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O artigo traz uma abordagem sobre a agricultura familiar no Brasil com o propósito de compreender como essa forma de organização que vem se desenvolvendo atualmente em um contexto socioeconômico mais favorável que no passado, mas ainda distante do ideal, são analisadas também no texto os fortes influencias que a modernização da agricultura ocasionou a produção familiar e a contribuição para o debate em torno do associativismo.
De acordo com o autor o cenário da agricultura familiar começa a se modificar em 1990 em virtude do crescente interesse pela temática da agricultura familiar e sua perpetuação no espaço rural brasileiro, foi aí que essa categoria começou a buscar nos espaços políticos firmar-se como categoria social estratégica no processo de desenvolvimento rural. Foi nesse sentido também que o termo agricultura familiar passa a ser expandido amplamente no Brasil, adquirindo um maior reconhecimento. Uma contribuição que foi muito importante para a difusão da agricultura familiar foi a criação do PRONAF no ano 1996, que representa a legitimação, por parte do estado brasileiro, de uma nova categoria social – os agricultores familiares – que até então era praticamente marginalizada em termos de acesso aos benefícios da política agrícola. 
O artigo aborda o papel histórico da agricultura familiar no desenvolvimento agrícola brasileiro, em suas várias dimensões. Essa categoria é responsável por cerca de 38% do valor da produção agropecuária brasileira, ou R$ 54,4 bilhões, e tem importante contribuição para a segurança alimentar das próprias famílias de agricultores, além de ter participação fundamental em praticamente todos os produtos alimentares no país e ser um dos geradores de empregos do país. Mesmo com toda a contribuição da agricultura familiar para o desenvolvimento rural no país essa categoria sempre ocupou um lugar e secundário na estrutura agrária brasileira, sendo um setor historicamente "bloqueado", de desenvolver suas potencialidades, pois as de políticas públicas geralmente são direcionadas prioritariamente às grandes propriedades.
A década de 1960 foi onde surgiu a revolução verde, um processo de modernização na agricultura que permitiu um vasto aumento na produção agrícola, mas que teve como consequência o aumento da heterogeneidade social no campo, além das alterações sofridas pelo meio ambiente. A atuação do conjunto de políticas e programas públicos foram sempre restritivas para boa parte dos agricultores, principalmente os pequenos, o que incentivou a concentração fundiária. 
Todas as dificuldades vivenciadas pela agricultura familiar no Brasil apontam para a implementação de políticas agrícolas que contribuam para a evolução e a permanência dos agricultores familiares e o associativismo tem se mostrado como uma forma de viabilizar e contribuir para a inserção destes produtores no mercado e na sociedade. Agricultores familiares rurais, que normalmente apresentam dificuldades para obter um bom desempenho econômico, têm nas associações um mecanismo que lhes garante melhor desempenho competitivo no mercado, tornando possível a aquisição de insumos e equipamentos com menores preços e prazos de pagamentos, como também o uso coletivo de maquinários. 
 
O texto também aborda o capital social e sua importância para o associativismo na agricultura familiar, que se dá como um recurso ou um caminho para os recursos que, em combinação com outros fatores, permite a obtenção de benefícios para aqueles que o possuem, como uma a características da organização social. O capital social pode ser específico para determinadas atividades, ou seja, para cada situação, formas diferentes de capital social são mobilizadas, ele se dá como uma capacidade que empodera o cidadão, cuja confiança aprimora a democracia e produz desenvolvimento institucional. A geração de capital social é fruto do compartilhamento destas formas de relações entre os indivíduos.
Segundo o autor a organização associativa se caracteriza pela gestão democrática dos recursos e das atividades, onde cada associado tem poder igualitário de decisão. Basicamente, sua constituição está fundamentada em interesses comuns entre os indivíduos. Ele traz o exemplo da produção agrícola onde os produtores rurais operam em um ambiente de elevada concorrência, no entanto, defrontam-se com poucos vendedores de insumos e poucos compradores de seus produtos. Uma alternativa adotada pelos produtores é se organizarem em associações ou cooperativas e dessa forma garantir o poder de negociação. 
O autor conclui o texto ressaltando importante papel socioeconômico, ambiental e cultural que esta categoria apresenta para o campo, e do capital social como um gerador benefícios mútuos a esses indivíduos. Também fica evidenciado a partir deste estudo que as práticas associativas vêm sendo cada vez mais utilizadas como opção estratégica para enfrentamento das dificuldades encontradas no campo.

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