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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA 
COMPONENTE CURRÍCULAR : QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL TURMA : QUÍNTA-FEIRA
PRÁTICA Nº1- PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES 
1. Introdução 
Na natureza dificilmente as substâncias apresentam sua forma pura . Quase sempre elas se apresentam na forma de soluções , que se dá quando substâncias estão intimamente misturadas a nível iônico ou molecular . Situações deste tipo são muito comuns em nosso dia a dia , podendo-se dar destaque às reações em sistemas aquosos, além da grande disponibilidade da água como solvente, deve-se à tamanha importância da água como o meio onde ocorrem as reações bioquímicas. A água pura não existe naturalmente, mas sim repleta de íons, gases e minerais dissolvidos.
O ar que envolve a Terra é uma solução gasosa formada, principalmente, pelos gases N2 e O2; a água dos oceanos é uma solução líquida na qual encontramos vários sais dissolvidos; o guaraná também é uma solução aquosa, contendo açúcar, extratos de plantas e vários aditivo ; materiais de limpeza como a água sanitária que é composta por uma solução de hipoclorito de sódio ; medicamentos ,etc. No próprio corpo humano onde existem o sangue , o suco gástrico e a urina que são líquidos quem contém em solução um número enorme de substâncias que participam do metabolismo. 
Estudar as particularidades destas e de outras composições facilita o entendimento sobre a funcionalidade de cada uma, assim como a de cada substância que a compõe . 
2.Fundamentação Teórica 
Solução é uma mistura homogênea constituída por duas ou mais substâncias numa só fase. As soluções são formadas por um solvente (substância presente em maior quantidade em uma solução, por meio da qual as partículas do soluto são preferencialmente dispersas.) e um ou mais solutos (geralmente componente em menor quantidade).
2.1 Classificação 
As soluções podem ser classificadas quanto ao seu estado físico: sólido ,líquido ou gasoso.
2.1.1 Soluções gasosas 
Mistura de dois ou mais gases . Uma solução gasosa possui suas moléculas distantes umas das outras, em movimento rápido e caótico, colidindo frequentemente entre si e com as paredes do recipiente que a contém e preenchendo todo o seu espaço disponível, assim como ocorre em qualquer gás.
2.1.2 Soluções líquidas 
As soluções líquidas possuem arranjo molecular típico de um líquido puro, com suas partículas próximas umas das outras, ainda apresentando uma certa ordem. Uma solução líquida difere de um líquido puro por ser composta por diferentes partículas. As soluções líquidas que terão maior destaque nos estudos deste capítulo serão as soluções aquosas, nas quais o solvente é a água.
2.1.3 Soluções sólidas 
De acordo com Callister (2002), uma solução sólida se forma quandoátomos solutos são adicionados ao material hospedeiro, de forma que aestrutura cristalina é mantida, e nenhuma estrutura nova é formada .
2.2 Solubilidade 
Solubilidade é a propriedade que uma substância tem de se dissolver espontaneamente em outra substância formando uma solução. Pode-se haver a solubilidade de líquidos em líquidos e de sólidos em líquidos. A solução é chamada saturada quando contém uma quantidade de soluto igual à solubilidade a uma dada temperatura. Na solução saturada o soluto dissolvido e o não dissolvido estão em equilíbrio dinâmico entre si. Insaturada quando contém uma quantidade de soluto inferior à solubilidade a uma dada temperatura e Supersaturada quando a solução que contém uma quantidade de soluto superior a solubilidade a uma dada temperatura.
2.3 Unidades de concentração 
2.3.1 Molaridade .
Molaridade ou concentração molar é o número de mols do soluto dissolvido por litro de solução. Expressa na unidade mol/L (molar).
M= n° mol do soluto /Volume da solução 
2.3.2 Soluções percentuais ou Títulos.
Indica o número de mols de um componente expresso como uma porcentagem de número total de mols presentes.
2.3.3 Molalidade 
 Relaciona a quantidade de matéria de uma espécie de soluto ( em mols ) em uma solução dividida pela massa do solvente (em quilogramas). A unidade de molalidade é mols de soluto por kg de solvente (mol/kg ou mol.).
2.3.4 Normalidade 
A normalidade de uma solução é definida como sendo o número de equivalentes-gramas do soluto em 1 litro de solução. É uma unidade geralmente utilizada para certos cálculos de análise quantitativa.
Ma massa do soluto em gramas, Peq é o equivalente de soluto, que é a massa de um mol de soluto () por sua valência e V é o volume da solução em litros, ou seja:
A valência depende do tipo da substância:
· ácidos: é o número de H ácidos que possuem
· bases: é o número de grupos OH ácidos que contém
· sais: calcula-se multiplicando o índice do cátion ou do ânion pela valência respectiva.
 
3 Objetivo
 	Preparar 100 mL de uma solução de Carbonato de Sódio a 0,1Molar . Em seguida fazer a diluição da mesma preparando 50mL de solução à 0,02 Molar.
4. Metodologia 
4.1Materiais 
· Becker 
· Balança analítica 
· Funil de vidro 
· Bastão de vidro 
· Balão volumétrico 100 mL e 50 mL
· Pipeta de Pasteur 
· Espátula 
4.2 Métodos 
4.2.1 Preparação da solução 
· Primeiramente , na balança analítica , foi realizada a pesagem de aproximadamente 1,0599g do Carbonato de Sódio, onde pequenas quantias foram depositadas com a espátula ao becker contido na balança;
· Após a pesagem , foi adicionada ao Becker uma quantidade de água destilada suficiente para a diluição da substância , que se deu através do auxílio do bastão de vidro.
· Após a diluição com o funil de vidro foi realizada a transferência do material já diluído para o balão volumétrico.
· O Becker foi lavado algumas vezes passando os possíveis resquícios da substância deixada em seu interior para o balão. 
· Com a pisseta foi adicionada água destilada ao balão até aproximar-se da marca de aferição contida no mesmo . Onde a partir de então foi utilizada a pipeta de Pasteur, gota a gota , até atingir o volume necessário
· Com o balão sobre a bancada aferiu-se o menisco e o balão foi tampado.
· Foi feita a homogeneização agitando-se o balão.
4.2.2 Diluição
· Com o uso de uma proveta , foi medido o volume da solução aquosa de carbonato de sódio dado através dos cálculos .
· A solução foi passada da proveta para um balão volumétrico de 50 mL.
· Em seguida foi adicionada, com a pisseta, água destilada ao balão até o volume aproximar-se da marca de aferição contida no mesmo .
· Com o auxílio da Pipeta de Pasteur foi adicionada a quantidade de água destilada necessária para se atingir a marca de aferição.
· Foi feita a homogeneização agitando-se o balão.
5. Resultados e Discussões 
 
No preparo da solução de 100 mL de Carbonato de Sódio a 0,1 Molar , assim como na sua diluição , foram utilizados equipamentos volumétricos para a obtenção da precisão necessária , por ser um experimento quantitativo . O preparo envolve o uso de balões volumétricos nos quais apresentam marcações específicas para auxiliar no desenvolvimento das soluções , são chamadas de menisco , onde foram observadas com cautela durante o experimento , para haver uma aproximação máxima do volume e molaridade determinadas para a ocasião .
A balança analítica foi outro equipamento utilizado , onde suas quatro casa decimais são determinantes para sua precisão na pesagem do componente utilizado para o preparo da solução. Sendo importante haver a calibração para manter-se a estabilidade da mesma , apesar do conhecimentos mesmo sabendo dos fatores externos que podem interferir no momento da utilização . Sendo relevante evitar tais interferências , para consequentemente evitar os erros consequentes. 
A homogeneização é um dos fatores influentes no preparo de soluções , tendo em vista que a solução é uma mistura homogênea , a execução dessa etapa é imprescindível principalmente quando efetuada de forma excelente , assim como é importante ressaltar a a qualidade dos reagentes utilizados , detalhes a serem observados durante o manuseio dos mesmos ,garantindocerteza quantitativa e qualitativa da solução.
6. Conclusão
 Houve-se êxito no preparo da solução de 100mL de Carbonato de Sódio à 0,1 Molar , os cuidados durante o processo , principalmente com o manuseio das vidrarias foram tomados .Apesar disto, foram observados fatores relevantes para a contribuição dos possíveis erros , tais como o prazo de validade vencido do reagente , e algum possível erro na hora da aferição do menisco , erros nessas medições de volume podem gerar resultados de análises incorretos.
A oscilação dos valores dados pela balança analítica também é uma das causas que influenciam a qualidade da solução preparada , onde foi notória oscilação de algumas casas decimais durante o processo de pesagem. Assim como uma homogeneização insuficiente também pode ter contribuído para um possível erro.
 O processo de diluição feito ,também esteve sujeito a tais erros. Durante a medição do volume a se diluir , no qual utilizou-se a proveta para aferição do volume , e também durante a transferência para o balão volumétrico onde , como já comentado , precisa-se de uma aferição cautelosa para um melhor resultado do experimento. Ainda assim , o processo de diluição da solução de Carbonato de Sódio foi realizado , preparando-se 50mL , valor determinado para o experimento.
Referências 
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química , 3ª edição. PortoAlegre: Bookman, 2006.
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
Preparo de soluções . Disponível em :< http://www.quimica.ufpr.br/fmatsumo/antigo/2011_CQ092_PreparacaoDeSolucoes_Pratica2.pdf > . Acesso em: 25 de Agosto de 2018.

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