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Ectoparasitas: Arthropoda e Insetos

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ECTOPARASITAS - PARASITOLOGIA
Filo Arthropoda:
É o filo mais bem-sucedido e abundante no mundo, representam cerca de 80% das espécies de animais do planeta. Apresentam esqueleto externo (exoesqueleto), apresentam apêndices articulados e simetria bilateral.
O exoesqueleto é composto por quitina (secretada por células quitógenas da epiderme), recobre a superfície externa, a boca na parte interior do intestino e do ânus para o reto. Esse exoesqueleto forma placas quitinosas (escleritos), essas são conectas por finos elementos membranosos, assim permitindo o movimento de flexão do corpo por meio de fortes sistemas musculares internos e a pressão do fluido corporal. Se as placas de quitina não fossem dessa forma, haveria um impedimento do desenvolvimento e movimentação dos artrópodes. 
Classe: Arachnida Subclasse: Acari
Ácaros causadores de doenças em humanos. Larvas com 3 pares e ninfas/adultos com 4 pares de patas
Sacoptes scabei:
Doença: Escabiose ou sarna. Tem ampla distribuição e pode atingir várias camadas sociais. Parasita de seres humanos e outros mamíferos (existem variedades com diferentes preferencias).
Infestação ocorre por contato pessoa-pessoa ou objetos contaminados (roupa, pentes e etc). Os ácaros migram na epiderme, depositam ovos, dos quais eclodem larvas (depois 3-4 dias), que se desenvolvem para ninfas que ficam adultas em 4 dias. Cada fêmea consegue depositar 3-4 ovos por dia (durante cinquenta dias), sendo o ciclo total em 20 dias. O sítio preferencial de infecção: interdigital e membros inferiores.
Patogênese da escabiose: A atividade migratória e a deposição de antígenos causam o influxo de células T mononucleares e reações alérgicas (hipersensitividade do tipo 4). Prurido, causa ferimentos secundários na pele e infecções bacterianas são frequentes. Em imunocomprometidos, ocorre dermatite generalizada com grandes áreas de pele comprometida, altíssimo número de ácaros presentes e o indivíduo é forte transmissor de Scabies scabei.
 
Diagnóstico: 
Clínico: Anamnese, pruridos noturnos, localização e aspecto das crostas. Parasitológico: Fita gomada sobre crostas ou raspado profundo, colocado em lâmina e analisado em microscópio.
Tratamento: 
Deve ser repetido até o desaparecimento total. Aplicação tópica de fármacos. Em pessoas imunocomprometidas, pode ser necessário a utilização de doses de ivermectina. Deve ser feito o tratamento de roupa contaminada: Lavar e secar por 10 minutos a 50°C ou estocagem em recipientes fechados por 5 dias.
Ácaros de vida livres podem ser causador de doenças em humanos. Vivem em poeira domiciliar, grãos armazenados, alimentos processados e etc. O número de pessoas suscetíveis a alergias respiratórias é crescente. O alérgeno é o próprio ácaro e ou seus produtos (dejetos, secreções, fezes que ficam em suspensão em poeira)
“Síndrome do edifício doente” Cidades antigas Ex: Centro de São Paulo.
 
Carrapatos:
Apresentam o ciclo semelhante aos ácaros. Larvas Ninfas Adultos. 
Exemplo: Carrapato estrela -> Febre maculosa (Rickettsia sp.)
Classe Insecta: 
 Morfologia externa: dividia em cabeça, tórax e membros. Apresentam olhos – um par de olhos compostos e dois ou três olhos simples ou ocelos. Apresentam antenas – são duas e tem formas e tamanhos variáveis. E apresentam peças bucais – são muito variáveis em tamanho e morfologia; podem ter função sugadora ou mastigadora. Podem apresentar probóscide. O tórax é formado por 3 metâmeros ou segmentos – protórax, mesotórax e metatórax e a parte do abdrome é formado por 8 até 10 anéis.
Ordem Hemipetra: 
Fazem parte desta Ordem os insetos conhecidos como percevejos, triatomíneos, baratas d’água, cigarras, cigarrinhas, pulgões, cochonilhas e mosca-branca 
Triatomíneos:
Existem vários gêneros de triatomíneos, alguns podem transmitir doenças e outros não. 
A forma Epimastigota do T. cruzi pode ser encontrado no interior do Triatoma infestans 
Ordem Diptera:
Considerável taxa de mortalidade e taxa muito elevada de morbidade.
Ordem: Diptera Família: Muscidae
Dematobia hominis:
Mosca Berneira, causa a doença miíase, popularmente conhecida como berne. Consiste na infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que se alimentam de tecidos ou líquidos corpóreos. 
É encontrado em várias áreas úmidas e quentes das Américas central e do sul. A fêmea coloca ovos na parte absominal de outros insetos (foréticos) que se alimentam de sangue ou secreções (moscas ou pernilongos). Durante o pouso no hospedeiro, os ovos eclodem e a larva de Dermatobia penetra na pele sã (biontófaga) e evolui, dentro da lesão, até a larva de segundo estágio. Após 6-12 semanas, a larva de terceiro estágio emerge do hospedeiro e cai no solo, aonde se transforma em pupa. Depois de 4 a 11 semanas, viram moscas adultas, as quais vivem pouquíssimos dias, copula e realiza postura (em torno de 5 a 12 dias).
O local de infecção fica suscetível a entrada de microrganismos oportunistas: bactérias. A infecção normalmente é benigna (inflamação localizada). Deve-se remover a larva com esparadrapo ou técnicas cirúrgicas. Eventualmente, aplicação de um antibiótico. 
Gênero Cochiliomyia: 
Neste gênero existem quatro espécies, duas delas são ativas causando a miíase em humanos: C. hominivorax (biontófoga – oviposição somente em seres vivos) e C. macellaria (necrobiontófoga – oviposição em tecidos necrosados). Podem provocar ataques em gado, cavalos, ovelhas, cabras, porcos, cães e muitas espécies de animais de vida selvagens e doméstica.
As fêmeas põem até 1000 ovos em lotes de 40 a 250. As larvas eclodem em cerca de 4 horas (12 a 24 horas) fixam tecidos para nutrição. As larvas secretam enzimas proteolíticas, o ferimento aumenta de tamanho devido a decomposição do material no ferimento.
Sofre duas ecdises (L1 para L3) abandonam o hospedeiro pupa no solo emergem os adultos (6 a 8 dias)
Tratamento: Limpar o ferimento (com anestesia local), remoção individual das larvas (fluido corporal tóxico) e é aconselhável: Aplicação de antibiótico de largo espectro. No caso de miíase cavitária (ingestão de ovos/larvas de uma variedade de moscas), deve-se tomar anti-helmínticos.
Zoonose: Tratamento também dos animais; manipulações em gado (castração/descornas); tratamento do gado com ivermectina/doramectina para diminuir a densidade populacional das moscas.
Ordem Anoplura: (piolhos)
Pediculus capitis (cabeça), pediculus humanus (na roupa e em áreas protegidas do corpo) e pthirus púbis (predominantemente na área pubiana).
Doenças: Pediculose e/ou ftiríase. São ectoparasitas cosmopolitas exclusivamente de humanos. Ocorrem em todas as classes sócio-economicas, porém estão relacionados a uma má higiene. São hemimetábolos (ovo, larva, ninfa e adulto) e todas as suas fases são hematófogos.
Os ovos são depositados em fios de cabelo (onde eles são detectados mediante a luz UV) ou em roupas. Ciclo evolutivo: Após 10 dias, a larva eclode do ovo e começa a sugar sangue, estágio ninfa e após 14 dias ficam maduros.
Patogenia da pediculose/ftiríase: Prurido, entrada de bactérias oportunistas/ infecção secundária. O P. púbis pode ser considerado uma IST (transmissão rara através de roupa). O P. humanus é um importante transmissor de tifo exantêmico. Vale ressaltar que o artrópode abandona o hospedeiro que está com febre. 
Tratamento: 
P. capitis: Aplicação tópica ou shampoo, uso repetido. Usar pente especial para remover as lêndeas do cabelo
P. humanus e P. púbis: lavar a roupa contaminada a 50°C por 30 minutos ou deixar em lucar seco e fechado por 2 semanas.
Ordem Siphonaptera: (pulga)
Tunga penetrans: 
Pulga da areia, bicho de pé ou bicho do porco, o hospedeiro usual é o porco (mas ataca gatos, cachorros e seres humanos). As lesões passam a ser porta de entrada de microrganismos como Clostridium tetani (tétano), C. perfringens (gangrena gasosa), Paracoccidioides braziliensis (blastomicose). Além disso, são vetores de doenças como a peste bubônica (Yersínia pestis) e o tifo murinho (Rickettsia mooseri).
São hospedeirosintermediários da Hymenolepis nana e Hymenolepis diminuta (helmintos). Podem causar reações alérgicas e urticária. 
A fêmea, após a fecundação penetra a pele e começa a sugar sangue, os ovos se desenvolvem em 2 dias e são expelidos, o parasita morre. 
Terapia: Remoção do parasita Prevenção: Aplicação de inseticidas. 
NÃO ESQUECER OS ARTRÓPODES QUE TRANSMITEM PASSIVAMENTE PARASITAS (ovos, cistos, oocistos, bactérias e vírus)
PEÇONHAS:
1901 – Início da produção por “Vital Brazil” de soro antiofídico e a introdução do “Boletim para a observação do accidente ophidico”
1986 – Criação do Programa Nacional de Ofidismo (SNABS/MS)
1993 – Programa Nacional de Acidentes por Animais peçonhentos.
Peçonha é uma substância tóxica produzida e inoculada em outro animal por aparato inoculatório presente no ser vivo produtor. São toxinas utilizadas ativamente para a caça ou defesa de diversos animais. As peçonhas podem ser comportas de diversas formas, sendo comum a presença de proteínas, enzimas e peptídeos. 
A peçonha pode ser: 
Citotóxica: causando a destruição de células e tecidos necrose
Hematotóxica: fazendo com que os vasos sanguíneos percam sua capacidade de reter o sangue, a capacidade de coagulação e o sistema imunológico são anulados causando hemorragias internas.
Miotóxica: Afeta os músculos paralisia 
Neurotóxica: Afeta o SNC gerando convulsões, alucinações e etc
A classificação da serpente define o tipo de acidente:
Grupo 1: Família Viperidae, acidente botrópico, com 5 gêneros e 26 espécise - Jararacas
Grupo 2: Família Viperidae, acidente crotálico, com uma única espécie - Cascavel
Grupo 3: Família Viperidae, acidente laquético, com uma única espécie – Surucucu
Grupo 4: Família Elapidae, acidente elapídico, com 2 gêneros e 27 espécies – Cobras corais 
Os efeitos dividem-se em locais e sistêmicos. Os locais compreendem inflamação, necrose e sangramento. Já os sistêmicos incluem inflamação, alterações na coagulação, agressões renais, musculares e aos sistemas nervoso e cardiovascular.
JARARACA – 88,2%
CASCAVEL – 8,2%
SURUCUCU – 2,9%
CORAL – 0,7%
Soros antiofídicos:
Antibotrópico jararacas 
Anticrotálico Cascavéis 
Antilaquético surucucus 
Antielapídico corais 
Antibotrópico-crotálico 
Antibotrópico-laquético 
Acidente Botrópico: 
Ação inflamatória, proteolítica, nefrotóxica e hemorrágica. Geralmente causa dor imediata e progressão, edema e esquimose bolhas/necrose, infecção secundária e intensa ação anticoagulante, favorecendo hemorragias. 
Acidente crotálico: 
Ação precoce, em menos de 3 horas. Ação hemolítica e neurotóxica. Geralmente leva à fraqueza, turvação da vista, queda de pálpebras e paralisia da musculatura fácil. Dores e urina escura, discreto inchaço e formigamento. Não é possível identificar o ferimento das presas.
Acidente laquésico: 
Grande quantidade de veneno (comum na Amazônia e áreas da Mata Atlântica). Acompanhada de dor, equimose, inchaço e necrose. Pode ocorrer hemorragias, sudorese, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, diminuição da frequência cardíaca e diminuição da pressão arterial. 
Acidente elapídico: 
Envolvimento muscular, turvação visual, paralisia muscular e respiração comprometida. Ação neurotóxica, com dor local intensa, edema, vermelhidão, bolhas, alteração do nível de consciência, náuseas, vômitos, reação anafilática, convulsão, urina escura e diminuição do volume urinário. 
Outras medidas importantes:
Não é indicado o uso de antibioticoterapia profilática. Não administrar heparina ou plasma para corrigir distúrbios de coagulação decorrentes do envenenamento. Debridamento cirúrgico; aspirar líquidodas bolhas devido à presença de veneno. O debridamento deve ser feito após a delimitação da área necrótica.
Evitar:
Torniquete – garroteamento reduz a perfusão e aumenta a concentração do veneno em um região, contribuindo para maior destruição tecidual.
Sucção – contaminação do local com microbiota oral humana e aumentando isquemia e o processo inflamatório. 
Incisão – aumenta a via de acesso dos microrganismos ao tecido, aumentando risco de infecção, destruição tissular e sangramento local
Substâncias sobre o local da picada – contaminação do local
O soro antiofídico é obtido a partir do sangue de um animal de grande porte, como o cavalo, que produz agentes de defesa contra o veneno inoculado em seu organismo. Primeiro, retira-se o veneno da cobra (1). Em seguida, injetam-se pequenas doses deste veneno no cavalo em intervalos de 5 dias (2) . Passados 30 dias, o sistema imunológico do animal cria anticorpos que neutralizam a ação do veneno. Então, retiram-se de 6 a 8 litros de sangue do cavalo em intervalos de 48 horas (3). A única parte utilizada do sangue é o plasma, solução rica em sais minerais, proteínas, hormônios e anticorpos. As hemácias (glóbulos vermelhos) são devolvidas ao animal. Por meio de um processo de centrifugação retira-se o fibrinogênio, principal proteína do plasma, que sem ele se transforma em soro. Depois de uma série de testes químicos, o soro é envasado e distribuído para hospitais (4).
Ações futuras para a produção de soros:
A) Clonagem dos hibridomas positivos (são linhagens celulares desenvolvidas para produzir um anticorpo desejado em grande quantidade)
B) Expansão dos hibridomas clonados e caracterização dos anticorpos monoclonais 
C) Testar a eficácia dos anticorpos monoclonais frente ao plasma de paciente picados por serpentes
Com a finalidade de criar um banco de venenos (aranhas, escorpiões, serpentes), melhorar o rendimento na produção de soro e diminuir o uso de animais. 
 
Cobra a associação com as doenças e os acidentes, principais manifestações clínicas, serpentes associadas.
Peçonha: Qual o tipo de acidente, qual serpente está associado ao acidente e o quadro clínico dele

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