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RELATORIO ISABELLA THEREZA BERNARDES

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS 
Curso de Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO REMOTO 
Gestão Escolar e Não Escolar. 
 
 
 
 
 
ALUNO​: ​RA: 
ISABELLA THEREZA BERNARDES D659GH8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
2020 
1. INTRODUÇÃO 
De acordo com a proposta estabelecida pela a instituição para a realização 
do estágio remoto, levando em consideração a pandemia, foram abordadas 
reflexão dividas em quatro propostas, incluindo vídeos, artigos e entrevistas 
realizadas com gestores de escola pública e privada. 
Proposta A: O vídeo 1​1​, aborda a relação aos espaços não formais do 
conhecimento, em um programa exibido em ​08 de abril de 2013, pelo Canal 
Minas Saúde : Roda de Conversa, ​sendo um espaço de discussões e reflexões 
sobre o contexto educacional brasileiro, ações e projetos de Minas Gerais, e 
ainda uma nova reflexão sobre as ​“Classes Hospitalares”​2 e leitura do artigo de 
Moura e Zucchetti​3​. 
Proposta B: ​O vídeo 2​4​, apresenta um ponto de vista diferente em relação 
aos primeiros vídeos assistidos e compreendidos, abordando os movimentos 
sociais no Brasil e a importância dos mesmos, através da explicação do cenário 
geral do associativismo no Brasil, e como os processos da modernidade e da 
globalização implicam nas mudanças e inovações sociais. Também uma nova 
reflexão sobre a “​Participação Social nas Políticas Públicas: Formas de 
Organização” ​5​ e leitura do artigo de Warren​6 
Proposta C: Para melhor entendimento da situação atual do mundo, como 
proposta, pesquisamos a importância de compreender os desafios da gestão e 
medidas adotadas em consideração ao ensino remoto na rede privada, através 
de uma entrevista com gestores. 
1 Roda De Conversa – Tema: Espaços não-formais do conhecimento: a escola além da escola. 
Disponível em: <​www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY&ab_channel=magistraseemg​> . 
Acessado em: 9 de outubro de 2020. 
2 Classes Hospitalares - Disponível em: 
<​www.youtube.com/watch?v=6AgP3sF_7Rw&ab_channel=Multicultura​> Acessado em: 9 de 
outubro de 2020> 
3 Disponível em: <​revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/27950​> Acessado 
em: 9 de outubro de 2020. 
4 ​Participação Social nas Políticas Públicas: Formas de Organização Disponivél em: 
<​www.youtube.com/watch?v=X3v_ItDvPrE​> ​Acessado em: 10 de outubro de 2020 
5 ​Participação Social nas Políticas Públicas: Formas de Organização Disponivél Parte II Disponivél 
em: <​www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentrosUrbanos​> 
Acessado em: 10 de outubro de 2020 
6 Disponível em: <​http://www.upf.br/seer/index.php/rhdt/article/view/2947/1994​> Acessado em: 10 
de outubro de 2020 
https://www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY&ab_channel=magistraseemg
https://www.youtube.com/watch?v=6AgP3sF_7Rw&ab_channel=Multicultura
https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/27950
https://www.youtube.com/watch?v=X3v_ItDvPrE
https://www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentrosUrbanos
http://www.upf.br/seer/index.php/rhdt/article/view/2947/1994
Proposta D: Para melhor entendimento da situação atual do mundo, como 
proposta, pesquisamos a importância de compreender os desafios da gestão e 
medidas adotadas em consideração ao ensino remoto na rede pública, através 
de uma entrevista com gestores. 
2. ​PROPOSTA A - OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DO TEMA ESPAÇOS NÃO 
FORMAIS DO CONHECIMENTO E CLASSES HOSPITALARES 
A proposta A nos leva a uma reflexão sobre a educação e seus espaços 
não formais com Bernardo Jefferson de Oliveira, Leonor Bezerra Guerra e Ildeu 
de Castro Moreira​, presentes no programa ​“Roda de Conversa”​, esclarecendo o 
movimento de mudança do ambiente formal para o não formal, tornando-se uma 
ferramenta de auxílio no processo de ensino-aprendizagem. 
Somos convidados a refletir em outros espaços que podem suceder em 
uma aprendizagem significativa, ou seja, o conhecimento também faz parte da 
educação e o espaço não formal se torna um complemento para a escola. Sendo 
assim, os alunos são convidados a desenvolver suas habilidades motoras, 
atitudes, sua comunicação, sua interação e seu comportamento, não possuindo 
a consciência de que estes espaços se tornaram um espaço para a aula 
convencional, tornando-se incentivador o processo de ensino-aprendizagem. O 
fio condutor do educador nestes ambientes possuem uma grande influência em 
sua relação com o aluno, assim sendo, o educador incorpora a imagem de 
transmissão de experiências como troca e uma aprendizagem em conjunto. 
Outros espaços que podemos avaliar seriam, bibliotecas, visitas em uma 
fazenda, em uma praça para compreender a história do ambiente em um 
contexto educativo, visitas em fábricas, empresas, zoológicos e ​etc​, ou seja, 
podemos mudar o espaço formal para um espaço não formal, proporcionando ao 
aluno uma vivência daquilo que antes, foi experienciado em sala de aula. O olhar 
positivo deste movimento de mudança de espaço é que transformamos o 
conhecimento dos alunos em suas próprias vivências. 
As propostas e políticas pedagógicas, devem ser associadas às visitas 
técnicas (atividades pedagógicas supervisionada em ambientes externos)​, junto 
ao um planejamento que possa agraciar ao aluno um caminho de vivências 
conectado aos conteúdos escolares, pois assim o educador pode antecipar seus 
objetivos, provocando nos alunos benefícios já citados, mas também o sensorial e 
o emocional. 
Moura e Zucchetti (2019) em seu artigo “​A dimensão educativa da 
educação não escolar: tem sentido esse debate?​”, apresenta o assunto 
apontando as diferenças entre os estudos do campo da educação não escolar 
como uma prática educativa que necessita reconhecer um conjunto de 
componentes teóricos e práticos que se agregam, complementam e se traduzem 
em duas dimensões: pedagógica e educativa​. ​Diante da reflexão do conteúdo da 
primeira proposta abordando o tema dos espaços não formais, podemos destacar 
a importância desses ambientes e o que eles proporcionam aos alunos como 
complemento em sala de aula. 
No caso dos educadores sociais, a busca pela diferenciação assume um 
vigor especial quando se trata de estabelecer distinções entre o fazer 
profissional no âmbito da educação escolar e o fazer da prática que se 
concretiza no âmbito da educação não escolar. (MOURA; ZUCCHETTI, 
2019, p. 155). 
Em vista da reflexão sobre os ambientes não formais, o conteúdo da 
próxima reflexão que se encontra dentro da ​proposta A​, apresenta um novo 
cenário, onde o papel do educador ganha uma outra perspectiva fora de um 
contexto escolar. O segundo vídeo aborda o tema das ​Classes Hospitalares​, em 
que os indivíduos possuem direito à educação durante o seu tratamento de 
saúde, podendo ser guiado à crianças e adultos. 
O educador que atua nessa área deve zelar pelo o bem estar físico e 
psíquico do paciente, a prática realizada neste espaço ameniza o sofrimento e 
interage o paciente em atividades direcionadas pelo o educador, tornando-se um 
espaço de auxílio para os problemas causados pela a internação, ou seja, um fio 
condutor para um caminho de compreensão da raiva, insegurança, incapacidade 
e frustração que podem complicar arecuperação do indivíduo. Os conteúdos 
escolares como, matemática, português, ciências e ​etc​, são trabalhados dentro 
destes espaços, como apresentado no vídeo, os profissionais afirmam a 
dificuldade de entusiasmar as crianças pois estão longe da sala de aula e 
algumas delas possuem lembranças do ambiente escolar, por isso se torna 
necessário um cuidado maior pelo o bem estar e o psíquico do paciente, como 
citado. 
No ambiente hospitalar encontramos uma diversidade em relação às 
classes sociais, idades e ​etc​, e, o papel do educador é criar um ambiente 
acolhedor para cada um de seus pacientes, levando em consideração as lacunas 
de aprendizagem causadas em idade escolar, por isso sua abordagem deve estar 
atenta às diversidades e a patologia do paciente. 
Podemos definir o ambiente hospitalar, segundo Moura e Zucchetti (2019), 
com a intenção em uma diferenciação\adaptação da educação curricular, levando 
em consideração os indivíduos que se encontram em situações sociais sensíveis 
não devem ser heterogênea, ou seja, não devem ser igual ao modo que outras 
escolas e instituições elaboram, deve ser específico para aquela comunidade e 
as suas necessidades. 
A dimensão educativa da educação não escolar, portanto, constitui 
o pensar que não se resume ao raciocinar, é o pensamento intrusivo 
que confere sentido ao que somos e ao que nos acontece colado 
na materialidade radical da vida. Trata-se da experiência que nos 
insta a criar palavras e/ou outras formas expressivas para enunciar o 
pensamento que, incessantemente, brota do assédio da vida nos 
tomando de assalto, de forma inevitavelmente imprevisível. 
(MOURA; ZUCCHETTI, 2019, p. 155) 
O ambiente deve ser lúdico e recreativo havendo jogos e brincadeiras 
como um fio condutor de expressão de uma linguagem simbólica, que façam-os 
expressar seus sentimentos, como o medo ou até mesmo a raiva, tristeza e entre 
outros, auxiliando a enfrentar a doença e o ambiente que se encontram. O 
educador possui uma intervenção terapêutica, provocando manifestações de 
alegria aos laços sociais e diminuição de barreiras para seu cotidiano dentro do 
hospital e também com um olhar a um cotidiano fora desse ambiente, que o 
paciente irá encontrar. 
O Estado oferece uma formação continuada voltada para a área hospitalar, 
incentivando a capacitação e especialização, geralmente os profissionais da área 
hospitalar são especializados em motricidade e psicopedagogia carregando 
consigo a capacidade de um melhor entendimento e compreensão do ambiente e 
das patologias dos pacientes. 
3. ​PROPOSTA B - OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DO TEMA PARTICIPAÇÃO 
SOCIAL NAS POLÍTICAS PÚBLICAS: ASSOCIATIVISMO E ORGANIZAÇÃO 
A ​proposta B​, em seu primeiro vídeo, nos leva a uma reflexão em conjunto 
com o pensar coletivo, levando em consideração diferentes aspectos territoriais 
variados dentro de um contexto da atualidade da modernidade, incluindo as 
mudanças da globalização e a inclusão da tecnologia na relações sociais com a 
educadora ​ Maria da Glória Gohn​. 
De início ​Maria da Glória Gohn​, apresenta a reflexão levando em 
consideração um cenário desafiador tendo em base a desigualdade social e a 
diversidade cultural, que vem se agravando em conflitos sociais. A globalização 
trouxe mudanças positivas e negativas, e o que levou a termos dois polos, foi 
uma inclusão de novas tecnologias e com isso fica nitidamente fácil de perceber 
que a comunicação e o compartilhamento de informações está para quem tem 
acesso, ou seja, vivemos em um momento onde a vulnerabilidade está 
relacionada às classes sociais e econômicas. Seguindo essa linha de 
pensamento, a educadora esclarece que o fio condutor para a resolução desse 
conflito, é tornar possível que as metas das políticas públicas tenham um olhar 
cuidadoso em recuperar o sentido da igualdade e da oportunidade para todos, e a 
educação incorpora um papel importante para esse processo. 
Um caminho a ser seguido, ​segundo Maria da Glória Gohn​, deve se iniciar 
pela a valorização da participação ativa e no pensar coletivo, para encontrar 
soluções para os problemas e demandas de carências na sociedade. Há um novo 
paradigma na educação e também em outras áreas onde o diálogo vem 
ganhando um novo espaço e não se torna apenas o domínio de determinados 
acervos, vem sendo construído junto com o processo de interação e portanto a 
criatividade e a inovação surge nesse coletivo, as vivências individuais ganham 
um papel de importância. 
Levando em consideração esse contexto, dos problemas sociais, da 
importância da participação ativa e do pensar coletivo, a ação coletiva dos grupos 
ganham um olhar importante na história política e nos territórios locais. O 
associativismo civil nasce com a intenção da democratização de diversas áreas, 
incluindo a gestão pública, o caminho deste contexto se dá a partir da mediação 
entre as populações organizadas e o governo político, tornando-se necessário a 
presença de agentes de mediação para a participação populacional nas políticas 
públicas. 
Os agentes da mediação devem reconhecer a identidade e diversidade 
socioeconômicas, e os processos de democratização, sendo eles, a ​democracia 
direta ​como ​representativa e participativa, que ainda possui um papel de 
importância na atualidade, e​, democracia análogica ​que incorpora o uso da 
tecnologia e da internet. É de extrema importância se manter atento aos novos 
sujeitos surgindo atualmente para a inclusão de novos direitos e aos que já são 
existentes, mas também, aos estímulos dos processos sociais que possuem 
como papel de formar e informar a população de determinado grupo. 
Concluindo o assunto a partir do segundo vídeo, a educadora menciona as 
diferentes formas de organização da sociedade civil, dando ênfase e detalhando 
do surgimento, do propósito e do funcionamento dos movimentos sociais. 
Algumas modalidades de participação social, podem vir serem consideradas 
como: as ​associações voluntárias​, os ​movimentos sociais​, ​ONG’S, fundações​, 
organizações do terceiro setor​, ​redes sociais​, estruturas colegiadas e ​ouvidoria 
pública, ​neste momento ​Maria da Glória Gohn ​foca apenas nos Movimentos 
Sociais e ONG’S​, pois as outras participações sociais citadas, são definidas como 
lutas complexas com referências e articulações. 
Warren (2008) em seu artigo “​Movimentos Sociais no Brasil 
Contemporâneo”​, nos convida conhecer um pouco mais do assunto, a partir de 
um olhar histórico diante de um movimento social que teve um marco significativo 
pós-golpe militar em 1964, que surgiu com a intenção de resistência a ditadura e 
ao autoritarismo estatal onde congregavam em torno desse mesmo objetivo em 
comum segmentos das camadas populares, intelectuais e artistas. O movimento 
estudantil surgiu nesta época e ficou conhecido como “​movimento popula​r”, 
sendo um dos movimentos mais ativos na época da ditadura, organizado nas 
principais cidades brasileiras, terminando com a mobilização dos estudantes, no 
Rio de Janeiro, com a trágica morte de um estudante ea subsequente 
“Manifestação dos 100 mil” de repúdio à repressão estatal. Ainda de acordo com 
o autor, fica claro, que houve muitas mudanças regulamentares, muitas 
conquistas no que se diz a respeito as manifestações sociais. 
Com a transição política para a democratização do Estado, os 
movimentos se mobilizaram para a ampliação de direitos ou a criação de 
direitos de uma nova geração a serem incluídos na nova Constituição 
brasileira. As normas e estatutos, baseados na nova legalidade 
democrática, estimulavam também a institucionalizaç géo das 
organizações da sociedade civil. Nesse período houve um aumento 
considerável do número de ONGs e do terceiro setor de 
responsabilidade social (WARREN, 2008, p.11). 
Seguindo ainda com o artigo, houve outros movimentos sociais onde a 
participação e a negociação entre o Estado e os movimentos sociais encontraram 
um caminho de estímulos à institucionalização das organizações civis, que 
anteriormente faziam partes de redes movimentalistas mais informais, a partir da 
Eco/92 no Rio de Janeiro. 
Consequentemente, o setor das ONGs e do terceiro setor cresce e cria 
visibilidade. Os fóruns globais e as conferências internacionais 
estimularam também o diálogo interorganizacional e a participação em 
rede de uma grande multiplicidade de atores coletivos. Por exemplo, o 
Fórum de ONGs e Movimentos Sociais para a Eco/92 contou com a 
participação ativa de ONGs ambientalistas, de desenvolvimento, 
feministas, de movimentos sociais urbanos e rurais, do sindicalismo e de 
movimentos ligados a cultura, religião e outros, construindo, por um 
lado, uma identidade comum pelos direitos de cidadania e, por outro, o 
reconhecimento das diversidades e das identidades específicas. 
(WARREN,2008 ​apud ​ROSSIAUD; SCHERER-WARREN, 2000). 
 
Warren (2008) aponta diversos movimentos indicando uma evolução de 
conquistas, como por exemplo: “A mobilização popular em torno do impeachment 
do presidente Collor”, “Movimento dos Sem-Terra (MST)”, o “Movimento dos 
Atingidos por Barragens (MAB)”, “Movimento das Mulheres Agricultoras (MMA)”, 
“Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)”,”Movimento cidadão crítico”, e, 
entre outros, como parte de um caminho histórico e compreensão para os 
movimentos da atualidade 
De acordo com ​Maria da Glória Gohn, ​o surgimento de um movimento 
social ocorre a partir de reflexões de seus integrantes, com um pensar coletivo e 
racionalidade nas ações planejadas, visando na interação entre população e 
governo, tornando-se muitas vezes um assunto de problema real, que são 
percebidos e discutidos para a necessidade de resolução rápida, e é através 
disso que com o tempo se tornam políticas públicas. Ainda de acordo com a 
educadora, os movimentos sociais não podem serem considerados somente 
progressistas, pois também existem movimentos que são considerados 
conservadores e retrógrados porém todos necessitam de um mesmo olhar e 
análise. 
Warren (2008), esclarece os movimentos sociais na sociedade globalizada 
fazendo parte de uma política empoderada e de controle social, buscando se 
organizar em rede, articulando as iniciativas locais com apoios, formas de 
comunicação e manifestações mais amplas. 
Neste mundo da informação em que vivemos, a visibilidade política 
passa a ser um vetor importante do empoderamento. Por isso, as formas 
mais expressivas e visíveis dos movimentos sociais se caracterizam por 
redes transnacionais, como a Marcha Mundial das Mulheres,“ a Via 
Campesina e outras, que servem de apoio a iniciativas de lutas locais, 
como tem ocorrido no Brasil. (WARREN, 2008, p 16) 
No cenário brasileiro, ainda de acordo com o autor, há necessidade de um 
movimento cidadão crítico, que não atua de forma isolada, mas em redes 
nacionais e globalizadas e que se caracteriza por estar desenvolvendo um ideário 
político que visa à transposição, como por exemplo: transposição de fronteiras da 
tradição política​, transposição de fronteiras territoriais​, transposição de fronteiras 
socioculturais​ e​ transposição de fronteiras temporais. 
4. ​PROPOSTA C - ENTREVISTA COM GESTORA DA REDE PÚBLICA 
A proposta C, aborda uma compreensão dos desafios do ensino remoto 
no momento atual da pandemia, a diretora Daiana Cristina de Andrade Morais da 
escola: ​EMEI Vice-prefeito Pedro Miqueletto, localizada na cidade de Louveira, 
respondeu nossos questionamentos e expôs seu ponto de vista em relação a 
escola que atual. 
Segundo ​Daiana Cristina de Andrade Morai​s, a escola tem tido dificuldades 
gerados pelo o isolamento social, na preservação de laços entre a família e a 
escola, sem tornar-se um fardo em nossa realidade já tão complexa. As 
estratégias que vem sido adotadas pela escola para lidar com a demanda dos 
pais e com o acesso, ou falta de acesso, de tecnologias digitais por parte dos 
alunos, tem sido manter contato com as famílias por meio de: ​contato via 
WhatsApp e ​atividades impressas para quem não tem condições de receber pela 
via digital, além das discussões com o cuidado de exposição a telas por muito 
tempo, já que nossas crianças são muito pequenas. A gestora tem sido cuidado 
com suas propostas, não demandando a utilização dos recursos tecnológicos por 
muito tempo, possibilitando o contato com elementos da natureza, materiais não 
estruturados, ​etc. 
No que se diz a respeito ao envolvimento dos alunos nesse novo modelo 
de atividades, a gestora apontou que o envolvimento pode variar conforme a 
semana, sempre buscando colocar a escola na condição de parceiros das 
famílias, no sentido de proporcionar estímulo ao desenvolvimento das crianças. 
Sempre lidando com as famílias de maneira compreensiva e trazendo as famílias 
para perto sem imposições ou cobranças. Como o público da escola é a 
Educação Infantil, os documentos de referência trazem como eixos norteadores 
do trabalho a interação e a brincadeira. E, portanto, se torna inviável querer 
“transportar” práticas que são do contexto da escola, vividas pelas crianças e 
seus pares, mediadas pelo olhar especializado do professor, para a casa das 
crianças, sendo possível, sim, propor algumas maneiras de estimular o 
desenvolvimento das crianças, que não parou porque elas não estão vindo à 
escola. 
Concluindo a entrevista, a gestora aponta que não enxerga lacunas de 
aprendizagem para as crianças dessa faixa etária em termos de conteúdo 
escolar, mas sente por elas não estarem entre os pares como parte do cotidiano, 
se relacionando. Deixa evidente que é um momento em que podem ter outros 
ganhos, sem o ritmo frenético que a sociedade nos impõe desde o nascimento 
atualmente. Possivelmente, nesse momento as crianças estão podendo se ouvir, 
se conhecer, de uma maneira única, e deixa claro que no retorno poderemos ter 
“mais noção” do que vamos precisar em relação aos impactos do isolamento na 
vida de nossos alunos e alunas. 
5. ​PROPOSTA D - ENTREVISTA COM GESTORA DA REDE PRIVADA 
A proposta D, aborda uma compreensão dos desafios do ensino remoto 
no momento atual da pandemia, a coordenadora pedagógica Michele ​da escola:Colégio Cria-Arte, localizada na cidade de Jundiaí, respondeu nossos 
questionamentos e expôs seu ponto de vista em relação a escola que atual. 
Segundo Michele, ​os maiores desafios de gestão gerados pelo isolamento 
social, é o de planejar e executar estratégias em tempos da pandemia. Para ela 
estamos vivendo com muitas incertezas e não sabemos o impacto que isso 
causará. Outro desafio, para gestora, é a necessidade da flexibilização e 
exercitação de planos a curto prazos. O trabalho desenvolvido na escola é em 
conjunto com a equipe pedagógica, oferecendo sempre o melhor que podem 
dentro da educação, Michele tem percorrido esse caminho e diz conseguir 
resultados positivos. Outro desafio apontado foi a inserção total da sala de aula 
dentro do âmbito tecnológico, foi preciso uma organização de suporte para que 
todos entendessem as novas ferramentas e usassem o modo online a favor da 
educação. O suporte foi dado desde a equipe pedagógica até os pais dos alunos. 
A preocupação foi além da sala de aula, desde da parte pedagógica até o tempo 
de tela para as crianças. 
As estratégias utilizadas na escola para lidar com a demanda dos pais e 
com o acesso,ou falta de acesso, de tecnologias digitais por parte dos alunos, 
está sendo voltada para escuta ativa, aproximação, canais abertos para dúvidas e 
suportes, trabalho socioemocional e muita transparência. A escuta ativa, está 
sendo utilizada para entender os pais sobre a necessidade dos alunos em tempos 
de pandemia, oferecimento de pesquisas e atendimento diários as famílias para 
ouví-los seja positivamente ou negativamente. Michele aponta a aproximação 
como uma das estratégias mais prazerosas durante a pandemia,“entramos 
tecnologicamente na casa dos alunos e sentimos o quanto a união nos deixam 
mais fortes! Gravamos vídeos de acolhimento, mandamos comunicados para 
acalentar os corações e seguramos nas mãos de todos para que se sentissem 
seguros.” ​Outra estratégia utilizada foi o canal aberto, disponibilizando os 
telefones necessários, para todos os pais e alunos com dificuldades tecnológicas 
e pedagógicas. O colégio tem trabalho também, não só conteúdos escolares, mas 
o socioemocional, como um auxílio para ajudar os alunos a digerir suas emoções 
nesse período. 
No que se diz a respeito ao envolvimento das atividades remotas, 
podemos considerar como um grande desafio para educadores,alunos e suas 
famílias, portando a gestora aponta registrar resultados positivos durante o 
período de isolamento, os alunos demonstraram participação e interação. 
Oferecemos como ferramenta, conteúdos através da plataforma ​GOOGLE FOR 
EDUCATION e todo material didático na plataforma PLURALL (sistema ​ANGLO 
de ensino). Os professores, que não são nativos digitais como os estudantes, 
estão reinventando-se, demonstrando ousadia e criatividade para minimizar a 
falta do contato presencial e buscar diversificar as metodologias em cada nova 
atividade. Michele, apesar de ter um olhar positivo, se preocupa em relação aos 
conteúdos não absorvidos pelos alunos, que podem causar lacunas na 
aprendizagem. Pensando nisso, a escola preparou avaliações diagnósticas e 
atividades de apoio para esses alunos, e o desafio é correr atrás do prejuízo e 
colher bons frutos desse tempo incerto que estamos vivendo. 
6. ​REFERÊNCIAS 
 ​< ​www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY&ab_channel=magistraseemg​> . 
Acessado em: 9 de outubro de 2020. 
 
< ​www.youtube.com/watch?v=6AgP3sF_7Rw&ab_channel=Multicultura​> 
Acessado em: 9 de outubro de 2020> 
 
< ​www.youtube.com/watch?v=X3v_ItDvPrE​> ​Acessado em: 10 de outubro de 2020 
 
< ​www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentros
Urbanos​> ​Acessado em: 10 de outubro de 2020 
MOURA, E. P. G.; ZUCCHETTI, D. T. ​A dimensão educativa da educação não escolar​: 
tem sentido este debate?. Educação, v. 42, n. 1, p. 150-158, 6 maio 2019 
SCHERER-WARREN, I. ​Movimentos sociais no Brasil contemporâneo​. Revista História: 
Debates e Tendências, v. 7, n. 1, p. 9-21, 15 fev. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY&ab_channel=magistraseemg
https://www.youtube.com/watch?v=6AgP3sF_7Rw&ab_channel=Multicultura
https://www.youtube.com/watch?v=X3v_ItDvPrE
https://www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentrosUrbanos
https://www.youtube.com/watch?v=_BCURKJOtPo&ab_channel=PlataformadosCentrosUrbanos
 
 
 
 
 
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