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Neuroplasticidade: O Cérebro em Constante Mudança

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Algumas das grandes perguntas da humanidade são: Como o cérebro funciona? O que nos torna quem somos?
Pesquisas sobre o tema são grandes desafios, pois a cada minuto se descobre algo novo. Ou seja, em algum momento, tudo o que se sabia sobre o cérebro estava errado ou incompleto.
O conceito de que o cérebro ficava inativo quando não pensávamos em nada e/ou estávamos parados é incorreto. Também é errônea a teoria de que o mesmo mudava da infância para a fase adulta. Mesmo quando não fazemos nada, nosso cérebro está em constante mudança. Sempre que aprendemos algo novo, nosso cérebro muda. Isso é chamado de "neuroplasticidade". Ou seja, todas as nossas ações mudam o nosso cérebro.
Essa constante mudança nos ajuda no nosso aprendizado durante toda a vida.
Essa mudança que acontece no cérebro pode agir de três maneiras diferentes para apoiar a aprendizagem.
A primeira dessas mudanças é a química. Ela funciona com a transferência de sinais químicos entre as células cerebrais chamadas de neurônios. Eles desencadeiam uma série de ações e reações. Para ajudar na aprendizagem, o cérebro pode aumentar a quantidade ou as concentrações desses sinais químicos que ocorrem entre os neurônios. Essas mudanças podem ocorrer rapidamente, ela apoia a memória de curto prazo ou a memória de curto prazo no desempenho de uma competência motora.
A segunda maneira é pela alteração da estrutura do cérebro. Ele pode mudar as ligações entre os neurônios, mudando a estrutura física do mesmo – o que leva um pouco mais de tempo. Essa mudança está associada à memória de longo prazo.
A neuroplasticidade é composta por mudanças químicas, estruturais e funcionais que acontecem no cérebro, geralmente em conjunto. É dessa forma que contribuem para o aprendizado. 
Mas o que limita e facilita a neuroplasticidade? O comportamento é o principal fator de mudança no cérebro. Não há nenhuma medicação ou droga que possamos tomar para a neuroplasticidade. É necessário muita prática e treino para que a mudança positiva aconteça de fato. A dificuldade e o esforço colocados enquanto se pratica algo, leva a uma maior mudança estrutural no cérebro e, consequentemente, mais aprendizado. 
Além disso, os padrões de neuroplasticidade variam entre os indivíduos. Estão sendo criadas terapias que ajudam o cérebro a aprender, porém surgem dificuldades devido às variações de cada indivíduo.
A Neuroplasticidade pode funcionar de duas maneiras: pode ser positiva, fazendo que podemos algo novo e aperfeiçoamos uma competência motora. Porém pode ser também negativa, fazendo com que esqueçamos algo que aprendemos, fiquemos viciados em drogas ou talvez tenhamos uma dor crônica. 
O cérebro é plástico e é moldado por tudo que fazemos ou não fazemos.
Não existe uma receita pronta sobre como se aprender. A plasticidade do cérebro é individual, não há um modelo único. Cada indivíduo precisa de uma intervenção específica. 
Existem características da função e estrutura cerebral, chamados de "biomarcadores". Eles ajudam a associar terapias específicas a pessoas distintas. 
Os comportamentos do nosso dia-a-dia são importantes. Mas a exclusividade do nosso cérebro irá nos afetar enquanto alunos e professores, por exemplo. Somos diferentes e aprendemos de formas e padrões diferentes. Saber dessa variação e da neuroplasticidade - que é individual - vai permitir o novo grande avanço na neurociência. 
Devemos estudar como e o que aprendemos melhor e repetir os comportamentos que são saudáveis para o cérebro de cada um de nós. Também devemos eliminar os comportamentos e hábitos que são ruins para nós, individualmente. 
Nosso cérebro é incrível! Nós e nosso "cérebro plástico" somos modelados pelo mundo a nossa volta.

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