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Linfadenopatia: Causas e Avaliação

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❖ Assuntos abordados: Linfadenopatia Jenneph Félix 
 
 A linfadenopatia é um achado comum nas situações de assistência primária enquanto 
que esplenomegalia palpável, não. 
 
Linfadenopatia 
 Linfonodos submandibulares lisos e macios com menos de 1 cm são frequentemente 
palpáveis em crianças e adultos jovens sadios; adultos sadios podem ter linfonodos inguinais 
palpáveis até 2cm, um achado normal. 
Abordagem ao paciente 
 O aumento dos linfonodos pode ser uma manifestação primária ou secundária de várias 
doenças (Quadro 79.1). Na Atenção Primária, cerca de 66% dos casos apresentam causas 
inespecíficas ou doenças das vias aéreas superiores, enquanto que <1% possui uma neoplasia 
maligna. 
 
Avaliação Clínica 
 
 A anamnese dará informação sobre o contexto que a linfadenopatia está ocorrendo. 
Sintomas para investigar: faringite, tosse, febre, sudorese noturna, fadiga, perda de peso ou dor 
nos linfonodos. Outros aspectos: idade, sexo, ocupação, exposição a animais domésticos. 
 No exame físico é necessário avaliar extensão da linfodenopatia (localizada ou 
generalizada), tamanho dos linfonodos, sinais de inflamação no linfonodo, lesões cutâneas e 
esplenomegalia. Indica-se um exame otorrinolaringológico completo para paciente com 
adepatia cervical e história de tabagismo. A adepotia localizada indica o comprometimento de 
uma única área anatômica. A adenopatia generalizada consiste no comprometimento de 3 ou 
mais áreas de linfonodos não contíguas. A linfodenopatia generalizada comumente está 
associada a processos não malignos (Mononucleose infecciosa -MI, Toxoplasmose, Aids, Lúpus 
Eritematoso Sistêmico -LES). Leucemias linfocíticas e linfomas malignos também provocam 
adepatia generalizada. 
 A região acometida fornece indícios: região occipital→ comumente uma infecção do 
couro cabeludo; pré-auricular→ infecções da conjutivas e a doença da arranhadura do gato; 
pescoço→ maioria benigna (infecção respiratória, lesões orais, mononucleose infecciosa, 
doenças virais). Principais causas malignas (para as do pescoço): cancêres metastáticos da 
cabeça e pescoço, mama, pulmão e tireoide. 
 O aumento dos linfonodos supraclaviculares e escalenos é sempre anormal pois eles 
drenam as regiões do pulmão e espaço retroperitoneal (pode ser linfoma, outros cânceres ou 
processos infecciosos). O nódulo de Virchow é um 
linfonodo supraclavicular esquerdo aumentando, 
infiltrado com câncer metastático proveniente de 
neoplasia gastrointestinal primária. Mestátases de 
câncer de pulmão, mama, testículos e ovários também 
podem alcançar os linfonodos supraclaviculares. 
Geralmente a adenopatia axilar é devido a lesões ou 
infecções no membro superior do mesmo lado, as 
causas malignas se referem a melanoma, linfoma ou 
câncer de mama. 
 A linfadenopatia inguinal está comumente 
associada a trauma dos membros inferiores e doenças 
sexualmente transmissíveis, também podem ser 
acometidos por linfomas ou cancers metastáticos do 
reto, genitália e membros inferiores. 
 É preciso estar atendo ao tamanho, textura e 
sensibilidade do linfonodo. Linfonodos com área 
<1,00 cm² (1cm x 1cm ou menos) estão relacionados 
com causas inespecíficas benignas (pode ser 
mononucleose infecciosa, toxoplasmose). > 2 cm a 
biópsia pode revelar a existência de doença maligna ou granulomatosa. Linfonodos com 
tamanho de 2,25 cm² (1,5 cm x 1,5 cm²) é o maior limite para diferenciar linfadenopatia maligna 
ou granulomatosa das outras causas de linfadenopatia. 
 Textura pode ser macia, firme, elástica, dura, distinta, emaranhadas, hipersensível, 
móvel ou fixa. A hipersensibilidade é decorrente da distenção da cápsula devido a um 
crescimento rápido, que pode ser de algum processo inflamatório. Linfonodos acometidos por 
linfoma possuem como característica serem grandes, distintos, simétricos, elásticos, firmes, 
móveis e indolores. Já os acometidos por câncer metastático com frequência são duros, 
indolores e imóveis. 
Nódulo de Virchow – Google Imagens 
 A coexistência com esplenomegalia indica doença sistêmica, como a MI, LES, linfoma, 
toxoplasmose. Adenopatias não superficiais (torácica ou abdominal) são detectadas por meio 
de avaliação diagnóstica voltadas aos sintomas, exemplo: queixa de tosse ou sibilos devido a 
compressão das vias aéreas respiratórias. O aumento dos linfonodos intra-abdominais ou 
retroperitonais em geral é maligno. 
 
Investigação Laboratorial 
 
 Investigação individualizada→ A História Clínica vai ajudar na elucidação da suspeita! 
Ela fornece dados importantes para o diagnóstico de doenças como leucemia aguda ou crônica, 
mononucleose por EBV ou CMV, linfoma com componente leucêmico, infecções piogênicas ou 
citopenias imunes em doenças como o LES. Testes sorológicos podem demonstrar anticorpo 
para EBV, CMV, HIV, Toxo e outros. Suspeita de LES: pesquisa de fatores antinucleares e 
anticorpos anti-DNA. 
 Radiografia de tórax comumente negativa. Se houver presença de infiltrado pulmonar 
ou de linfadenopatia mediastinal suspeitar de: tuberculose, histoplasmose, sarcoidose, linfoma, 
câncer de pulmão. 
 A ressonância magnética e a tomografia computadorizada servem para diasgnóstico de 
metástases em linfonodos cervicais. A ultrassonografia é ultilizada para verificar o tamanho do 
eixo maior, o eixo menor e a razão maior/menor(razão <2 cm serve para diferenciar linfonodos 
benignos de malignos de pacientes com cânceres de cabeça e pescoço). 
 Indicação de biópsia de linfonodos: imprecisa. A realização pode ser feita logo de início 
ou adiada até depois de 2 semanas. Deve ser realizada imediatamente caso haja suspeita de 
neoplasia: linfonodo cervical solitário, duro, indolor em paciente de idade avançada que seja 
fumante crônico; adenopatia supraclavicular e adenopatia solitária ou generalizada de 
consistencia firme, móvel, sugestiva de linfoma. A aspiração com agulha fina não deve ser feita 
como primeiro procedimento de diagnóstico por não fornecer material suficiente para tal, 
retardando o diagnóstico. Sugestões baseadas em estudo para solicitar biópsia em pacientes 
jovens: linfonodos com diâmetro > 2cm e radiografias de tórax anormais; idade >40 anos; 
localização supraclavicular; linfonodos com tamanho > 2,25 cm²; consistência dura e ausência 
de dor ou de hipersensibilidade à palpação. A maioria dos paciente não necessita de biópsias e 
pelo menos metade também não precisam de exames laboratoriais. 
 Se a anamnese e os achados fisícos sugerirem uma causa benigna de linfadenopatia, um 
cuidadoso acompanhamento poderá ser efetuado após um intervalo de 2-4 semanas. Caso o 
linfonodo aumente, o paciente deve ser orientado a retornar. Antibióticos não devem ser 
receitados sem forte indicação de infecção bacteriana. Os glicocorticóides obscurecem alguns 
diagnósticos, contribuem para uma resolução tardia e/ou ativação de infecções subjacentes e, 
por isso, também não devem ser utilzados. Exceção: obstrução da faringe por tecido linfoide 
aumentado no anel de Waldeyer, o que pode acontecer na MI. 
 
Bibliografia: 
 
✓ Medicina Interna de Harrison 19 Ed

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