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Inflamação aguda

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1 
Bruna V. Chagas 
M3-patologia 
 
 
As principais alterações vasculares da inflamação aguda: vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, que vão influenciar nos 
sinais locais, gerais e especiais da inflamação aguda 
 
ALTERAÇÕES NO CALIBRE VASCULAR QUE LEVAM À UM AUMENTO NO FLUXO SANGUÍNEO 
 
● Tem o intuito de maximizar o movimento de proteínas plasmáticas e células circulantes para fora da circulação e para dentro do local da 
infecção ou lesão; 
 
● Exsudação: é o escape de fluídos, proteínas e células sanguíneas do sistema vascular para dentro do tecido intersticial ou cavidades 
corporais; 
 
● Exsudato: é o fluxo extra vascular que tem uma alta concentração proteica, contém restos 
celulares e tem uma alta gravidade específica 
 
- Sua presença indica um aumento na permeabilidade dos vasos sanguíneos em uma área de 
reação inflamatória; 
- Pus: é um exsudato inflamatório rico em leucócitos (principalmente neutrófilos), restos de 
células mortas e, em muitos casos, micróbios; 
 
● Transudato: é um fluído com baixo conteúdo proteico, pouco ou nenhum material celular e baixa 
gravidade específica. 
 
- Resultado de desbalanço osmótico ou hidrostático ao longo da parede do vaso sem um aumento na permeabilidade vascular; 
 
 
 
SINAIS CARDINAIS DA INFLAMAÇÃO (SINAIS LOCAIS) 
 
● Calor: perceptível nas superfícies corporais. Decorre da hiperemia, do aumento do metabolismo local e do fluxo sanguíneo. 
 
● Rubor: hiperemia/reflexo axônico (diminuição de impulsos vasoconstrictores). Ocorre pela vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo. 
 
● Tumor (inchaço): decorre do aumento da permeabilidade vascular (edema). Pode determinar aumento do volume hídrico local em até 5 
ou 7 vezes. Área inflamada fica mais inchada devido ao extravasamento de líquido. Ocorre pela vasodilatação, extravasamento de fluídos 
(perm) e influxo celular (quimiotaxia) levam ao inchaço 
 
● Dor: causada pela irritação química nas terminações nervosas (devido a produção de muitas substâncias pró-inflamatórias) e pela 
compressão mecânica (edema). Ocorre pelo extravasamento de fluidos, influxo celular (quimiotaxia) e liberação de mediadores solúveis, 
como citocinas pró-inflamatórias 
 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA 
 
 
 
 2 
 
 
SINAIS GERAIS 
 
Conjunto de transtornos gerais de origem tóxico-infecciosa, motivando por meio de um ajustamento do sistema termorregulador do 
organismo em um nível superior de temperatura, sem paralisação do funcionamento dos mecanismos reguladores. 
 
Alterações circulatórias e/ou sistêmicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta imagem temos uma endocardite bacteriana em 
válvula aórtica. Na imagem de cima a válvula aórtica esta 
normal e na imagem debaixo a válvula está inflamada. 
O aspecto que nos faz identificar que é uma inflamação 
aguda é o fato dos vasos estarem muito dilatados 
(devido a vasodilatação muito intensa) , há a presença de 
muito sangue no local (visualmente é chamado de 
hiperemia pois esta muito avermelhado, há muito 
sangue irrigando aquela região) 
	
 
 
 
Neste caso também é possível, visualmente, 
presenciarmos a hiperemia no local, houve uma intensa 
vasodilatação 
 
 
 
 
 3 
CITOCINAS QUE ATUAM NA INFLAMAÇÃO AGUDA 
 
 
● TNF, IL1 e IL6 citocinas pró-inflamatórias agem no: 
à SNC central provocando febre, alteração no padrão do sono, anorexia, estimula a leucocitose (principalmente a neutrofilia) na medula 
óssea. 
 
à No fígado estimulando a produção hepática de proteínas de fase aguda, que são aquelas proteínas que aumentam no sangue quando 
há inflamação (PCR “proteína C reativa” por exemplo que é um marcador de inflamação aguda, é medida por exemplo em um paciente 
com COVID-19). 
 
OBS- Nos pacientes de fase aguda as proteínas como, proteína C reativa, estarão aumentadas. 
 
à No endotélio vascular – migração de leucócitos promovendo a interação do leucócito com o endotélio vascular, extravasamento dos 
leucócitos através dos capilares e alterações hemodinâmicas, sangramentos. 
 
OBS-Em uma inflamação aguda sistêmica pode-se ser gerado alterações dinâmicas muito graves porque há uma vasodilatação 
que não esta somente localizada, está sistêmica. Os sangramentos ocorrem devido aos distúrbios de coagulação. 
 
 
 
 
 
TNF, IL-1 e IL-6 produzem múltiplos efeitos locais e sistêmicos. 
 
• TNF e IL-1 atuam nos leucócitos e no endotélio induzindo inflamação aguda, e ambas induzem expressão de IL-6 em leucócitos 
e outros tipos celulares. 
 
Quando falamos de inflamação aguda é de EXTREMA 
IMPORTÂNCIA saber das citocina TNF, IL-1 e IL-6 que 
são citocinas pró-inflamatórias, elas são as principais 
mediadoras ativando todos os eventos de inflamação 
aguda 
Essas citocinas têm ações locais e sistêmicas. 
 
 
 4 
• TNF, IL-1 e IL-6 medeiam os efeitos sistêmicos protetores da inflamação, incluindo a indução de febre, síntese de proteínas de 
fase aguda pelo fígado, e produção aumentada de leucócitos pela medula óssea. 
 
• O TNF sistêmico pode causar anormalidades patológicas que levam ao choque séptico, incluindo a função cardíaca diminuída, 
trombose, vazamento capilar e anormalidades metabólicas decorrentes de resistência à insulina. 
 
Na imagem: 
 
Inflamação local: a ação das citocinas pró-inflamatórias (TNF, IL1) no vaso sanguíneo aumentam a expressão das moléculas de adesão, 
promovendo aderência dos leucócitos no vaso e aumentam a permeabilidade vascular, com isso, a parte liquida do sangue (plasma) 
extravasa e a intensidade da liberação desse plasma e das proteínas está relacionada com a intensidade do processo inflamatório, quanto 
mais citocina pró-inflamatória produz, maior vai ser o extravasamento de plasma e proteínas. O inchaço da inflamação local tem a ver com 
essa permeabilidade do vaso que está aumentada. 
 Quem produz TNF e IL1 são os macrófagos, mastócitos que também produz histamina. 
 
Além disso, TNF e IL1 vão agir nos leucócitos promovendo a migração dos leucócitos aumentando a expressão das moléculas de adesão 
para facilitar a chegada de leucócitos de onde o estímulo esta partindo. (neutrófilos são as primeiras células a chegar no local de 
inflamação) 
 
Efeitos protetores sistêmicos: essas citocinas não possuem só ações locais, também possuem ações sistêmicas e agem, por exemplo, no 
hipotálamo (principalmente TNF e IL1) regulando a síntese de prostaglandinas que vão produzir a febre. 
IL1 e IL6 agem também no fígado produzindo as proteínas de fase aguda (PCR, por exemplo), proteínas de complemento por estímulo 
dessas citocinas. 
TNF, IL1 e IL6 também agem na medula óssea estimulando a produção e liberação de mais neutrófilos, além dos leucócitos. 
 
Efeitos patológicos sistêmicos: ocorre em algumas doenças inflamatórias. TNF age no coração alterando o débito cardíaco, vasodilatação 
sistêmica causa uma queda de pressão arterial podendo ser brusca e levando ao choque séptico. Quando a inflamação é muito forte têm 
tendência de a formar trombos. (ex: pacientes com COVID tem estado de hipercoabilidade que é tendência a formar trombos) 
 
Existe uma relação muito intima entre inflamação e coagulação, onde TNF estimula a formação de trombo (trombose vascular), para poder 
tamponar aquela lesão e evitar o sangramento (hemorragias) – pode ocorrer de forma descontrolada. 
 
TNF e IL1 podem provocar resistência à insulina por desequilíbrios inflamatórios. (efeito metabólico sistêmico) 
 
Se a resposta inflamatória for bem modulada, ela traz respostas benéficas e essenciais, pois não vivemos em um ambiente estéril. Essas 
respostas são de defesa, proteção e também de estímulo a cicatrização. Só́ ocorre o processo de cicatrização se houver inflamação. 
 
 
Observe o gráfico abaixo à direta: 
 
LPS (lipopolissacarídeos) é um componente de parede bacteriana. 
 
TNF-α e IL-1 são as duas principais citocinas da inflamação. Suas concentrações é que determinam o grau de intensidade da inflamação. 
 
à Essas citocinas aparecem em qualquer processo inflamatório.Quando a LPS (antígeno) está em maiores concentrações, há maior 
produção de TNF-α	(primeira a ser produzida) e de IL-1. 
 
Essas duas citocinas estão sempre juntas, principalmente modulando o 
processo inflamatório. Conforme o antígeno é eliminado, há 
necessidade de redução na produção dessas citocinas. Se isso não 
acontece, pode ocorrer um choque anafilático, sepse, entre outros, 
complicando a vida do paciente. 
 
IL-6 e IL-8 (quimiocinas específica para neutrófilo) 
aparecem quando o processo inflamatório está deixando de ser um 
padrão local e se tornando uma resposta sistêmica (processo 
inflamatório moderado/grave). 
 
A concentração das citocinas é que determina se os efeitos da 
inflamação serão benéficos ou maléficos (em excesso). Quando em 
excesso pode levar à perda do controle homeostático, interferência na 
função do órgão, etc 
	
	
 
 5 
OBS- Em um paciente, por exemplo, com covid, mesmo que o paciente seja tratado e depois de um tempo faça o exame de PCR 
(proteína C reativa) e de negativo para essa proteína, a inflamação aguda ainda continua pois o estímulo inflamatório foi muito forte 
havendo uma lesão subsequente que é uma retroalimentação para inflamação 
OBS 2: IL1 é uma das principais proteínas de inflamação aguda 
 
OBS 3: os leucócitos produzidos pelas citocinas pró-inflamatórias são mobilizados para a circulação, aderem a parede do vaso pela 
expressão das moléculas de adesão (onde a expressão aumenta por conta das citocinas pró-inflamatórias), acontece uma adesão mais 
forte por conta das integrinas e fazem rolamento ou seja a transmigração onde migram para tecido onde ocorre a infecção através da 
parede do vaso. No local da inflamação, os neutrófilos começam atuar e degranular liberando as espécies reativas de oxigênio e 
nitrogênio, produzindo os net’s é o que o neutrófilo libera que ajuda a combater o patógeno e tudo isso é o que forma o pus. 
 
HEMOGRAMA COMPLETO 
 
● Leucograma: leucócitos totais (4500-11000cels/mm3): valor normal de leucócitos segmentados 
- Leucopenia: abaixo de 4.500 | leucocitose: acima de 11000 
 
 
 
● Neutrófilos vem de uma linhagem mieloide e se diferenciam na medula óssea através de precursores. 
- Formação dos neutrófilos: mieloblasto → prómielócito → mielócito → metamielócito → neutrófilo bastonete → neutrófilo segmentado. 
 
 
 
- O neutrófilo segmento é a célula madura, e então migra pra periferia. E quando há inflamação, migra para o tecido inflamado. E quem 
atrai o neutrófilo para o tecido, são as quimiocinas, principalmente a IL8. Quando a medula está sendo muito estimulada, acaba sendo 
liberada os neutrófilos em bastão pela falta de tempo pra maturação. Causando um aumento das células jovens no sangue periférico e 
isso demonstra um processo inflamatório. 
 
- Na inflamação aguda, chamamos de desvio à esquerda justamente essa presença de células jovens no sangue periférico. Ex: pneumonia 
bacteriana 
● Aumento de células jovens no sangue denota uma inflamação aguda, um desvio para a esquerda. 
●Tem muito estímulo e a medula óssea libera células que ainda não se diferenciam em segmentadas 
 
PATOGENIA DA INFLAMAÇÃO 
 
A inflamação se da por uma sequencia de eventos que envolvem a fenômenos de irritação, reconhecimento, fenômenos morfológicos 
(alterativos), fenômenos vasculares, fenômenos exsudativos, fenômenos necrosantes e fenômenos de reparo. Os fenômenos ou momentos 
da inflamação podem ser classificados em: 
 
O estímulo inflamatório causa o aumento das 
populações Miel, Mm, Bt e Seg, isso é chamado de 
“desvio à esquerda” (é o aumento dessas populações de 
células jovens (imaturas), essa ocasião não é normal pois 
temos que ter um número pequeno ou até mesmo 
nenhuma célula imatura no sangue periférico. 
*Temos que ter células maduras no sangue periférico 
porém devido a inflamação ocorre o desvio à esquerda. 
 
 
 6 
 
 
1-FENÔMENOS IRRITATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
São a primeira etapa da inflamação aguda, com a identificação do agente agressor (agente inflamatório pode ser uma infecção, um 
trauma tecidual ou uma substancia química que vai estimular o processo de inflamação) pois são provocados pela agressão. São 
representados pelas modificações que ocorrem nas células, na substância fundamental amorfa e no líquido intersticial, com produção de 
substâncias químicas, cuja ação desencadeará os fenômenos seguintes: 
 
- Receptores de Reconhecimento de Padrão: reconhecem os padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPS) e as 
moléculas endógenas de células danificadas (DAMPS) 
 
- DAMP’s resposta inflamatória do tipo estéril não infecciosa devido a um trauma tecidual ou queimadura, qualquer coisa que 
lese o tecido, não há necessariamente uma infecção, pode ser uma lesão tecidual por qualquer motivo. 
 
- IL-1 alfa principal interleucina em resposta aos DAMPS 
 
 7 
 
Esses fenômenos induzem a liberação de citocinas inflamatórias, 
além disso acontece o processo de apresentação a célula T. 
Essa fase é mediada principalmente, pela histamina e a serotonina. 
 
Inclui fagocitose, apresentação de antígenos, ativação de L. T e liberação 
de citocinas (TNF-α	e IL-1). Com a liberação de citocinas há a liberação 
 de mediadores que modulam todo o processo inflamatório 
 
● LPS ativa mastócito ou macrófago. Como há lesão tecidual há liberação de DAMP também ativando macrófagos, não são só 
PAMPS ativando-os. DAMP retroalimenta a ativação de macrófagos 
 
● vírus ativa a produção de Interferón 
 
● IL1 reconhece danos na membrana plasmática, moléculas que indicam danos na membrana plasmática ou produtos 
bacterianos: isso gera um complexo, a junção de algumas proteínas citoplasmáticas e formam o inflamassoma 
 
● Inflamossoma é formado (forma um complexo) por sensores citosólicos de DNA e a via STING ( possuem receptores do tipo 
RIG (RLRs), eles reconhecem tanto PAM quanto DAMPS, que geram a forma ativa da caspase 1 que cliva uma citocina que é a 
pro IL1 beta (citocina pró-inflamatória) gerando a IL1 ativa (que gera febre) que é uma das principais citocinas presentes na 
inflamação aguda. 
 
O inflamassoma é o conjunto de situações citoplasmáticas que decorrem em presença de produtos bacterianos e moléculas que indicam 
dano tecidual. O inflamassoma forma um complexo (NLRP3 + adaptador + caspase-1 inativa) para gerar a produção de IL-1 e IL-18 que 
são citocinas pró inflamatórias 
 
 
 
 
Resumindo... 
 
Dentro desses fenômenos irritativos temos componentes das nossas células que são capazes de reconhecer qualquer coisa estranha que 
esteja no nosso organismo. Quem, primeiramente, faz isso são os componentes da imunidade inata. Uma lesão no local é reconhecida 
pelos macrófagos (através dos PRRs) e iniciam uma resposta inflamatória. 
 
Essas células possuem os PRRs que reconhecem os PAMPS que são padrões moleculares associadas a patógenos e DAMPS que são 
padrões moleculares associados a danos. 
 
Isso é importante para nós entendermos porque em situações que não há infecção temos ativação de inflamação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Possíveis fenômenos irritativos: 
 
• Patógeno- (se for uma bactéria gram-negativa será o LPS) 
 
E esse PAMP vai ser reconhecido por um PRRs do macrófago, o macrófago ativado produz citocinas pró inflamatórias como IL-1, 
IL-6, TNF, e ao produzir essas citocinas é induzido a inflamação causando uma injuria tecidual, e quando há uma injuria tecidual 
há a liberam de DAMPS, com a liberação de DAMPS há a retroalimentação da inflamação (porém isso pode ser muito 
amplificado, as vezes a inflamação não se encontra mais no organismo, porém a lesão tecidual foi tão intensa que está 
amplificando a resposta inflamatória. 
 
• Trauma tecidual – há a liberação de DAMP’s que são reconhecidos pelos PRRs dos macrófagos e vão liberar citocinas pró-
inflamatórias 
 
• Substancia química- processo é o mesmo do reconhecimento de PAMPS 
 
OBS- Respostas de vasos linfáticos e linfonodos durante uma inflamação: 
 
Há a presençade células dendríticas que capturam os antígenos e levam ate o linfonodo regional, esses linfocitos vão migrar para região 
de origem de inflamação porque os vasos sanguíneos estão alterados ali (vasos sanguíneos dilatados, aumentos de moléculas de adesão). 
 
A inflamação também é importante para isso, pois possibilita a chegada de células na região que está sofrendo lesão. 
 
 
 
CASOS CLÍNICOS 
 
 
Qual a relação do aumento de bastões e segmentados com a resposta inflamatória aguda? 
 
 R: Foi gerado um estímulo inflamatório muito intenso, que é a pneumonia bacteriana, e esse estímulo muito intenso aumento a produção 
de neutrófilos pela medula óssea. Isto gerou a liberação de células jovens (que são os bastões), ou seja, a inflamação aguda aumentou a 
liberação de células jovens para o sangue periférico (tendo mais bastões e segmentado do que o normal- isto é a neutrofilia relacionado 
com inflamação aguda). 
 
 
Porque na ausência de infecção posso ter uma reação 
inflamatória, como por exemplo em um trauma tecidual 
(queimadura, pancada) ? 
 
Pois os DAMPS, que são padrões moleculares associados a 
danos, desencadeiam respostas inflamatórias do tipo estéril, 
ou seja, não infecciosa. Assim quando há uma lesão tecidual 
desencadeada por um dano, os DAMPS são liberados e são 
reconhecidos pelos PRRs (receptores de reconhecimento de 
padrão) que são receptores dos macrófagos, e as respostas 
inflamatórias são iniciadas. 
 
Porque há uma resposta inflamatória ao reconhecer um 
DAMP? 
 
Pois vai ser necessário ocorrer os fenômenos do processo 
inflamatório (irritação, reconhecimento, fenômenos 
morfológicos (alterativos), fenômenos vasculares, fenômenos 
exsudativos, fenômenos necrosantes e fenômenos de reparo) 
para que ocorra o reparo da lesão. 
 
 9 
Qual a relação da expectoração amarelada (catarro amarelado) com a inflamação aguda? 
 
R: Isso é causado pelo fenômeno exsudato que é o extravasamento de plasma rico em proteína e leucócitos (exsudato catarral).- veremos 
isso melhor na próxima aula 
 
 
 
 
O paciente precisou do uso de medicação vasopressora para o controle da pressão arterial. Qual a relação entre essa alteração na pressão 
arterial e o diagnóstico do caso acima? 
 
R: No caso acima o paciente apresenta apendicite com um quadro de inflamação aguda sistêmica, ou seja, a inflamação não foi apenas 
local (no apêndice) e sim geral (de forma sistêmica), assim, a inflamação aguda provocou uma vasodilatação sistêmica tendo como 
consequência a queda de pressão (isso é muito comum em inflamação aguda podendo evoluir para sepse), sendo necessário o uso de 
medicação vasopressora para reverter a vasodilatação e, consequentemente, o quadro da queda da pressão arterial. 
 
 
 
Qual a causa da reação inflamatória? Quais os mecanismos fisiopatológicos associados com a hiperemia e o inchaço? 
 
R: Lesão tecidual que liberou os DAMP’s. A hiperemia está relacionado com a vasodilatação (decorrente da produção de citocinas pró-
inflamatórias), e o inchaço esta relacionado com o fenômeno de exsudato pois, devido o aumento da permeabilidade do vaso 
(decorrente da produção de citocinas) houve o extravasamento de células e plasma rico em proteínas, causando o edema/inchaço

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