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Atividade Ética e Bioética SUS

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Bioética e saúde coletiva: convergências epistemológicas
Os problemas éticos reduziram-se às relações do médico com paciente ou do pesquisador com sujeito de pesquisa, resolvendo-se pela aplicação mecânica dos princípios da autonomia,beneficência e justiça.
A proximidade entre a bioética e a saúde coletiva sem a devida fundamentação teórica da relação entre ambos campos de conhecimentos e práticas pode comprometer as potencialidades desta aproximação
devido a uma possível confusão entre o sujeito epistêmico e o sujeito ético, já que não existe, em bioética, uma continuidade entre saber algo e pô-lo em prática. A saúde coletiva implicou avanços frente à saúde pública
ao caracterizar-se como conjunto de diferentes saberes que dão suporte às práticas de distintas categorias e aos atores sociais face às questões de saúde/doença e à organização da assistência com referência 
à dimensão social e ambiental do processo de saúde e doença.
O modelo biomédico significou uma ruptura com as terapêuticas tradicionais do senso comum produzidas na comunidade, fundadas emobservação e em práticas de longa data. A primeira ruptura epistemológica guiou-se
pelo discurso metodológico que rompia com a percepção do senso comum ao reduzir a realidade a elementos controláveis e a excluir a variedade e a desordem, por não poderem se agrupar em um denominador comum e ordenado.
A necessidade da estratégia na ação indica o vínculo entre conhecimento e ética. Quanto maior for a consciência sobre o contexto das inter e retrodependências onde acontece a ação, mais eficácia pode se esperar dos resultados.
Portanto, é urgente a ética do conhecimento e, mais especificamente, a ética do enfoque transdisciplinar do conhecimento.
Ser ético no uso e na produção do conhecimento significa explicitar os pressupostos que possibilitam sua formulação em pensamento. A ética do conhecimento transdisciplinar consiste em captar o subterrâneo do pensamento, visualizar
o que está dissimulado no pensamento, ou seja, tornar conhecido o que transcende a formulação mental.
A inclusão das ciências sociais e humanas, novidade em relação ao modelo biomédico, foi consolidando-se como fundamental para a compreensão dos processos de saúde-doença, do adoecimento, da morte, dos processos de trabalho,
dos cuidados e das relações profissionais.
BIOÉTICA CLÍNICA E HUMANIZAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Na Bioética, estuda-se também a biologia, a medicina, a filosofia, o direito, as ciências exatas, as ciências políticas e o meio ambiente, pois a Bioética é multidisciplinar e abrange diversas áreas além daquelas relacionadas diretamente com 
o SUS, buscando a melhor forma de resolver intercorrências causadas pelo avanço da tecnologia, da genética e pela própria evolução dos valores e direitos do Ser humano, tal como a prestação de um cuidado humanizado, afinal, a
Humanização é uma tendência da Bioética, atualmente muito estudada e discutida na área da saúde.
O Ministério da Saúde, juntamente com a Política Nacional de Humanização, protagonizou a cartilha HumanizaSUS, a qual expõe que a Humanização ocorre por meio dos seguintes valores:
autonomia; protagonismo; corresponsabilidade; estabelecimento solidário de vínculos; criação de redes de cooperação e participação coletiva na gestão, estes valores são destinados aos usuários, trabalhadores e gestores.
No ano de 2000, com a regulamentação da Política Nacional da Humanização, a Humanização expandiu-se para outros setores do ambiente hospitalar além daqueles relacionados com a obstetrícia e maternidade,
devido aos objetivos desta política, como: difundir a cultura de Humanização no SUS; melhor a eficácia e qualidade no atendimento ao paciente usuário do SUS; promover capacitação para os colaboradores do SUS 
sobre um novo conceito de assistência que valorize a vida humana e a cidadania.
Considera-se que o termo “Humanização” é um termo universal e presente em diversos campos além da área da saúde, por isso, seu conceito é bastante amplo e pode ser compreendido e aplicado de diferentes
formas dentro dos serviços de saúde. O conceito do que cada hospital ou serviço de saúde compreende por Humanização e qual sua aplicação na prática deveria ser explícita para todos os usuários daquele serviço.
A vulnerabilidade foi uma das vertentes que surgiram dos temas clássicos da Bioética embora não seja um referencial normativo, deve ser levada em consideração quando são estabelecidas normas com inspiração ou origem Bioética.
Sabe-se que a Bioética é um tema amplo e transdisciplinar, abrangendo diversas áreas do saber,e que a Humanização é uma vertente da Bioética e ambas estão interligadas, sendo impossível falar de Humanização sem citar a Bioética.

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