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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Pedagogia ESTÁGIO REMOTO Gestão Escolar e Não Escolar. ALUNO: RA: ISABELLA THEREZA BERNARDES D659GH8 CAMPINAS 2020 1. INTRODUÇÃO De acordo com a proposta estabelecida pela a instituição para a realização do estágio remoto, levando em consideração a pandemia, foram abordadas reflexão dividas em quatro propostas, incluindo vídeos, artigos e entrevistas realizadas com gestores de escola pública e privada. Proposta A: O vídeo 11, aborda a relação aos espaços não formais do conhecimento, em um programa exibido em 08 de abril de 2013, pelo Canal Minas Saúde : Roda de Conversa, sendo um espaço de discussões e reflexões sobre o contexto educacional brasileiro, ações e projetos de Minas Gerais, e ainda uma nova reflexão sobre as “Classes Hospitalares”2 e leitura do artigo de Moura e Zucchetti3. Proposta B: O vídeo 24, apresenta um ponto de vista diferente em relação aos primeiros vídeos assistidos e compreendidos, abordando os movimentos sociais no Brasil e a importância dos mesmos, através da explicação do cenário geral do associativismo no Brasil, e como os processos da modernidade e da globalização implicam nas mudanças e inovações sociais. Também uma nova reflexão sobre a “Participação Social nas Políticas Públicas: Formas de Organização” 5 e leitura do artigo de Warren6 Proposta C: Para melhor entendimento da situação atual do mundo, como proposta, pesquisamos a importância de compreender os desafios da gestão e medidas adotadas em consideração ao ensino remoto na rede privada, através de uma entrevista com gestores. 1 Roda De Conversa – Tema: Espaços não-formais do conhecimento: a escola além da escola. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY&ab_channel=magistraseemg> . Acessado em: 9 de outubro de 2020. 2 Classes Hospitalares - Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=6AgP3sF_7Rw&ab_channel=Multicultura> Acessado em: 9 de outubro de 2020> 3 Disponível em: <revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/27950> Acessado em: 9 de outubro de 2020. 4 Participação Social nas Políticas Públicas: Formas de Organização Disponivél em: <www.youtube.com/watch?v=X3v_ItDvPrE> Acessado em: 10 de outubro de 2020 5 Participação Social nas Políticas Públicas: Formas de Organização Disponivél Parte II Disponivél em: <www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentrosUrbanos> Acessado em: 10 de outubro de 2020 6 Disponível em: <http://www.upf.br/seer/index.php/rhdt/article/view/2947/1994> Acessado em: 10 de outubro de 2020 https://www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY&ab_channel=magistraseemg https://www.youtube.com/watch?v=6AgP3sF_7Rw&ab_channel=Multicultura https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/27950 https://www.youtube.com/watch?v=X3v_ItDvPrE https://www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentrosUrbanos http://www.upf.br/seer/index.php/rhdt/article/view/2947/1994 Proposta D: Para melhor entendimento da situação atual do mundo, como proposta, pesquisamos a importância de compreender os desafios da gestão e medidas adotadas em consideração ao ensino remoto na rede pública, através de uma entrevista com gestores. 2. PROPOSTA A - OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DO TEMA ESPAÇOS NÃO FORMAIS DO CONHECIMENTO E CLASSES HOSPITALARES A proposta A nos leva a uma reflexão sobre a educação e seus espaços não formais com Bernardo Jefferson de Oliveira, Leonor Bezerra Guerra e Ildeu de Castro Moreira, presentes no programa “Roda de Conversa”, esclarecendo o movimento de mudança do ambiente formal para o não formal, tornando-se uma ferramenta de auxílio no processo de ensino-aprendizagem. Somos convidados a refletir em outros espaços que podem suceder em uma aprendizagem significativa, ou seja, o conhecimento também faz parte da educação e o espaço não formal se torna um complemento para a escola. Sendo assim, os alunos são convidados a desenvolver suas habilidades motoras, atitudes, sua comunicação, sua interação e seu comportamento, não possuindo a consciência de que estes espaços se tornaram um espaço para a aula convencional, tornando-se incentivador o processo de ensino-aprendizagem. O fio condutor do educador nestes ambientes possuem uma grande influência em sua relação com o aluno, assim sendo, o educador incorpora a imagem de transmissão de experiências como troca e uma aprendizagem em conjunto. Outros espaços que podemos avaliar seriam, bibliotecas, visitas em uma fazenda, em uma praça para compreender a história do ambiente em um contexto educativo, visitas em fábricas, empresas, zoológicos e etc, ou seja, podemos mudar o espaço formal para um espaço não formal, proporcionando ao aluno uma vivência daquilo que antes, foi experienciado em sala de aula. O olhar positivo deste movimento de mudança de espaço é que transformamos o conhecimento dos alunos em suas próprias vivências. As propostas e políticas pedagógicas, devem ser associadas às visitas técnicas (atividades pedagógicas supervisionada em ambientes externos), junto ao um planejamento que possa agraciar ao aluno um caminho de vivências conectado aos conteúdos escolares, pois assim o educador pode antecipar seus objetivos, provocando nos alunos benefícios já citados, mas também o sensorial e o emocional. Moura e Zucchetti (2019) em seu artigo “A dimensão educativa da educação não escolar: tem sentido esse debate?”, apresenta o assunto apontando as diferenças entre os estudos do campo da educação não escolar como uma prática educativa que necessita reconhecer um conjunto de componentes teóricos e práticos que se agregam, complementam e se traduzem em duas dimensões: pedagógica e educativa. Diante da reflexão do conteúdo da primeira proposta abordando o tema dos espaços não formais, podemos destacar a importância desses ambientes e o que eles proporcionam aos alunos como complemento em sala de aula. No caso dos educadores sociais, a busca pela diferenciação assume um vigor especial quando se trata de estabelecer distinções entre o fazer profissional no âmbito da educação escolar e o fazer da prática que se concretiza no âmbito da educação não escolar. (MOURA; ZUCCHETTI, 2019, p. 155). Em vista da reflexão sobre os ambientes não formais, o conteúdo da próxima reflexão que se encontra dentro da proposta A, apresenta um novo cenário, onde o papel do educador ganha uma outra perspectiva fora de um contexto escolar. O segundo vídeo aborda o tema das Classes Hospitalares, em que os indivíduos possuem direito à educação durante o seu tratamento de saúde, podendo ser guiado à crianças e adultos. O educador que atua nessa área deve zelar pelo o bem estar físico e psíquico do paciente, a prática realizada neste espaço ameniza o sofrimento e interage o paciente em atividades direcionadas pelo o educador, tornando-se um espaço de auxílio para os problemas causados pela a internação, ou seja, um fio condutor para um caminho de compreensão da raiva, insegurança, incapacidade e frustração que podem complicar arecuperação do indivíduo. Os conteúdos escolares como, matemática, português, ciências e etc, são trabalhados dentro destes espaços, como apresentado no vídeo, os profissionais afirmam a dificuldade de entusiasmar as crianças pois estão longe da sala de aula e algumas delas possuem lembranças do ambiente escolar, por isso se torna necessário um cuidado maior pelo o bem estar e o psíquico do paciente, como citado. No ambiente hospitalar encontramos uma diversidade em relação às classes sociais, idades e etc, e, o papel do educador é criar um ambiente acolhedor para cada um de seus pacientes, levando em consideração as lacunas de aprendizagem causadas em idade escolar, por isso sua abordagem deve estar atenta às diversidades e a patologia do paciente. Podemos definir o ambiente hospitalar, segundo Moura e Zucchetti (2019), com a intenção em uma diferenciação\adaptação da educação curricular, levando em consideração os indivíduos que se encontram em situações sociais sensíveis não devem ser heterogênea, ou seja, não devem ser igual ao modo que outras escolas e instituições elaboram, deve ser específico para aquela comunidade e as suas necessidades. A dimensão educativa da educação não escolar, portanto, constitui o pensar que não se resume ao raciocinar, é o pensamento intrusivo que confere sentido ao que somos e ao que nos acontece colado na materialidade radical da vida. Trata-se da experiência que nos insta a criar palavras e/ou outras formas expressivas para enunciar o pensamento que, incessantemente, brota do assédio da vida nos tomando de assalto, de forma inevitavelmente imprevisível. (MOURA; ZUCCHETTI, 2019, p. 155) O ambiente deve ser lúdico e recreativo havendo jogos e brincadeiras como um fio condutor de expressão de uma linguagem simbólica, que façam-os expressar seus sentimentos, como o medo ou até mesmo a raiva, tristeza e entre outros, auxiliando a enfrentar a doença e o ambiente que se encontram. O educador possui uma intervenção terapêutica, provocando manifestações de alegria aos laços sociais e diminuição de barreiras para seu cotidiano dentro do hospital e também com um olhar a um cotidiano fora desse ambiente, que o paciente irá encontrar. O Estado oferece uma formação continuada voltada para a área hospitalar, incentivando a capacitação e especialização, geralmente os profissionais da área hospitalar são especializados em motricidade e psicopedagogia carregando consigo a capacidade de um melhor entendimento e compreensão do ambiente e das patologias dos pacientes. 3. PROPOSTA B - OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DO TEMA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NAS POLÍTICAS PÚBLICAS: ASSOCIATIVISMO E ORGANIZAÇÃO A proposta B, em seu primeiro vídeo, nos leva a uma reflexão em conjunto com o pensar coletivo, levando em consideração diferentes aspectos territoriais variados dentro de um contexto da atualidade da modernidade, incluindo as mudanças da globalização e a inclusão da tecnologia na relações sociais com a educadora Maria da Glória Gohn. De início Maria da Glória Gohn, apresenta a reflexão levando em consideração um cenário desafiador tendo em base a desigualdade social e a diversidade cultural, que vem se agravando em conflitos sociais. A globalização trouxe mudanças positivas e negativas, e o que levou a termos dois polos, foi uma inclusão de novas tecnologias e com isso fica nitidamente fácil de perceber que a comunicação e o compartilhamento de informações está para quem tem acesso, ou seja, vivemos em um momento onde a vulnerabilidade está relacionada às classes sociais e econômicas. Seguindo essa linha de pensamento, a educadora esclarece que o fio condutor para a resolução desse conflito, é tornar possível que as metas das políticas públicas tenham um olhar cuidadoso em recuperar o sentido da igualdade e da oportunidade para todos, e a educação incorpora um papel importante para esse processo. Um caminho a ser seguido, segundo Maria da Glória Gohn, deve se iniciar pela a valorização da participação ativa e no pensar coletivo, para encontrar soluções para os problemas e demandas de carências na sociedade. Há um novo paradigma na educação e também em outras áreas onde o diálogo vem ganhando um novo espaço e não se torna apenas o domínio de determinados acervos, vem sendo construído junto com o processo de interação e portanto a criatividade e a inovação surge nesse coletivo, as vivências individuais ganham um papel de importância. Levando em consideração esse contexto, dos problemas sociais, da importância da participação ativa e do pensar coletivo, a ação coletiva dos grupos ganham um olhar importante na história política e nos territórios locais. O associativismo civil nasce com a intenção da democratização de diversas áreas, incluindo a gestão pública, o caminho deste contexto se dá a partir da mediação entre as populações organizadas e o governo político, tornando-se necessário a presença de agentes de mediação para a participação populacional nas políticas públicas. Os agentes da mediação devem reconhecer a identidade e diversidade socioeconômicas, e os processos de democratização, sendo eles, a democracia direta como representativa e participativa, que ainda possui um papel de importância na atualidade, e, democracia análogica que incorpora o uso da tecnologia e da internet. É de extrema importância se manter atento aos novos sujeitos surgindo atualmente para a inclusão de novos direitos e aos que já são existentes, mas também, aos estímulos dos processos sociais que possuem como papel de formar e informar a população de determinado grupo. Concluindo o assunto a partir do segundo vídeo, a educadora menciona as diferentes formas de organização da sociedade civil, dando ênfase e detalhando do surgimento, do propósito e do funcionamento dos movimentos sociais. Algumas modalidades de participação social, podem vir serem consideradas como: as associações voluntárias, os movimentos sociais, ONG’S, fundações, organizações do terceiro setor, redes sociais, estruturas colegiadas e ouvidoria pública, neste momento Maria da Glória Gohn foca apenas nos Movimentos Sociais e ONG’S, pois as outras participações sociais citadas, são definidas como lutas complexas com referências e articulações. Warren (2008) em seu artigo “Movimentos Sociais no Brasil Contemporâneo”, nos convida conhecer um pouco mais do assunto, a partir de um olhar histórico diante de um movimento social que teve um marco significativo pós-golpe militar em 1964, que surgiu com a intenção de resistência a ditadura e ao autoritarismo estatal onde congregavam em torno desse mesmo objetivo em comum segmentos das camadas populares, intelectuais e artistas. O movimento estudantil surgiu nesta época e ficou conhecido como “movimento popular”, sendo um dos movimentos mais ativos na época da ditadura, organizado nas principais cidades brasileiras, terminando com a mobilização dos estudantes, no Rio de Janeiro, com a trágica morte de um estudante ea subsequente “Manifestação dos 100 mil” de repúdio à repressão estatal. Ainda de acordo com o autor, fica claro, que houve muitas mudanças regulamentares, muitas conquistas no que se diz a respeito as manifestações sociais. Com a transição política para a democratização do Estado, os movimentos se mobilizaram para a ampliação de direitos ou a criação de direitos de uma nova geração a serem incluídos na nova Constituição brasileira. As normas e estatutos, baseados na nova legalidade democrática, estimulavam também a institucionalizaç géo das organizações da sociedade civil. Nesse período houve um aumento considerável do número de ONGs e do terceiro setor de responsabilidade social (WARREN, 2008, p.11). Seguindo ainda com o artigo, houve outros movimentos sociais onde a participação e a negociação entre o Estado e os movimentos sociais encontraram um caminho de estímulos à institucionalização das organizações civis, que anteriormente faziam partes de redes movimentalistas mais informais, a partir da Eco/92 no Rio de Janeiro. Consequentemente, o setor das ONGs e do terceiro setor cresce e cria visibilidade. Os fóruns globais e as conferências internacionais estimularam também o diálogo interorganizacional e a participação em rede de uma grande multiplicidade de atores coletivos. Por exemplo, o Fórum de ONGs e Movimentos Sociais para a Eco/92 contou com a participação ativa de ONGs ambientalistas, de desenvolvimento, feministas, de movimentos sociais urbanos e rurais, do sindicalismo e de movimentos ligados a cultura, religião e outros, construindo, por um lado, uma identidade comum pelos direitos de cidadania e, por outro, o reconhecimento das diversidades e das identidades específicas. (WARREN,2008 apud ROSSIAUD; SCHERER-WARREN, 2000). Warren (2008) aponta diversos movimentos indicando uma evolução de conquistas, como por exemplo: “A mobilização popular em torno do impeachment do presidente Collor”, “Movimento dos Sem-Terra (MST)”, o “Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)”, “Movimento das Mulheres Agricultoras (MMA)”, “Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)”,”Movimento cidadão crítico”, e, entre outros, como parte de um caminho histórico e compreensão para os movimentos da atualidade De acordo com Maria da Glória Gohn, o surgimento de um movimento social ocorre a partir de reflexões de seus integrantes, com um pensar coletivo e racionalidade nas ações planejadas, visando na interação entre população e governo, tornando-se muitas vezes um assunto de problema real, que são percebidos e discutidos para a necessidade de resolução rápida, e é através disso que com o tempo se tornam políticas públicas. Ainda de acordo com a educadora, os movimentos sociais não podem serem considerados somente progressistas, pois também existem movimentos que são considerados conservadores e retrógrados porém todos necessitam de um mesmo olhar e análise. Warren (2008), esclarece os movimentos sociais na sociedade globalizada fazendo parte de uma política empoderada e de controle social, buscando se organizar em rede, articulando as iniciativas locais com apoios, formas de comunicação e manifestações mais amplas. Neste mundo da informação em que vivemos, a visibilidade política passa a ser um vetor importante do empoderamento. Por isso, as formas mais expressivas e visíveis dos movimentos sociais se caracterizam por redes transnacionais, como a Marcha Mundial das Mulheres,“ a Via Campesina e outras, que servem de apoio a iniciativas de lutas locais, como tem ocorrido no Brasil. (WARREN, 2008, p 16) No cenário brasileiro, ainda de acordo com o autor, há necessidade de um movimento cidadão crítico, que não atua de forma isolada, mas em redes nacionais e globalizadas e que se caracteriza por estar desenvolvendo um ideário político que visa à transposição, como por exemplo: transposição de fronteiras da tradição política, transposição de fronteiras territoriais, transposição de fronteiras socioculturais e transposição de fronteiras temporais. 4. PROPOSTA C - ENTREVISTA COM GESTORA DA REDE PÚBLICA A proposta C, aborda uma compreensão dos desafios do ensino remoto no momento atual da pandemia, a diretora Daiana Cristina de Andrade Morais da escola: EMEI Vice-prefeito Pedro Miqueletto, localizada na cidade de Louveira, respondeu nossos questionamentos e expôs seu ponto de vista em relação a escola que atual. Segundo Daiana Cristina de Andrade Morais, a escola tem tido dificuldades gerados pelo o isolamento social, na preservação de laços entre a família e a escola, sem tornar-se um fardo em nossa realidade já tão complexa. As estratégias que vem sido adotadas pela escola para lidar com a demanda dos pais e com o acesso, ou falta de acesso, de tecnologias digitais por parte dos alunos, tem sido manter contato com as famílias por meio de: contato via WhatsApp e atividades impressas para quem não tem condições de receber pela via digital, além das discussões com o cuidado de exposição a telas por muito tempo, já que nossas crianças são muito pequenas. A gestora tem sido cuidado com suas propostas, não demandando a utilização dos recursos tecnológicos por muito tempo, possibilitando o contato com elementos da natureza, materiais não estruturados, etc. No que se diz a respeito ao envolvimento dos alunos nesse novo modelo de atividades, a gestora apontou que o envolvimento pode variar conforme a semana, sempre buscando colocar a escola na condição de parceiros das famílias, no sentido de proporcionar estímulo ao desenvolvimento das crianças. Sempre lidando com as famílias de maneira compreensiva e trazendo as famílias para perto sem imposições ou cobranças. Como o público da escola é a Educação Infantil, os documentos de referência trazem como eixos norteadores do trabalho a interação e a brincadeira. E, portanto, se torna inviável querer “transportar” práticas que são do contexto da escola, vividas pelas crianças e seus pares, mediadas pelo olhar especializado do professor, para a casa das crianças, sendo possível, sim, propor algumas maneiras de estimular o desenvolvimento das crianças, que não parou porque elas não estão vindo à escola. Concluindo a entrevista, a gestora aponta que não enxerga lacunas de aprendizagem para as crianças dessa faixa etária em termos de conteúdo escolar, mas sente por elas não estarem entre os pares como parte do cotidiano, se relacionando. Deixa evidente que é um momento em que podem ter outros ganhos, sem o ritmo frenético que a sociedade nos impõe desde o nascimento atualmente. Possivelmente, nesse momento as crianças estão podendo se ouvir, se conhecer, de uma maneira única, e deixa claro que no retorno poderemos ter “mais noção” do que vamos precisar em relação aos impactos do isolamento na vida de nossos alunos e alunas. 5. PROPOSTA D - ENTREVISTA COM GESTORA DA REDE PRIVADA A proposta D, aborda uma compreensão dos desafios do ensino remoto no momento atual da pandemia, a coordenadora pedagógica Michele da escola:Colégio Cria-Arte, localizada na cidade de Jundiaí, respondeu nossos questionamentos e expôs seu ponto de vista em relação a escola que atual. Segundo Michele, os maiores desafios de gestão gerados pelo isolamento social, é o de planejar e executar estratégias em tempos da pandemia. Para ela estamos vivendo com muitas incertezas e não sabemos o impacto que isso causará. Outro desafio, para gestora, é a necessidade da flexibilização e exercitação de planos a curto prazos. O trabalho desenvolvido na escola é em conjunto com a equipe pedagógica, oferecendo sempre o melhor que podem dentro da educação, Michele tem percorrido esse caminho e diz conseguir resultados positivos. Outro desafio apontado foi a inserção total da sala de aula dentro do âmbito tecnológico, foi preciso uma organização de suporte para que todos entendessem as novas ferramentas e usassem o modo online a favor da educação. O suporte foi dado desde a equipe pedagógica até os pais dos alunos. A preocupação foi além da sala de aula, desde da parte pedagógica até o tempo de tela para as crianças. As estratégias utilizadas na escola para lidar com a demanda dos pais e com o acesso,ou falta de acesso, de tecnologias digitais por parte dos alunos, está sendo voltada para escuta ativa, aproximação, canais abertos para dúvidas e suportes, trabalho socioemocional e muita transparência. A escuta ativa, está sendo utilizada para entender os pais sobre a necessidade dos alunos em tempos de pandemia, oferecimento de pesquisas e atendimento diários as famílias para ouví-los seja positivamente ou negativamente. Michele aponta a aproximação como uma das estratégias mais prazerosas durante a pandemia,“entramos tecnologicamente na casa dos alunos e sentimos o quanto a união nos deixam mais fortes! Gravamos vídeos de acolhimento, mandamos comunicados para acalentar os corações e seguramos nas mãos de todos para que se sentissem seguros.” Outra estratégia utilizada foi o canal aberto, disponibilizando os telefones necessários, para todos os pais e alunos com dificuldades tecnológicas e pedagógicas. O colégio tem trabalho também, não só conteúdos escolares, mas o socioemocional, como um auxílio para ajudar os alunos a digerir suas emoções nesse período. No que se diz a respeito ao envolvimento das atividades remotas, podemos considerar como um grande desafio para educadores,alunos e suas famílias, portando a gestora aponta registrar resultados positivos durante o período de isolamento, os alunos demonstraram participação e interação. Oferecemos como ferramenta, conteúdos através da plataforma GOOGLE FOR EDUCATION e todo material didático na plataforma PLURALL (sistema ANGLO de ensino). Os professores, que não são nativos digitais como os estudantes, estão reinventando-se, demonstrando ousadia e criatividade para minimizar a falta do contato presencial e buscar diversificar as metodologias em cada nova atividade. Michele, apesar de ter um olhar positivo, se preocupa em relação aos conteúdos não absorvidos pelos alunos, que podem causar lacunas na aprendizagem. Pensando nisso, a escola preparou avaliações diagnósticas e atividades de apoio para esses alunos, e o desafio é correr atrás do prejuízo e colher bons frutos desse tempo incerto que estamos vivendo. 6. REFERÊNCIAS < www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY&ab_channel=magistraseemg> . Acessado em: 9 de outubro de 2020. < www.youtube.com/watch?v=6AgP3sF_7Rw&ab_channel=Multicultura> Acessado em: 9 de outubro de 2020> < www.youtube.com/watch?v=X3v_ItDvPrE> Acessado em: 10 de outubro de 2020 < www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentros Urbanos> Acessado em: 10 de outubro de 2020 MOURA, E. P. G.; ZUCCHETTI, D. T. A dimensão educativa da educação não escolar: tem sentido este debate?. Educação, v. 42, n. 1, p. 150-158, 6 maio 2019 SCHERER-WARREN, I. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo. Revista História: Debates e Tendências, v. 7, n. 1, p. 9-21, 15 fev. 2013. https://www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY&ab_channel=magistraseemg https://www.youtube.com/watch?v=6AgP3sF_7Rw&ab_channel=Multicultura https://www.youtube.com/watch?v=X3v_ItDvPrE https://www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentrosUrbanos https://www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentrosUrbanos Scanned by TapScanner
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