermédio da ludicidade, o 
aluno adquire conhecimentos de forma interessante e se inteira com o meio mediante 
situações apresentadas pelo professor. 
 Um ambiente lúdico é um local produtivo, na qual desperta na criança o 
sentimento de curiosidade e desinibição, de oportunidade para que os pequenos 
aprendam, descubram, modifiquem, façam, refaçam e reinventem. Temos em mente um 
conceito de que a escola é um local rígido, entediante e penoso, de que as atividades são 
enjoadas, enfadonhas e cansativas. Para que o conceito de escola/ensino/aprendizagem 
seja mudado, é necessário que o brincar seja resgatado no processo de 
aprender/conhecer o mundo, oportunizar situações para que os alunos possam brincar 
mais, estimulando a aprendizagem através de jogos, brinquedos e brincadeiras. 
3 
 
 Diante desse contexto, questiona-se se durante a prática pedagógica os 
educadores e a instituição escolar em si estão dando a oportunidade de seus alunos 
aprenderem através da ludicidade, com jogos, brinquedos e brincadeiras? Será que esses 
profissionais estão utilizando esses métodos de maneira correta, a fim da socialização 
dos alunos, e como uma facilidade a mais para contextualizar e dinamizar as atividades 
diárias? 
 O presente artigo tem como objetivos: Esclarecer, identificar e analisar sobre a 
representação significativa que a ludicidade tem no processo de ensino e aprendizagem 
dos alunos, a partir de estudos feitos por autores influentes do meio da educação, e 
experiências vivenciadas durante todo esse período de investigação. Como também 
objetiva conscientizar os educadores do uso do lúdico para aulas mais dinâmicas e com 
resultados satisfatórios. 
 Justifica-se a pesquisa evidenciando o lúdico como uma ferramenta a mais para 
aulas, visto que este possibilita um melhor desenvolvimento físico, e intelectual das 
crianças, resultando em aulas prazerosas, conhecimentos adquiridos e um 
relacionamento mutuo entre crianças/crianças e professor/aluno. 
 Tendo em vista o conteúdo da problemática levantada durante este artigo, e 
diante do contexto apresentado, bem como seus objetivos, recorreu-se a uma pesquisa 
de campo, para que se fosse analisado como esta sendo a metodologia trabalhada na 
educação infantil desta escola. Desta forma, optou-se por investigar como o ato 
pedagógico esta sendo desempenhado nesta instituição escolar, e se os profissionais 
estão levando em conta sobre o educar de maneira lúdica e prazerosa, contribuindo 
assim para a articulação e valorização do saber de cada aluno. Para alcançar o objetivo 
desta pesquisa, foram utilizados questionários com perguntas para os docentes da 
educação infantil, pesquisas e argumentações respaldadas em teorias relevantes e 
especializadas, artigos científicos, livros e entre outros. Tendo como sujeito de estudo e 
local, os alunos e professores da creche da Escola Municipal Ex Intendente Manoel 
Cândido Ferreira. 
 Através deste estudo, visa uma possível inquietação para com os docentes, 
acerca dos benefícios ao se trabalhar com o lúdico nas aulas, buscando estimular 
habilidades no processo de alfabetização, passando autonomia para a criança, para a 
mesma interagir com o mundo que os rodeia 
4 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 LÚDICO, UMA BREVE REFLEXÃO 
 A constituição Federal, em seu artigo de número 205, garante que a educação é 
um direito de todos e dever do estado e da família, visando o desenvolvimento da 
pessoa, com a finalidade do preparo para o exercício da cidadania, contudo, para que 
isso se concretize em sua totalidade, há algumas premissas a serem cumpridas. Este 
processo deve ser acompanhado de alguns procedimentos metodológicos e pedagógicos 
que possibilite meios para sua efetivação. 
 Os jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo infantil, é através 
deles que as crianças conseguem inter-relacionar-se com o contexto a qual está inserido. 
“As brincadeiras e jogos infantis exercem um papel muito além da simples diversão, 
possibilitam aprendizagem de diversas habilidades e são meios que contribuem e 
enriquecem o desenvolvimento intelectual da criança (PIAGET 1976 apud 
DAMASCENO et al, s/d).” 
 Desde muito cedo as crianças são induzidas e orientadas a desenvolver o ato de 
brincar, seja para adquirir novos conhecimentos, ou simplesmente para distrair-se, 
entreter-se. 
 De acordo com Vygotsky, 
[...] a brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento 
proximal que não é a outra coisa senão a distância entre o nível atual de 
desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver 
independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, 
determinado através da solução de um problema, sob a orientação de um 
adulto ou um companheiro mais capaz (VYGOTSKY, 1984, p. 97). 
 Muitos profissionais da educação afirmamque as crianças aprendem muito 
mais e de forma mais rápida, quando há o envolvimento de jogos e brincadeiras no 
processo de ensino e aprendizagem, sendo que esta metodologia deve ser associada ao 
processo de planejamento das atividades, e o educador deve estar atento durante o andar 
do jogo ou brincadeira, para não gerar certa competitividade ou individualismo entre os 
alunos, pois este não é o principal objetivo do uso. Caso seja necessária a intervenção 
do mesmo, ele terá que agir de forma cautelosa, mostrando que todos tem a capacidade 
de vencer a brincadeira, e aprender durante elas. 
5 
 
 Os jogos e brincadeiras sofrerem várias mudanças, em épocas passadas, eram 
utilizados mais para sociabilização, e para estreitar vínculos. No passado, a família era 
mais ativa na vida de seus filhos, tanto em brincadeiras, quanto na vida diária, mas esta 
presença durante os anos foram ganhando enormes perdas, pois a necessidade fez com 
que os pais precisasse se ausentar da vida diária de seus filhos, a fim da vida 
profissional, modificando assim aquele envolvimento tão essencial ao desenvolvimento 
infantil. Assim sendo, surgem os meios de comunicações (Televisão, celular, internet) 
que ao longo dos anos tem ganhado uma grande expansão, principalmente no ambiente 
familiar, fazendo com que convivamos e utilizamos desde cedo à tecnologia como 
fundamental fonte de divertimento e distração, ate no ambiente escolar também, tem-se 
trocado momentos lúdicos, com brincadeira e jogos naturais, por brincadeiras através da 
tecnologia. 
 Aquelas brincadeiras do tempo de nossos pais e avos acabam sendo deixadas 
para trás, trocadas por brinquedos e mídias eletrônicas, como afirma Chaves (2014, p.5) 
“Observa-se que cada vez mais, o contato das crianças com jogos, brinquedos e 
brincadeiras tradicionais vem perdendo espaço para equipamentos de alta tecnologia, 
tais como; Videogames, computadores, tabletes, televisores e brinquedos eletrônicos”. 
 Este comportamento se da pela ausência dos pais, tendo assim o foco principal 
no trabalho, no crescimento profissional, passando assim este encargo para a escola, que 
deve fazer com que a família seja mais presente, incentivando-os a estar sempre ativos 
na educação dos seus filhos, mostrando a importância do brincar para a evolução 
intelectual das crianças, e respeitando assim os valores culturais. Em alguns momentos, 
o brincar tem sido entendido apenas como um passatempo, não tem sido tratado como 
algo pedagógico para algumas pessoas, principalmente por alguns profissionais da 
educação que se utiliza deles como meros “objetos”. 
 
2.2 CONTEXTUALIZANDO O LUDICO NA ESCOLA 
 A ludicidade é uma necessidade do ser humano, independentemente da idade, 
sexo religião, enfim, o lúdico, acaba facilitando todo um trabalho feito na escola, 
colaborando assim para um estado mental fértil, bem desenvolvido, levando a aluno a 
socializar-se mais, interagir com os outros coleguinhas. 
6 
 
 Segundo Bueno (2010, p.21) “[...] tinham em mente que é através das ações, do 
fazer, pensar e brincar, que o ser humano vai construir seu conhecimento e desenvolver 
suas estruturas psíquicas para se relacionar com o mundo concreto”. Isto é, através do 
lúdico, as crianças conseguem explorar um novo mundo, vivenciando e recebendo 
estímulos para novas descobertas. 
Ao brincar em grupos ou mesmo sozinhas, as crianças fazem de suas 
Brincadeiras uma verdadeira pratica social, e nessa prática, aprendem a jogar, 
a contar, a distinguir e a organizar suas ideias e suas vidas. Ao contrario do 
que muitos pensam o brinquedo não é uma simples Recreação ou passa 
tempo, mas forma mais completa que a criança tem de se comunicar consigo 
mesma, e com o mundo. É na magia do brinquedo que cela desenvolve a 
autoestima, a imaginação e confiança, o controle, a criatividade, a senso- 
percepção, a cooperação e o relacionamento interpessoal. (OLIVEIRA, 1999, 
p. 55). 
 A sala de aula pode também se transformar em um espaço lúdico, e para que 
isso aconteça, o professor deve conciliar alguns aspectos importantes, entre eles estão os 
objetivos que serão alcançados, os desejos dos alunos e o contexto a qual estão 
inseridos. Se o grande desejo do professor é transformar a realidade dos alunos, 
ensinando-os a serem indivíduos criativos, dinâmicos e independentes, deve oportunizar 
condições e momentos de alegria, no âmbito escolar, promovendo oportunidades para 
que se inteirem de forma espontânea, e incorporar os jogos como conteúdos durante a 
prática pedagógica. Isso se percebe na afirmação do autor, abordando que: 
Por meio das brincadeiras a criança começa a criar estratégias para convívio 
social. As brincadeiras levam as crianças a criar, recriar, a descobrir e pensar. 
Fatores determinantes para a busca de soluções para situações problemas. 
Brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou 
intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e ate 
mesmo de desenvolver as capacidades inatas, podendo vir a ser um adulto 
inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca a vontade, tem maiores 
possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso 
(VELASCO, 1996, p.78). 
 
 O lúdico incentiva o individuo, fazendo com que o mesmo receba estímulos 
para uma imaginação fértil, desenvolvendo assim a criatividade, maior concentração 
durante as atividades propostas e uma grande motivação, pois estará fazendo algo muito 
agradável. É perceptível que nas escolas atuais, não há a existência de uma proposta 
pedagógica voltada para o lúdico, como uma base para o desenvolvimento do trabalho 
educativo. Raramente encontra-se nas instituições escolares, um cantinho separado para 
que sejam desenvolvidas atividades lúdicas, são bem poucas, as escolas que investem 
nessa área, ao longo dos tempos, a brincadeira vista de forma didática, esta sendo 
7 
 
esquecida. A escola deve reconhecer o lúdico com um fator bastante importante para o 
aprendizado e aperfeiçoamento dos alunos. 
A ludicidade é uma necessidade do ser humano e qualquer idade e não pode 
ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita 
a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para 
uma boa saúde mental, prepara um estado interior fértil, facilita os processos 
de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. 
Observamos isto quando damos ênfase à formação lúdica no curso de 
pedagogia. Duas dimensionalidades nos preocupam nesta formação: a 
formação do educando e a formação lúdica do educador. A primeira envolve 
o aspecto geral teórico-prático do acadêmico e os professores que já atuaram 
na educação infantil e se encontram na realidade escolar, bem como os 
aspectos metodológicos que envolvem a criança sujeito do acontecimento em 
construção (NEGRINE, 1994, p.36). 
 Contudo, é com o lúdico que a criança consegue associar o mundo interno, ao 
externo, durante a brincadeira, a criança consegue expor sentimentos, descarregar 
tensões, controlar a inquietação e compreender seus anseios e limites. 
 
2.3 O PAPEL DO EDUCADOR NA APLICAÇÃO DO LÚDICO 
 A educação é um processo de formação para o desenvolvimento humano, e 
para que haja a educação, é necessário um professor, a qual esta totalmente ligado a este 
encadeamento. O educador surge como um mediador entre o aluno e o conhecimento, 
buscando sempre a melhor forma para passar novas informações para os educandos. 
Nesta perspectiva, a formação do educador se dará pela concepção que o mesmo terá 
sobre a criança. Durante a formação, o professor deve absorver ao máximo sobre as 
diferentes formas e uso de metodologias, buscando sempre renovar-se para ter mais 
segurança ao passar determinado conteúdo, adaptando sempreá novas exigências do 
mercado educacional. O docente deve estar sempre preparado, aderir ao instrumento 
que lhe é apresentado, no ambiente de aprendizagem, com interesse de promover 
mudanças, envolvendo os alunos no aprendizado. 
 Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – 
RCNEI (BRASIL, 1988), o brincar deve ser pautado nas aulas, e o papel dos 
professores, é planejar detalhadamente o espaço das brincadeiras, no cotidiano escolar 
das crianças, disponibilizando sempre os materiais e condições necessárias para o 
desenvolvimento dessas ações. A brincadeira deve entrar na sala de aula como uma base 
para enriquecimento das aulas, devemos sempre olha-la como um instrumento 
8 
 
pedagógico, pois uma combinação que surgiu perfeita foi à criança e a brincadeira. É 
quase incomum, vê uma criança que não gosta de brincar, e por esse motivo, o professor 
deve aproveitar este recurso para dinamizar mais suas aulas. 
 Para Almeida (1987), a educação lúdica pode ter duas implicações, dependendo 
de ser bem ou mal utilizada: 
✓ A educação lúdica pode ser ruim na mão do educador despreparado, podendo 
truncar, não só o verdadeiro sentido da proposta, mas servir de negação do 
Próprio ato de educar. 
✓ A educação lúdica pode ser para o professor competente um instrumento de 
libertação e de transformação das reais condições em que se encontra o 
educador. É uma pratica desafiadora, possível de ser aplicada. 
 Á vista de tudo que já foi exposto ate aqui, observamos claramente sobre o 
conceito e a importância do lúdico durante a aprendizagem, mais o que realmente 
seria uma aula lúdica? De acordo com Fortuna (2000, p. 9). “uma aula lúdica é uma 
aula que se assemelha ao brincar”, uma aula criativa, livre, aquela que provoca e 
oportuniza o aluno e o professor. 
 Diante disso tudo é imprescindível mencionar mais uma vez o quão benéfico é 
o uso do lúdico na educação Infantil, a brincadeira sendo associada ao ensino- 
aprendizagem traz muito os seus efeitos e se usada de forma correta, pode mudar 
completamente a vida de um aluno ou do próprio educador. 
 
3 APROPRIAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
3.1 METODOLOGIA 
 
 O estudo mostra informações na linha de pesquisa de campo, e algumas 
consultas bibliográficas em sites confiáveis e livros de pessoas influentes sobre o 
assunto. É importante salientar que houve um contato entre os pesquisadores e os 
sujeitos do estudo, que foram as professoras e os alunos da Creche da Escola Municipal 
Ex. Intendente Manoel Cândido Ferreira, uma vez que estivemos em sala de aula 
observando mais de perto sobre o dia a dia dos membros investigados. 
9 
 
 Para se chegar ao objetivo da pesquisa, houve muita leitura, estudo e a 
investigação na escola mencionada acima, inclusive também uma análise no Projeto 
Politico Pedagógico da instituição para revisar sobre as práticas pedagógicas que a 
escola dispõe. 
 
3.2 COLETA DE DADOS 
 
 Durante a pesquisa, foi utilizado para coleta de dados, um questionário com 
algumas perguntas fechadas, direcionadas aos professores, com intenção de analisar 
sobre situações relacionadas ás praticas pedagógicas. As questões foram adaptadas ao 
entrevistado para que pudessem responder de acordo com seu trabalho cotidiano, e com 
base em suas experiências, fundamentando suas respostas. Foi distribuído para o6(seis) 
professores da referida escola, um questionamento contendo algumas perguntas, para 
que estabelecessem suas colocações quanto ao uso do lúdico na educação Infantil. As 
idades das professoras pesquisadas variam entre 23 e 47 anos, todas do sexo feminino, 
algumas com formação em pedagogia e outras possuindo formação em letras/Português. 
 A seguir, os gráficos mostram sobre as respostas das professoras: 
 
 
 No que se refere à contribuição do lúdico para a aprendizagem intelectual da 
criança, observa-se que de acordo com as respostas das professoras, o lúdico contribui 
0
1
2
3
4
5
6
SIM COM CERTEZA NÃO
O LUDICO ESTIMULA O DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL 
DA CRIANÇA?
SIM
COM CERTEZA
NÃO
10 
 
positivamente durante o processo de aprendizagem dos alunos tornando-se um estimulo 
a mais para o progresso das crianças. 
. O gráfico abaixo mostra a respeito da frequência que se usa os jogos durante as 
aulas das entrevistadas: 
 
 É notável que frequentemente esteja sendo usado a ludicidade durante as aulas, 
o que torna aulas diferenciadas e mais atrativas, incentivando a socialização e 
aproximação, promovendo também a construção de novas informações por intermédio 
de jogos, brinquedos e brincadeiras. Lembrando também que através das brincadeiras, 
que são facilmente aceitas pelas crianças, as mesmas mostram-se entusiasmadas a 
participar, e o aprendizado flui melhor. 
 Quando questionadas sobre a participação dos alunos durante as atividades 
lúdicas, foi constatado que os alunos participam bastante, mostrando grande interesse, 
como mostra o gráfico abaixo: 
Frequencia da utilização de jogos, brinquedos e 
brincadeiras nas aulas
Sempre
Quase sempre
As vezes
Raramente
0 1 2 3 4 5 6
Participação dos alunos durante a execução 
de atividades lúdicas
Participam Normalmente
Participam com entusiasmo
Necessitam de estimulos
Não Participam
11 
 
 
 O lúdico, quando direcionado a aprendizagem, pode ser um meio tão vultoso 
para o professor, podendo também através deste, sensibilizar outras áreas na vida dos 
alunos, uma vez que por meio da ludicidade, há uma entrega por parte das crianças, 
acabando por expressar seus sentimentos, anseios, medos e entre outros. Dentre os 
muitos benefícios que o lúdico traz, e os importantes pensamentos abordados por 
diversos autores, é indispensável que consideremos o lúdico como parte complementar 
na vida do ser humano, visando sempre melhorias para todos os envolvidos no âmbito 
educacional. 
 Quando questionado sobre a maneira a qual é inserido o lúdico nas aulas, dos 6 
(seis) professores, quatro responderam que não tem hora específica para a aplicação de 
um jogo ou brincadeira, e as outras duas professoras, responderam que utilizam-se do 
lúdico num momento específico, com lugar apropriado. Veja no gráfico a seguir: 
 
 
 Quando questionadas a respeito dos benefícios que o lúdico trás para a 
alfabetização das crianças, todas as professoras afirmaram que as aulas lúdicas devem 
ser inseridas no contexto das salas de aulas, pois traz consigo muitos benefícios para os 
alunos, tornando-os mais independentes, sociáveis, e sem contar que através de jogos, 
as crianças adquirem bastantes conhecimentos, diversas formas de aprender. 
0 1 2 3 4
Maneira a qual é inserido o lúdico nas aulas
Não tem hora específica
Num Momento oportuno, com
lugar apropriado
Quando faz parte do
planejamento das aulas
12 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 Diante do exposto nesta pesquisa, fica bem claro o quão é importante o 
trabalho com a ludicidade, desde o nascimento da criança ate a fase escolar. O 
brinquedo, a brincadeira são algo essencial para a vida de uma criança, pois além de 
desenvolver o lado afetivo, cognitivo e psicomotor do mesmo, ainda, da à oportunidade 
de a criança explorar a fase do brincar. 
 Buscou-se nesta investigação juntar informações que incentive o uso do lúdico 
no âmbito escolar, fazendo com que o educador repense em suas praticas educacionais, 
e buscando estratégias para que a criança se desenvolva gradualmente. Nesta 
perspectiva, deve-se pensar na ludicidade como uma metodologia de transformação do 
ambiente escolar, visto que temos a Instituição de ensino como algo enfadonho e 
desmotivante, tornando-o assim em um ambiente prazeroso e motivador. 
 O ambiente em si também deve ser acolhedor, aconchegante,que a criança 
possa expressar seus sentimentos sem qualquer repudio, um ambiente que incentive a 
criação de novas ideias, a liberdade de comunicação, para que a imaginação da criança 
flua sem limites, buscando sempre um bom aproveitamento, com excelentes resultados. 
 A pesquisa nos permitiu refletir sobre a pratica didática no ambiente da sala de 
aula, o quão é importante o professor se tornar um agente mediador entre o aluno e o 
conhecimento, buscando sempre melhorias para o seu aluno, e novas formas de ensinar. 
Esta investigação ainda nos permitiu observar sobre a validade do lúdico como agente 
facilitador nas atividades, para construção do conhecimento do aluno. 
 Sendo assim, é relevante que o professor sempre planeje situações com 
atividades lúdicas, associando ou não o brinquedo/brincadeira a atividades curriculares, 
criando também um espaço com ludicidade, para que as crianças possam criar, viver e 
sonhar, proporcionando assim um desenvolvimento harmonioso e sadio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
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14 
 
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VIGOTSKY, L. S. A formação sócia da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 
 
 
 
 
 
 
 iAna Glésia Ferreira Silva. E-mail: anaglesiacorematy@gmail.com. 
iiMaria Luiza de Jesus Oliveira. E-mail: luisa.xr@hotmail.com. 
Trabalho apresentado como requisito para Conclusão do Curso de Pedagogia.

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