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A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA CIA HERING UM ESTUDO DE CASO_Aluno_Carlos_Henrique_Santos_Gouvêa

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A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA CIA HERING: UM ESTUDO DE CASO
Carlos Henrique Santos Gouvêa*
Resumo
A presente pesquisa tem como objetivo analisar os índices de liquidez e endividamento da Cia Hering, com base nas demonstrações Contabéis dos anos 2017, 2018 e 2019. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório descritivo, com abordagem quantitativa e utilizando como principal método, o estudo de caso. A coleta de dados foi realizada através de uma pesquisa bibliográfica, abordando os principais conceitos do tema: Demonstrações Contábeis - Balanço Patrimonial e Análise das Demonstrações Contábeis – índices de liquidez e endividamento. Os dados empíricos foram colhidos através das Demonstrações Contábeis da empresa em questão, divulgadas no site da B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Os resultados das análises das Demonstrações Contábeis foram demonstrados e tabulados em quadros demonstrativos, para melhor compreensão da análise da pesquisa. As conclusões apontam que os índices de Liquidez demonstraram crescimento constante e os índices de endividamento se apresentaram relativamente estáveis, chamando a atenção o índice de composição do endividamento, tendo 88% das dívidas vencendo em curto prazo, interpretações estas que impactam na tomada de decisão dos gestores da companhia estudada.
Palavras-chave: Análise das Demonstrações Contábeis; Balanço Patrimonial; Liquidez; Endividamento.
1 INTRODUÇÃO
A Contabilidade exerce diversas funções nas organizações, entre elas tem-se a função administrativa, a qual representa o controle do patrimônio, por meio de dados fornecidos pela própria Contabilidade, os quais auxiliam os gestores na tomada de decisão (ATHAR, 2005).
Sendo assim, Padoveze (2004, p. 576) descreve: “a Contabilidade deve manter adequadamente as Demonstrações Contábeis da empresa para a tomada de decisão. Assim, em qualquer momento, os gestores podem direcionar melhor seu planejamento no sentido de manter ou não o investimento”.
Através da análise das Demonstrações Contábeis é possível avaliar o desempenho da gestão econômica, financeira e patrimonial da entidade (ATHAR, 2005).
Neste sentido, elucida-se que o tema desta pesquisa resultou na seguinte pergunta: como se apresentam os os índices de liquidez e endividamento da Cia Hering, com base nas Demonstrações Contabéis? Tendo como objetivo geral: analisar os índices de liquidez e endividamento da Cia Hering, com base nas demonstrações Contabéis dos anos 2017, 2018 e 2019.
Para tanto foram delineados os seguintes objetivos específicos: compreender os principais pressupostos teóricos acerca do tema abordado desta pesquisa, analisar as Demonstrações Contábeis da empresa em estudo para a obtenção dos índices de liquidez e endividamento dos anos 2017, 2018 e 2019.
O trabalho se justifica ao passo que busca verificar, através deste estudo teórico empírico, se o resultado atingido pelo método aplicado – Análise das Demonstrações Contábeis – oferece informação de valor para a própria empresa e se os resultados atingidos são importantes para a tomada de decisão. 
Para atingir o seu objetivo, interpretar os índices através da ferramenta de análise das Demonstrações Contábeis da empresa Cia Hering, a presente pesquisa trabalhou com determinados métodos científicos.
A pesquisa é de natureza exploratória descritiva. Caracteriza-se como exploratória visto que através dela buscou-se “familiarizar-se com o fenômeno ou obter uma nova percepção dele e descobrir novas ideias” (Cervo, Bervian e Da Silva, 2007, p. 63) e, descritiva por consistir em uma investigação de pesquisa empírica “cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos” (Marconi e Lakatos, 1999, p.86).
A abordagem da pesquisa é quantitativa. Segundo Silveira e Córdova (2009), na pesquisa quantitativa, os dados são quantificados, recorrendo por intermédio da linguagem matemática no objetivo de demonstrar as razões dos acontecimentos dentre variáveis.
O método utilizado é estudo de caso. De acordo com Triviños (1987), o estudo de caso é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa profundamente, e “contribui de forma inigualável, para as compreensões que temos dos fenômenos individuais, organizacionais, ou, sociais e políticos” (Yin, 2001, p.21). A empresa em estudo consiste na Cia Hering, devido a sua relevância no estado de Santa Catarina e por conter as condições necessária para o desenvolvimento da presente pesquisa, uma vez que as demonstrações contábeis são públicas, divulgadas no site da Bolsa de Valores do Brasil, visto que se trata de uma empresa de capital aberto.
Inicialmente usou-se a pesquisa bibliográfica, com vista a reunir o material já publicado sobre o tema em estudo. Para tanto, pesquisou-se em dados secundários. Para Gil (1996. p.48) a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida a partir de material já elaborado”, e os dados secundários “constituem-se principalmente em livros e artigos científicos. ” 
A pesquisa documental foi utilizada para reunir as informações necessárias sobre a organização em estudo, para que o objetivo deste fosse alcançado, segundo Yin (2001), as informações documentais são relevantes a todos os tópicos de estudo de caso. Na empresa em estudo foram pesquisadas as Demonstrações Contábeis da Cia Hering, divulgadas no site da B3, a Bolsa de Valores do Brasil.
Contudo, o trabalho poderá contribuir para informar sobre a importância do acompanhamento e controle de empresas. Ademais, este trabalho contribui para a academia ao passo que aborda um tema relevante para as organizações em geral, além de trazer um caso empírico original.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Referencial Teórico 
2.1.1 Demonstrações Contábeis: Conceitos e Objetivos
Demonstrações Financeiras, ou Demonstrações Contábeis, consiste na exposição ordenanda dos fatos contábeis, relacionado a um determinado período (IUDÍCIBUS e MARION, 2010).
As demonstrações contábeis, segundo Reis, (2009, p.56) “consistem num conjunto de demonstrativos, previstos por lei ou consagrados pela prática, normalmente elaborados ao final do exercício social”.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, atualizada pela Lei nº 10.303/01, estabelece que ao final do exercício social (geralmente um ano), a empresa e seus administradores deverão elaborar as seguintes demonstrações contábeis (ATHAR, 2005, p.50):
Balanço Patrimonial; Demonstração do resultado do exercício; Demonstração de lucros e prejuízos acumulados; Demonstração das origens e aplicações de recursos; Notas explicativas.
Em um contexto geral, o objetivo básico das demonstrações contábeis é de fornecer diversas informações com a finalidade de apontar direções para uma correta gestão e avaliação dos respectivos resultados. As demonstrações contábeis básicas para toda e qualquer empresa seria o balanço patrimonial, foco destes trabalho e detalhado na próxima seção, a demonstração do resultado do exercício e o demonstrativo de fluxos de caixa. Existe a obrigatoriedade em relação a esses demonstrativos, para as sociedades por ações e para as demais empresas sujeitas ao regime de tributação pelo lucro real (REIS, 2009).
Quando são tomadas as decisões financeiras pelos usuários das demonstrações contábeis, há necessidade de avaliarem a capacidade que a empresa tem de gerar caixa e equivalente de caixa, correlacionando com o tempo e grau de certeza da geração. Essa capacidade estabelece, por exemplo, se a azienda conseguirá honrar com os seus compromissos diante terceiros, amortizar seus empréstimos e distribuir lucros aos acionistas. Esses usuários poderão analisar tal capacidade se lhe forem fornecidas as informações fidedignas da posição patrimonial e financeira, o resultado e as mutações da empresa (IÚDICIBUS ET AL., 2010).
2.1.1.1 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrominial refere-se a uma demonstração, a qual apresenta, de um lado, um grupo de contas que relata as disponibilidades financeiras (bens e direitos), designado como Ativo; e em contrapartida,do outro lado, o grupo de contas que relata as dívidas, designado como Passivo, na qual aparece o capital próprio, sob a denominação de Patrimônio Líquido. (SAVYTZKY, 2011).
	 
	BALANÇO PATRIMONIAL
	 
	ATIVO
	
	PASSIVO
	
	
	 
	 
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Quadro 01: Balanço Patrimonial
Fonte: Iúdicibus et al. (2010, p.02).
De acordo com o art. 178 da Lei nº 6.404/76, “no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia” (IÚDICIBUS ET AL., 2010, p.36).
O lado direito do Balanço Patrimonial, onde é registrado o Passivo e o Patrimônio Líquido, representa a origem de recursos, fonte de capital. Essa origem pode ser de origem externa da entidade (Passivo ou capital de terceiros) ou pode ter origem interna da entidade (Patrimônio Líquido ou capital próprio), já o lado esquerdo do Balanço Patrimomial, onde é registrado o Ativo, representa a aplicação de recursos originado do Passivo e do Patrimônio Líquido (MARION, 2003).
Logo, em um sentido amplo, o Patrimônio inclui os bens, os direitos e as obrigações, e o Patrimônio Líquido, relaciona o capital próprio e será sempre a diferença do valor da soma dos bens e direitos, menos as obrigações da entidade. (SAVYTZKY, 2011, p.15).
Os valores do Balanço Patrimonial registram uma situação estática, ou seja, uma posição patrimonial e financeira em um momento específico, em uma determinada data (IÚDICIBUS ET AL., 2010, p. 36).
2.1.2 Análise das demonstrações contábeis
Em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade, a elaboração das Demonstrações Contábeis permite que os diversos usuários das mesmas extraiam informações importantes para a tomada de decisão (ANDRADE, 2013, p.107).
Quando deseja-se analisar o estado patrimonial e financeiro; assim como as suas mudanças e suas causas; também quando deseja-se projetar o futuro, há necessidade de se analisar as Demonstrações Contábeis (SAVYTZKY, 2011, p.33).
O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício são as demonstrações no qual é dada maior ênfase, pois são evidenciadas de forma mais objetiva, a posição econômica – via Balanço Patrimonial em conjunto com a Demonstração do Resultado do Exercício; e a posição financeira – via Balanço Patrimonial (MARION, 2010, p.09).
“A análise das demonstrações contábeis possibilita obter informações de natureza contábil, financeira e econômica” (ANDRADE, 2013, p.107). 
Via de regra, segundo Athar (2005, p.144) a análise de balanços visa expor:
a) A posição econômico-financeira atual;
b) As tendências futuras (projeções);
c) A eficiência ou ineficiência na utilização dos recursos;
d) Evidências de erros e acertos da administração;
e) Adequação ou inadequação das origens (capital próprio e capital de terceiros) às aplicações de recursos (destino dos recursos, ou seja, de que maneira os recursos foram aplicados).
De acordo com os objetivos planejados, a análise de balanços poderá ser classificada em análise externa e análise interna. O analista interno (executivo, consultor, proprietário) verifica a situação atual e futura para estabelecer medidas mais apropriadas e a obtenção das informações será favorecida, devido o livre acesso as informações pertinentes diretamente das fontes disponíveis. Já o analista externo (credores, investidores, governo) procura verificar a tendência da entidade ao equilíbrio, afim de decidir se inicia uma relação ou manutenção destas (ATHAR, 2005, p.144)
Contudo, através dos índices financeiros, a situação financeira da entidade, no que diz respeito à liquidez e solvência, é evidenciado. Podem ser divididos em índice de estrutura (ou endividamento) e índice de liquidez. Há também os índices econômicos, que permitem obter os aspectos sobre a lucratividade e rentabilidade do negócio da empresa (ANDRADE, 2013, p.107).	
Há de se salientar que existem limitações mediante a análise das demonstrações contábeis. Dois pontos precisam ser levados em consideração em uma análise: temporalidade das operações deve ser executada em sequência cronológica, a fim de identificar as tendências e evolução da entidade; e a análise deve ser comparativa, comparando com outras empresas do mesmo ramo de atividade (ATHAR, 2005, p.145).
Na avaliação de empresas, é indispensável o procedimento de analisar as demonstrações contábeis, e por meio desse mecanismo, os usuários das informações obtêm dados históricos sobre a capacidade de pagamento, lucratividade, endividamento, rentabilidade, entre outros (SANTOS, 2011, p.17), sendo os índices de liquides e endividamento o foco deste estudo.
2.1.2.1 Índices de Liquidez
Os índices de Liquidez são utilizados para analisar e avaliar a capacidade de pagamento das obrigações da entidade, de saldar os seus compromissos; no curto ou longo prazo e até mesmo, de imediato. Quanto maior o índice, melhor a situação empresarial (MARION, 2010, p.73).
“ Tais índices evidenciam a situação financeira de uma empresa diante de seus diversos compromissos passivos. ” (ATHAR, 2005, p.151).
● Índice de Liquidez Corrente
O Índice de Liquidez Corrente mostra o quanto a entidade detém em bens e direitos realizáveis em curto prazo, capazes de liquidar as dívidas no qual devem ser quitadas no mesmo período. Tal índice é representado pela fórmula: 
	
	
	
	
	
	
	
	
	Fórmula:
	LC
	=
	AC
	
	
	
	
	
	
	PC
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Figura 01: Fórmula do Índice de Liquidez Corrente
Fonte: Andrade (2013, p. 112)
Onde: AC consiste no Ativo Circulante; PC consiste no Passivo Circulante e o LC é o próprio índice de Liquidez Corrente.	
Para a correta interpretação e análise dos índices, há necessidade de observar o cálculo, interpretar tal índice resultado do cálculo e analisar de acordo com o conceito do mesmo. Tal conceito relata que o índice de liquidez corrente, quanto maior de 1 (um), melhor o cenário (MARION, 2010, p.74).
	Existem algumas limitações em relação a interpretação e análise desse índice, pois o mesmo não revela a qualidade dos ativos envolvidos; como, por exemplo, se há obsolescência dos estoques e se os valores a receber são totalmente recebíveis (ATHAR, 2005, p.151).
	
● Índice de Liquidez Seca
O Índice de Liquidez Seca mensura a capacidade da entidade de quitar as suas obrigações, no curto prazo, com suas disponibilidades financeiras e contas a receber, excluindo o estoque, por ser o Ativo Circulante menos líquido; assim, necessitando de mais esforço para o torná-lo em espécie (SANTOS, 2011, p.17).
Tal índice é demarcado pelo quociente da divisão do AC (Ativo Circulante), retirando o valor do estoque, pelo PC (Passivo Circulante), medindo a capacidade de pagamento a curto prazo, sem depender da venda de todo o estoque (SAVYTZKY, 2011, p.78)
 
Figura 2: Fórmula do Índice de Liquidez Seca
Fonte: Andrade (2013, p.112)
Assim como os outros índices, e sendo ele (índice de liquidez seca) muito conservador, sempre deverá ser analisado em conjunto com os demais índices. (MARION, 2010, p.78).
● Índice de Liquidez Imediata 
Para fazer face às dívidas a serem quitadas em curto prazo pela organização, este índice indica o quanto a empresa possui em disponibilidades, para tal propósito; considerando que as disponibilidades consistem na soma das contas Caixa, Depósitos bancários à vista, Numerários em trânsito e Aplicações de Liquidez Imediata (ANDRADE, 2013, p.112).
O cálculo se dá pela fórmula: 
 
 
Figura 03: Fórmula do Índice de Liquidez Imediata
 Fonte: Santos (2011, p.22).
Segundo Savytzky (2011, p.77):
Nas empresas industriais ou comerciais, este índice pouco significa, porque a interpretação seria sempre aleatória. Na data do balanço, o índice pode ser inexpressivo (muito baixo), mas suficiente, porque nos dias seguintes pode não haver compromissos de monta a liquidar. Ao contrário, um índice aparentemente normal pode ser insuficiente diante dos compromissos vencíveis a curtíssimo prazo. Diante disso, o índice de liquidez imediataé usado quase que exclusivamente pelos Bancos, afim de análise.
Podem ocorrer reduções sucessivas nesse índice, mas nem sempre significam situações dramáticas, pois estas podem significar uma posição mais prudente ou mais rígida por parte dos administradores, em relação às Disponibilidades. Porém, se sucessivas reduções com alguns eventos em conjunto, como atrasos nos pagamentos, constantes e sucessivos, indica dificuldades financeiras (MARION, 2010, p.78).
● Índice de Liquidez Geral
O Índice de Liquidez Geral mensura a possibilidade da entidade de pagar suas obrigações totais, com os seus ativos, em curto e longo prazo, sendo calculado pela seguinte fórmula: 
Figura 04: Fórmula do Índice de Liquidez Geral
Fonte: Santos (2011, p.22).
Em um horizonte de tempo analisado por esse índice, suas informações deverão ser observadas com certa cautela, uma vez que certos fatores futuros poderão afetar essa relação. Espera-se que este índice seja maior que um (01), relatando folga na capacidade de solvência total da empresa (ATHAR, 2005, p.153).
Todavia, se analisada uma série de anos consecutivos, a análise será melhorada. Mesmo que uma empresa apresente séries de Índices de Liquidez Geral decrescentes, o indicador sempre será útil, pois através dele torna-se possível deduzir uma perda progressiva do poder de pagamento geral da entidade (MARION, 2010, p. 80).
2.1.2.2 Índices de Endividamento
Os Indicadores de Estrutura e Endividamento, tem a finalidade básica de transfazer em percentuais a atuação dos valores referentes aos principais grupos do balanço patrimonial, bem como comensurar percentualmente sua relação com o capital próprio (Patrimônio Líquido) (PADOVEZE e BENEDICTO, 2010, p.154).
De acordo com Marion (2010, p.92) “é por meio desses indicadores que apreciamos o nível de endividamento da empresa. ”
Os Índices apontam a dimensão do total de ativos financiados pelo capital de terceiros (passivos), sendo os principais índices: índice de Endividamento Total ou Geral, Indicador de Composição do Endividamento e Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido (SANTOS, 2011, p.23).
 “Em resumo, relacionam as grandes linhas de decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos” (ATHAR, 2005, 2005, p.154).
● Índice de Endividamento Geral
A concepção básica que indica tal índice é de verificação da possibilidade de que, em um futuro próximo, caso a empresa encerre as suas atividades, tenha condições de garantir o pagamento de suas dívidas com os seus próprios recursos (PADOVEZE e BENEDICTO, 2010, p.156).
O índice é representado pela seguinte fórmula (PADOVEZE e BENEDICTO, 2010, p.156). 
 
Figura 07: Fórmula do Índice de Endividamento
Fonte: Santos (2011, p.22).
Uma análise a ser observada é a relação da composição do endividamento com o curto prazo e longo prazo; sendo o endividamento a curto prazo normalmente para financiar o ativo circulante e, o endividamento a longo prazo, para financiar o ativo permanente (Ativo não Circulante). A dimensão favorável é da maior participação de dívidas a longo prazo, permitindo à empresa um tempo maior para gerar capital que liquidará os compromissos. Caso a entidade agrupe mais as dívidas no passivo circulante, a mesma poderá ter problemas financeiros (MARION, 2010, p. 94).	 
Os Índices de Endividamento são considerados razoáveis quando se verifica o aumento ou redução de endividamento que fornecem, em contrapartida, aumento das margens de lucro (SANTOS, 2011, p.24).
● Indicador de Composição de Endividamento
O Índice derivado do conceito de Composição de Endividamento, segundo Andrade (2013) representa o quanto de dívidas totais da empresa será exigido a curto prazo. Há de se fazer uma comparação entre as obrigações de curto prazo e as obrigações totais, ou seja, a comparação entre o passivo circulante e o passivo total, de acordo com a fórmula:
	 Composição de Endividamento
	=
	Passivo Circulante
	
	
	
	
	Passivo Total
	
	
	
	
	
	
	
Figura 08: Fórmula do Indicador de Composição de Endividamento
Fonte: Andrade (2013, p. 114).
2.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS
2.2.1 A empresa em estudo: Cia Hering
A Cia Hering teve a sua criação no ano de 1878, com o nome de Tricotwaren Fabrik Gerbruder Hering, na cidade de Blumenau, no Estado de Santa Catarina – Brasil, pelos irmãos Hermann e Bruno Hering, imigrantes da Alemanha (CIA HERING, 2020).
Em 1979, a Indústria Têxtil Companhia Hering alterou a razão social para Cia Hering, alcançou a capacidade máxima de produção e comemorou seus 100 anos de fundação (CIA HERING, 2020).
As ações ordinárias da companhia passam a ser negociadas no Novo Mercado (B3 / BM&F Bovespa) sob o código HGTX3 (CIA HERING, 2020).
Atualmente, a Cia Hering possui 834 lojas no Brasil e no exterior (lojas próprias e franquiadas), sendo no Brasil: 700 lojas; e no exterior: 19 lojas, localizadas no Uruguai, Bolívia e Paraguai. Possui 09 unidades fabris, com 2 centros de distribuição, além de 06 webstores (lojas na internet) (CIA HERING, 2020).
2.2.2 Demonstrações contábeis da empresa Cia Hering
As Demonstrações Contábeis da empresa Cia Hering são divulgadas pela instituição B3 / BM&FBovespa – única bolsa de valores, mercadorias e futuros em operação no Brasil – é a principal instituição de intermediação para operações do mercado de capitais do País.
A companhia deve ainda atender a requisitos estabelecidos pela Lei das S.A. (Sociedades Anônimas) e pelas instruções determinadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão fiscalizador do mercado de capitais brasileiro. Precisa também obedecer a uma série de normas e regras estabelecidas pela própria B3 / BM&FBovespa (B3, 2020). 
Assim sendo, as Demonstrações Contábeis divulgadas pela B3 / BM&FBovespa, estão dentro dos padrões estabelecidos pelas Normas Internacionais de Contabilidade, relatando dados com confiabilidade.
	Conta 
	 Descrição 
	 31/12/2019 
	 31/12/2018
	 31/12/2017 
	1
	 Ativo Total 
	1.528.691.000,00 
	1.472.492.000,00 
	1.432.039.000,00 
	 1.01 
	 Ativo Circulante 
	1.007.976.000,00 
	965.638.000,00 
	1.012.153.000,00 
	 1.01.01 
	 Caixa e Equivalentes de Caixa 
	204.755.000,00 
	108.093.000,00 
	182.036.000,00 
	 1.01.02 
	 Contas a receber 
	468.099.000,00 
	505.539.000,00 
	520.563.000,00 
	 1.01.03
	 Estoques 
	308.086.000,00 
	318.343.000,00 
	297.008.000,00 
	 1.01.04
	 Tributos a recuperar 
	25.358.000,00 
	32.639.000,00 
	11.963.000,00 
	 1.01.05
	 Despesas Antecipadas 
	1.678.000,00 
	1.024.000,00 
	583.000,00 
	
	 
	 
	 
	 
	 1.02 
	 Ativo Não Circulante 
	520.715.000,00 
	506.854.000,00 
	419.886.000,00 
	1.02.01
	Ativo Realizável a Longo Prazo
	94.367.000,00 
	67.877.000,00 
	30.089.000,00 
	 1.02.01.01
	 Contas a receber 
	22.232.000,00 
	10.730.000,00 
	8.140.000,00 
	 1.02.01.02
	 Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 
	4.824.000,00 
	2.994.000,00 
	2.199.000,00 
	 1.02.01.03
	 Tributos Diferidos (IR/CSLL Diferidos)
	42.680.000,00 
	39.638.000,00 
	14.338.000,00 
	 1.02.01.04
	 Outros Ativos Não Circulantes (Impostos a Recuperar)
	24.631.000,00 
	14.515.000,00 
	5.412.000,00 
	 1.03
	 Investimentos (outras Participações Societárias)
	0,00 
	0,00 
	7.000,00 
	 1.04
	 Imobilizado 
	310.353.000,00 
	325.285.000,00 
	300.882.000,00 
	 1.05
	 Intangível 
	115.995.000,00 
	113.692.000,00 
	88.908.000,00 
 Quadro 02: Balanço Patrimonial Cia Hering – Ativo
 Fonte: B3 (2020) _adaptado pelo autor
	Conta
	 Descrição 
	 31/12/2019 
	 31/12/2018
	 31/12/2017
	2
	 Passivo Total 
	1.528.691.000,00 
	1.472.492.000,00 
	1.432.039.000,00 
	 2.01 
	 Passivo Circulante 
	275.152.000,00 
	262.072.000,00 
	313.667.000,00 
	 2.01.01 
	 Obrigações Sociais e Trabalhistas 
	44.733.000,00 
	42.214.000,00 
	40.354.000,00 
	 2.01.02 
	 Fornecedores 
	172.034.000,00 
	150.953.000,00 
	171.373.000,00 
	 2.01.03 
	 Obrigações Fiscais 
	20.648.000,00 
	20.262.000,00 
	30.105.000,00 
	 2.01.04 
	 Empréstimos e Financiamentos 
	2.123.000,00 
	1.308.000,00 
	23.422.000,00 
	 2.01.05 
	 OutrasObrigações 
	8.749.000,00 
	24.681.000,00 
	26.738.000,00 
	 2.01.06 
	 Provisões 
	26.865.000,00 
	22.654.000,00 
	21.675.000,00 
	 2.02 
	 Passivo Não Circulante 
	44.132.000,00 
	36.456.000,00 
	42.295.000,00 
	 2.02.01
	 Empréstimos e Financiamentos 
	25.612.000,00 
	0,00 
	0,00 
	 2.02.02
	 Outras Obrigações 
	5.629.000,00 
	25.197.000,00 
	31.719.000,00 
	 2.02.03
	 Provisões 
	12.891.000,00 
	11.259.000,00 
	10.576.000,00 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 2.03 
	 Patrimônio Líquido Consolidado 
	1.209.407.000,00 
	1.173.964.000,00 
	1.076.077.000,00 
	 2.03.01 
	 Capital Social Realizado 
	359.424.000,00 
	346.368.000,00 
	313.086.000,00 
	 2.03.02 
	 Reservas de Capital 
	21.471.000,00 
	-20.754.000,00 
	3.114.000,00 
	 2.03.03
	 Reservas de Lucros 
	822.864.000,00 
	836.773.000,00 
	747.536.000,00 
	 2.03.04
	 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
	7.258.000,00 
	7.484.000,00 
	7.714.000,00 
	 2.03.05
	 Outros Resultados Abrangentes
	-1.610.000,00 
	4.093.000,00 
	4.618.000,00 
	 2.03.06
	 Participação dos Acionistas Não Controladores 
	0,00 
	0,00 
	9.000,00 
 Quadro 03: Balanço Patrimonial Cia Hering – Passivo
Fonte: B3 (2020) _adaptado pelo autor
 
Para obter comparabilidade entre um exercício social e outro, a presente pesquisa utiliza os últimos 3 anos das Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial).
	As contas mensuradas nas demonstrações são de origem sintética, concentram a somatória de valores de demais contas analíticas. Um exemplo seria a conta do Ativo Circulante, denominada “Caixa e Equivalente de Caixa”, onde concentra os saldos das contas “Caixa”, “Bancos” e “Aplicações Financeiras de Curto Prazo” (MARION, 2010).
2.2.3 Análise de liquidez da Cia Hering
Os índices de situação financeira, neste caso, a análise de liquidez indica a capacidade de pagamento da entidade. Quanto maior o valor que estes índices indicarem, melhor a situação empresarial (MARION, 2010).
Primeiramente, o presente estudo analisa o indicador de Liquidez Corrente, onde o Ativo Circulante é dividido pelo Passivo Circulante, indicando a capacidade de pagamento da empresa no cenário à curto prazo. Uma observação é que tal índice não revela a qualidade dos itens no Ativo Circulante, como Estoques superavaliados, títulos a receber antes das datas de pagamentos, etc. (ANDRADE, 2013).
	
	
	2017
	2018
	2019
	Ativo Circulante
	
	 R$ 1.012.153.000,00 
	 R$ 965.638.000,00 
	 R$ 1.007.976.000,00 
	Passivo Circulante
	
	 R$ 313.667.000,00 
	 R$ 262.072.000,00 
	 R$ 275.152.000,00 
	
	
	
	
	
	
	
	 R$ 3,23 
	 R$ 3,68 
	 R$ 3,66 
 Quadro 04: Índice de Liquidez Corrente Cia Hering
 Fonte: dados da pesquisa (2020).
No ano de 2017, para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a Cia Hering possui R$ 3,23 de Ativo Circulante. Teoricamente, a empresa consegue honrar as suas obrigações em curto prazo.
	No ano de 2018, para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a organização possui R$ 3,68 de Ativo Circulante. Desse modo, a empresa consegue honrar com seus compromissos em curto prazo, porém, com mais qualidade em comparação ao período anterior.
	No ano de 2019, para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a empresa possui R$ 3,66 de Ativo Circulante, indicando uma situação estável, onde a empresa consegue honrar com seus compromissos de curto prazo.
	Quanto ao indicador de Liquidez Seca, neste o Ativo Circulante é subtraído do valor dos Estoques e das Despesas Antecipadas, depois dividido pelo Passivo Circulante, indicando assim a parcela das dívidas de curto prazo (Passivo Circulante) que poderiam ser pagas pela utilização de itens de maior liquidez do Ativo Circulante. Logo, o índice mostra quanto a entidade possui de Ativos Líquidos para cada Real de dívidas em curto prazo.
	
	
	2017
	2018
	2019
	AC-Est-Desp.Antec
	
	 R$ 714.562.000,00 
	 R$ 646.271.000,00 
	 R$ 698.212.000,00 
	Passivo Circulante
	
	 R$ 313.667.000,00 
	 R$ 262.072.000,00 
	 R$ 275.152.000,00 
	
	
	
	
	
	
	
	 R$ 2,28 
	 R$ 2,47 
	 R$ 2,54 
 Quadro 05: Índice de Liquidez Seca Cia Hering
 Fonte: dados da pesquisa (2020).
No ano de 2017, para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a empresa possuía R$ 2,28 de Ativos Líquidos. Significa que a empresa conseguia honrar com as suas obrigações em curto prazo apenas com a sua liquidez.
	A situação melhorou no ano de 2018, onde para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a entidade possuía R$ 2,47 de Ativos Líquidos.
	Do exercício de 2019 para o exercício de 2016, a situação permaneceu em alta, indicando que para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a empresa possuía R$ 2,54 de Ativos Líquidos, conseguindo honrar os compromissos apenas com seus ativos mais líquidos.
	Passando para o indicador de Liquidez Imediata, onde divide-se as Disponibilidades pelo Passivo Circulante; este mostra as parcelas das dívidas de curto prazo (Passivo Circulante) que poderiam ser pagas imediatamente por meio de valores relativos a conta Caixa e Equivalentes de Caixa (Disponibilidades), no curto prazo.
	
	
	2017
	2018
	2019
	Disponibilidades
	
	 R$ 182.036.000,00 
	 R$ 108.093.000,00 
	 R$ 204.755.000,00 
	Passivo Circulante
	
	 R$ 313.667.000,00 
	 R$ 262.072.000,00 
	 R$ 275.152.000,00 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 R$ 0,58 
	 R$ 0,41 
	 R$ 0,74 
 Quadro 06: Índice de Liquidez Imediata Cia Hering
 Fonte: dados da pesquisa (2020).
No ano de 2017, para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a empresa possuía R$ 0,58 de disponível, relatando que a empresa não conseguia honrar com suas obrigações em curto prazo apenas com o dinheiro em caixa.
	O Índice de Liquidez Imediata declinou de 2017 para 2018. Para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a empresa possuía R$ 0,41 para pagar as dívidas imediatamente, com o dinheiro disponível. 
	Já em 2019, o índice melhorou e bateu sua marca histórica. Para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo, a empresa possuía R$ 0,74 de ativos mais líquidos possíveis, mesmo assim, ainda não conseguia honrar com os seus compromissos apenas com os seus numerários em espécies.
	Por último, será analisado o índice de Liquidez Geral, onde o Ativo Circulante, somado ao Realizável a Longo Prazo, é dividido pelo Passivo Circulante somado ao Passivo não Circulante (SANTOS, 2011).
Este índice demonstra quanto a organização possui de recursos de curto e longo prazo (Ativo Circulante mais Ativo Realizável a Longo Prazo), para cada Real de dívidas de curto e longo prazo (Passivo Circulante mais Passivo não Circulante).
	
	
	2017
	2018
	2019
	AC+RLP
	
	 R$ 1.432.039.000,00 
	 R$ 1.472.492.000,00 
	 R$ 1.528.691.000,00 
	PC+PNC
	
	 R$ 355.962.000,00 
	 R$ 298.528.000,00 
	 R$ 319.284.000,00 
	
	
	
	
	
	
	
	 R$ 4,02 
	 R$ 4,93 
	 R$ 4,79 
 Quadro 07: Índice de Liquidez Geral Cia Hering
 Fonte: dados da pesquisa (2020).
Ao observar o resultado no ano de 2017, percebe-se que para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo e longo prazo, a entidade haviade receber R$ 4,02 de curto e longo prazo, indicando que a empresa conseguia honrar com suas obrigações em curto e longo prazo de acordo com o índice.
	Em 2018, houve um salto de R$ 4,02 para R$ 4,93, indicando que para cada R$ 1,00 de dívida no curto e longo prazo, a empresa havia de receber R$ 4,93. Assim sendo, pode-se afirmar que a empresa melhorou a sua situação de curto e longo prazo.
	Em 2019, houve uma ligeira queda no índice, onde para cada R$ 1,00 de dívida no curto prazo e longo prazo, a empresa havia de receber R$ 4,79, o que corresponde a uma situação estável.
	Contudo, pode-se concluir que os Índices de Liquidez estão favoráveis a entidade, percebendo que no Índice de Liquidez Imediata, os resultados obtidos não foram favoráveis à empresa, onde teve uma queda significativa entre os anos de 2017 e 2018, recuperando o patamar acima do índice de 2017, em 2019. Os demais índices com comportamento estável.
2.2.4 Análise de endividamento da Cia Hering
Os Índices de situação financeira, ou estrutura de capital (Endividamento), representam justamente o endividamento empresarial. Nestes índices, quanto menor o resultado, melhor a situação da entidade. 
O Indicador de Endividamento que indica a participação de capital de terceiros é feito quando se divide o capital de terceiros (Passivo Circulante mais o Passivo não Circulante), pelo o capital próprio (Patrimônio Líquido). A sua interpretação corresponde quanto a empresa tomou de capital de terceiros para cada R$ 1,00 de capital próprio (PADOVEZE, BENEDICTO, 2009).
	
	
	2017
	2018
	2019
	Cap. 3º
	
	 R$ 355.962.000,00 
	 R$ 298.528.000,00 
	 R$ 319.284.000,00 
	Cap. Próprio
	
	 R$ 1.076.077.000,00 
	 R$ 1.173.964.000,00 
	 R$ 1.076.077.000,00 
	
	
	
	
	
	
	
	 R$ 0,33 
	 R$ 0,25 
	 R$ 0,30 
Quadro 08: Índice de Endividamento – Participação Capital de Terceiros - Cia Hering
Fonte: dados da pesquisa (2020).
A partir da análise dos três índices, pode-se afirmar que para cada R$ 1,00 de capital próprio (Patrimônio Líquido), a empresa tomou R$ 0,33 de capital de terceiros, no ano de 2017; melhorando a situação em 2018, quando para cada R$ 1,00 de capital de terceiros, a entidade tomou R$ 0,25 de capital de terceiros.
	Em 2019, a situação teve uma leve queda, porém pode ser considerada estável, visto que para cada R$ 1,00 de capital próprio, a empresa tomou R$ 0,30 de capital de terceiros, aumentando 21% o nível de endividamento.
	Passando para o Indicador de Composição do Endividamento, tal índice indica o quanto do total das dívidas da empresa vencem no curto prazo (SANTOS, 2011).
	
	
	
	2017
	2018
	2019
	Passivo Circ.
	
	 R$ 313.667.000,00 
	 R$ 262.072.000,00 
	 R$ 275.152.000,00 
	Cap. De Terceiros
	
	 R$ 355.962.000,00 
	 R$ 298.528.000,00 
	 R$ 319.284.000,00 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 R$ 0,88 
	 R$ 0,88 
	 R$ 0,86 
 Quadro 09: Índice de Composição do Endividamento – Vencimento Curto Prazo - Cia Hering
 Fonte: dados da pesquisa (2020).
Em 2017, 88% das dívidas venciam no curto prazo, indicando que a entidade deveria analisar sua perspectiva futura. A proporção favorável seria de maior participação de dívidas a longo prazo, tempo maior para gerar recursos. 
	Em 2018, o índice permaneceu no mesmo patamar do que o anterior. 
	Em 2019, o índice bateu o nível histórico, indicando que 86% das dívidas venciam no curto prazo. Conforme o avanço do tempo, observou-se uma forte tendência de melhora na entidade, diminuindo as dívidas de curto prazo.
3 CONCLUSÃO
O presente trabalho analisou os índices de liquidez e endividamento da Cia Hering, com base nas demonstrações Contabéis dos anos 2017, 2018 e 2019, tendo assim atingido seu objetivo.
As informações e dados contábeis foram levantados nos canais competentes de divulgação das Demonstrações Contábeis, neste caso, no site da B3 / Bolsa Mercantil & Futuros – Bovespa e elaborou-se planilhas que sintetizaram os números calculados.
Nas análises das Demonstrações Contábeis desenvolvidas na pesquisa, utilizou-se técnicas de análise advindas de autores como Padoveze, Iudícibus e Marion. 
Ao observar os índices utilizados na pesquisa, os índices de Liquidez demonstraram crescimento constante e os índices de endividamento se apresentaram relativamente estáveis, chamando a atenção o índice de composição do endividamento, tendo 88% das dívidas vencendo em curto prazo. 
Sabendo-se dos resultados desta análise como um todo, a tomada de decisão dos administradores da organização será mais prudente, seguindo uma tendência de aversão ao risco e monitorando continuamente a evolução dos índices advindo das análises das Demonstrações Contábeis, afim de obter dados sempre atualizados para uma nova tomada de decisão e/ou planejamento.
Conforme exposto em relação ao que foi pesquisado, como sugestão de pesquisa futura, recomenda-se a realização de outros métodos aplicado de análise das Demonstrações Contábeis, a fim de verificar outros resultados de pesquisas conforme a bibliografia consultada. A possibilidade de continuidade da pesquisa tem o intuito de proporcionar mais materiais do tema abordado na área acadêmica.
ANALYSIS OF THE CIA HERING COMPANY'S FINANCIAL STATEMENTS: A CASE STUDY
The present research aims to analyze the liquidity and indebtedness indexes of Cia Hering, based on the financial statements of the years 2017, 2018 and 2019. For this purpose, a descriptive exploratory research was carried out, with a quantitative approach and using the main method , the case study. Data collection was carried out through a bibliographic search, addressing the main concepts of the theme: Financial Statements - Balance Sheet and Analysis of Financial Statements - liquidity and debt ratios. The empirical data were collected through the Financial Statements of the company in question, published on the B3 website, the Brazilian Stock Exchange. The results of the analysis of the Financial Statements were demonstrated and tabulated in demonstrative tables, for a better understanding of the research analysis. The conclusions point out that the Liquidity indices showed constant growth and the debt indices were relatively stable, calling attention to the debt composition index, with 88% of the debts falling due in the short term, interpretations that impact on the decision making of the managers of the company studied.
Keywords: Analysis of Financial Statements; Balance Sheet; Liquidity; Indebtedness
REFERÊNCIAS
ATHAR, R. A. Introdução à Contabilidade. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
ANDRADE, Rafael José Barbosa. Contabilidade Geral: resumo dos tópicos mais importantes para concursos públicos. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013. 
B3. Cia Hering - Demonstrações Financeiras Padronizadas: Balanço Patrimonial Ativo. Disponível em:< https://www.rad.cvm.gov.br/ENETCONSULTA/frmGerenciaPaginaFRE.aspx?NumeroSequencialDocumento=62763&CodigoTipoInstituicao=2 >. Acesso em: jun. 2020a.
B3. Cia Hering - Demonstrações Financeiras Padronizadas: Balanço Patrimonial Passivo. Disponível em:< https://www.rad.cvm.gov.br/ENETCONSULTA/frmGerenciaPaginaFRE.aspx?NumeroSequencialDocumento=62763&CodigoTipoInstituicao=2>. Acesso em: jun. 2020b.
B3. Site Institucional. Acesso em: < http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/# >. Disponível em: jun. 2020.
CERVO, A.; BERVIAN, P. A. DA SILVA, R. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2007.
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CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 1996.
HOOG,W. A. Z. Exame de Suficiência em Contabilidade: Teoria da Contabilidade. 2ª ed.
IUDÍCIBUS. S. Contabilidade Gerencial. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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IUDÍCIBUS, Sérgio de.; MARTINS, Eliseu.; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo. Manual de Contabilidade Societária. Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, FEA/UPS. São Paulo: Atlas, 2010.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MARION, J. C. Análise das Demonstrações Contábeis. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARION, J. C. Contabilidade Empresarial. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.
PADOVEZE, C. L. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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1
YIN, Robert k. Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2ª ed., 2001
Bacharel em Ciências Contábeis pela UniSociesc – FGV; atualmente exerce a função de Assistente Financeiro. Endereço eletrônico: gouveach@gmail.com
* Pós-Graduação em Gestão Financeira e Controladoria da Universidade Estácio de Sá.
Índice de Liquidez Geral =(Ativo Circulante + Ativo Não Circulante (Realizável a Longo Prazo)) 
(Passivo Circulante + Passivo não Circulante)
Índice de Endividamento =
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante (Realizável a Longo Prazo) 
Patrimônio Líquido
 OU
Índice de Endividamento =Capital de Terceiros
Capital Próprio
Fórmula:
LS=AC - Estoques
PC
Índice Liquidez Imediata =Disponibilidades
Passivo Circulante

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