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EM_V05_QUÍMICA PROFESSOR

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Livro do Professor
Química
Volume 5
Presidente: Ruben Formighieri
Diretor-Geral: Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial: Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial: Júlio Röcker Neto
Gerente de Arte e Iconografia: Cláudio Espósito Godoy
Autoria: Fábio Roberto Batista
Supervisão Editorial: Jeferson Freitas
Coordenação de Área: Milena dos Passos Lima
Edição de Conteúdo: Gabriela Ido Sabino
Edição de Texto: Juliana Milani
Revisão: Alessandra Cavalli Esteche, Mariana Bordignon e Willian Marques
Supervisão de Arte: Elvira Fogaça 
Edição de Arte: Angela Giseli
Projeto Gráfico: YAN Comunicação
Ícones: ©Shutterstock/ericlefrancais, ©Shutterstock/Goritza, ©Shutterstock/Lightspring, 
©Shutterstock/Chalermpol, ©Shutterstock/Macrovector, 
©Shutterstock/Blinka
Imagens de Abertura: ©Shutterstock/Postolit e ©Shutterstock/Poznyakov
Editoração: Studio Layout Ltda
Ilustrações: Angela Giseli, Divo, Jack Art
Pesquisa Iconográfica: Janine Perucci (Supervisão) e Lenon de Oliveira Araújo
Engenharia de Produto: Solange Szabelski Druszcz
Produção
Editora Positivo Ltda.
Rua Major Heitor Guimarães, 174 – Seminário
80440-120 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3312-3500
Site: www.editorapositivo.com.br
Impressão e acabamento
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC
81310-000 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3212-5451
E-mail: posigraf@positivo.com.br
2018
Contato 
editora.spe@positivo.com.br
Todos os direitos reservados à Editora Positivo Ltda.
©Editora Positivo Ltda., 2015
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
B333 Batista, Fábio Roberto.
 Química : ensino médio / Fábio Roberto Batista ; ilustrações Angela Giseli, Divo, Jack Art. –– 
Curitiba : Positivo, 2015.
v. 5 : il.
Sistema Positivo de Ensino
ISBN 978-85-467-0197-1 (Livro do aluno)
ISBN 978-85-467-0198-8 (Livro do professor)
1. Química. 2. Ensino médio – Currículos. I. Giseli, Angela. II. Divo. III. Art, Jack. IV. Título.
CDD 373.33
Dispersões: estudo das soluções ..................... 4
Classificação das dispersões ............................................................................ 5
 Suspensão............................................................................................................................................... 6
 Coloide ................................................................................................................................................... 6
 Solução ................................................................................................................................................... 9
Concentração de uma solução ........................................................................ 14
 Concentração comum ............................................................................................................................. 14
 Título ...................................................................................................................................................... 15
 Concentração em quantidade de matéria por volume ............................................................................. 15
 Concentração em quantidade de matéria por massa ............................................................................... 16
Variação na concentração de uma solução ...................................................... 20
 Diluição .................................................................................................................................................. 21
 Evaporação ............................................................................................................................................. 22
 Mistura de soluções ................................................................................................................................ 22
Propriedades das soluções ............................. 37
Propriedades de líquidos puros....................................................................... 38
 Pressão de vapor de um líquido ............................................................................................................. 38
 Temperatura de ebulição de um líquido ................................................................................................. 40
Efeitos coligativos – aspectos qualitativos ...................................................... 47
 Tonoscopia ............................................................................................................................................. 47
 Ebulioscopia ........................................................................................................................................... 48
 Crioscopia ............................................................................................................................................... 49
 Osmose .................................................................................................................................................. 50
09
10
Sumário
O projeto gráfico atende aos objetivos da coleção de diversas formas. As ilustrações, os diagramas e as figuras contribuem para a 
construção correta dos conceitos e estimulam um envolvimento ativo com temas de estudo. Sendo assim, fique atento aos seguintes ícones:
Fora de escala numéricaFormas em proporçãoColoração artificial
Imagem ampliadaImagem microscópicaColoração semelhante ao natural
Representação artísticaEscala numéricaFora de proporção
Acesse o livro digital e 
conheça os objetos digitais 
e slides deste volume.
4
Dispersões: 
estudo das soluçõe
s 
 As águas dos rios em Bonito (MS) são perfeitas para a prática de flutuação e mergulho. Graças à composição 
puramente calcária das rochas onde nascem os rios e à correnteza suave, a transparência e a visibilidade são as 
características principais desse lugar. 
1. A elevada concentração de carbonato de cálcio (calcário) em alguns rios permite que a água fique sempre 
transparente, pois impede que qualquer tipo de partícula fique suspensa. Nesse contexto, o que você entende 
pela palavra concentração? 
2. Concentrações elevadas de carbonato de cálcio na água podem ser prejudiciais às atividades cotidianas. 
Pesquise aspectos negativos da presença desse sal na água de abastecimento público.
09
Pulsar Imagens/André Seale
As águas dos rios em Bonito (MS) são perfeitas para a prática de flutuação e mergulho. Graças à composição 
Ponto de partida 
1
5
A maioria dos materiais presentes no nosso dia a dia é 
constituída por uma mistura de substâncias dividida em: 
homogênea e heterogênea. Ao analisar a composição de 
um rio, por exemplo, encontramos uma grande variedade de 
substâncias. 
Independentemente do tipo de mistura, qualquer 
sistema em que determinada substância está espalhada 
em outra na forma de pequenas partículas é conhecido 
como dispersão. A substância que se encontra disseminada 
chama-se disperso e a outra é o dispersante.
Classificação das dispersões
As dispersões são formadas por partículas de disperso de diferentes características e tamanhos, podendo ser 
classificadas conforme o esquema: 
Diâmetro das
partículas
Até 1 nm de 1 a 1 000 nm Acima de 1 000 nm
Solução Coloide Suspensão
Pode-se dizer que, entre o caso extremo de dissolução perfeita (mistura homogênea) e o de separação total 
(mistura heterogênea), existem situações intermediárias com menor ou maior grau de disseminação de uma 
substância na outra.
Para classificar o tamanho das partículas no coloide, uti-
lizou-se a referência: JAFELICCI, Miguel Junior; VARANDA, 
Laudemir Carlos. O mundo dos coloides. Química Nova na 
Escola, São Paulo, n. 9, maio 1999.
Lembre que, no Sistema Internacional de Unidades (SI), o 
nano representa 10–9, ou seja, 1 nm corresponde a 10–9 m.
D
iv
o.
 2
01
1.
 D
ig
ita
l.
A mistura homogênea, devido ao seu 
as-
pectouniforme, apresenta uma única f
ase 
com as mesmas propriedades em tod
os 
os seus pontos. A mistura heterogên
ea 
apresenta mais de uma substância e m
ais 
de uma fase, por isso, não tem as mesm
as 
propriedades em toda a sua extensão.
 conceituar e identificar as principais diferenças entre as dispersões; 
 classificar determinada solução com base na solubilidade; 
 prever a solubilidade de uma substância por meio da interpretação de gráficos em função 
da temperatura e da pressão; 
 interpretar e calcular diferentes unidades de concentração e suas variações; 
 determinar grandezas como massa, volume e quantidade de matéria em cálculos envol-
vendo concentrações de soluções. 
Objetivos da unidade:
diferenças entre as dispersões; 
base na solubilidade;
Tanto o meio de dispersão quanto a fase 
dispersa podem ser sólidos, líquidos ou ga-
sosos.
6 Volume 5
Suspensão
Quando a heterogeneidade dos aglomerados de átomos, 
íons ou moléculas pode ser visivelmente observada a olho 
nu ou com auxílio de instrumentos ópticos simples, tem-se 
a suspensão. 
Para esse tipo de dispersão, destacam-se as seguintes ca-
racterísticas:
 • apresenta disperso com diâmetro superior a 1 000 nm; 
 • constitui uma mistura heterogênea; 
 • sedimenta pela ação da gravidade ou de cen-
trífuga simples, sendo as partículas retidas pelo 
filtro comum. 
Coloide
A olho nu, muitos materiais são classificados como 
homogêneos. Porém, se forem observados com auxílio 
de um instrumento óptico mais avançado, é possível 
enxergar os aglomerados de partículas. Para esse caso 
de dispersão, tem-se um coloide. 
Os coloides estão presentes em vários produtos utilizados no cotidiano. De acordo com a fase dispersa e o meio de 
dispersão, recebem denominações específicas. Observe o quadro a seguir:
Coloide Fase dispersa Fase dispersante Exemplos
Aerossol líquido líquido gás
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
PH
O
TO
 F
U
N
neblina e desodorante
Aerossol sólido sólido gás
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
O
le
g
u
sk
poeira e fumaça
Espuma gás líquido
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
Fa
b
io
 A
lc
in
i
espuma de combate a incêndio e 
espuma de barbear
 A preparação de alguns tipos de antibióticos é um 
exemplo de suspensão.
La
tin
st
oc
k/
co
rb
is
/B
SI
P/
G
O
D
O
N
G
 
O termo coloide (do grego 
kólla, cola + eîdos, forma) 
foi proposto pelo químico 
escocês Thomas Graham 
(1805-1869) para indicar ca-
racterísticas intermediárias en-
tre os materiais homogêneos e 
os heterogêneos. Graham é conhecido po
r suas pesquisas na difusão 
de gases e líquidos nos coloides.
G
et
ty
 Im
ag
es
/S
ci
en
ce
 &
 S
oc
ie
ty
 
Pi
ct
u
re
 L
ib
ra
ry
7Química
Coloide Fase dispersa Fase dispersante Exemplos
Espuma sólida 
(aerogel)
gás sólido ©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
si
ra
st
oc
k
espuma de colchão (poliuretano) e 
isopor expandido
Emulsão líquido líquido
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
O
le
n
a 
Ka
m
in
et
sk
a
maionese, leite e manteiga
Emulsão sólida 
(gel)
líquido sólido
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
C
on
st
an
tin
e 
Pa
n
ki
n
pérola e margarina
Sol sólido líquido
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
Se
b
as
tia
n
 D
u
d
a
pasta de dente e tinta
Sol sólido sólido sólido
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
N
an
cy
 B
au
er
plástico pigmentado e vidro
8 Volume 5
Para esse tipo de dispersão, destacam-se as seguintes características:
 • apresenta disperso com tamanho médio entre 1 e 1 000 nm; 
 • constitui uma mistura heterogênea formada por grandes aglo-
merados de átomos, moléculas ou íons; 
 • não sedimenta sob a ação da gravidade; consequentemente, as 
partículas são retidas apenas por filtros especiais; 
 • reflete a luz por ação do efeito Tyndall. 
Um cientista em seu laboratório não é um 
mero técnico: ele também é uma criança, con-
fronta fenômenos naturais que o impressionam, 
como se fossem contos de fadas. 
Marie Curie
Experimento
Observação do efeito da luz nas dispersões
Materiais
5 béqueres; 1 colher de café; xampu; sal de cozinha; areia; álcool; água destilada (ou filtrada); laser pointer. 
Não direcione o laser pointer para os olhos, pois pode provocar lesões e até levar à perda da visão.
Como fazer 
1. Numere os béqueres. 
2. Adicione água destilada até 1/3 do volume em cada béquer.
3. Ao béquer nº. 2, adicione uma colher de café de álcool.
4. Ao béquer nº. 3, adicione uma colher de café de sal de cozinha.
5. Ao béquer nº. 4, adicione uma colher de café de xampu.
6. Ao béquer nº. 5, adicione uma colher de café de areia.
7. Agite bem as misturas e, depois, deixe-as em repouso por cerca de 10 minutos. 
8. Observe os béqueres de 2 a 5, comparando-os com o béquer que contém apenas água.
9. Com o laser pointer direcione o feixe de luz para cada material líquido. 
10. Observe o comportamento do feixe de luz ao atravessar o material.
Resultados e conclusão 
a) O que foi observado no experimento?
b) Classifique os sistemas testados em homogêneos ou heterogêneos.
O feixe de luz sofre interferência apenas na mistura (água e xampu) contida no béquer 4. 
Homogêneos: béqueres 1, 2 e 3.
Heterogêneos: béquer 4 e 5.
Caso tenha disponibilidade, outras soluções e coloides (como a gelatina) podem ser utilizados neste experimento.
A olho nu, o xampu é homogêneo. Porém, 
com instrumentos de alta precisão, é pos-
sível observar partículas que são suficien-
temente grandes para dispersarem a luz 
(efeito Tyndall).
Também podem ser constituídas por macromoléculas ou macroíons. 
O efeito Tyndall é um efeito óptico 
de 
espalhamento da luz provocado p
elo 
aglomerado de partículas de um sistem
a 
coloidal. Essas partículas são suficien
te-
mente grandes para refletir e dispersa
r a 
luz. Graças a esse efeito, é possível, p
or 
exemplo, observar, pela luz do farol 
do 
carro, as gotículas de água que formam
 a 
neblina ou, pela réstia de luz, as partícu
las 
de poeira suspensas no ar.
La
tin
St
oc
k/
Ph
ot
or
es
ea
rc
h
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s/
C
h
ar
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s 
D
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in
te
rs
9Química
Solução
Toda mistura homogênea em que ao menos uma substância se dispersa (dissolve) em outra é conhecida como 
solução. Nesse tipo de dispersão, o disperso é chamado de soluto e o dispersante de solvente. Em geral, o soluto repre-
senta o componente que está dissolvido e em menor quantidade. Entretanto, para soluções aquosas, a água é sempre 
o solvente e, por isso, é conhecida como solvente universal. 
SOLUÇÃO = SOLUTO + SOLVENTE
Uma solução tem as seguintes características:
 • apresenta partículas de soluto (ou disperso) com diâmetro até 1 nm; 
 • constitui uma mistura homogênea formada por moléculas ou íons comuns;
 • não sedimenta, nem mesmo sob ação de ultracentrífugas.
Classificação das soluções
De modo geral, as soluções podem ser classificadas segundo alguns critérios: estado físico, natureza do soluto e 
quantidade de soluto dissolvido.
Estado físico
De acordo com o estado físico, a solução pode ser: 
 • Sólida – quando todos os componentes são sólidos. As li-
gas metálicas, como o bronze (Cu + Sn), o latão (Cu + Zn) 
e o ouro 18 quilates (Au + Cu) são exemplos desse tipo de 
solução.
O foco deste material será o 
estudo de soluções aquosas.
Em soluções aquosas não é necessário 
especificar o solvente, ou seja, deve-se 
citá-lo somente nos casos em que for 
uma substância diferente da água.
Destaque que a principal característi-
ca de uma solução consiste no fato de 
ela ser homogênea, isto é, apresentar 
propriedades iguais (uniforme) em 
toda a sua extensão.
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
G
rig
or
iy
 P
il
 O bronze é uma liga metálica cujo constituinte 
principal é o cobre.
P.
 Im
ag
en
s/
Pi
th
 A água mineral é uma 
solução líquida com 
vários sais dissolvidos.
É interessante recordar os métodos de 
separação para misturas homogêneas 
(soluções). Relembre que para essa dis-
persão os componentes não podem ser 
separados por filtração, mas a separa-
ção pode ocorrer por outros processos 
físicos, como a destilação comum.• Líquida – um dos componen-
tes deve estar no estado líquido. 
Por isso, são formadas por uma 
ou mais substâncias (solutos) 
dissolvidas em um solvente.
 • Gasosa – os componentes encontram-se no estado 
gasoso. Como os gases se misturam uniformemente 
e em qualquer proporção, pode-se afirmar que toda 
e qualquer mistura gasosa sempre será uma solução.
La
tin
st
oc
k/
Ra
d
iu
s 
Im
ag
es
 O ar atmosférico, isento 
de partículas sólidas, é 
uma solução gasosa.
Relembre que a diferença entre um gás puro 
e uma solução gasosa é que a mistura não é 
constituída por um único tipo de partícula (mo-
lécula ou átomo).
P.
 Im
ag
en
s/
Pi
th
10 Volume 5
Natureza do soluto 
Dependendo das partículas dissolvidas na solução, ela se classifica em molecular ou iônica.
 • Molecular: as partículas do soluto são moléculas, por isso não conduzem corrente elétrica – solução não eletro-
lítica. A sacarose (açúcar comum), ao se dissolver na água, origina esse tipo de solução, conforme representado 
pela equação a seguir. 
C6H12O6(s) + H2O(ℓ) C6H12O6(aq) 
 • Iônica: as partículas do soluto são íons, por isso conduzem corrente 
elétrica – solução eletrolítica. Observe os exemplos a seguir. 
NaCℓ(s) + H2O(ℓ) Na
+
(aq) + Cℓ
–
(aq) (dissociação iônica)
HCℓ(g) + H2O(ℓ) H
+
(aq) + Cℓ
–
(aq) (ionização)
Quantidade de soluto dissolvido
Para classificar as soluções segundo esse critério, é necessário verificar a capacidade de dissolução do soluto em um 
solvente. Essa propriedade é conhecida como solubilidade.
A solubilidade corresponde à máxima quantidade de soluto dissolvida em uma 
quantidade específica de solvente, a dada pressão e temperatura.
Considera-se a pressão de 1 atm.
Observe na tabela os valores de solubilidade para o nitrato de potássio (KNO3) em água.
Temperatura (ºC)
Solubilidade 
(g de KNO3/100 g de H2O)
0 13,9
10 21,2
20 31,6
30 45,3
40 61,3
60 106
80 167
90 203
100 245
DEAN, J. A. Lange’s Handbook of Chemistry. 15. ed. New York: McGraw-Hill, 1999. p. 5-18.
Por exemplo, a solubilidade do nitrato de potássio (KNO3) a 20 ºC é 31,6 g/100 g de água. Em outras palavras, nessa 
temperatura, a quantidade máxima de nitrato de potássio dissolvida em 100 g de água corresponde a 31,6 g.
Dependendo das possíveis interações das partículas de soluto com as moléculas de solvente, a quantidade de 
soluto que se dissolve pode ser menor ou até mesmo maior que o valor da solubilidade. Dessa forma, a solução pode 
ser classificada em: insaturada, saturada e supersaturada. 
Normalmente, a quanti-
dade de solvente (água) 
utilizada é de 100 g, o que 
corresponde a 100 mL 
(dH2O = 1 g/mL).
Na dissociação iônica, os íons são separad
os.
Na ionização, os íons são formados 
pela 
quebra da ligação covalente entre átomo
s de 
diferentes eletronegatividades.
11Química
 • Insaturada: a quantidade de soluto na solução é inferior ao valor máximo que o solvente pode dissolver.
 • Saturada: a quantidade de soluto na solução corresponde ao valor máximo indicado pela solubilidade.
Após a obtenção da solução saturada, toda e qualquer quantidade de soluto adicionada não será dissolvida. As 
concentrações dos íons permanecem constantes e qualquer sólido adicional será depositado no fundo do recipiente. 
Nesse caso, a solução está saturada, porém com corpo de fundo.
 • Supersaturada: a quantidade de soluto na solução é superior ao valor máximo que o solvente pode dissolver. 
Embora pareça contraditório, é possível, em condições especiais, ter uma solução em que há mais soluto 
dissolvido do que em uma solução saturada. Entretanto, por conta de sua alta instabilidade, quando perturbada 
por ação de agentes externos, como choques mecânicos ou adição de um pequeno cristal de soluto, de alguma 
forma, o soluto em excesso precipita. Ao final, tem-se uma solução saturada com corpo de fundo. 
33 g
de KNO
3
o100 g de H O (20 C)
2
31,6 g de KNO (dissolvidos)
3 
1,4 g de KNO (não dissolvido)
3 
em 100 g de H O (20 °C)
2
Solução insaturada
Solução saturada
com corpo de fundo
Aquecimento Resfriamento Perturbação
Solução saturada
com corpo de fundo
33 g de KNO (dissolvidos)
3 
em 100 g de H O (40 °C)
2
S = 61,3 g de KNO /100 g de H O (40 °C)
3 2
Solução supersaturada
(solução instável)
33 g de KNO (dissolvidos)
3 
em 100 g de H O (20 °C)
2
31,6 g de KNO (dissolvidos) com
3 
1,4 g de KNO (não dissolvido)
3 
em 100 g de H O (20 °C)
2
2 Solução insaturada: diluída e concentrada. 
3 Obtenção de uma solução supersaturada para dissoluções endotérmicas. 
A solução saturada com corpo de fundo não deixa de ser satu-
rada, ou seja, apresenta a máxima quantidade de soluto dissol-
vido. A diferença é que, atingida a solubilidade, o excesso não 
se dissolve, sendo depositado no fundo do recipiente. 
Ilu
st
ra
çõ
es
: D
iv
o.
 2
01
1.
 D
ig
ita
l.
12 Volume 5
Quando a solubilidade de determinado soluto é conhecida em várias temperaturas, é possível representar seus 
valores em uma curva de solubilidade.
Por meio dessa curva também é possível comparar a solubilidade de várias substâncias com a variação da temperatura. 
Em geral, na maioria das soluções líquidas, em que solutos sólidos estão dissolvidos em um líquido, a solubilidade 
aumenta com o aumento da temperatura. Quando as dissoluções são favorecidas pelo aquecimento, tem-se 
uma solução endotérmica. Ao contrário, quando as dissoluções não são favorecidas pelo aumento da temperatura, são 
ditas exotérmicas.
ConexõesConexões
Sob pressão elevada, bebidas gaseificadas são exemplos de soluções supersaturadas. 
Ao destampar uma garrafa de refrigerante, por exemplo, o sistema sofre uma perturbação 
que provoca a expulsão do excesso de gás dissolvido. Entretanto, por mais que ocorra a 
saída de gás, a solução remanescente pode continuar por algum tempo supersaturada de 
dióxido de carbono. 
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
Br
en
t 
H
of
ac
ke
r
A dissolução do CO2(g) na água é um processo exotérmico, por isso é necessário o resfriamento do sistema.
Em determinada temperatura, substâncias diferentes podem apresentar a mesma solubilida-
de, porém suas curvas de solubilidade são necessariamente diferentes.
 Curva de solubilidade do nitrato 
de potássio (KNO3) em função da 
temperatura
Os pontos na curva correspondem à quantidade máxima de soluto que se dissolve em determinada temperatura. 
Portanto, nesses pontos, a solução é dita saturada. Regiões abaixo da curva indicam que a solução obtida tem 
menos soluto dissolvido do que o valor correspondente à solubilidade, isto é, a solução é insaturada. Já regiões 
acima da curva indicam soluções saturadas com corpo de fundo. No entanto, em condições especiais, a dissolução 
do soluto em quantidades maiores do que o valor da solubilidade pode resultar em uma solução supersaturada.
4 Saiba sobre: a curva de solubilidade e o ponto de inflexão. 
Diferentemente da maioria dos solu
tos 
sólidos em líquidos, os solutos gaso
sos 
são influenciados, além da temperatu
ra, 
pela pressão. O aumento da temperatu
ra 
e a diminuição da pressão provocam u
ma 
diminuição na solubilidade do gás no
 lí-
quido. Por esse motivo, depois de abert
as, 
bebidas gaseificadas, como o refrigeran
te, 
são conservadas em geladeira. 
13Química
5 Gabaritos.
1. A principal característica de uma solução consiste no 
fato de ela ser: 
( F ) homogênea ou heterogênea, dependendo das 
condições de pressão e temperatura. 
( V ) sempre uma mistura homogênea. 
( F ) um sistema homogêneo, podendo ser constituído 
por uma substância pura em um único estado físico. 
( F ) um sistema com mais de uma fase. 
( F ) sempre formada por um soluto sólido dissolvido 
em um líquido.
2. (UFAM) Adicionando-se soluto a um solvente, chega- 
-se a um ponto em que o solvente não mais consegue 
dissolver o soluto. Neste ponto a solução torna-se: 
a) supersaturada. 
b) concentrada. 
c) fraca. 
X d) saturada. 
e) diluída. 
3. (UFPE) A solubilidade do oxalato decálcio a 20 °C é de 
33,0 g por 100 g de água. Qual a massa, em gramas, 
de CaC2O4 depositada no fundo do recipiente quando 
100 g de CaC2O4(s) são adicionados em 200 g de água 
a 20 °C? 
4. Um gráfico que relaciona a solubilidade e a tempera-
tura é chamado de curva de solubilidade. Observe as 
curvas representadas no gráfico a seguir e responda 
às questões.
0
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
S
ol
ub
ili
da
de
 (
g/
1
0
0
 g
 d
e 
H
O
)
2
Temperatura ( C)°
Na
NO 3
Ca
Cℓ 2
Pb
(N
O
)
3
2
KN
O 3
NaCℓ
KCℓ
K
Cr
O
2
2
7
KC
Oℓ 3
Ce (SO
2 4
)
3
a) Considerando apenas as curvas correspondentes 
às substâncias nitrato de sódio e nitrato de chumbo 
II, qual é a mais solúvel?
4.
b) Em qual temperatura, aproximadamente, as solubi-
lidades do cloreto de potássio e do cloreto de sódio 
são iguais? 
c) Das substâncias apresentadas, qual tem maior 
variação de solubilidade na faixa de temperatura 
entre 0 ºC e 20 ºC? 
d) A 20 ºC, qual substância é a mais solúvel? E qual é 
a menos solúvel? Justifique sua resposta de acordo 
com o valor da solubilidade para cada substância. 
e) Qual é a quantidade máxima de dicromato de 
potássio capaz de se dissolver em 200 mL de água 
a 50 ºC?
f) Qual é a massa de uma solução saturada de nitrato 
de sódio, a 10 ºC, dissolvido em 500 mL de água?
5. A tabela fornece valores de solubilidade do cloreto de 
potássio em função da temperatura.
Temperatura 
(ºC)
Solubilidade 
(g/100 g H2O)
10 31,0
20 34,0
30 37,0
40 40,0
 Com os dados fornecidos, construa a curva de solubi-
lidade desse sal.
KCℓ
Sugestão de atividades: questões 1 a 7 da seção 
Hora de estudo.
Atividades
1 A i i
14 Volume 5
Concentração de uma solução
A relação entre a quantidade de soluto e a quantidade de solução (ou de solvente) é conhecida como concentração 
de uma solução. Essas quantidades podem ser expressas por diferentes grandezas, como massa, volume e quantidade 
de matéria (mol). Por isso, há várias maneiras de representar quantitativamente a concentração de uma solução. 
Concentração comum
A maneira mais comum para expressar a concentração de uma solução é por meio da relação entre a massa do 
soluto (ms) dissolvida em um volume-padrão da solução (V). Essa grandeza é conhecida como concentração comum 
(C) e, normalmente, é expressa em g/L. 
C
m
V
s
Densidade
Diferentemente da concentração comum, a densidade (d) relaciona a massa da solução (m) em determinado 
volume (V). Lembre os alunos de que a massa da solução é obtida pela soma das massas do soluto e do solvente.
d = 
m
V
6 Densidade x Concentração comum.
Neste material, será adotada a seguinte convenção para a 
identificação dos componentes de uma solução: s (soluto) e sv 
(solvente). Quando a quantidade se referir à solução, não será 
colocada nenhuma identificação.
Qualquer outra unidade que relacione a massa de soluto e o volume da solução pode ser 
considerada como unidade para a concentração comum.
É importante comentar que, para determi-
nar essa concentração, não há interesse na 
quantidade de solvente adicionado. 
A determinação da densidade é utilizada para controlar a qualidade do álcool 
combustível. De acordo com as especificações da Agência Nacional de Petróleo 
(ANP), o etanol vendido nos postos de abastecimento deve apresentar densidade 
entre 0,82 e 0,88 g/cm3. Esses valores podem ser analisados por meio de 
dispositivos transparentes, que se encontram ao lado da bomba de combustível, 
conhecidos como densímetros. Quando o álcool combustível está irregular, a 
densidade visualizada pelo aparelho se modifica apontando para valores fora do 
padrão, comprovando a adulteração. 
P.
 Im
ag
en
s/
Pi
th
 Os densímetros são aparelhos utilizados, em 
algumas bombas de abastecimento, para controlar 
a qualidade de determinado combustível.
ConexõesConexões
15Química
Título
Muito utilizado na indústria química, alimentícia e farmacêutica, o título ( ) é a razão estabelecida entre certa quan-
tidade de soluto(s) e a solução, com as mesmas grandezas e unidades físicas. Portanto, o título é adimensional.
Se a relação é em massa, tem-se o título em massa. Caso seja em volume, tem-se o título em volume. 
τ τm
s sm
m
= =V
V
V
Na prática, é mais comum utilizar o título em porcentagem. Esse tipo de representação é habitualmente encontra-
do em embalagens de alimentos, cosméticos, medicamentos, produtos de limpeza, entre outros. 
Para indicar a porcentagem de soluto na solução, basta multiplicar o título por 100.
τ τ% = ⋅100
As frações percentuais em massa e em volume podem ser expressas em duas unidades, o grau INPM (ºINPM) e o 
grau GL (ºGL), respectivamente. O álcool 70, por exemplo, é o nome comercial do álcool etílico hidratado 70 ºINPM 
(70% m/m) ou 77 ºGL (77% v/v). 
Partes por milhão 
Quando a quantidade de soluto é muito pequena, o título ou a porcentagem não são ideais para representar a 
concentração de uma solução. Nesse caso, a relação entre as quantidades pode ser expressa em partes por milhão 
(ppm), que indica quantas partes (em massa ou em volume) de soluto existem em um milhão de partes da solução. 
Para concentrações extremamente baixas, utilizam-se também ppb (partes por bilhão) e ppt (partes por trilhão). 
1 ppm = 
1 parte
10 partes6
São várias as unidades que representam a concentração em ppm (partes por milhão), entre as mais utilizadas, têm-
-se mg/kg e mL/m3. 
Concentração em quantidade de matéria por volume 
Também conhecida como concentração em mol/L ([ ]), é a relação entre a quantidade de matéria do soluto (ns) e 
o volume da solução (V). Muito utilizada nos cálculos químicos, sua principal vantagem é que em uma reação química 
o(s) reagente(s) e o(s) produto(s) se relacionam em proporções definidas pela quantidade de matéria (mol), conforme 
os coeficientes estequiométricos da equação. Além disso, o mol está diretamente relacionado à quantidade de enti-
dades quaisquer, como moléculas, átomos e íons.
⎡⎣ ⎤⎦ = 
n
V
s
A unidade utilizada para expressar essa relação entre o soluto e a solu-
ção é o mol/L. 
adimensional: que não tem dimensão.
A sigla INPM refere-se ao Instituto Nacional de Pesos e Medidas e a sigla GL a Gay-Lussac. Para 
fazer a conversão entre as unidades GL e INPM, é necessário utilizar a densidade do etanol, que 
corresponde a 0,78 g/mL.
Dizer que a concentração de uma solução é muito 
pequena significa dizer que a solução está muito 
diluída, de modo que a massa da solução é pratica-
mente igual à massa do solvente.
A IUPAC não recomenda os termos 
concentração molar e molaridade, 
porém é válido orientar os alunos que 
essas terminologias podem aparecer 
em algumas questões de vestibular.
Os coeficientes estequiométricos possi
-
bilitam prever a quantidade de reagente(s
) 
e de produto(s) em uma reação. 
16 Volume 5
Concentração em quantidade de matéria por volume para íons
Para soluções iônicas, é possível também calcular a quantidade de matéria para cada um dos íons presentes em 
determinado volume da solução. Observe as dissociações iônicas e a ionização a seguir: 
1 NaOH(aq) 1 Na
+
(aq) + 1 OH
–
(aq) (dissociação iônica)
0,5 mol/L 0,5 mol/L 0,5 mol/L
1 Aℓ2(SO4)3(aq) 2 Aℓ
3+
(aq) + 3 SO4
2–
(aq) (dissociação iônica)
0,5 mol/L 2 0,5 mol/L + 3 0,5 mol/L
1 mol/L 1,5 mol/L
1 H2SO4(aq) 2 H
+
(aq) + 1 SO4
2–
(aq) (ionização) 
0,5 mol/L 2 0,5 mol/L 1 0,5 mol/L
1 mol/L 0,5 mol/L
Concentração em quantidade de matéria por massa
Essa forma de concentração é especialmente útil ao se trabalhar com soluções que possam sofrer variações de 
temperatura, o que dificulta a determinação do seu volume. Por esse motivo, é bastante empregada em processos 
industriais, além de ser mais prática para se trabalhar com grandes quantidades de massa.
A concentração em quantidade de matéria por massa (W) relaciona a quantidade de matéria do soluto (ns) com a 
massa do solvente (msv), em kg. Portanto, sua unidadede medida é o mol/kg de solvente.
W
ns
sv
 = 
m
As várias maneiras de expressar quantitativamente a concentração de uma solução podem ser relacionadas para 
facilitar a conversão entre as diferentes grandezas. Para isso, utiliza-se a seguinte expressão geral: 
C = d 1000 = [ ] M τ ⋅ ⋅ ⋅
C = concentração comum
 = título
d = densidade
[ ] = concentração em mol/L
M = massa molar
Apesar de prática, é válido ressaltar com os alunos a importância da conversão entre as 
grandezas utilizando a interpretação do enunciado e a organização dos dados por proporção.
Diferentemente das unidades de concentração es-
tudadas até então, a concentração em quantidade 
de matéria por massa é a única que relaciona a 
quantidade de matéria do soluto com a quantidade 
do solvente, e não com a da solução. 
17Química
álcool etílico: também chamado de etanol, é o álcool presente nas bebidas alcoólicas.
Atividades
1. O principal carboidrato existente na corrente sanguí-
nea é a glicose. Valores de referência para exame de 
glicemia, em jejum de 12 horas, estão registrados na 
tabela a seguir: 
Valores em mg/dL
Hipoglicemia < 70
Normal 70 – 100 
Tolerância diminuída à glicose 100 – 126 
Possível diabetes mellitus > 126
 Observação: mg/dL = miligramas por decilitro
 Com base nas informações, determine a concentração 
média, em g/L, de glicose no sangue em pacientes 
normais.
Considerando a variação da taxa normal de 70 mg a 100 mg 
para 1 dL de sangue, pode-se dizer que 85 mg correspondem 
à quantidade média de glicose presente no volume de sangue 
analisado. 
Portanto,
85 mg de glicose — 1 dL de sangue
x — 10 dL de sangue (= 1 L)
x = 850 mg = 0,85 g de glicose ∴ 0,85 g/L
O cálculo também pode ser feito por fórmula:
C
m
V
C g L
s=
= =
−85 10
0 1
85
3⋅
,
, /0
2. A porcentagem em massa é geralmente utilizada para 
indicar a composição de nutrientes de alimentos sóli-
dos. Observe o rótulo de uma lata de leite em pó inte-
gral instantâneo. 
7 Diferentes maneiras de resolver as questões. 
 Com base nas informações nutricionais indicadas para 
o preparo de um copo de leite, calcule a porcentagem 
(título percentual) em massa de cálcio. 
 
400 mg de cálcio — 20 g de leite em pó
x — 100 g de leite em pó
x = 2 000 mg = 2 g de cálcio ∴ 2%
O cálculo também pode ser feito por fórmula: 
τ
τ
=
= = =
m
m
s
0 4
20
0 02 2
,
, %
3. A cachaça, bebida alcoólica tipicamente brasileira, é 
o nome dado à aguardente de cana-de-açúcar. 
 Obtida pela destilação do mos-
to fermentado da cana, a aná-
lise de determinada marca de 
cachaça revelou a presença de 
45,8 mL de álcool etílico para 
A ingestão de bebidas alcoólicas é um
 grande problema social, 
visto que é uma droga de ampla aceit
ação e fácil obtenção, mas 
que contém todas as características das
 demais drogas, como pre-
juízo da saúde do usuário, alteração do e
stado mental, entre outros. 
cada copo de 120 mL. Deter-
mine a graduação alcoólica 
dessa bebida calculando a por-
centagem em volume. 
 
45,8 mL de etanol — 120 mL de cachaça
x — 100 mL de cachaça
x 38 mL de etanol ∴ 38% ( = 0,38)
O cálculo também pode ser feito por fórmula: 
τ
τ
=
= ≅ =
V
V
s
45 8
120
0 38 38
,
, %
P.
 Im
ag
en
s/
Pi
th
La
tin
st
oc
k/
St
oc
kF
oo
d
/V
ar
el
la
, M
on
ic
a
18 Volume 5
4. (UFMA) A 30 km de altitude, aproximadamente, está 
concentrada a camada de ozônio. Nessa parte da 
estratosfera, existem 5 moléculas de O3 para cada 
milhão de moléculas de O2. Considerando o O2 como 
único diluente, calcule a concentração em ppm de O3 
nessa altitude.
 
5 moléculas de O3 — 1 000 000
1 106
� ���� ���� de moléculas de O2 ∴ 5 ppm
5. O monóxido de carbono é um gás incolor, inodoro e 
altamente tóxico. É um poluente que se combina com 
a hemoglobina, nos glóbulos vermelhos do sangue, e 
a inutiliza para o transporte de oxigênio pelo corpo. 
Sem essa função essencial da hemoglobina, ou seja, 
sem oxigênio, ocorre a asfixia. O limite tolerável de CO 
em um ambiente é de 39 ppm (em volume). Calcule a 
quantidade máxima permitida desse poluente em um 
ambiente com 52 000 litros de ar.
 
39 L de CO — 1 106 L de ar
 x — 52 000 L de ar
x 2 L de CO
6. O cientista Linus Pauling foi um grande defensor do 
uso do ácido ascórbico (vitamina C), de fórmula mo-
lecular C6H8O6. Segundo ele, essa vitamina protegia 
contra resfriados e, até mesmo, contra o câncer. 
 A vitamina C pode ser encontrada facilmente em far-
mácias na forma de comprimidos efervescentes, cada 
um contém 1 g de ácido ascórbico, que, de acordo 
com a posologia, deve ser dissolvido em um copo com 
água (aproximadamente 200 mL). 
 Dados: H = 1 u; C = 12 u; O = 16 u. 
La
tin
st
oc
k/
Ph
ot
or
es
ea
rc
h
er
s/
To
m
 H
ol
ly
m
an
 Com as informações, calcule:
a) a quantidade de matéria de ácido ascórbico em 
200 mL de solução. 
 
M(C6H8O6) = 6 12 + 8 1 + 6 16 = 176 g/mol
1 mol de C6H8O6 — 176 g
x — 1 g
x 5,68 10–3 mol de C6H8O6
b) a concentração em g/L.
 
1 g de C6H8O6 — 200 mL 
x — 1 000 mL
x = 5 g de C6H8O6 ∴ C = 5 g/L
Ou: 
C
m
V
C g L
s=
= =
1
0 2
5
,
/
 
c) a concentração em mol/L.
 
5,68 10–3 mol — 200 mL
x — 1 000 mL
x 0,03 mol ∴ 0,03 mol/L
O cálculo também pode ser feito por fórmula:
[ ]
[ ]
,
,
, /
=
=
⋅
≅
−
n
V
mol L
s
5 68 10
0 2
0 03
3
Outras maneiras:
1 mol de C6H8O6 — 176 g
x — 5 g — 1L
x 0,03 mol ∴ [ ] = 0,03 mol/L
Ou: 
C = [ ] M
5 = [ ] 176
[ ] 0,03 mol/L
19Química
7. O ácido sulfúrico (H2SO4) é considerado o mais impor-
tante entre os ácidos, podendo ser usado para avaliar 
o desenvolvimento industrial de um país. Um químico 
responsável por uma empresa de fabricação de ferti-
lizantes preparou uma solução aquosa de ácido sulfú-
rico em que foram dissolvidos 4,9 g desse ácido em 
100 g de água. Determine a concentração, em quanti-
dade de matéria por massa, da solução preparada. 
 Dados: H = 1 u; O = 16 u; S = 32 u.
 
M(H2SO4) = 98 g/mol
1 mol de H2SO4 — 98 g
x — 4,9 g
x = 0,05 mol de H2SO4
0,05 mol de H2SO4 — 100 g
x — 1 000 g (1 kg)
x = 0,5 mol de H2SO4 ∴ 0,5 mol/kg
O cálculo também pode ser feito por fórmula: 
W
m
M m
W mol kg
s
sv
=
⋅
=
⋅
≅
4 9
98 0 1
0 5
,
,
, /
8. Um estudante observou no laboratório um frasco fe-
chado com as seguintes informações no rótulo: 
A
n
g
el
a 
G
is
el
i. 
20
15
. D
ig
ita
l.
 Observação: P.A. = Pureza Analítica
 Sabendo que o volume do frasco é de 1 000 mL, calcule: 
a) a densidade da solução, em g/mL. 
 
1 190 g de solução — 1 000 mL de solução
x — 1 mL de solução
x = 1,19 de solução ∴ d = 1,19 g/mL
Ou: 
d
m
V
d g L
=
= =
1 190
1 000
119, /m
b) a massa de soluto (em gramas) presente na solução. 
 
1 190 g de solução — 100%
x — 37%
x = 440,3 g de HCℓ
Ou: 
τ =
=
=
m
m
m
m g
s
s
s
0 37
1 190
440 3
,
,
c) a concentração em mol/L.
 
M(HCℓ) = 36,5 g/mol
1 mol de HCℓ — 36,5 g
x — 440,3 g
x 12,06 mols de HCℓ ∴ 12,06 mol/L
Ou: 
[ ]
[ ]
.
[ ]
,
,
, /
=
=
=
⋅
≅
n
V
m
M V
mol L
s
s
440 3
36 5 1
12 06
 
Ou: 
τ ⋅ ⋅ = ⋅
⋅ ⋅ = ⋅
=
d M
mol L
1000
0 37 119 1000 36 5
12 06
[ ]
, , [ ] ,
[ ] , /
9. (UEM – PR) O ácido fosfórico é um aditivo químico mui-
to utilizado em alimentos. O limite máximo permitido 
de Ingestão Diária Aceitável (IDA) em alimentos é de 
5 mg/kg de peso corporal. Calcule o volume, em mili-
litros (mL), de um refrigerante hipotético (que contém 
ácido fosfórico na concentração de 2 g/L) que uma 
pessoa de 36 kg poderá ingerir para atingir o limite 
máximo de IDA.
 
5 mg de H3PO4 — 1 kg
x — 36 kg
x = 180 mg = 0,18 g de H3PO4
2 g de H3PO4 — 1 L de refrigerante
0,18 g de H3PO4 — x
x = 0,09 L = 90 mL de refrigerante
20 Volume 5
Sugestão de atividades: questões 8 a 23 da seção 
Hora de estudo. 
Variação na concentração de uma solução
Em laboratórios, em especial nos de Química, não 
existem soluções em todas as concentrações possí-
veis. Porisso, essas misturas são preparadas com base 
em outras soluções com concentrações conhecidas, 
em geral, mais elevadas. 
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
O
liv
er
Sv
ed
 As soluções armazenadas no almoxarifado 
de um laboratório (soluções-estoque) são, 
em sua maioria, concentradas.
10. Um técnico de laboratório, para preparar uma solução de 
2 mol/L de NaOH, pesou com precisão certa quanti-
dade de soluto e transferiu, cuidadosamente, para um 
balão volumétrico. Em seguida, adicionou um pouco 
de água para que o sólido se dissolvesse. Com auxílio 
de uma pisseta, acrescentou mais solvente até atingir 
o traço de referência do frasco (250 mL). Ao final, a 
mistura foi agitada até a homogeneização e transferi-
da para um recipiente próprio de armazenamento de 
soluções. 
 
Com as informações, determine: 
a) o soluto. NaOH 
b) o solvente. 
c) a quantidade de matéria na solução preparada. 
 
2 mols de NaOH — 1 L
x — 0,25 L
x = 0,5 mol de NaOH
O cálculo também pode ser feito por fórmula:
[ ]
,
, mol
n
V
n
n
s
s
s
2
0 25
0 5
H2O
d) a massa de soluto dissolvida em 250 mL de solução. 
 
M(NaOH) = 40 g/mol
1 mol de NaOH — 40 g
0,5 mol de NaOH — x
x = 20 g de NaOH
Ou:
n
m
M
m
m g
s
s
s
s
=
=
=
0 5
40
20
,
e) a concentração comum da solução preparada. 
 
S ã õ ã
20 g de NaOH — 0,25 L
x — 1 L
x = 80 g de NaOH ∴ C = 80 g/L
Ou: 
M(NaOH) = 40 g/mol
1 mol de NaOH — 40 g
2 mols de NaOH — x
x = 80 g de NaOH ∴ C = 80 g/L
Outra maneira:
C = [ ] M
C = 2 40
C = 80 g/L
A pisseta é um frasco contendo água, álcool ou outros 
solventes usado para lavar recipientes ou materiais, re-
mover precipitados e outros fins.
21Química
Diluição
Um dos processos realizados em laboratórios químicos para a obtenção de uma solução é a diluição da solução-
-estoque. Essa técnica consiste no acréscimo de solvente à solução. Dessa forma, a quantidade de soluto permanece 
constante em um volume maior de solvente, consequentemente, em um volume maior de solução.
Solvente
Soluto
Aumento
do volume
da solução
 A representação 
das partículas de 
soluto é apenas 
ilustrativa, já que 
toda solução 
é uma mistura 
homogênea.
D
iv
o.
 2
01
1.
 D
ig
ita
l.
Ao considerar que durante a diluição a quantidade de soluto (massa ou quantidade de matéria) não se altera, mas 
que o volume da solução tem variação, conclui-se que a concentração da solução é alterada. 
Alternativa aos tratamentos tradicionais, a homeopatia consiste em fornecer, a 
um paciente sintomático, doses extremamente pequenas de medicamentos que 
produzem um resultado eficaz para combater certos distúrbios. O medicamento 
é preparado em um processo realizado por meio de sucessivas diluições. 
Alguns cientistas acreditam que diluir as soluções nas quantidades efetuadas 
nos tratamentos homeopáticos diminuiria drasticamente o efeito do princípio 
ativo. Porém, a homeopatia é considerada um método alternativo para o trata-
mento de muitas doenças.
ConexõesConexões
O efeito do medicamento homeopático está associado às dinamizações, por 
isso a concentração não é tão relevante.
No Brasil, a homeopatia é considerada uma especialidade médica desde 
1980, tendo sido incluída no Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 2006.
Em resumo, no processo de diluição, para determinar a relação entre as concentrações inicial e final da solução, 
compara-se a quantidade inicial de soluto com a sua quantidade final, considerando que o volume da solução final é 
obtido pela soma do volume inicial com o volume de solvente adicionado.
• Para a quantidade de soluto em massa:
ms(inicial) = ms(final)
Cinicial ⋅ Vinicial = Cfinal ⋅ Vfinal
• Para a quantidade de matéria de soluto (mol):
ns(inicial) = ns(final)
[ ]inicial ⋅ Vinicial = [ ]final ⋅ Vfinal
O resultado é a obtenção de uma solução diluída, ou seja, em que a concentração final é menor que a concen-
tração inicial.
 A homeopatia é uma técnica que se 
baseia em diluições sucessivas de 
soluções.
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
n
ito
Recorde as fórmulas da concentração comum C
m
V
s
 = 
⎛
⎝
⎜
⎞
⎠
⎟ e da concentração em quantidade de matéria [ ]
⎛
⎝
⎜
⎞
⎠
⎟ = 
n
V
s
 para que 
os alunos consigam concluir a relação entre a solução inicial e a solução final, após a diluição.
9 O uso de fórmulas para a variação na concentração de uma solução. 
8 Diferença entre dissolução e diluição.
22 Volume 5
Evaporação 
Operação inversa à diluição, a evaporação consiste na retirada de solvente para a obtenção de uma solução mais 
concentrada. 
Uma das técnicas relacionadas à evaporação envolve o aquecimento cuidadoso da solução, de modo que apenas 
o solvente evapore. Contudo, de forma análoga à diluição, a quantidade de soluto (massa ou quantidade de matéria) 
não se altera. A mudança ocorre no volume da solução e, consequentemente, na sua concentração.
Os cálculos para determinar a relação entre as soluções inicial e final seguem a mesma ideia da diluição. E o volume 
da solução final é obtido pela diferença entre o volume inicial e o volume de solvente evaporado.
• Para a quantidade de soluto em massa:
ms(inicial) = ms(final)
Cinicial ⋅ Vinicial = Cfinal ⋅ Vfinal
• Para a quantidade de matéria de soluto (mol):
ns(inicial) = ns(final)
[ ]inicial ⋅ Vinicial = [ ]final ⋅ Vfinal
O resultado é a obtenção de uma solução concentrada, ou seja, em que a concentração final é maior que a con-
centração inicial.
Mistura de soluções
Em um laboratório químico é muito comum, também, realizar a mistura de soluções. Para esse procedimento, 
utilizam-se duas ou mais soluções que podem ser de um mesmo soluto ou de solutos diferentes. Em todos os casos, 
essas soluções são relativamente diluídas.
Mistura de soluções com um mesmo soluto
Ao se misturarem soluções de mesmo soluto, a quantidade de soluto (massa ou quantidade de matéria) na solução 
final corresponde à soma das quantidades de soluto nas soluções iniciais.
• Para a quantidade de soluto em massa:
ms1 + ms2 = ms(final) 
C1 ⋅ V1 + C2 ⋅ V2 = Cfinal ⋅ Vfinal
• Para a quantidade de matéria de soluto (mol):
ns1 + ns2 = ns(final) 
[ ]1 ⋅ V1 + [ ]2 ⋅ V2 = [ ]final ⋅ Vfinal
Portanto, a concentração da solução resultante terá valor intermediário aos valores das soluções que foram 
misturadas.
Mistura de soluções com solutos diferentes que não reagem entre si
Nesse caso, como não ocorre reação química entre as espécies participantes, cada soluto deve ser considerado de 
modo independente na solução final, como se o outro soluto não estivesse sendo misturado a ele. É como se, a cada 
solução, fosse realizada uma diluição. 
Assim, as quantidades de soluto (massa ou quantidade de matéria) permanecem constantes, em um volume maior 
de solução. 
• Para a quantidade de soluto em massa:
ms(inicial) = ms(final) 
Cinicial ⋅ Vinicial = Cfinal ⋅ Vfinal
• Para a quantidade de matéria de soluto (mol):
ns(inicial) = ns(final)
[ ]inicial ⋅ Vinicial = [ ]final ⋅ Vfinal
Existem outras maneiras para se obter uma solução concentrada, porém, neste material, 
optou-se por focalizar somente essa técnica.
Considera-se que as soluções envolvidas no processo de evaporação são constituídas por solutos não voláteis.
Relembre que neste material o foco são soluções aquosas, ou seja, em que o solvente 
é a água.
Ao volume inicial de cada solução, é acrescentado o volume da outra solução (como se fosse o solvente) até atingir o volume 
final da mistura. 
10 Informações adicionais. 
23Química
Mistura de soluções com solutos diferentes que reagem entre si
Ao misturar soluções com solutos diferentes que reagem entre si, é necessário verificar a proporção estequiométri-
ca entre os participantes da reação para determinar a concentração da solução final. 
Essa determinação pode ser feita experimentalmente pela análise volumétrica (volumetria) por meio da técnica 
chamada de titulação.
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 A titulação é a principaloperação da análise volumétrica.
A titulação é uma operação básica de análise do volume de uma 
solução de concentração conhecida (solução-padrão) que é adicionada 
lentamente a uma solução-problema, até que os solutos reajam 
completamente. O instante exato do término da reação é observado por 
meio de indicadores, normalmente colorimétricos, que indicam o ponto 
final desse processo.
As titulações podem ser utilizadas para reações ácido-base, de precipitação ou oxirredução, com o auxílio de dois 
aparelhos: a bureta e o erlenmeyer. Neste material será abordada somente a titulação ácido-base.
Na bureta é colocada a solução de concentração conhecida, chamada de titulante (solução-padrão), e no 
erlenmeyer a solução com concentração a ser determinada, o titulado (solução-problema); além de algumas gotas 
de um indicador colorimétrico. 
O indicador ideal é aquele cuja coloração é alterada exata-
mente no momento em que se atinge o ponto final.
A análise volumétrica é um processo qua
n-
titativo em que se determina a concentra
ção 
de uma solução, ou a quantidade de sol
uto 
nela existente, pela medida do volume
 de 
outra solução de concentração conhecida
.
Os indicadores são substâncias de cará
ter 
fracamente ácido ou básico, que mud
am 
de cor para indicar a proximidade do po
nto 
de equivalência na titulação.
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Bureta
Solução de concentração conhecida 
(solução-padrão ou titulante) 
Volume gasto na titulação
Erlenmeyer
Solução de concentração desconhecida 
(solução-problema ou titulado) 
Volume conhecido 
Gotas de indicador colorimétrico
24 Volume 5
Na viragem do indicador, fecha-se a torneira da bureta e registra-se o volume gasto da solução-padrão pelo traço 
de referência. 
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 Final da titulação
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 Início da titulação
Com o volume consumido do titulante, calcula-se, por meio da re-
lação estequiométrica entre as espécies envolvidas, a concentração da 
solução em análise.
Para as titulações ácido-base, considera-se que, no ponto de equi-
valência, a quantidade de matéria dos íons H+(aq) deve ser igual à quan-
tidade de matéria dos íons OH–(aq).
n.º mol de H+ = n.º mol de OH–
Essa técnica é considerada um dos procedimentos mais utilizados 
em laboratórios de análise volumétrica. Veja o seguinte exemplo.
O hidróxido de amônio é uma base que está presente na composição de uma série de produtos de limpeza do-
méstica. No rótulo de um desses produtos, há a informação de que a concentração presente nessa base é de 0,5 mol/L. 
Com a intenção de verificar a veracidade da informação, 10 mL desse produto foram titulados com ácido clorídrico, 
conforme dados indicados pela imagem:
Bureta
HCℓ
(aq)
V = 25 mL
[ ] = 0,2 mol/L
Erlenmeyer
NH OH
4 (aq)
V = 10 mL
[ ] = ? mol/L
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Para comprovar se o produto apresenta a concentração registrada no rótulo, é necessário, primeiramente, determi-
nar a quantidade de matéria do ácido consumido (solução-padrão) durante a titulação da amostra. 
De acordo com os dados, 
0,2 mol de HCℓ 1 000 mL (= 1 L) 
x 25 mL 
x = 5 10–3 mol de HCℓ
Comente com os alunos a importância de se fazer a leitura cor-
reta da solução presente na bureta pelo traço de referência.
O ponto de equivalência ou ponto final t
eó-
rico refere-se ao momento em que o titula
do 
(solução-problema) reagiu completame
nte 
com o titulante (solução-padrão). Portan
to, 
esse ponto é atingido quando as concent
ra-
ções das soluções encontram-se nas prop
or-
ções estequiométricas da equação.
25Química
Experimento
Como ao final a quantidade de matéria dos íons H+ do ácido é a mesma que a quantidade de matéria dos íons OH–, 
provenientes da base, é possível determinar a concentração do titulante. 
1 HCℓ + 1 NH4OH 1 NH4Cℓ + 1 H2O
5 10–3 mol 5 10–3 mol
5 10–3 mol de NH4OH 10 mL
x 1 000 mL (= 1 L)
x = 0,5 mol de NH4OH ∴ 0,5 mol/L
Logo, conclui-se que a informação do rótulo está correta.
Determinação da quantidade de matéria de ácido acético em uma solução de vinagre 
Materiais
Erlenmeyer; pipeta graduada; bureta de 50 mL; suporte universal e garras; água; indicador (fenolftaleína ou azul 
de bromotimol); 10 mL de vinagre (solução de ácido acético); solução de hidróxido de sódio 0,4 mol/L. 
Como fazer 
1. Coloque, com auxílio da pipeta graduada, 10 mL de vinagre no erlenmeyer.
2. Adicione aproximadamente 30 mL de água e 5 a 10 gotas de indicador colorimétrico. 
3. Coloque na bureta a solução de hidróxido de sódio de concentração conhecida.
4. Acrescente, cuidadosamente, gota a gota, a solução-padrão (NaOH(aq)) na amostra de vinagre contida no 
erlenmeyer.
5. Feche a torneira no momento da viragem do indicador.
Descarte
Acrescente bastante água ao sistema obtido, de maneira a diluí-lo ao máximo possível. Após, 
descarte-o na pia. 11 Norma de descarte.
Resultados e conclusão 
a) Calcule a quantidade de matéria de NaOH consumido na titulação.
b) Com base na equação química apresentada, determine a quantidade de matéria do ácido que foi neu-
tralizado.
NaOH + CH3COOH CH3COONa + H2O
c) Calcule a concentração em mol/L da solução de ácido acético.
d) Sabendo que a massa molar do ácido acético é igual a 60 g/mol e que a densidade do vinagre é de aproxi-
madamente 1,1 g/mL, determine a porcentagem em massa de ácido acético na amostra de vinagre.
O experimento pode ser realizado de forma demonstrativa, a fim de que os alunos visualizem todo o processo 
envolvido na técnica de titulação.
12 Gabaritos.
26 Volume 5
Atividades
1. Na embalagem de determinado suco com alto teor de 
polpa concentrado, há a seguinte sugestão de preparo:
Agite antes de usar.
Misture uma parte de suco 
com 5 partes de água.
Conteúdo: 1 000 mL
 Seguindo rigorosamente a sugestão proposta, calcule 
o volume final, em L, de suco obtido pela diluição de 
300 mL de suco concentrado:
 
1 parte de suco = 300 mL
5 partes de água = 1 500 mL
Vinicial + Vágua = Vfinal
300 + 1 500 = Vfinal
Vfinal = 1 800 mL = 1,8 L de solução diluída
2. Para higienizar frutas e verduras, uma dona de casa 
efetuou o seguinte modo de preparo.
• Lavar abundantemente os ali-
mentos em água corrente. Pre-
parar uma solução com 10 mL 
de hipoclorito de sódio para 1 L 
de água. Imergir as frutas e as 
verduras na solução por 10 mi-
nutos. Retirar os alimentos da 
solução e enxaguar abundan-
temente com água potável.
 Sabendo que a solução de 
hipoclorito de sódio equivalente 
a 2% de cloro ativo correspon-
de à concentração de 20 g/L, 
determine a concentração co-
mum de cloro ativo presente 
na solução após a diluição. 
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ms(inicial) = ms(final) 
Cinicial ⋅ Vinicial = Cfinal ⋅ Vfinal
20 ⋅ 10 = Cfinal ⋅ 1 000
Cfinal = 0,2 g/L
3. (UNESP – SP) Medicamentos, na forma de preparados 
injetáveis, devem ser soluções isotônicas com relação 
aos fluidos celulares. O soro fisiológico, por exemplo, 
apresenta concentração de cloreto de sódio (NaCℓ) 
de 0,9% em massa (massa do soluto por massa da 
solução), com densidade igual a 1,0 g ⋅ cm–3.
 Observação: duas soluções isotônicas são aquelas que 
apresentam concentrações de partículas iguais, em mol/L.
a) Dada a massa molar de NaCℓ, em g mol–1: 58,5, 
qual a concentração, em mol L–1, do NaCℓ no soro 
fisiológico? Apresente seus cálculos.
 
0,9% = 0,9 g de NaCℓ em 100 mL de soro (0,1 L)
0,9 g de NaCℓ — 100 mL de soro
x — 1 000 mL de soro
x = 9 g de NaCℓ 9 g/L
1 mol de NaCℓ — 58,5 g
y — 9 g
y 0,15 mol ∴ 0,15 mol/L
Ou: 
C = [ ] M
9 = [ ] 58,5 
[ ] ≅ 0,15 mol/L
b) Quantos litros de soro fisiológico podem ser prepara-
dos a partir de 1 L de solução que contém 27 g L–1 
de NaCℓ (a concentração aproximada deste sal na 
água do mar)?Apresente seus cálculos.
 
Ci Vi = Cf Vf
27 1 = 9 Vf
Vf = 3 L
27Química
 Dados: K = 39 u; I = 127 u.
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ms1 + ms2 = ms(final) 
C1 V1 + C2 V2 = Cfinal Vfinal
30 20 + 50 30 = Cfinal 50
Cfinal = 42 g/L
M(KI) = 166 g/mol
1 mol de KI — 166 g
x — 42 g
x 0,25 mol de KI ∴ 0,25 mol/L
7. Durante o preparo de uma solução no laboratório, um 
aluno acidentalmente misturou 100 mL de cloreto de 
sódio 20 g/L e 200 mL de cloreto de potássio 40 g/L. 
Sabendo que na mistura das soluções não ocorre rea-
ção química, quais serão as concentrações de KCℓ e 
de NaCℓ, em g/L, na solução final? 
Solução de NaCℓ:
Cinicial Vinicial = Cfinal Vfinal
20 100 = Cfinal 300
Cfinal = 6,66 g/L
Solução de KCℓ:
Cinicial Vinicial = Cfinal Vfinal
40 200 = Cfinal 300
Cfinal = 26,66 g/L
+ =
+ =
4. (UFRN) Num laboratório de Química, o estoque de rea-
gentes disponível pode ser formado por soluções con-
centradas. Partir-se de uma solução concentrada para 
se obter uma solução diluída é um procedimento de 
rotina em laboratório.
 Na preparação de uma solução diluída, com base em 
uma mais concentrada, retira-se um volume de solu-
ção concentrada de hidróxido de sódio (NaOH) 1 mol/L 
para se preparar 500 mL de uma solução diluída de 
0,2 mol/L.
 Se C1 V1 = C2 V2, o volume inicial de solução de NaOH 
1 mol/L retirado para se obter a solução diluída corres-
ponderá a:
a) 40 mL 
b) 200 mL 
c) 125 mL 
X d) 100 mL 
5. (UEM – PR) Uma solução aquosa apresentando 
10 10–2 mol/L de um determinado sal X foi subme-
tida ao aquecimento. O aquecimento foi interrompido 
quando restavam 20 mL da solução com concentra-
ção de 0,4 mol/L. Qual o volume da solução inicial 
em mililitros?
 
Ci Vi = Cf Vf
10 10–2 Vi = 0,4 20
Vi = 80 mL
6. Diversas patologias do sistema respiratório podem 
causar processos pulmonares infecciosos, comprome-
tendo as vias aéreas. Para o tratamento de pacientes 
com esses casos, podem ser prescritos expectorantes, 
como o iodeto de potássio. Para ser utilizado como 
antitussígeno, um farmacêutico, na preparação de um 
xarope de KI, dispõe no laboratório de duas soluções: 
20 mL de solução 30 g/L e 30 mL de solução 50 g/L. 
Calcule a concentração final da solução obtida em g/L 
e mol/L. 
C1 ⋅ V1 = C2 ⋅ V2
1 ⋅ V1 = 0,2 ⋅ 500
V1 = 100 mL
Como na mistura das soluções de KCℓ e NaCℓ não ocorre 
reação química, as concentrações são calculadas separa-
damente como se a cada solução fosse adicionado solvente.
Se conveniente, recorde com os alunos as condições 
necessárias para a ocorrência de uma reação química 
(volume 3). 
28 Volume 5
8. Um laboratorista realizou a titulação de 50 mL de uma 
solução aquosa de hidróxido de potássio com uma so-
lução aquosa 0,1 mol/L de ácido nítrico. Sabendo que 
o volume do titulante é igual a 40 mL, determine a 
concentração em quantidade de matéria por volume 
(mol/L) da base.
 
0,1 mol de HNO3 1 000 mL
x 40 mL
x = 4 10–3 mol de HNO3
1 HNO3 : 1 KOH
4 10–3 mol 4 10–3 mol
4 10–3 mol de KOH 50 mL
x 1 000 mL
x = 0,08 mol de KOH ∴ 0,08 mol/L
9. Uma forma prática de verificar a condição de uso de 
baterias de automóvel é por meio da titulação da solu-
ção de ácido sulfúrico. Durante o processo de controle 
de qualidade de uma empresa do ramo, um químico 
transferiu uma alíquota de 2 mL de solução de ácido 
para um erlenmeyer, diluiu com água destilada e adi-
cionou um indicador. A titulação dessa amostra consu-
miu 20 mL de solução aquosa de hidróxido de potássio 
(KOH) 1 mol/L. Complete as informações no esquema 
a seguir e calcule a concentração em mol/L da solução 
de ácido sulfúrico. 
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5.
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l.
 
1 mol de KOH — 1 000 mL (= 1 L) 
x — 20 mL 
x = 0,02 mol de KOH
2 KOH : 1 H2SO4
2 mols — 1 mol
0,02 mol — x 
x = 0,01 mol de H2SO4
0,01 mol de H2SO4 — 2 mL 
x — 1 000 mL (= 1 L)
x = 5 mols de H2SO4 ∴ 5 mol/L
10. Determine o volume de solução de hidróxido de sódio 
0,2 mol/L necessário para neutralizar completamente 
20 mL de uma solução de ácido sulfúrico 0,1 mol/L. 
 
0,1 mol de H2SO4 — 1 000 mL 
x — 20 mL 
x = 2 10–3 mol de H2SO4
1 H2SO4 : 2 NaOH 
1 mol — 2 mols 
2 10–3 mol — x
x = 4 10–3 mol de NaOH
 0,2 mol de NaOH — 1 000 mL (= 1 L)
4 10–3 mol de NaOH — x 
x = 20 mL de NaOH
Sugestão de atividades: questões 
24 a 34 da seção Hora de estudo.
29Química
A busca pela prevenção de doenças ocasionadas pela água contaminada e as formas de amenizar a falta de acesso 
à água potável são objetos de estudo dos diversos institutos de pesquisa em todo o mundo. Leia o texto a seguir e 
entenda um pouco sobre um dos projetos que estão sendo desenvolvidos para esses fins. 
Química em foco
Com esse texto, é possível rever com os alunos os métodos de separação de misturas. 
BILL Gates experimenta água extraída de fezes humanas. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/bill-gates-experimenta-
agua-extraida-de-fezes-humanas>. Acesso em: 19 mar. 2015.
A preocupação com a escassez de água no mundo é cada vez maior. Em muitos países pobres ou em desenvolvi-
mento, a situação é ainda mais dramática; faltam acesso à água potável e saneamento básico. Para que a população 
possa ter acesso à água própria para o consumo humano, novas estratégias estão sendo desenvolvidas, como o equi-
pamento citado no texto. 
Em relação a esse assunto, responda às questões: 
1. Qual atividade humana é responsável pelo maior consumo de água potável no mundo? O que pode ser feito para 
minimizar esse gasto?
2. Identifique três fatores que têm contribuído para a escassez de água no mundo.
3. Por que países mais desenvolvidos consomem mais água que países mais pobres?
4. No Brasil, há algum tempo, convivemos com notícias sobre a seca e o baixo nível de água nas represas. Cite algu-
mas medidas que podem ser tomadas pelo governo e pela população para que seja possível amenizar os efeitos 
da falta de água.
13 Gabaritos.
Bill Gates, [...], foi conferir como funciona o Omniprocessor [...]. Ele é uma máquina que recebe ajuda 
financeira da Fundação Gates. A função do Omniprocessor é bem curiosa: ele usa fezes humanas para ex-
trair água, energia e cinzas.
O principal objetivo da tecnologia é melhorar as condições sanitárias de países pobres. De quebra, a 
máquina é capaz de produzir água potável para locais que tenham problemas com isso.
Um post no site Gate’s Notes e um vídeo publicado em seu canal [...] mostram a visita de Gates e o fun-
cionamento da máquina.
O Omniprocessor precisa que fezes sejam inseridas para que ele funcione. A primeira etapa ferve as fezes 
– o que faz com que a água presente evapore e depois seja limpa para que possa ser consumida.
“A água tem o mesmo gosto de qualquer outra que eu tenha tomado de uma garrafa. E após estudar a 
engenharia por trás da máquina, eu beberia com felicidade aquela água todo dia”, escreve Gates no texto.
As fezes secas passam então por um processo de queima a 1 000 graus Celsius que posteriormente gera 
eletricidade. [...] 
“Ao menos dois bilhões de pessoas usam latrinas que não são drenadas apropriadamente. Outras sim-
plesmente defecam em locais abertos. As fezes contaminam água potável de milhões de pessoas com conse-
quências horríveis: doenças causadas por más condições sanitárias matam 700 mil crianças todos os anos”, 
explica Gates.
A máquina foi criada e está em desenvolvimento [...].
Bill Gates experimenta água extraída de fezes humanas
30 Volume 5
Hora de estudo
1. (UECE) Alguns medicamentos apresentam em seus 
rótulos a expressão “Agite antes de usar”. Tal reco-
mendação se faz necessária porque o conteúdo do 
frasco é uma dispersão classificada como:
a) gel.
b) aerossol.
c) solução.
X d) suspensão.
2. (UFRGS – RS) Quais são as soluções aquosas conten-
do uma única substância dissolvida que podem apre-
sentar corpo de fundo dessa substância?a) saturadas e supersaturadas.
X b) somente as saturadas.
c) insaturadas diluídas.
d) somente as supersaturadas.
e) insaturadas concentradas.
3. (PUCSP) A uma solução de cloreto de sódio foi adicio-
nado um cristal desse sal e verificou-se que não se 
dissolveu, provocando, ainda, a formação de um preci-
pitado. Pode-se inferir que a solução original era:
a) estável.
b) diluída.
c) saturada.
d) concentrada.
X e) supersaturada. 
4. (UESPI) Quando adicionamos sal comum (NaCℓ) à 
água, sob agitação e temperatura constantes, verifi-
camos que, em dado momento, o sal não se dissolve 
mais. No caso do NaCℓ, isso ocorre quando há, aproxi-
madamente, 360 g de sal por 1 000 mL de água.
 Se adicionarmos 500 g de NaCℓ em 1 000 mL de água, 
nas mesmas condições acima, estaremos preparando 
uma solução que será classificada como uma:
a) solução saturada sem sal precipitado.
X b) solução saturada com sal precipitado.
c) solução supersaturada.
d) solução insaturada.
e) solução supersaturada instável.
5. (FURG – RS) A solubilidade de um sal a 25 ºC é 
37 g/100 mL de água. Um estudante pesou 39 g des-
se sal e dissolveu completamente em 100 mL de água 
14 Gabaritos.
a 100 ºC. Quando a solução retornou aos 25 ºC uma 
parte do sal precipitou.
 Com relação a esse experimento, assinale a alternativa 
correta.
a) Se a solução final fosse novamente aquecida a 
100 ºC, não haveria a dissolução do sal precipitado.
b) A solução final é saturada, mas não é possível 
determinar a quantidade de sal precipitado.
c) A solução final só seria supersaturada, se mais 
de 5 g do sal precipitassem.
d) A solução final é insaturada, pois, com a preci-
pitação do sal, diminuiu sua concentração em 
solução.
X e) A massa de sal precipitado é de 2 g.
6. (UFMS) Preparou-se uma solução saturada de nitrato 
de potássio (KNO3), adicionando-se o sal a 50 g de 
água, à temperatura de 80 °C. A seguir, a solução foi 
resfriada a 40 °C. Qual a massa, em gramas, do preci-
pitado formado?
 Dados:
 T = 80 °C S = 180 g de KNO3/100 g de H2O
 T = 40 °C S = 60 g de KNO3/100 g de H2O
7. (UFV – MG) A solubilidade do nitrato de potássio 
(KNO3), em função da temperatura, é representada no 
gráfico abaixo:
 De acordo com o gráfico, assinale a alternativa que 
indica corretamente a massa de KNO3, em gramas, pre-
sente em 750 g de solução, na temperatura de 30 °C:
a) 375
b) 150
c) 100
d) 500
X e) 250
A resolução das questões desta seção deve ser feita no caderno.
31Química
8. (UFCG – PB) Nos rótulos dos produtos industrializados, encontram-se diferentes maneiras de informar a concentração 
dos seus ingredientes ou constituintes.
 Na primeira coluna da tabela abaixo, são dadas fórmulas genéricas de expressar a concentração e, na segunda coluna, 
os exemplos de produtos com a informação no rótulo em relação à sua composição. Associe a fórmula genérica com 
a informação apropriada e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Fórmula Indicação no rótulo do produto
(1) Grama de soluto x 100/grama de solução (A) Teor alcoólico de 8,6% a 14% em volume de vinho de mesa. 
(2) Mililitro de soluto x 100/mililitro de solução (B) Teor de cafeína de 10 mg/100 mL de coca-cola clássica.
(3) Grama de soluto/litro de solução (C) Uma amostra de 10 molar de ácido muriático comercial. 
(4) Moles de soluto/litro de solução (D) 340 ppm de enxofre (S) em gasolina convencional.
(5) Miligrama de soluto/quilograma de solução (E) 8% em massa de água oxigenada perfumada.
a) 1-D, 2-E, 3-A, 4-B, 5-C.
b) 1-A, 2-B, 3-C, 4-D, 5-E.
c) 1-B, 2-C, 3-D, 4-E, 5-A.
d) 1-C, 2-D, 3-E, 4-A, 5-B.
X e) 1-E, 2-A, 3-B, 4-C, 5-D.
9. (ENEM) Determinada Estação trata cerca de 30 000 litros de água por segundo. Para evitar riscos de fluorose, a con-
centração máxima de fluoretos nessa água não deve exceder a cerca de 1,5 miligrama por litro de água.
 A quantidade máxima dessa espécie química que pode ser utilizada com segurança, no volume de água tratada em 
uma hora, nessa Estação, é:
a) 1,5 kg
b) 4,5 kg
c) 96 kg 
d) 124 kg 
X e) 162 kg
10. (UECE) O gás cloro, descoberto em 1774 pelo sueco Carl Wilhelm Scheele, pode ser obtido através de eletrólise da 
solução aquosa de cloreto de sódio cuja reação global ocorre de acordo com a equação:
 2 NaCℓ(aq) + 2 H2O(ℓ) 2 NaOH(aq) + H2(g) + Cℓ2(g)
 Considerando que a solução de sal apresenta 45% em massa de NaCℓ, a partir de cada 100 kg da mencionada 
solução, as massas de hidróxido de sódio e cloro obtidas serão, aproximadamente:
a) 36,00 kg e 31,95 kg.
b) 36,00 kg e 63,00 kg.
X c) 30,77 kg e 27,30 kg.
d) 30,77 kg e 54,60 kg.
32 Volume 5
11. (ENEM) Os acidentes de trânsito, no Brasil, em sua maior parte são causados por erro do motorista. Em boa parte 
deles, o motivo é o fato de dirigir após o consumo de bebida alcoólica. A ingestão de uma lata de cerveja provoca uma 
concentração de aproximadamente 0,3 g/L de álcool no sangue.
 A tabela abaixo mostra os efeitos sobre o corpo humano provocados por bebidas alcoólicas em função de níveis de 
concentração de álcool no sangue: 
Concentração de álcool no 
sangue (g/L)
Efeitos
0,1 – 0,5 Sem influência aparente, ainda que com alterações clínicas
0,3 – 1,2 Euforia suave, sociabilidade acentuada e queda de atenção
0,9 – 2,5
Excitação, perda de julgamento crítico, queda da sensibilidade e das 
reações motoras
1,8 – 3,0 Confusão mental e perda da coordenação motora
2,7 – 4,0 Estupor, apatia, vômitos e desequilíbrio ao andar
3,5 – 5,0 Coma e morte possível
(Revista Pesquisa FAPESP n.º 57, setembro 2000)
 Uma pessoa que tenha tomado três latas de cerveja provavelmente apresenta:
X a) queda de atenção, de sensibilidade e das reações motoras.
b) aparente normalidade, mas com alterações clínicas.
c) confusão mental e falta de coordenação motora.
d) disfunção digestiva e desequilíbrio ao andar.
e) estupor e risco de parada respiratória.
12. (UESPI) A sacarose é o açúcar comum e uma das substâncias químicas mais puras do dia a dia. Para adoçar uma 
xícara de café, uma pessoa usa em média 1,71 g de sacarose (C12H22O11). Supondo que o volume final de café assim 
adoçado seja de 100 mL, qual a concentração molar (mol/L) aproximada de sacarose no café?
 (Dados: massa molar em g mol−1: C = 12, H = 1 e O = 16)
a) 10 mol/L b) 1 mol/L c) 0,5 g/mL X d) 0,05 mol/L e) 0,01 mol/L 
13. (ENEM) Ao colocar um pouco de açúcar na água e mexer até a obtenção de uma só fase, prepara-se uma solução. O 
mesmo acontece ao se adicionar um pouquinho de sal à água e misturar bem. Uma substância capaz de dissolver o solu-
to é denominada solvente; por exemplo, a água é um solvente para o açúcar, para o sal e para várias outras substâncias. 
 A figura a seguir ilustra essa citação.
Disponível em: www.sobiologia.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010. 
33Química
 Suponha que uma pessoa, para adoçar seu cafezinho, tenha utilizado 3,42 g de sacarose (massa molar igual a 
342 g/mol) para uma xícara de 50 mL do líquido. Qual é a concentração final, em mol/L, de sacarose nesse cafezinho? 
a) 0,02 
X b) 0,2 
c) 2 
d) 200 
e) 2 000
14. (UEMS) O soro caseiro, recomendado para evitar a desidratação infantil, consiste em uma solução de NaCℓ (3,5 g/L) 
e de sacarose (11,0 g/L). Nessa solução, as concentrações molares do NaCℓ e da sacarose são respectivamente:
 (Dado: massa molar da sacarose = 342 g/mol)
X a) 0,06 mol/L e 0,032 mol/L.
b) 0,11 mol/L e 0,045 mol/L.
c) 0,06 mol/L e 0,019 mol/L.
d) 0,07 mol/L e 0,072 mol/L.
e) 0,04 mol/L e 0,032 mol/L.
15. (IFSul – RS) Entre os medicamentos mais usados no combate à azia, está o hidróxido de alumínio, Aℓ(OH)3, vendido 
na forma de suspensão. Sabendo que um rótulo desse produto genérico descreve que, em 1 mL há cerca de 61,5 mg 
do álcali, afirma-se que sua concentração em quantidade de matéria por volume é de __________, e ao reagir com 
ácido sulfúrico produz por neutralização total o sal __________ denominado ____________.
 A alternativa que completa corretamenteas lacunas acima é
a) 0,79 10–3 mol/L Aℓ2(SO4)3 sulfato de alumínio
b) 0,79 10–3 mol/L AℓSO4 sulfito de alumínio
X c) 0,79 mol/L Aℓ2(SO4)3 sulfato de alumínio
d) 0,79 mol/L AℓSO4 sulfato de alumínio
16. (ENEM) O peróxido de hidrogênio é comumente utilizado como antisséptico e alvejante. Também pode ser empregado 
em trabalhos de restauração de quadros enegrecidos e no clareamento de dentes. Na presença de soluções ácidas 
de oxidantes, como o permanganato de potássio, este óxido decompõe-se, conforme a equação a seguir:
 5 H2O2(aq) + 2 KMnO4(aq) + 3 H2SO4(aq) 5 O2(g) + 2 MnSO4(aq) + K2SO4(aq) + 8 H2O(ℓ)
ROCHA-FILHO, R. C. R.; SILVA, R. R. Introdução aos Cálculos da Química.
São Paulo: McGraw-Hill, 1992.
 De acordo com a estequiometria da reação descrita, a quantidade de permanganato de potássio necessária para 
reagir completamente com 20,0 mL de uma solução 0,1 mol/L de peróxido de hidrogênio é igual a
a) 2,0 100 mol 
b) 2,0 10–3 mol
c) 8,0 10–1 mol
X d) 8,0 10–4 mol
e) 5,0 10–3 mol 
34 Volume 5
17. (UERJ) O sulfato de alumínio é utilizado como clarificante no tratamento de água, pela ação dos íons alumínio 
que agregam o material em suspensão. No tratamento de 450 L de água, adicionaram-se 3,078 kg de sulfato 
de alumínio, sem que houvesse variação de volume.
 Admitindo-se a completa dissociação do sal, a concentração de íons alumínio, em mol L–1, é igual a:
a) 0,02 b) 0,03 X c) 0,04 d) 0,05
18. (UNIMONTES – MG) Os potenciais de alguns antibióticos, produtos endócrinos, vitaminas e produtos 
desenvolvidos por meio da Biotecnologia são baseados nas suas atividades biológicas demonstradas e são expressas 
em unidades (de atividade), em micrograma por miligrama ou outros termos padronizados de medida. Assim, a insu-
lina U-500 contém 500 unidades de insulina por mililitro de solução ou suspensão. Algumas seringas encontram-se 
calibradas em unidades.
 Se um médico prescreve 100 unidades de insulina para um paciente diabético, deve ser utilizada (em mL) uma quan-
tidade de insulina U-500 equivalente a:
X a) 0,2 b) 0,4 c) 0,5 d) 0,1 
19. (UEPB) A tartrazina é uma substância muito utilizada para colorir alimentos. No entanto, estudos apresentam a ocor-
rência de alergias principalmente em pessoas sensíveis ao ácido acetilsalicílico, porém sem resultados conclusivos. 
Para efeito da utilização da tartrazina como aditivo alimentar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) 
define seu limite máximo de 30 mg por 100 gramas de amostra e um IDA (Ingestão Diária Aceitável) de 7,5 mg/kg de 
peso corpóreo para tartrazina.
 Qual o título porcentual da tartrazina no limite máximo definido pela legislação brasileira?
X a) 0,03% 
b) 30% 
c) 0,0003% 
d) 3% 
e) 0,3% 
20. (UP – PR) Em um envelope de preparado para refresco, temos as seguintes instruções: 
 – Dissolva-o em 1,5 L de água fria, acrescente três colheres de sopa de açúcar e homogeinize.
 Sabendo-se que:
 – o conteúdo de 1 envelope desse refresco = 50 g (sólido);
 – 1 colher de sopa de açúcar = 68 g (colher (50 g) + açúcar);
 – a densidade da água = 1,0 g/cm3;
 assinale a alternativa que traz a porcentagem em massa, aproximada, de sólido no suco preparado:
X a) 6,5%
b) 10%
c) 8,7%
d) 12,6%
e) 9,4%
21. (EAFA – ES) As bebidas fermentadas têm teor alcoólico menor que as destiladas: na cerveja, por exemplo, considera-se 
4 °GL, aproximadamente. Nas bebidas destiladas, o teor alcoólico é mais elevado; no uísque, por exemplo, está em 
torno de 45 °GL. Suponha que dois amigos resolvam ir a uma boate. Um deles toma cerveja e o outro, uísque. Nessa 
situação, calcule a quantidade, em volume, de cerveja que o indivíduo que ingeriu essa bebida precisaria tomar para 
alcançar o porcentual de álcool presente em 200 mL de uísque consumido pelo seu amigo.
 (Dados: a graduação alcoólica é expressa em °GL e indica a porcentagem em volume na bebida. Exemplo: no uísque, 
45 °GL significa que 45% do volume são de álcool.) 
 O volume de cerveja calculado é:
a) 90 mL b) 800 mL X c) 2 250 mL d) 2 750 mL
35Química
22. (UFOP – MG) Durante uma festa, um convidado ingeriu 5 copos de cerveja e 3 doses de uísque. A cerveja contém 
5% v/v de etanol e cada copo tem um volume de 0,3 L; o uísque contém 40% v/v de etanol e cada dose corresponde 
a 30 mL. O volume total de etanol ingerido pelo convidado durante a festa foi de:
X a) 111 mL b) 1,11 L c) 15,9 mL d) 1,59 L 
23. (UFAM) O quadro abaixo fornece informações sobre colônias à base de essência de rosas vendidas em uma loja de 
departamentos da Zona Franca de Manaus:
Perfume
Conteúdo da 
embalagem (mL)
Concentração de 
essência de rosas 
em porcentagem 
(%) volume/volume
Preço do perfume 
(R$)
I 200 5 15,00
II 500 5 20,00
III 500 10 40,00
IV 1 000 5 50,00
V 1 000 10 60,00
 Assinale a opção que apresenta a colônia que tem menor preço por quantidade de essência de rosas em solução:
a) II X b) V c) I d) III e) IV
24. (ACAFE – SC) Um químico, ao realizar um experimento, deparou-se com a seguinte frase: “diluir a solução aquosa de 
ácido clorídrico”.
 Para auxiliar o químico, assinale a alternativa que indica o procedimento correto: 
a) Neutralizar a solução.
b) Acrescentar ácido.
X c) Acrescentar água.
d) Determinar a quantidade de ácido presente na solução.
e) Aquecer para evaporar a água. 
25. (IFPE) O álcool etílico, numa concentração a 70%, possui propriedades microbicidas reconhecidamente eficazes para 
eliminar os germes mais frequentemente envolvidos em infecções, sendo imprescindível na realização de ações 
simples de prevenção, como a antissepsia das mãos, a desinfecção do ambiente e de artigos médico-hospitalares. 
Além disso, é adquirido com baixo custo, possui fácil aplicabilidade e toxicidade reduzida. Assinale a alternativa que 
indica o volume de álcool etílico a 90%, para produzir por diluição 4 500 mL de álcool a 70%:
a) 2 000 mL
b) 2 500 mL
c) 3 000 mL
X d) 3 500 mL
e) 4 000 mL
26. (UFAC) Um estudante de Química deseja preparar 250 mL de uma solução de sacarose na concentração de 
0,10 mol/L, mas dispõe apenas de uma solução-estoque do mesmo composto na concentração de 0,25 mol/L. 
Qual deve ser o volume de água a ser completado para que o estudante obtenha a solução desejada?
a) 100 mL
X b) 150 mL
c) 200 mL
d) 50 mL
e) 125 mL
36 Volume 5
27. (UFLA – MG) Uma solução aquosa de nitrato de prata 
(AgNO3) de concentração 1,5 mol L
–1 foi colocada em 
aquecimento e seu volume foi reduzido a 300 mL com 
concentração igual a 4,5 mol L–1. O volume de água 
evaporado da solução inicial é de:
X a) 600 mL
b) 900 mL 
c) 1 350 mL
d) 100 mL
e) 450 mL
28. (PUCPR) Tem-se 60 mL de solução 2 mol/L de CaCℓ2. 
Acrescentam-se 540 mL de água a essa solução. Qual 
a nova concentração em mol/L de íons cloreto?
a) 0,6 mol/L
b) 0,2 mol/L
X c) 0,4 mol/L
d) 0,5 mol/L
e) 1 mol/L
29. (UFMG) Uma criança precisa tomar 15 gotas de um 
antitérmico diluídas em água. Considere desprezível, 
na solução formada, o volume das gotas adicionadas à 
água. Todas as seguintes afirmativas referentes a essa 
solução estão corretas, exceto:
a) a concentração de 15 gotas do medicamento di-
luído para 20 mL de solução equivale ao dobro da 
concentração das mesmas 15 gotas diluídas para 
40 mL de solução.
b) a concentração de 15 gotas do medicamento diluí-
do para 20 mL de solução é três vezes maior que 
a concentração de 5 gotas diluídas para o mesmo 
volume de solução.
X c) a concentração do medicamento em uma gota antes 
da diluição em água é menor que a concentração 
em 15 gotas, também antes da diluição em água.
d) a quantidade de medicamento ingerido independe 
do volume de água utilizado na diluição.
30. (UFPR) Ao se misturar 100 mL de solução aquosa 
0,15 mol L–1 de cloreto de potássio com 150 mL 
de solução aquosa 0,15 mol L–1 de cloreto de sódio, 
a solução resultante apresentará, respectivamente, as 
seguintes concentrações de Na+, K+ e Cℓ–:
a) 0,05 mol L–1, 0,06 mol L–1, 1,1 mol L–1

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