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ANALISE-DAS-DEMONSTRAÇOES-CONTÁBEIS

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1 
 
 
ANALISE DAS DEMONSTRAÇOES CONTÁBEIS 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
ANÁLISE FINANCEIRA ................................................................................... 4 
CONCEITO DE ANÁLISE FINANCEIRA ......................................................... 5 
USUÁRIOS DA ANÁLISE FINANCEIRA ......................................................... 7 
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................. 10 
BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................ 10 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ..................... 11 
CPC 26 .......................................................................................................... 12 
TÉCNICAS DE ANÁLISE .............................................................................. 13 
ANÁLISE HORIZONTAL ............................................................................... 13 
ANÁLISE VERTICAL ..................................................................................... 14 
INDICADORES ECONÔMICOS .................................................................... 15 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ ................................................................................. 16 
LIQUIDEZ GERAL ......................................................................................... 16 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE .............................................................. 17 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA ........................................................................ 17 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA ................................................................. 18 
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO ................................................................... 19 
ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS ....................... 19 
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL ......................................................... 20 
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO A LONGO PRAZO ....................................... 20 
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO A CURTO PRAZO ....................................... 20 
ÍNDICE DE RENTABILIDADE ....................................................................... 21 
MARGEM BRUTA ......................................................................................... 21 
MARGEM OPERACIONAL ............................................................................ 21 
MARGEM LÍQUIDA ....................................................................................... 22 
2 
 
 
RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO............................................. 22 
RENTABILIDADE SOBRE O ATIVO TOTAL ................................................. 22 
RENTABILIDADE SOBRE O INVESTIMENTO ............................................. 22 
CAPITAL DE GIRO ........................................................................................ 23 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO ....................................................... 23 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO COM BASE NO CICLO FINANCEIRO
 ................................................................................................................................. 24 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO COM BASE NOS 
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS .......................................................................... 24 
VALOR ECONÔMICO AGREGADO (VEA) ................................................... 26 
REFERENCIAS ............................................................................................. 27 
 
 
3 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
4 
 
 
ANÁLISE FINANCEIRA 
 
Para toda situação da existência humana é necessária a busca de informações 
precisas para o processo de tomada de decisão. Partindo deste princípio, as 
organizações que almejam alcançar sucesso em seus empreendimentos devem 
buscar um profundo conhecimento sobre o mercado, a concorrência, situação 
econômica, e principalmente conhecer sua própria condição econômico-financeira. 
Através deste conhecimento é possível projetar situações que a empresa possa 
vivenciar futuramente. 
Uma ferramenta de grande utilidade para conhecimento econômico financeiro 
é a análise de balanço. Através de seus indicadores é possível demonstrar a real 
situação da empresa, fornecendo dados que, quando bem verificados, possibilitam 
grandes retornos financeiros, apresentando suas deficiências e qualidades. 
Além da análise tradicional, é conveniente que as organizações trabalhem com 
a análise da necessidade de capital de giro e o valor econômico agregado. A junção 
destes índices fornece um conhecimento amplo sobre a situação da empresa diante 
do mercado, oferecendo informações para que a mesma trabalhe na direção correta, 
possibilitando um crescimento da organização diante da economia. 
Segundo a Lei 6404, Art 176 algumas informações devem exprimir com clareza 
ao fim de cada exercício social a situação do patrimônio da empresa assim como as 
alterações ocorridas no exercício. O balanço patrimonial e as demonstrações do 
resultado do exercício estão inclusas nesse descritivo do que as empresas devem 
apresentar: 
As informações econômico-financeiras são apresentadas sob a forma de 
relatórios contábeis. Dentre eles, destacamos a Demonstração do Resultado 
do Exercício, que evidencia a situação econômico-financeira da entidade, e 
o Balanço Patrimonial, que evidencia a situação financeira. (RIBEIRO, 1997, 
p.40). 
 
 
 
5 
 
 
CONCEITO DE ANÁLISE FINANCEIRA 
 
Conforme Iudícibus (2008), a necessidade da análise das demonstrações 
contábeis é bem antiga, provavelmente desde os primórdios da contabilidade já 
existia uma preocupação em anotar as suas variações, sejam de ordem quantitativa 
quanto qualitativa. 
O autor ainda relata que recentemente, a importância de se analisar balanços 
é notada com mais ênfase, principalmente em relação aos banqueiros, que antes de 
concederem empréstimos, analisam a relação entre os valores a receber e os a pagar 
das empresas. Em relação aos investidores, eles avaliam os resultados financeiros 
das organizações, antes de investirem em compra de ações. Lógico que estes 
utilizam mais ferramentas para suas análises, mas nada é feito antes de um bom 
estudo sobre os resultados dos balanços das mesmas. 
Franco (1992) afirma que, análise de balanço, é uma forma de analisar de 
forma detalhada o patrimônio de determinada empresa e suas variações. O próprio 
autor confirma que “analisar uma demonstração é decompô-la nas partes que a 
formam para melhor interpretação de seus componentes”. (FRANCO, 1992, p.93). 
Para Tófoli (2012), a análise de balanços é realizada com os dados do balanço 
patrimonial juntamente com a demonstração de resultados do exercício, sendo que 
através dos resultados gerados, é possível conhecer a empresa de forma mais 
detalhada. 
Para Silva (2008), a análise financeira,consiste num exame detalhado dos 
dados financeiros que a empresa apresenta, como também das condições exógenas 
e endógenas que afetam a empresa. As exógenas são os fatores de ordem política e 
econômica, a concorrência, entre outros. Podem-se citar como endógenas, a 
estrutura organizacional, a capacidade da gerência e o nível tecnológico da 
organização. 
Percebe-se que todo o processo de análise financeira, vai além dos dados 
contábeis apresentados, é imprescindível como afirma Silva (2008), buscar 
explicações, que vão além dos dados contábeis, é preciso conhecer o mercado, a 
6 
 
 
demanda, a economia local, nacional ou internacional, dependendo do porte da 
organização, entre outros fatores que influenciam nos resultados. 
Iudícibus (2008) define análise de balanços como uma arte, pois apesar de 
existirem muitos cálculos já formalizados, não existe uma única maneira eficaz 
comprovada para relacionar os índices e obter um resultado preciso. Poderiam ser 
obtidas variadas conclusões por diversos analistas, mesmo utilizando as mesmas 
informações. No entanto, é provável, que dois analistas que tenham muito 
conhecimento sobre o ramo de atividade da organização, cheguem a conclusões bem 
parecidas, mas nunca idênticas, sobre a situação da empresa, mas sempre 
apontando tendências diferentes. 
Para Franco (1992) somente analisar não é o bastante, é preciso correta 
interpretação dos dados disponibilizados pela análise. Sabe-se que a interpretação, 
decorre da comparação entre os elementos do conjunto avaliados. Ainda segundo o 
autor, a análise e sua devida interpretação, além de apresentarem a situação da 
empresa naquele momento, pode também determinar a potencialidade e as 
perspectivas futuras da organização. 
Segundo Matarazzo (2010), a análise permite que se extraiam informações das 
demonstrações financeiras para a tomada de decisões. 
O acompanhamento das tendências e do desempenho financeiro e de 
rentabilidade da concorrência é essencial para nossa empresa ‘situar-se’ no 
mercado, saber em que ponto da curva se encontra e, o fundamental, decidir 
se está satisfeita com a posição ocupada ou se pretende desempenho mais 
ambicioso. (IUDÍCIBUS, 2008, p. 04). 
 
De acordo com Assaf Neto (2007), a análise de balanço, pretende expor, de 
acordo com as demonstrações contábeis da organização, a sua devida posição tanto 
econômica quanto financeira, as causas que determinaram sua evolução ou não, e 
suas tendências futuras. Ou seja, são extraídas informações sobre a posição 
passada, presente e futura da empresa. Não existe uma forma criteriosa de como se 
fazer análise, a maneira com que os indicadores serão avaliados vai depender de 
quem a faz. É importante a união de experiência, conhecimento e intuição do analista 
em questão. 
A contabilidade é a linguagem dos negócios e as demonstrações contábeis 
são os canais de comunicação que nos fornecem dados e informações para 
diagnosticarmos o desempenho e a saúde financeira da empresa. Uma 
7 
 
 
análise desenvolvida com base em dados contábeis confiáveis reduz o grau 
de incerteza decorrente da ausência de referenciais quantitativos.Nossas 
percepções subjetivas baseadas apenas em nossa intuição, experiência, 
desconfiança ou capacidade de adivinhação não são suficientes para 
orientar decisões que envolvam expectativas de risco e de retorno. 
Adicionalmente, sabemos que a análise financeira ultrapassa a fronteira das 
demonstrações contábeis. Nesse sentido, necessitamos de uma visão 
completa dos negócios. (SILVA, 2008, p.4) 
Através de uma visão completa da real situação de determinada organização, 
é possível identificar os pontos assertivos, mas também as falhas que a organização 
apresenta, possibilitando uma melhor orientação para o processo de tomada de 
decisão. 
Para Padoveze (2006), a finalidade da análise financeira é identificar os pontos 
fortes e fracos da companhia no sentido operacional e financeiro, com a intenção de 
sugerir mudanças quando necessário. O autor destaca que, análise quando feita de 
forma estática, ou seja, de apenas um período, pouco valor trará para a área gerencial 
da mesma. É importante que a análise seja um instrumento que permita comparações 
entre períodos ou setores por exemplo. 
Assaf Neto (2007) destaca alguns pontos de extrema importância dentro de 
uma análise financeira de balanços. Ele afirma que o primeiro passo é analisar a 
empresa e o mercado, pois toda análise torna-se mais consistente quando seus 
dados são interpretados dentro do seu setor de atividade. E em relação ao mercado, 
é preciso avaliar os potenciais atuais e futuros do mercado consumidor, a 
concorrência, os fornecedores e a política de preços do setor. 
 
USUÁRIOS DA ANÁLISE FINANCEIRA 
 
Conforme Padoveze e Benedicto (2007), as informações obtidas através da 
análise financeira podem atender diversos objetivos e interesses de seus envolvidos. 
Em todo este processo, cada usuário procura detalhes específicos para suas 
necessidades. 
Os principais interessados nas análises de balanços são: fornecedores, 
empresas clientes, intermediários financeiros, acionistas, concorrentes, governo e os 
próprios administradores. 
8 
 
 
Em relação a cada um desses, Assaf Neto (2007), aborda sobre quais são os 
principais interesses de cada grupo. Em relação aos fornecedores, sabe-se que a 
principal preocupação desses é em relação à capacidade de pagamento da empresa, 
ou seja, sua liquidez e também o nível de endividamento. 
A importância da análise para as empresas clientes, diz respeito à relevância 
que existe em se conhecer a capacidade de tal empresa fornecer os produtos 
suficientes e no tempo adequado para tal consumidor. Nesse ponto, é importante o 
conhecimento acerca dos níveis de investimento da empresa, suas condições 
econômicas e financeiras a curto e longo prazo, sua capacidade física para produção, 
entre outros aspectos. 
Considerados uns dos principais usuários da análise de balanços, os 
intermediários financeiros, são basicamente os bancos comerciais e os de 
investimento. Para esses, o que interessa é conhecer sobre o grau de endividamento, 
solvência, rentabilidade e a relação com o curto e longo prazo que a empresa 
trabalha. 
Os acionistas buscam informações capazes de identificar o retorno de seus 
investimentos na organização, ou seja, a capacidade de gerar lucros e reembolsá-
los. Em relação aos concorrentes, é interessante conhecer as empresas que lutam 
diariamente no mesmo ramo que a organização em questão. Estudar a rentabilidade, 
liquidez, crescimento de vendas, auxiliam no crescimento das empresas. 
O governo também é tido como um dos principais interessados, poisem casos 
de concorrência pública, uma análise bem avaliada desempenha papel importante 
para selecionar as melhores empresas, de forma a facilitar as escolhas do governo. 
E por fim, os próprios administradores têm interesse em conhecer os resultados de 
sua empresa de forma mais clara e detalhada. Através dessas análises, há uma 
facilidade em se acompanhar os resultados e auxiliar nas tomadas de decisões. 
Iudícibus (2008) afirma que, se uma boa análise de balanços é importante para 
banqueiros e investidores, para as gerências é ainda mais. O que os diferencia é o 
enfoque dos detalhes de cada análise. Através delas, pode-se construir uma série de 
indicadores financeiros e avaliar o progresso ou declínio em espaços de tempos 
menores. 
9 
 
 
A análise das demonstrações contábeis é essencial para os usuários do 
sistema de informações atenderem seus interesses específicos tais como 
saber através dos relatórios contábeis se a empresa analisada tem 
condições de ser financiada e por quanto tempo; se esses usuários são os 
seus credores; se vale a pena comprar ações da empresa ou investir na 
empresa; se o usuário é o investidor; se o desempenho da direção e da 
gerência da empresa é satisfatório e os resultados são favoráveis;se o 
usuário é o acionista controlador; enfim, como anda a saúde econômica e 
financeira da empresa, utilizando-se do processo de análise. (BEGALLI; 
PEREZ JR., 2009, p. 239) 
Segundo Silva (1997), existem usuários internos e externos e cada um tem seu 
objetivo conforme demonstrado no quadro abaixo. 
 
10 
 
 
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
As demonstrações financeiras mais relevantes de qualquer tipo de empresa 
são: Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do exercício (DRE). 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
O Balanço é uma ferramenta muito importante para uma empresa, porém de 
nada adianta se não forem feitas análises coerentes e bem estruturadas. A seguir 
vários autores serão abordados para que seja possível exemplificar o que é e o que 
compõe uma análise de balanço. 
O balanço patrimonial é parte de um conjunto de relatórios que compõem as 
demonstrações contábeis de uma entidade 
O balanço patrimonial representa a demonstração resumida da posição 
financeira da empresa em determinada data. A demonstração confronta os 
ativos da empresa (o que ela possui) com suas fontes de financiamento, que 
pode ser dívida (obrigações) ou patrimônio (o que foi fornecido pelos seus 
proprietários). (GITMAN 1997, p. 72). 
Tanto o Ativo quanto o Passivo estão agrupados na demonstração contábil, 
com o objetivo de informar aos stakeholders o patrimônio líquido da empresa. O 
balanço remete a um equilíbrio, como se fosse realmente uma balança, de um lado 
estão os ativos e do outro lado os passivos, estes devem ser iguais, pois deve haver 
um equilíbrio do patrimônio líquido (RIBEIRO, 1999). 
Para Ribeiro (2013), o Balanço Patrimonial é a demonstração financeira que 
apresenta de forma resumida, o patrimônio da organização de forma quantitativa e 
qualitativa. Complementando, Iudícibus (2008), afirma que o balanço reflete a posição 
do patrimônio da empresa em determinado momento, geralmente no fim do ano ou 
de um período já estabelecido. Begalli e Perez Junior (2009) afirmam que, o objetivo 
básico do balanço patrimonial é apresentar o patrimônio da organização. 
O balanço é formado pelo Ativo e pelo Passivo mais o Patrimônio Líquido, em 
que obedecem a uma equação, onde o ativo total é igual à soma do passivo com o 
Patrimônio Líquido. 
11 
 
 
Para Iudícibus (2008), o ativo são todos os bens e direitos da empresa, 
avaliados em dinheiro e representantes de benefícios presentes ou futuros para a 
mesma. Assaf Neto (2007) complementa ao afirmar que esses componentes, 
dividem-se em ativos circulantes, quando apresentarem alta rotação, como, por 
exemplo, os valores em caixa. O ativo não circulante, é composto pelo ativo realizável 
a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
Em relação ao passivo, Ribeiro (2013), afirma que este grupo representa a 
origem dos recursos que foram aplicados no ativo. Iudícibus (2008) simplifica, ao 
indicar que o passivo representa toda obrigação da empresa com terceiros, como 
contas a pagar, fornecedores, impostos a pagar, financiamento, entre outros. 
Juntamente com o passivo, encontra-se o Patrimônio Líquido, que representa 
os recursos próprios da empresa. Iudícibus (2008) acrescenta que este representa os 
investimentos dos proprietários mais o lucro acumulado no decorrer dos anos, que 
não são distribuídos. É composto pelo capital, reservas de capital e o lucro ou prejuízo 
acumulado. 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) 
 
Em relação à DRE, demonstração do resultado do exercício, Assaf Neto 
(2007), afirma que esta visa fornecer, de forma prática, os resultados da empresa, 
sejam eles lucros ou prejuízos, que foram obtidos pela empresa em certo período, os 
quais são transferidos para o patrimônio líquido. Para Tófoli (2012), a DRE é 
composta pelas receitas e despesas incorridas no exercício social, que são 
ordenadas de forma harmoniosa. 
12 
 
 
 
De acordo com Padoveze e Benedicto (2007), o Balanço Patrimonial e a DRE 
são os principais demonstrativos para análise financeira, mas existem outros 
relatórios que os complementam, sendo eles os inventários, demonstração de 
mutações do patrimônio líquido, demonstração do fluxo de caixa, notas explicativas, 
parecer dos auditores, entre outros. 
 
CPC 26 
 
Conforme o Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC) 26, as demonstrações 
contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e 
do desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é o de 
proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho 
e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em 
suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações contábeis 
também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração na gestão 
da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe 
foram confiados. 
13 
 
 
As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição 
financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade. Para 
apresentação adequada, é necessária a representação confiável dos efeitos das 
transações, outros eventos e condições de acordo com as definições e critérios de 
reconhecimento para ativos, passivos, receitas e despesas como estabelecidos na 
estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. 
 
TÉCNICAS DE ANÁLISE 
 
As principais técnicas de análise de balanços conforme Assaf Neto (2007) são: 
a) Análise Horizontal: identifica a evolução dos elementos patrimoniais e de 
resultado ao longo de certo tempo. 
 b) Análise Vertical: de igual modo ao da análise horizontal, verifica as 
tendências da organização. A diferença está na situação que a análise vertical estuda 
a participação relativa de cada elemento. 
c) Indicadores econômico-financeiros: relacionam elementos em comum das 
demonstrações contábeis, de maneira a extrair informações mais claras e precisas 
sobre a situação da organização. Existem diversos índices classificados nos grupos 
de liquidez, rentabilidade e endividamento. 
 
ANÁLISE HORIZONTAL 
 
Destacando a visão de Tófoli (2012), em relação à análise horizontal, ele 
aborda que é feita a partir de um conjunto de resultados consecutivos. A fórmula é a 
seguinte: Ano base está para 100%, assim como o analisado está para X% , menos 
100%, ou ano anterior está para 100%, assim como o ano analisado está para X%, 
menos 100%. 
14 
 
 
“O propósito da análise horizontal é permitir o exame da evolução histórica de 
cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis”. (SILVA, 2008, p. 
210) 
Para Marion (2012), quando se compara os indicadores de vários períodos, é 
avaliada a tendência desses índices, e é definido como análise horizontal. Padoveze 
e Benedicto (2007) definem como avaliação do aumento ou diminuição dos valores 
indicados nas demonstrações contábeis, mediante confrontação. 
A análise horizontal enfatiza as modificações ou evoluções em cada conta 
das demonstrações financeiras em relação a uma demonstração básica, 
geralmente a mais antiga da série, a fim de caracterizar tendências. 
(BEGALLI; PEREZ JR., 2009, p. 247) 
Padoveze e Benedicto (2004) reafirmam que com esta análise a empresa pode 
identificar a variação positiva ou negativa de um período em relação ao anterior, 
quando for efetuado o cálculo toma-se como 100% as contas que fazem parte de 
determinado período, fazendo então a devida 23 relação percentual com base nos 
dados do período. Essa condição pode ser confirmada pelo outro autor conforme 
quadro a seguir. 
 
ANÁLISE VERTICAL 
 
Em relação à análise vertical, Tófoli (2012) afirma que é um estudo sobre as 
alterações dos principais conjuntos de contas, ao longo de um período. Ao se analisar 
dessa maneira, observam-se indicadores que facilitam a avaliação estrutural do Ativo 
e Passivo. Resumindo, oativo total ou passivo total está para 100% e a conta 
analisada está para X%. 
“O primeiro propósito da análise vertical é mostrar a participação relativa de 
cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial”. 
(SILVA, 2008, p. 204) 
15 
 
 
Essa análise em períodos sucessivos pode fornecer uma base para projeção 
de uma demonstração de resultados. Porém, essa projeção apresenta 
algumas limitações, principalmente porque não leva em conta as mudanças 
no processo tecnológico e/ou nos custos dos insumos e/ou nos preços de 
venda. Qualquer projeção baseada em dados históricos requer muito 
cuidado. (BEGALLI; PEREZ JR., 2009, p. 244) 
Padoveze e Benedicto (2007) afirmam que para o balanço patrimonial, usa-se 
como 100% o total do ativo e do passivo e para a DRE como100% a receita 
operacional líquida. 
Segundo Perez Junior e Begalli (2002), uma análise vertical pode auxiliar a 
empresa em períodos sucessivos, porém a projeção é limitada quando o assunto 
tecnologia, custos e preço de venda são levados em consideração. No quadro abaixo 
Hong, Marques e Prado (2006) demonstram a fórmula que pode ser utilizada para 
cálculo da análise vertical. 
 
 
INDICADORES ECONÔMICOS 
 
Em relação aos indicadores econômicos - financeiros, existe uma parcela 
grande de índices que fazem parte da análise de balanços e possuem a função de 
auxiliar o crescimento das organizações com as informações provenientes. Padoveze 
(2006) afirma que estes são elementos representativos da análise do balanço. São 
cálculos realizados através das informações do Balanço Patrimonial e DRE, em busca 
de valores que deixem claro a situação financeira, patrimonial e rentável da 
organização. O objetivo é mostrar a situação da empresa e fornecer uma ideia sobre 
o que pode acontecer futuramente com a mesma. 
 
16 
 
 
 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
 
Os índices de liquidez servem para avaliar a capacidade de pagamento da 
organização. Para Tófoli (2012), quanto maior o resultado dos índices, melhor, pois 
assim maior apresenta sua folga financeira. Iudícibus (2008) salienta que, a análise 
da liquidez e rentabilidade se complementam, pois o índice de rentabilidade influencia 
o de liquidez. 
“Os indicadores de liquidez evidenciam a situação financeira de uma empresa 
frente a seus diversos compromissos financeiros”. (ASSAF NETO, 36 2007, p. 189) 
“No geral, a liquidez decorre da capacidade de a empresa ser lucrativa, da 
administração de seu ciclo financeiro e de suas decisões estratégicas de investimento 
e financiamento”. (SILVA, 2008, p. 283) 
 
LIQUIDEZ GERAL 
 
Conforme Tófoli (2012), esse índice indica a saúde financeira da organização 
em longo prazo. Para Silva (2008) indica o quanto à empresa possui de recursos a 
curto e longo prazo para fazer face às suas dívidas totais. 
 
ILG = (AC + RLP) / (PC + PNC) x 100 
Para Silva (2008), a interpretação do índice de liquidez geral, é do tipo quanto 
maior, melhor. Marion (2012) afirma que como os demais índices, o ILG não deve ser 
estudado de forma isolada, pois talvez em determinado momento, a empresa adquira 
um determinado financiamento e o invista totalmente em seu ativo permanente, sendo 
assim haverá uma redução do índice, pois aumentará seu exigível a longo prazo, mas 
não aumentará o AC e o RLP. No entanto, após um momento, seu permanente irá 
gerar receita, aumentando seu AC e assim consequentemente melhorará sua 
capacidade de pagamento. 
17 
 
 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE 
 
Conforme Tófoli (2012), esse índice mostra a relação direta entre bens e 
direitos de curto prazo e as obrigações de curto prazo. Assaf Neto (2007) afirma que, 
a liquidez corrente representa quanto existe de ativo circulante para cada R$1,00 de 
dívida a curto prazo. 
ILC = AC / PC x 100 
Se o ILC for superior a 1 (> 100%) indica a existência de capital de giro líquido 
positivo; se igual a 1, inexistência de CGL e se inferior a 1 (<100%) a 
existência de capital de giro líquido negativo. Em princípio, quanto maior, 
melhor. (TÓFOLI, 2012, p. 67) 
O índice de Liquidez Corrente tem como resultado um “quanto maior melhor”, 
pois quanto maior a liquidez maior a retenção de dinheiro aplicado no capital de giro 
próprio da empresa. Este índice indica também a garantia da capacidade de 
pagamento da empresa (PADOVEZE E BENEDICTO, 2004). 
Silva (2008) corrobora a afirmação de Padoveze e Benedicto onde cita que 
este índice representa o quanto a empresa possui em dinheiro e direitos realizáveis 
a curto prazo comparado com as dívidas a pagar neste mesmo período. Em empresas 
pequenas, este índice pode variar dependendo do setor de atividade e do tipo de 
empresa. Para fazer comparações é importante identificar outra empresa similar do 
ramo (GROPPELLI, 2002). 
 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA 
 
Tófoli (2012) afirma que, esse índice mede a capacidade da organização pagar 
seus compromissos de curto prazo, sem levar em conta a venda de estoques e os 
valores destinados para despesas antecipadas. Essa exclusão do estoque se deve 
ao fato de que na maioria das vezes, para transformar o estoque em dinheiro, é um 
18 
 
 
processo mais demorado. E em relação às despesas antecipadas, é uma conta 
excluída, pois esses valores não se converterão em numerários. 
O índice de liquidez seca indica quanto a empresa possui em 
disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários a vista e aplicações 
financeiras de liquidez imediata), aplicações financeiras a curto prazo e 
duplicatas a receber, para fazer face a seu passivo circulante. (SILVA, 2008, 
p. 289) 
ILS = AC – Estoques - Despesas Antecipadas / PC x 100 
Este índice representa o quanto à empresa possui de Ativo Líquido para cada 
R$1,00 de dívidas de curto prazo que significa que quanto maior o índice melhor. O 
mesmo mostra a capacidade que a empresa tem de pagar suas dívidas de curto Prazo 
e a exclusão dos estoques auxilia na percepção de que 25 a empresa pode ou não 
ter dependência de vender os estoques para liquidar seus compromissos. 
(PADOVEZE E BENEDICTO, 2004). 
 
 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA 
 
Marion (2012), afirma que o índice de liquidez imediata está relacionado à 
capacidade da empresa em saldar suas dívidas de curto prazo com o disponível no 
momento. Tófoli (2012) complementa ao afirmar que, este representa quanto das 
dívidas de curto prazo podem ser quitadas imediatamente. 
ILI = Disponível / PC x 100 
Geralmente é um índice baixo, pois as organizações não se interessam tanto 
em manter valores em caixa. 
 
 
19 
 
 
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO 
 
Os índices de endividamento são considerados também como índices de 
estrutura de capital. Silva (2008), afirma que a estrutura de capital de uma 
organização abrange a procedência de seus financiamentos. Todos os fundos 
aplicados em ativos são decorrentes dos proprietários da organização ou de terceiros. 
Iudícibus (2008) complementa afirmando que esses índices retratam a posição do 
capital próprio da empresa em relação ao capital de terceiros, ou seja, denotam o 
índice de endividamento da empresa. 
Conforme Marion (2012), os indicadores de endividamento informam se a 
empresa utiliza mais recursos de terceiros ou próprios. Através dos índices, é possível 
obter informações se os recursos de terceiros tem seu vencimento a longo ou curto 
prazo. 
 
ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS 
 
Esse índice, conforme Tófoli (2012) representa quanto à empresa usou de 
capital de terceiro para cada unidade do capital próprio. É um índice que quanto 
menor, melhor. Conforme Iudícibus (2008), o índice representa qual a porcentagem 
do ativo total financiada com recursos de terceiros 
IPCT = Capital de terceiros/ Patrimônio Líquido x 100 ou IPCT = Exigível total/ 
Patrimônio Líquido x 100 
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação dos capitais 
de terceiros com o patrimônio líquido, menor a liberdade de decisões 
financeirasda empresa ou maior a dependência a esses terceiros. Do ponto 
de vista da obtenção do lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar 
com capitais de terceiros se a remuneração paga a esses recursos for menos 
que o lucro conseguido com sua aplicação no negócio. (TÓFOLI, 2012, p. 
63) 
 
 
 
20 
 
 
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL 
 
O enfoque do índice de endividamento geral é avaliar se a empresa está 
operando com dívidas de terceiros em excesso, e o risco do negócio. Para Tófoli 
(2012) indica a dependência dos recursos de terceiros para financiamento do ativo. 
Para Padoveze e Benedicto (2007), esse índice verifica qual a possibilidade de 
no futuro, caso a organização interrompa suas operações, desta garantir todas as 
suas dívidas com os próprios recursos. 
IEG = (Passivo Circulante + Passivo não circulante) / Ativo Total x100 
 
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO A LONGO PRAZO 
 
Esse índice tem como objetivo, avaliar se suas dívidas a longo prazo não são 
excessivas. 
ELP = Passivo exigível a longo prazo / Ativo Total x 100 
 
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO A CURTO PRAZO 
 
Conforme Tófoli (2012), esse índice mostra a dependência de recursos de 
terceiros de curto prazo para financiar o ativo da organização. Quanto menor, melhor. 
Ele avalia a quantidade de dívidas a curto prazo que a empresa está tomando 
para si, pois apesar de geralmente serem menos onerosas, devem ser pagas a curto 
prazo, o que se torna na maioria das vezes, um inconveniente para a organização. 
IECP = Passivo Circulante / Ativo Total x 100 
 
 
 
21 
 
 
ÍNDICE DE RENTABILIDADE 
 
Os índices de rentabilidade demonstram o que os investimentos realizados 
pela empresa, renderam. Segundo Matarazzo (2003), os índices de rentabilidade 
mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos. Conforme Tófoli (2012) lembra, 
toda empresa tem como um de seus objetivos, aumentar o valor atual da riqueza de 
seus sócios, portanto, faz se necessário existir rentabilidade. 
“É uma avaliação econômica do desempenho da empresa, dimensionando o 
retorno sobre os investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas 
vendas”. (ASSAF NETO, 2007, p. 59) 
 
MARGEM BRUTA 
 
Conforme Tófoli (2012) representa qual o percentual de lucro bruto em 
comparação às vendas líquidas. Begalli e Perez Junior (2009) complementam 
afirmando, que a margem bruta é a diferença entre a receita líquida de vendas e o 
custo das vendas. 
MB = LB/ VL x 100 
 
MARGEM OPERACIONAL 
 
De acordo com Tófoli (2012), indica qual a porcentagem de lucro antes das 
despesas financeiras e impostos sobre as vendas líquidas, ou como afirmam Begalli 
e Perez Junior (2009), é o percentual que o lucro operacional corresponde das vendas 
líquidas. 
MOp = LAJIR/ VL x 100 
 
 
22 
 
 
MARGEM LÍQUIDA 
 
Segundo Tófoli (2012) é a representação do lucro líquido sobre as vendas 
líquidas em determinado período. Begalli e Perez Junior (2009) descrevem que esse 
índice indica a capacidade da organização gerar lucro comparando à receita líquida 
de vendas. Tradicionalmente é o índice mais utilizado e de maior interesse dos 
proprietários. 
ML = LL / VL x 100 
 
RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Conforme Tófoli (2012) indica o retorno dos recursos aplicados na organização 
pelos seus acionistas, ou seja, o percentual de lucro adquiridos pelos sócios. De uma 
forma mais clara, representa o rendimento de cada real investido na empresa. 
RPL = LL / PL x 100 
 
RENTABILIDADE SOBRE O ATIVO TOTAL 
 
Tófoli (2012) afirma que, esse índice representa o retorno obtido pelas 
atividades realizadas pela empresa em seus ativos. Conforme Begalli e Perez Junior 
(2009) quanto maior esse índice, melhor. Ele indica o rendimento de cada real 
investido na organização. 
ROA = LL/ Ativo Total 
 
RENTABILIDADE SOBRE O INVESTIMENTO 
 
De acordo com Tófoli (2012), este indicador é referente ao retorno sobre os 
recursos levantados pela empresa e aplicados em seus negócios. O investimento 
23 
 
 
corresponde aos recursos onerosos, ou seja, empréstimos e financiamentos, mais os 
recursos próprios da empresa. 
ROI = LADJIR / Investimento 
LADJIR = Lucro antes dos juros e depois do imposto de renda e contribuição 
social. 
 
CAPITAL DE GIRO 
 
Para Tófoli (2012), administrar o capital de giro é gerenciar as contas do ativo 
e passivo circulante e suas inter-relações. Ou seja, é a forma de buscar o equilíbrio 
entre rentabilidade e liquidez, sendo que rentabilidade é o resultado obtido pelo capital 
investido, e a liquidez é a capacidade da organização de saldar seus compromissos 
de curto prazo através de seus ativos circulantes. 
Existem alguns fatores que influenciam a definição do volume de capital de giro 
a ser preservado numa empresa, sendo eles: volume de vendas no período; 
sazonalidade do negócio; economia; tecnologia e políticas de negócio. 
Normalmente, o capital de giro é representado pelos valores do ativo 
circulante (disponível, valores a receber e estoques). São os valores que 
compõem o ativo circulante operacional que permitem o funcionamento 
normal da empresa. (TÓFOLI, 2012, p.173) 
Assaf Neto (2007) afirma que, o capital de giro é o fundamento básico do 
equilíbrio financeiro de uma organização. O autor ressalta que o capital de giro é 
dinâmico, exigindo modelos eficientes de avaliação financeira. 
 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 
 
Para Tófoli (2012), a necessidade de capital de giro é a quantia de recursos 
que a organização necessita para financiar suas operações, ou seja, o quanto 
necessita para saldar seus compromissos na data correta e no valor total, dispondo 
de um excedente para sua segurança. Estas necessidades, geralmente são cobertas 
pelo patrimônio líquido e passivo não circulante. Pode ser feito de duas formas a 
24 
 
 
estimativa da necessidade de capital de giro, sendo através do ciclo financeiro ou 
através dos demonstrativos contábeis. 
 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO COM BASE NO CICLO 
FINANCEIRO 
 
Segundo Tófoli (2012), este método também conhecido como necessidade de 
capital de giro com base no ciclo de caixa, representa o mínimo de capital de giro que 
uma organização necessita a um determinado volume de vendas. Sua fórmula é a 
seguinte: NCG = Ciclo de caixa x vendas diárias. O melhor é que este capital de giro 
mínimo seja proveniente de fontes de financiamento de longo prazo. 
O Ciclo de Caixa conforme Tófoli (2012) é o tempo entre o pagamento de seus 
fornecedores e o momento de recebimento de seus clientes. É o intervalo de tempo 
em que a organização financia suas atividades sem a participação dos fornecedores. 
Quanto maior, pior, pois indica que existem recursos próprios e de terceiros sendo 
aplicados nas operações, o que provoca custos financeiros e afeta a rentabilidade da 
organização. 
 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO COM BASE NOS 
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 
 
Conforme Tófoli (2012), para cálculo do capital de giro bruto (AC) e capital de 
giro líquido (AC-PC) é importante salientar que tanto o AC como PC possuem 
algumas contas que são categorizadas como transitórias. Portanto, 43 para uma 
análise de capital de giro correta, é necessária a reclassificação do Balanço 
Patrimonial. 
A fórmula para cálculo da necessidade de capital de giro é: 
NCG = Ativo circulante operacional – Passivo circulante operacional (ACO – 
PCO). 
25 
 
 
Essa fórmula representa os valores que a própria organização financia menos 
o que foi financiado por capital de terceiro de curto prazo. 
Conforme Matarazzo (2010), quando o ativo circulante operacional é maior que 
o passivo circulante operacional, sendo esta a situação mais comum das empresas, 
representa que existe uma necessidade de capital de giro para qual a empresa deve 
encontrar fontes propícias de financiamento. Quando o ACO é igual ao PCO, a 
empresa não tem necessidade de financiamento para o giro e por fim quando o ACO 
é menor queo PCO, representa que a organização possui mais financiamentos do 
que investimentos. 
Tófoli (2012) destaca alguns elementos que afetam a necessidade de capital 
de giro. A NCG aumenta quando (TÓFOLI, 2012, p. 183-184): 
a) as vendas aumentam; 
b) são concedidos maiores prazos aos clientes; 
c) quando os estoques aumentam; 
d) quando o prazo dos fornecedores diminui; 
e) pagamento de fornecedores; 
f) inadimplência; A NCG diminui quando: 
a) as vendas diminuem; 
b) são concedidos menores prazos aos clientes; 
c) quando os estoques diminuem e d) quando os prazos dos 
fornecedores aumentam. 
Vale ressaltar que a necessidade do capital de giro é dinâmica. Varia de acordo 
com as novas situações apresentadas nas vendas, por exemplo. 
 
 
 
26 
 
 
VALOR ECONÔMICO AGREGADO (VEA) 
 
Conforme Silva (2008), o VEA trouxe sua contribuição para a análise 44 
financeira, pois considera o custo de oportunidade do capital próprio. Iudícibus (2008) 
afirma que o conceito do VEA, é que toda organização além do lucro operacional, 
deve possuir lucro suficiente para pelo menos remunerar seus acionistas, pois uma 
empresa que não consegue nem remunerar seus investidores é uma organização que 
fatalmente destrói valor. 
Como o objetivo enunciado de qualquer empresa é promover, em suas 
decisões financeiras, um retorno que remunere as expectativas de 
rendimentos de seus proprietários de capital, a comparação do ROI com o 
custo total de capital (CMPC) permite identificar se a empresa está 
agregando ou destruindo valor econômico. (ASSAF NETO, 2007, p. 269) 
VEA = NOPAT – (C% x TC) 
NOPAT = Lucro operacional líquido depois dos impostos 
C% = Percentual do custo do capital investido 
TC = Total do capital investido 
Conforme afirma Hoji (2017), o VEA indica a verdadeira lucratividade das 
atividades organizacionais, pois evidencia o valor adicionado ao patrimônio líquido 
em determinado período. 
Assaf Neto (2008) indica que, a principal finalidade do VEA é indicar se a 
companhia está conseguindo gerar um retorno que atinja as expectativas de ganhos 
de seus proprietários. Quanto mais alto, maior é a riqueza gerada pela empresa no 
período, consequentemente, seu preço de mercado é valorizado. 
A análise financeira tradicional juntamente com a análise da necessidade de 
capital de giro e do VEA propiciam um conhecimento mais profundo sobre a real 
situação da organização. Cada um desses estudos permite um conhecimento mais 
adequado e real da empresa analisada. A junção desses três conhecimentos pode 
ser considerada como uma arte, pois fornecem dados pertinentes e importantes para 
qualquer pessoa interessada em determinada organização. 
 
27 
 
 
REFERENCIAS 
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Econômico- Financeiro. 8 ed. São Paulo, SP. Atlas, 2006. 371p. 
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