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Unidade 6

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Economia Brasileira 
Contemporânea
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Júlio Cesar Gomes
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Revendo os principais conceitos
• Da era Vargas aos anos JK: O Estado Desenvolvimentista
• Período Militar (1964-1985)
• A Nova República
• Os anos Lula
 · Analisar o legado das políticas econômicas de Vargas ao Gover-
no Dilma;
 · Descrever os desafios atuais para a Economia brasileira.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Revendo os principais conceitos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
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da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
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as redes sociais.
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hidratado.
Aproveite as 
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estudos sempre 
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contato com seus 
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Isso amplia a 
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
Contextualização
As políticas econômicas determinadas de 1930 a 2014 deixaram marcas 
no modelo de desenvolvimento econômico do País que permanecem até hoje, 
enfrentando-se problemas semelhantes: a inflação e a dívida pública.
Assista à reportagem exibida por meio do link abaixo, para conhecer a história 
das políticas de estabilização, enfatizando as principais iniciativas de reforma 
econômica implementadas até o governo de Dilma Roussef.
Para abordar este aspecto, assista aos vídeos:
https://youtu.be/gRKBGH97tq0
https://youtu.be/riu1DTJ91Kk
https://youtu.be/DzyhonqzzH0
https://youtu.be/s-T0lLUmHdI
Ex
pl
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Da era Vargas aos anos JK: 
O Estado Desenvolvimentista
O Estado Novo, instaurado por Getúlio Vargas, foi caracterizado por um go-
verno autoritário e pelo sistemático processo desenvolvimentista, baseando-se em 
duas medidas:
 · Intenso processo de intervenção econômica do Estado na economia em 
áreas estratégicas, tais como a construção de usinas siderúrgicas;
 · Substituição gradual de importações. 
O financiamento desta política econômica durante a Guerra foi realizado pelo 
Estado a partir de créditos estrangeiros para a recuperação das jazidas de ferro de 
Minas e da ferrovia do Vale do Rio Doce e para a construção da usina siderúrgica 
de Volta Redonda como a contrapartida do fornecimento de matérias-primas como 
borracha e minério de ferro. 
O Estado brasileiro criou alguns institutos de ramos econômicos, tais como o 
Instituto do Café;
 · O Instituto do Açúcar e do Álcool e os órgãos de coordenação que funciona-
vam como vetores da execução e planejamento da política econômica tais 
como a Carteira de Crédito Agrícola e Industrial (1937) e o Instituto Brasilei-
ro de Geografia e Estatística - IBGE (1938).
Além disso, para favorecer o projeto desenvolvimentista, o Estado investiu 
grandes somas de capitais em empresas estatais em diversos setores da atividade 
econômica, enfatizando as obras de infraestrutura que eram excessivamente 
dispendiosas para os capitais privados: energia elétrica, transformação de metais, 
elementos químicos, rodovias e ferrovias, entre outras vias de transporte.
A ascensão de Vargas favoreceu o declínio da he-
gemonia agrário-exportadora e o começo da predomi-
nância da estrutura produtiva de base urbano-industrial, 
tutelada pelo Estado, como parte do projeto desenvol-
vimentista, que também impactou o modelo trabalhista 
brasileiro - uma ideologia que se difundiu a partir da ação 
das leis de controle sobre os sindicatos e do Departa-
mento de Imprensa e Propaganda (DIP) após 1930. 
Após a Segunda Guerra, sem o apoio externo, o 
processo de industrialização se afastou um pouco do 
projeto desenvolvimentista, como efeito indireto dos 
controles cambiais e de importação adotados pelo Es-
tado como resposta aos déficits do balanço de paga-
mentos. A industrialização foi favorecida então pelas 
seguintes medidas: 
Figura 1 – Getúlio Vargas
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
 · Foi mantida a taxa de câmbio sobrevalorizada;
 · Foram impostas progressivamente medidas discriminatórias à importação de 
bens de consumo não essenciais, semelhantes ao produto nacional;
 · O crédito real à indústria cresceu 38%, 19%, 28% e 5%, respectivamente, 
nos anos de 1947 a 1950.
No plano doméstico, a volta de Vargas em 1951 retomou fortemente o modelo 
desenvolvimentista fomentado pelo Estado, concretizado em duas fases: 
 · Primeira fase: buscava-se a estabilização da economia, através do equilíbrio 
das finanças públicas a fim de permitir a adoção de uma política monetária 
restritiva, reduzindo-se a inflação;
 · Segunda fase: buscava-se realizar empreendimentos e obras públicas na 
área de infraestrutura.
No interior da indústria de transformação, foi nítida a mudança, que marcou 
um estágio avançado do processo de substituição de importações no País. Por 
exemplo, ocorreu a queda média de 42% no valor das importações industriais 
entre 1952 e 1956, ao mesmo tempo em que a produção doméstica cresceu 40%. 
Como resultado, a participação dos importados na oferta doméstica, após atingir 
16% em 1952, caiu para pouco mais de 7% em 1956. 
A seguir, iniciam-se os anos JK, que se inscrevem no continuum democrático-
populista desenvolvimentista, sob a liderança política de Vargas (GIAMBIAGI, 2011).
Para promover o projeto desenvolvimentista, JK estabeleceu o Programa de 
Metas que determinou pesados investimentos públicos e privados na indústria e nas 
atividades relacionadas à infraestrutura econômica. 
O Plano ou Programa de Metas tinha 31 objetivos a serem alcançados em 
seu governo, priorizando os seguintes setores: energia, transportes, alimentação, 
indústria de base e educação.
As fontes internas previstas para financiamento dos investimentos do Plano 
apoiavam, sobretudo, em recursos públicos: 
 · Orçamento corrente da União (inclusive fundos vinculados) - 39,7%; 
 · Orçamentos dos Estados (inclusive fundos especiais) - 10,4%; 
 · Financiamentos de entidades públicas (BNDE, Banco do Brasil, etc.) - 14,5%;
 · Recursos próprios de empresas privadas ou sociedades de economia mista, 
35,4%. 
Além das medidas típicas do projeto desenvolvimentista, JK utilizou a política 
cambial como instrumento da política econômica, que vinha sendo viabilizada desde 
1953 (a Instrução 70 da SUMOC). Foi também estabelecida a Instrução 113 da 
SUMOC, em janeiro de 1955, autorizando a importação de bens de capital “sem 
cobertura cambial”, e sem o emprego de divisas. 
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Na prática, a Instrução 113 foi um fator de atração do capital estrangeiro: obteve 
mais de 50%do total de investimento externo direto que ingressou no Brasil entre 
1955 e 1960 (US$ 401 milhões). Além disso, dos US$1,7 bilhão em empréstimos 
e financiamentos obtidos pelo Brasil entre 1955 e 1960, mais de 60% ingressaram 
no País sob a forma de máquinas, veículos e equipamentos sem cobertura cambial.
Além das medidas supracitadas do projeto desenvolvimentista, o Programa de 
Metas criou órgãos, tais como o Grupo Executivo da Indústria Automobilística 
(GEIA) e o Conselho Nacional de Energia Nuclear; criação do Grupo Executivo da 
Indústria de Construção Naval (GEICON).
A este respeito, convém ressaltar o fato de que o Plano de Metas ensejou a entrada 
maciça do capital estrangeiro no País como parte do projeto de desenvolvimento 
capitaneado pelo Estado. A partir de então, os setores fundamentais da indústria 
foram passando para o controle estrangeiro. Na indústria automobilística, de 
cigarro e de eletricidade variou em torno de 80% a 90%. Na indústria farmacêutica 
e mecânica, a proporção foi de 70%.
Entre 1956 e 1960, as principais metas de ampliação da produção e da infraes-
trutura econômica, reunidas no Programa de Metas foram atingidas. Nesse sentido, 
a política de desenvolvimento econômico de JK foi exitosa (SILVA; VIANNA, 2009).
Conclui-se que o principal legado do projeto desenvolvimentista instaurado a 
partir de 1930, consistiu nos seguintes resultados que permaneceriam até os dias 
de hoje:
 · Crescimento econômico acelerado, transformação estrutural da economia 
brasileira e pleno usufruto das liberdades democráticas;
 · Uma política industrial baseada na substituição de importações;
 · A transformação da estrutura produtiva, com a perda de importância relativa 
da produção agropecuária e o ganho correspondente do setor industrial;
 · A persistência de um modelo de desenvolvimento econômico nacionalista, 
de cunho pragmático, com a participação do capital estrangeiro;
 · A impopularidade do ideário econômico liberal, instaurado nos períodos 
recorrentes de inflação e dívida pública;
 · A urbanização da população do País;
 · a construção de Brasília, que foi propulsora da interiorização da ocupação 
econômica e demográfica do interior do Brasil;
 · Agravou a concentração regional da produção;
 · Ignorou as demandas de reformas na área da agropecuária e na educação 
básica, com reflexos negativos até hoje para a distribuição de renda do País;
 · Processo inflacionário e o desequilíbrio das contas públicas recorrente, que 
se manifestam periodicamente na economia nacional.
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
Período Militar (1964-1985)
As gestões econômicas de Jânio Quadros e João Goulart foram marcadas 
pelos desequilíbrios inerentes aos processos de take off econômico acelerados 
que interferiram negativamente num quadro político já bastante instável, e que 
culminaria com o golpe civil-militar de 1964 (MESQUITA, S/d).
Figura 2 – Jânio Quadros e João Goulart
Fonte: Wikimedia Commons
No que tange ao desempenho da economia, a primeira metade do Período 
Militar, de 1964 a 1973, caracterizou-se pela busca de estabilização econômica e 
política e intenso crescimento econômico.
Entre 1964 a 1967, a economia brasileira viveu um de seus ciclos de processo 
inflacionário, desequilíbrio externo e estagnação econômica. Neste contexto, a 
economia brasileira apresentou um comportamento do tipo stop and go, embora 
o crescimento médio do PIB tenha sido razoável (4,2% ao ano). Outro aspecto 
importante foi a realização de reformas estruturais, tais como a reforma tributária 
e financeira. 
Para tal, foi estabelecido o PAEG, que se inscrevia numa lógica contracionista, 
diferente da vertente desenvolvimentista que vinha desde Vargas, estabelecendo 
medidas de ajuste fiscal, com base em metas de aumento da receita (via aumento 
da arrecadação tributária e de tarifas públicas) e de contenção (ou corte, em 1964) 
de despesas governamentais. 
Por sua vez, as Reformas Estruturais tiveram por foco a estrutura tributária e a 
financeira, alinhadas também com a política contracionista, liberal, que incluíam 
aumento de impostos.
A Reforma Tributária visava aumentar a arrecadação do governo através do 
aumento da carga tributária da economia e da racionalização do sistema tributário. 
Nesse sentido, tinha como objetivo reduzir os custos operacionais da arrecadação, 
eliminando os impostos de pouca relevância financeira e definindo uma estrutura 
tributária capaz de incentivar o crescimento econômico. 
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Para tal, as principais medidas implementadas foram:
a) Instituição da arrecadação de impostos através da rede bancária; 
b) Extinção dos impostos do selo (federal), sobre profissões e diversões públi-
cas (municipais); 
c) Criação do ISS (Imposto Sobre Serviços), a ser arrecadado pelos municípios; 
d) Substituição do imposto estadual sobre vendas, incidente sobre o faturamento 
das empresas, pelo ICM (Imposto Sobre a Circulação).
Por sua vez, a Reforma Financeira pretendeu complementar o Sistema 
Financeiro Brasileiro (SFB), constituindo um segmento privado de longo prazo no 
Brasil cujos mecanismos de financiamento fossem capazes de sustentar o processo 
de industrialização já em curso, e de forma não inflacionária. 
Inicialmente, a Reforma Financeira teve que reorganizar o funcionamento do 
mercado monetário, o que foi feito com a criação de duas novas instituições: 
 · O Banco Central do Brasil (Bacen), como executor da política monetária;
 · O Conselho Monetário Nacional (CMN), com funções normativas e regula-
doras do SFB.
A política contracionista se associou também a medidas de captação de recursos 
externos, tais como a Resolução Nº 63 do Bacen, que regulamentou a captação de 
empréstimos externos pelos bancos nacionais para repasse às empresas domésticas, 
além da Criação do FGTS.
Figura 3
Fonte: caixa.gov.br
Na segunda fase, de 1968 a 1973, retomou-se a política de cunho desenvolvi-
mentista, complementando-se o processo de difusão da produção e consumo de 
bens duráveis, capitaneado pelo Estado, iniciado com o Plano de Metas de JK. 
Esta política econômica desenvolvimentista foi marcada pelo Plano Estratégico 
de Desenvolvimento (PED), lançado em meados de 1968, cujas prioridades eram a 
estabilização gradual dos preços, mas sem a fixação de metas explícitas de inflação, 
o fortalecimento da empresa privada, visando à retomada dos investimentos, 
dentre outras. 
Em 1968, propulsionada pelo PED, a economia brasileira iniciou uma fase de 
intenso crescimento que se estendeu e se acelerou até 1973 - o “Milagre Brasileiro”.
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
A seguir, o Choque do petróleo entre 1973-74 deu início a uma longa fase de 
dificuldades para a economia brasileira, pois estabeleceu restrições externas de 
bens de capital e de insumos industriais, além de subir os preços dos combustíveis, 
favorecendo um novo ciclo de política contracionista, que preservou alguns vetores 
da política desenvolvimentista.
 Em resposta, o modelo de ajuste estrutural, híbrido de medidas contracionistas 
e desenvolvimentistas, implementado no governo Geisel (1974-78), teve como 
objetivo fomentar a produção nacional de bens cruciais ao crescimento econômico. 
Diante do alto custo e do longo prazo de maturação dos investimentos, e da 
virtual inexistência de mecanismos privados de financiamento de longo prazo no 
Brasil, a viabilização do II PND dependeu de fontes de financiamento público e 
externo, onde se destaca a ação do Estado, seguindo a tendência predominante da 
economia brasileira, desde Vargas.
Os novos investimentos eram dirigidos aos setores estratégicos para o cresci-
mento da economia brasileira: infraestrutura, bens de produção (capital e insumos), 
energia e exportação. 
Ao BNDES, coube o financiamento dos investimentos privados, com base em 
linhas especiais de crédito a juros subsidiados. Além disso, os investimentos públicos 
foram financiados por recursos do orçamento (impostos) e por empréstimos 
externos captadospelas empresas estatais, em melhores condições de obtenção de 
crédito do que as empresas privadas.
Ao longo de 1979, depois do Segundo Choque do Petróleo, o governo 
passou então a adotar uma estratégia de ajuste recessivo, a cargo de Delfim Neto, 
acompanhando a mudança nas condições estruturais e conjunturais de operação 
da economia brasileira, que incluiu a combinação de ajuste de preços relativos - 
taxa de câmbio, tarifas públicas, dentre outras medidas. 
Este modelo de ajuste externo não funcionou, porque a aceleração da inflação 
corroía rapidamente os aumentos reais obtidos a cada rodada de correção, o que 
penalizou a população brasileira, favorecendo ainda mais a concentração de renda. 
Mas a recessão foi evitada. No biênio 1979-80, o PIB cresceu à taxa média de 
8% ao ano no período. No entanto, o legado negativo desta política econômica de 
ajuste foi permanente, pois a tendência à aceleração inflacionária se manteve até 
meados da década de 1990. 
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A Nova República
Apesar da ineficácia das medidas fiscais e monetárias contracionistas imple-
mentadas na primeira metade dos anos 1980, estas permaneceram, combinando 
medidas ortodoxas e heterodoxas.
O Plano Cruzado só foi adotado no segundo ano do governo Sarney, pelo 
ministro da Fazenda, Dílson Funaro, que substituiu Francisco Dornelles em agosto 
de 1985. Dentre as propostas ressaltadas anteriormente, o presidente Sarney 
adotou a proposta o “Choque Heterodoxo”, de Francisco Lopes. 
O Plano Cruzado estabeleceu uma Reforma Monetária e um congelamento, 
determinando o cruzado como o novo padrão monetário nacional, à paridade de 
Cr$1.000 = Cz$1. Esta mudança tinha dois objetivos: 
1. criar a imagem de uma nova moeda forte; 
2. permitir a intervenção nos contratos, já que ficava estabelecida uma nova 
unidade monetária. 
O Plano Cruzado determinou medidas de desindexação da Economia, tais como 
as Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTNs (criadas em 1964, no 
Paeg), o Índice de Preços e Cadernetas de Poupança e uma Política Salarial, o 
“gatilho salarial”, dentre outras.
Luís Carlos Bresser-Pereira, professor da FGV-SP, tornou-se o Ministro da 
Fazenda, anunciando, em 12 de junho de 1987, um novo plano de estabilização. 
O Plano Bresser tinha como objetivo promover um choque deflacionário na 
economia. A inflação foi diagnosticada como inercial e de demanda e, em conse-
quência, o plano foi concebido como híbrido, contendo elementos heterodoxos 
e ortodoxos.
Com base no diagnóstico ortodoxo, a política fiscal e monetária, ao contrário 
do ocorrido no Cruzado, seria utilizada contra a inflação. Os juros reais positivos 
serviriam para contrair o consumo e evitar a especulação com estoques. 
O insucesso do gradualismo dos planos anteriores de combate à inflação levou a 
uma radicalização das propostas de desindexação, que resultaram no anúncio, em 
14 de janeiro de 1989, do Plano Verão. 
Por sua vez, o Plano Verão suprimiu todos os mecanismos de indexação, 
inclusive a Unidade de Referência de Preços (URP) que, ao atrelar os salários aos 
preços, com defasagem, ensejou uma maior contenção da aceleração inflacionária. 
O novo Plano foi anunciado também como um programa híbrido, que continha 
os elementos ortodoxos, tais como a redução de despesas de custeio, e elementos 
heterodoxos, tais como o congelamento de preços e salários.
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
Foi criado o cruzado novo, que correspondia a mil cruzados. A nova moeda foi 
estabelecida como equivalente ao dólar, na paridade 1:1.
O Plano Verão permitiu a transferência de rendas entre credores e devedores, 
ao não instituir regras para a conversão das dívidas pós-fixada, e mudou o período 
de apuração do índice oficial de inflação, dentre outros efeitos econômicos.
Em resumo, uma sucessão de erros, incluindo alguns de concepção e outros 
de condução, levou o Plano Cruzado ao fracasso. Os dois planos que se seguiram 
(Bresser e Verão) tentaram em vão corrigir os problemas das tentativas anteriores. 
Assim sendo, o período da Nova República acabou ficando na memória dos 
brasileiros como uma época de grande frustração no terreno econômico. 
No entanto, este período estabeleceu algumas lições importantes para a área 
econômica:
 · À estabilização se segue a tendência de expansão de demanda, que funciona 
como fator inflacionário;
 · O “gatilho salarial”, ao endogeneizar o período de reajuste, favoreceu a 
inflação, na medida em que levava ao encurtamento do período de reajuste. 
 · A estratégia de congelamento produziu desequilíbrios de preços relativos e o 
descongelamento é uma tarefa difícil de administrar;
 · A repetição de programas semelhantes de estabilização é fadada ao fracasso.
A seguir, em face do binômio de inflação e déficit público, o governo de 
Fernando Collor de Mello buscou romper com o modelo brasileiro de crescimento 
com elevada participação do Estado e proteção tarifária, desenvolvimentista, 
estabelecido a partir de Vargas, uma tendência que foi aprofundada no governo de 
Fernando Henrique Cardoso (1995-98).
Figura 4 – Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso
Fonte: Wikimedia Commons
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Para tal, Collor intensificou as chamadas “reformas estruturais”, que incluíam 
políticas de intensificação da abertura econômica e de privatização, tais como o 
Plano Nacional de Desestatização, que tinha como objetivos contribuir para o 
redesenho do parque industrial e reduzir a dívida pública (via aceitação de títulos 
como moeda de privatização).
No dia 15 de março de 1990, o Plano Collor I foi lançado, estabelecendo o 
cruzeiro como padrão monetário, um novo congelamento de preços de bens e 
serviços e o sequestro de liquidez. Mas a inflação aumentou novamente e o bloqueio 
dos recursos foi considerado uma inadmissível intervenção estatal, que gerou a 
perda de confiança dos poupadores no sistema financeiro nacional, com graves 
consequências para o País.
Para resolver estes problemas, foi lançado o Plano Collor II, cujo objetivo era 
conter as taxas de inflação, na época em torno de 20% ao mês, estabelecendo as 
seguintes medidas:
 · Racionalizou os gastos nas administrações públicas, determinando o corte 
das despesas;
 · Promoveu a aceleração do processo de modernização do parque industrial;
 · Suprimiu os mecanismos de indexação da economia, considerada a principal 
causa de retomada da inflação.
No contexto de uma grave crise econômica, após uma 
série de escândalos, revelação de esquemas de corrupção 
e de dois planos econômicos malsucedidos, Fernando 
Collor de Mello foi destituído do poder, no final de 1992, 
assumindo o seu vice, Itamar Franco, que estabeleceu o 
Plano Real, sob o comando de seu Ministro da Fazenda, 
Fernando Henrique Cardoso.
O Plano Real foi originalmente concebido em três fases:
 · Primeira fase: visava promover um ajuste fiscal que 
levasse ao “estabelecimento do equilíbrio das contas 
do governo, com o objetivo de eliminar a principal 
causa da inflação brasileira” através de dois esforços 
de ajuste fiscal: o Programa de Ação Imediata (PAI) e 
o Fundo Social de Emergência (FSE).
 · Segunda fase: visava promover a desindexação através da criação de um 
padrão estável de valor denominado Unidade Real de Valor - URV; -Terceira 
fase: visava a conceder poder liberatório à unidade de conta e estabelecia as 
regras de emissão e lastreamento da nova moeda (real) de forma a garantir 
a sua estabilidade.
 · Terceira fase: visava a conceder poder liberatório à unidade de conta e 
estabelecia as regras de emissão e lastreamento da nova moeda (real) de 
forma a garantir a sua estabilidade.
Figura 5 – Itamar Franco
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
Durante o Governo de FHC, que manteve a orientação desta política econômica, 
foram obtidos os seguintes resultados:
 · A estabilização;
 · As reformas estruturais, que deram continuidade, de uma forma mais 
profunda, a tendências de racionalização do Estado brasileiro iniciadasainda 
no governo Collor, que incluíram medidas de privatização, fim dos monopólios 
estatais nos setores de petróleo e telecomunicações, dentre outras. 
O segundo governo de FHC, de 1999 a 2002, manteve as linhas mestras 
do Plano Real, realizando ainda uma negociação com o Fundo Monetário 
Internacional (FMI) que lhe permitiu enfrentar um quadro externo extremamente 
adverso, caracterizado pelo esgotamento da disposição do resto dos organismos 
internacionais em continuar a financiar déficits em conta corrente da ordem de 
US$30 bilhões. 
De um lado, o crescimento permaneceu baixo e o País continuou a suportar 
taxas de juros reais elevadas; de outro, houve melhora sistemática da balança 
comercial e do resultado em conta corrente e o País fez um ajuste fiscal difícil que 
muitos previram que não seria bem-sucedido. 
Veja a charge de Angeli representando a econômia brasileira no período de 1979 à 1999: 
https://goo.gl/yaypirEx
pl
or
Os anos Lula
A posse de Luís Inácio Lula em 2003 marcou a 
ascensão da esquerda ao poder, através do Partido dos 
Trabalhadores (PT), o que exigiu o enfrentamento das 
tarefas concretas da governança na área econômica. 
Contrariando expectativas negativas, a política 
econômica proposta defendeu um novo ajuste fiscal e o 
aumento da taxa de juros - medidas impensáveis para o 
PT antes de 2002 - que constituíam uma demonstração 
de afinação com o mercado financeiro, de cujo resultado 
dependia o êxito da nova administração. A seguir, até 
abril de 2003, seis meses depois das eleições, o governo 
nomeou para o cargo de presidente do Banco Central 
o ex-presidente mundial do Bank Boston, Henrique 
Meirelles, mantendo, inicialmente, todo o restante da Diretoria anterior, em claro 
sinal de continuidade. Além disso, anunciou as metas de inflação para 2003 e 
2004, de 8,5% e 5,5%, e definiu um aperto da meta de superávit primário, que 
passou de 3,75% para 4,25% do PIB em 2003. Por fim, inserindo-se na tradição 
Figura 6 – Luís Inácio Lula
Fonte: Wikimedia Commons
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de uma política econômica contracionista, ordenou cortes do gasto público, para 
viabilizar o objetivo fiscal, descartando antigas promessas de incremento do gasto.
Ao longo de 2003, as políticas contracionistas no campo fiscal e monetário 
determinadas pelo novo governo geraram resultados positivos em termos de 
combate à inflação, ajudada naturalmente, o que se deve aos seguintes fatores:
 · O rigor da política monetária;
 · A abundância conjuntural de liquidez internacional, face às baixíssimas taxas 
de juros vigentes nos Estados Unidos, na época em torno de 1% a.a;
 · A queda do câmbio no início de 2003.
Outro elemento importante para justificar o apoio do mercado foi o compromisso 
do novo governo com as chamadas “reformas estruturais”, que foi visto como uma 
disposição de gerar uma continuidade em relação às reformas, ainda incompletas, 
de 1995-2002. Este compromisso se traduziu em duas ações políticas:
 · O envio ao Congresso da proposta de reforma tributária;
 · O encaminhamento, em paralelo com a reforma tributária, da proposta de 
reforma da Previdência Social.
Quanto aos resultados das políticas de estabilização, pode-se dizer que a inflação 
em 12 meses acabou cedendo substancialmente a partir do segundo trimestre do 
ano e fechou 2003 em 9,3%, um pouco acima da meta de 8,5%, porém abaixo 
do nível dos dois dígitos.
Pode-se dizer que o desempenho da economia brasileira a partir de 2003 foi 
positivo devido a vários fatores: 
 · A situação favorável da economia internacional, marcada pela emergência 
da China e de outros países da Ásia, como a Índia, com seu potencial de 
consumo de commodities brasileiras;
 · A continuidade do regime de metas de inflação e da taxa de câmbio e da inflação. 
Convém ressaltar ainda o fato de que o surgimento, na década de 2000, de 
perspectivas de grande aumento da produção off-shore nas novas áreas do pré-sal 
configurou-se como uma novidade com potencial para provocar efeitos significativos 
sobre a economia brasileira.
O sucesso da política econômica de Lula foi a combinação de medidas contra-
cionistas, em busca do ajuste fiscal, com as políticas sociais e de desenvolvimento 
econômico, propulsionadas pelo boom das commodities.
A este respeito, convém destacar a estruturação do Programa de Aceleração 
do Crescimento (PAC) em 2007 como parte de uma política econômica voltada 
para o crescimento econômico, que favorecia a geração de empregos e o consumo 
interno. O PAC englobava os orçamentos da União, dos estados e dos municípios e 
os recursos da iniciativa privada. Era composto de investimentos em infraestrutura 
e medidas institucionais. As obras de infraestrutura se subdividiam em vários eixos, 
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
dentre os quais a Logística, Energia e Social enquanto as medidas institucionais 
eram focadas nos vetores de desoneração e aperfeiçoamento do sistema tributário, 
tais como o estímulo ao crédito e ao financiamento.
A seguir, houve uma nítida mudança de orientação da política econômica após 
a troca do Ministro da Fazenda ocorrida no final do primeiro Governo Lula, com a 
saída de Antônio Palocci e a sua substituição por Guido Mantega, antigo assessor 
de Lula, por vários anos e ex Ministro do Planejamento e Presidente do BNDES. 
Foram, então, estabelecidas as seguintes medidas:
 · A taxa de variação real do gasto público teve um aumento expressivo em 
relação à média dos dois primeiros anos de Governo, com ênfase nos aumentos 
salariais do funcionalismo, especialmente no segundo Governo Lula;
 · Houve um afrouxamento dos superávits primários;
 · Foi realizado o desconto de parte do investimento da meta de superávit primário;
 · Houve um arrefecimento do esforço de cumprimento da “meta fiscal”;
 · O Ministério da Fazenda passou a divergir em várias ocasiões do Banco 
Central quanto à condução da política monetária;
 · Foram abandonados os estudos da área econômica realizados desde 2005, 
destinados a elaborar um plano de longo prazo, visando à maior contenção 
do crescimento da despesa, para atacar de modo mais vigoroso o desequilí-
brio fiscal;
 · A retórica ministerial deixou de enfatizar os aspectos de continuidade ligados 
à manutenção das políticas herdadas do Governo FHC; 
 · Houve um incremento considerável do papel do BNDES na economia 
nacional, no sentido da política econômica desenvolvimentista estabelecida 
desde Vargas.
Veja no link a seguir a charge de Cícero Acerca das previsões sobre o PIB de Guido Mantega: 
https://goo.gl/56oMVSEx
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A seguir, a partir de 2009, a economia brasileira sofreu ainda o impacto da 
maior crise da economia mundial desde 1929, deixando de crescer, que embora 
não tenham sido tão negativos, afetou a economia nacional. 
A orientação da política econômica de Guido Mantega permaneceu no primeiro 
Governo de Dilma Roussef. Ele continuou a desempenhar o papel de condutor da 
política econômica, sem conseguir responder às demandas de um novo contexto 
econômico marcado pela desaceleração da economia brasileira, mantendo o 
modelo de política econômica desenvolvimentista que sustentou o crescimento e 
enfrentou a crise internacional durante o período 2004-2010. 
20
21
Difundiu-se, desde então, a convicção sobre o esgotamento do modelo 
desenvolvimentista de política econômica, sobretudo na área fiscal, considerando 
que as mesmas estratégias de expansão do gasto público e de desonerações 
tributárias que estimularam o crescimento a partir de 2004 não produziam mais os 
mesmos efeitos.
De fato, a partir de 2011, entretanto, em meio à reversão do cenário externo, 
na esteira da crise internacional iniciada em 2008, a economia brasileira entrou em 
rota de desaceleração, apresentando os seguintes problemas:
 · Taxas de crescimento menores (2,1% a.a. entre 2011-14, ante 4,6% a.a. 
entre 2007-10);
 · Desaceleração do investimento privado e do consumo das famílias (especial-
mente o apoiado em endividamento);
 · Dificuldades de concorrênciaenfrentadas pela indústria;
 · Déficit externo crescente;
 · Estabilização da inflação em nível próximo ao teto da meta do governo (em 
torno de 6% a.a.).
Veja a matéria da Revista GGN sobre A aula de Guido Mantega na FGV-SP: 
https://goo.gl/rKOhRgEx
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Em síntese, pode-se dizer que o fim do ciclo das commodities associou-se à 
forte retomada de uma política econômica capitaneada pelo Estado, de cunho 
desenvolvimentista, através do apoio significativo do BNDES, mantendo-se ênfase 
de políticas sociais de caráter assistencial. 
No entanto, o arrefecimento do cumprimento da meta fiscal terminou 
comprometendo a capacidade política do Estado de gerir a crise econômica e de 
manter as políticas compensatórias, impactando a base de apoio parlamentar e a 
opinião pública. 
Dentre os desafios atuais para a política econômica, pode-se dizer que há 
necessidade de se enfrentar mais uma vez um ciclo de inflação e déficit público 
através de medidas contracionistas, ortodoxas, que busquem o ajuste fiscal, mas 
que evitem os efeitos recessivos e a reversão das políticas sociais. 
Esta iniciativa é urgente e inclui a realização de mais reformas estruturais, 
concernentes ao capital e o trabalho. Em face do desemprego, impõe-se também 
uma reforma trabalhista, que flexibilize os termos das relações de trabalho, sem 
prejuízo da garantia de direitos, e mantendo as condições atuais de empregabilidade. 
Leia a matéria “Reforma trabalhista e jornada de trabalho de 12 horas geram polêmica” no 
link a seguir: https://goo.gl/1jtDTNEx
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
Impõe-se também a mudança de formas arraigadas de gerir os gastos públicos. 
Esta necessidade implica no reforço da lei de Responsabilidade Fiscal e de outros 
mecanismos e numa reforma tributária para aumentar e racionalizar a arrecadação. 
No contexto de crise da reforma fiscal, a Reforma da Previdência também se 
tornou premente em razão das necessidades de ajuste às características atuais 
da população brasileira, que envelheceu, encaminhando-se, possivelmente, para 
uma convergência mínima dos diferentes regimes previdenciários, buscando-se a 
solvência, mas sem destruir os planos de carreiras de diversas profissões. 
É preciso não perder de vista que a grave crise econômica que assola o País, e 
que repete o ciclo recorrente de inflação e déficit público, teria que evitar medidas 
de caráter recessivo, que agravem o desemprego e prejudiquem o poder de 
consumo da população. Neste sentido, seria preciso combinar medidas de fomento 
ao desenvolvimento econômico e de ajuste fiscal. As reformas estruturais deveriam 
ser realizadas de forma progressiva e com mecanismos de transição mais suaves 
que permitissem a adaptação gradual aos novos tempos de escassez de demanda 
interna e externa. 
As reformas estruturais não são apenas urgentes para a saída da crise fiscal, 
mas podem colocar o País em um novo patamar de desenvolvimento econômico e 
social. Nesta perspectiva, uma reforma educacional é extremamente relevante para 
formar mão de obra qualificada criar novas tecnologias. 
Resta saber se tais medidas serão tomadas ou se, ao longo do século XXI, o País 
continuará a enfrentar ciclos recorrentes de inflação e déficit público, alternando, 
frequentemente sem sucesso, políticas desenvolvimentistas e de contração fiscal.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
IANNA, Marcus Vinicius Martins Vianna; SILVA, Fernanda Melchionna. Economia e 
política: reflexões sobre os governos Vargas, JK e João Goulart. Revista Historiador. 
Número 02. Ano 02. Dezembro de 2009.
https://goo.gl/mlknuU
 Livros
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1930 (ed. rev. e atual.). Rio de Janeiro: Editora FGV/CPDOC, 2001.
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GOLDSTEIN, Morris. Debt Sustainability, Brazil, and the IMF. Washington, D.C.: 
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A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991)
HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995.
Brasil – Primeiro Tempo
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Velloso (coord.). O Brasil e o Mundo no Limiar do Novo Século. Rio de Janeiro: José 
Olympio Editora, 1998. (X Fórum Nacional.).
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UNIDADE Revendo os principais conceitos
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