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Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/ Transmissão Profilaxia Tratamento Giardia (protozoário) A giárdia (Giardia lamblia) é um protozoário flagelado microscópico que parasita o intestino dos mamíferos, inclusive de seres humanos. Nos seres humanos, costuma parasitar o intestino delgado, principalmente em segmentos de duodeno e jejuno. Alimentam-se de partículas ricas em amido através da endocitose. Reprodução assexuada por divisão binária. Trofozoítos: célula afilada na extremidade posterior, com 8 flagelos (dois anteriores, quatro médios e dois posteriores), dois discos de adesão, dois núcleos e dois corpos semilunares. Cistos: elipsoidal, com a presença de corpos escuros em formato de meia lua, axonemas de flagelos, presença de 2 ou 4 núcleos e membrana externa deslocada do citoplasma. O ciclo de vida é simples: ocorre a ingestão do cisto (forma infectante), onde no duodeno ele deixa de ser cisto e passa para sua forma ativa, o trofozoíto. Os trofozoítos têm proteínas de adesão às células da mucosa e geralmente não são arrastados com as fezes. Estes então, colonizam o intestino delgado, fazendo diversas divisões binárias, podendo assim causar uma inflamação na mucosa intestinal, resultando em diarreia. Alguns trofozoítos transformam-se em cistos, que são formas resistentes, mas inativas, que são arrastadas e excretadas com as fezes. No exterior, os cistos resistem por algumas semanas até aproximadamente 2 meses. Se forem ingeridos por algum animal, são ativados durante a passagem pelo seu estômago e transformam-se em trofozoítos, completando seu ciclo de vida biológico. Na fase aguda da infecção, ocorre diarréia aquosa até o desenvolvimento da imunidade. Na fase crônica, quando já aderida ao intestino (duodeno e jejuno) do hospedeiro, forma uma espécie de tapete impedindo a absorção dos nutrientes. Sua aderência é graças aos discos de adesão presentes bilateralmente. A falta de nutrientes, especialmente gorduras e vitaminas A, D, E e K, podem provocar manchas brancas na pele e enfraquecimento de unhas e cabelo. A liberação de toxinas pode causar destruição das microvilosidades do epitélio intestinal, assim como o desencadeamento de reação inflamatória. Infecções crônicas podem impedir e muito a absorção intestinal, causando doenças nutricionais como a síndrome da má absorção, que pode levar adultos e principalmente crianças (ou filhotes) a altos graus de desnutrição e até à morte. O diagnóstico é confirmado a partir do achado de cistos ou trofozoítas nas fezes. Por haver pequena quantidade em amostras, é de difícil diagnóstico, por isso deve-se ter ao menos três amostras do paciente suspeito ou contaminado. Uma maneira mais direta, porém, menos quantitativa, é a pesquisa de antígeno por ELISA nas fezes. Tendo muita sensibilidade (de 85 % a 95%) e de especificidade (90% a 100%). Os principais riscos de infecção pela Giárdia é pelo consumo de alimentos contaminados por água não tratada, além de autoinfecção ou manipulação de alimentos de forma inadequada. A infecção pode ocorrer também através de relações sexuais. A giárdia (Giardia lamblia) costuma ser encontrada em diversos lugares do mundo, afetando, principalmente, crianças na faixa de 6 anos - interessante ressaltar que este fato é devido a proximidade de criança brincarem em parques, nas ruas, entre outros lugares que possam conter o cisto, ou a própria ingestão de alimentos contaminados - podendo assim ocorrer surtos em creches, por exemplo, aonde as pessoas desta faixa etária se contaminam com maior facilidade, devido ao contato direto. A profilaxia consiste em saneamento básico, tratamento dos doentes, higiene pessoal, tratamento da água e cuidados com os alimentos, principalmente com as verduras que serão ingeridas cruas. Secnidazol: Adulto: 2 g, VO, dose única. Criança: 30 mg/kg ou 1 ml/kg, dose única tomada após uma refeição. Tinidazol: Adulto: 2 g, VO, dose única. Metronidazol: Adulto: 250mg, VO, 2 vezes ao dia, por 5 dias; Crianças: 15mg/kg/dia (máximo de 250 mg), VO, dividida em 2 tomadas, por 5 dias https://pt.wikipedia.org/wiki/Protozo%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino https://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%ADfero https://pt.wikipedia.org/wiki/Duodeno https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Fezes https://pt.wikipedia.org/wiki/Animal https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B4mago https://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%A3o Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/Transmissão Profilaxia Tratamento Trichomonas vaginalis (protozoário) Estrutura: é uma única célula polimórfica ovoide ou elipsoide que se modifica devido a ausência de estruturas de sustentação. Possui quatro flagelos livres. Apresenta membrana ondulante (pregas) e um único núcleo grande e alongado. Possui inúmeros vacúolos no citoplasma. Apresentam hidrogenossomas (vesículas) capazes de produzir gás hidrogênio e de secretar aminoácidos que desencadeiam a produção de enzimas localmente como forma de reação à invasão do parasita. Esta enzima ao degradar aminoácidos altera o PH da vagina, o que aumenta a secreção de um muco abrasivo que leva a irritação. São anaeróbicos facultativos. Na mulher o parasita vive habitualmente na mucosa vaginal e em outros órgãos. No homem o parasita localiza-se na bexiga e na vesícula seminal. Monoxeno: O parasita se desenvolve com apenas um hospedeiro. Os seres humanos são seus hospedeiros naturais. Apresenta apenas uma forma corporal, de trofozoíto. Reprodução assexuada e se multiplica por fissão binária Em cerca de 50% dos casos, o período de incubação do Trichomonas vaginalis é de 4 a 28 dias. A maioria dos infectados não apresenta sintomas, mas quando aparecem são diferentes em homens e mulheres. Confira abaixo os principais sinais: Mulheres: • Disúria (ardor ao urinar); • Dor abdominal (raro); • Dor durante relações sexuais; • Irritação vulvovaginal; • Poliúria (necessidade de urinar várias vezes ao dia); • Secreção com odor pútrido, do tipo “cheiro de peixe” (40% dos casos); • Secreção vaginal espumosa com coloração branco, amarelada ou marrom (leucorreia); • Vaginite (inflamação na vagina); • risco de infertilidade; • endometrite pós-parto. Homens: • Disúria (ardor ao urinar); • Irritação na parte interna do pênis e escoriações na glande; • Poliúria (necessidade de urinar várias vezes ao dia) e cistite; • Secreção espumosa que parece pus; • Uretrite (inflamação da uretra) e prostatite (inflamação da próstata); • balanopostite (inflamação da glande). Tanto homens como mulheres apresentam maior suscetibilidade para o desenvolvimento da AIDS. Complicações na gravidez: O índice de tricomoníase na gravidez é de 3 a 5%, o que é considerado alto. A infecção pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto, mas além disso a criança pode desenvolver problemas como: • Déficit de atenção; • Nascimento prematuro; • Baixo peso ao nascer. O diagnóstico clínico não é suficiente, uma vez que o parasita pode se autor revestir de proteínas plasmáticas do próprio hospedeiro (tipo de camuflagem) que não permite que o sistema imune o reconheça como estranho. Homens: o material (sêmen) deve ser coletado pela manhã, sem que tenha urinado antes. Mulheres: o material deve ser coletado diretamente da vagina com um swab de algodão com o auxílio de um espéculo não lubrificado. Exame microscópico convencional de preparação a fresco e de esfregaços fixados e corados. A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível (DST) e é uma das trêsprincipais causas de queixas vaginais em mulheres em idade fértil, mas frequentemente é assintomática. A infecção é até duas vezes mais comum entre os indivíduos infectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). É mais comum entre as mulheres, com uma estimativa de 16 mulheres infectadas para cada dez homens. São mais frequentes com o aumento da idade, com pico de prevalência acima de 11% entre as mulheres com mais de 40 anos. A transmissão geralmente ocorre quando o parasita espalha do pênis para a vagina ou da vagina para o pênis. É incomum a infecção atingir outras partes do corpo como as mãos, a boca e o ânus. 1 - O protozoário habita o baixo trato genital feminino e a uretra e a próstata masculina; 2 – Nos locais mencionados, o protozoário se multiplica por fissão binária e gera colônias. No ambiente externo ao corpo do indivíduo, ele não é capaz de sobreviver; 3- A transmissão acontece apenas entre humanos, que são seus hospedeiros naturais. Em casos raros, a doença pode ser transmitida por fômites (vetores passivos), contato com o parasita em banheiros públicos ou compartilhamento de objetos pessoais como calcinhas, cuecas, toalhas etc. A profilaxia da doença é feita pelo uso de preservativos nas relações sexuais. Muitas pessoas infectadas podem estar com o parasita e não apresentar os sintomas. Daí a importância do exame de rotina. Medidas preventivas: 1-Uso de preservativo masculino e feminino; 2-Higienização adequada da genitália ou de qualquer objeto que entre em contato com a vulvae ou com o pênis; 3-Realização de exames de rotina por ambos os sexos; 4-Abstinência de contatos sexuais com pessoas contaminadas; 5-Administração de um tratamento imediato e eficaz. Geralmente, o tratamento da tricomoníase é realizado com uso de antibióticos: Metronidazol (Flagyl): Via oral (2g) em dose única ou 250mg, 2 a 3 vezes dia durante 10 dias; Tinidazol (Fasigyn): dose únicavia oral, 4 comprimidos de 500mg; Nimorazol (Nagoxin): comprimidos de 250mg duas vezes dia durante 6 dias Também podem ser usados o Omidazol (Tberal), o camidazol e o secnidazol Estes fármacos atuam em organelas (nos hidrogenossomas) do T. vaginalis, local onde eles são metabolizados e produzem um metabólito que parece afetar a síntese de DNA, comprometendo assim, o ciclo de vida do parasita. A medicação é ministrada por via oral e em aproximadamente uma semana ela é capaz de eliminar do corpo o parasitado causador da doença. No período do tratamento, não é indicado consumir bebidas alcoólicas e manter relações sexuais. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/gravidez https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/vagina Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/ Transmissão Profilaxia Tratamento Amebas (protozoário do subgrupo Amoebozoa) Locomoção por meio de pseudópodes grossos e com extremidades. Possui uma única célula, com um núcleo central e diversos tipos de vacúolos. A Entamoeba histolytica é a única espécie patogênica ao homem. Espécies confundidas com a Entamoeba histolytica: 1-Entamoeba coli: o núcleo do trofozoíto com espessa cromatina, movimentação lenta e estágio de cisto com mais de 8 núcleos; 2-Entamoeba plecki: a principal característica definitiva é a presença de um só núcleo em sua forma cística; 3-Entamoeba hartimani: o núcleo do seu trofozoito é semelhante ao da E. histolytica, porém a estrutura do cisto se diferencia. Ciclo monóxeno, com duas fases distintas no ciclo da ameba: 1- Fase vegetativa ou trofozoíto, na qual ela se locomove, se alimenta e se reproduz por divisão binária na cavidade intestinal; 2- Fase cística ou cisto, na qual a ameba não apresenta atividade metabólica (não se alimenta nem se locomove), permanecendo revestida por uma camada espessa e resistente. Eliminados com as fezes humanas, os cistos podem resistir por longo tempo no ambiente. Em água, podem sobreviver por um mês. E. histolytica apresenta diferentes formas em seu ciclo de vida: 1-Trofozoito: geralmente com apenas 1 núcleo, com pseudópodes grossos e vacúolos digestivos no seu citoplasma; 2-Pré-cisto: fase intermediária, com formato oval ou arredondado com diâmetro menor que o trofozoíto; 4- Metacisto: apresenta vários núcleos que emerge do cisto e dá origem ao trofozoíto assim que chega ao intestino delgado; 5-Cisto: esférico ou oval, com núcleos até 4 vezes bem mais visíveis, com vacúolos de reserva contendo glicogênio. Fatores que contribuem para que o trofozoíto mude a forma comensal para uma agressiva: 1-Fator ligados aos hospedeiros (localização geográfica, raça, sexo, idade, estado nutricional e resposta imune inata); 2-Fatores ligados ao parasita, meio onde vive (flora bacteriana local capazes de potencializar sua virulência. Infecções sucessivas. Período de incubação de 7 dias a até 4 meses. Quando consegue chegar ao fígado, provoca lesões pequenas e múltiplas, dores abdominais, febre intermitente, perda de peso e hepatomegalia. Nos pulmões pode formar um abcesso amebiano pulmonar. Em casos raros a amebíase cerebral que geralmente consiste numa complicação da forma hepática. Na maioria das vezes a presença de E. histolytica na luz do intestino acontece como um simples comensal, traduzindo assim, as formas assintomáticas, que representa os “eliminadores de cistos”. A doença amebiana caracteriza-se por: 1. Amebíase intestinal, onde se evidencia a colite não-disentérica; colite disentérica (disenteria amebiana) com dor abdominal, dez ou mais evacuações diárias de fezes líquidas muco sanguinolentas, náuseas, vômitos, tenesmo (espasmo doloroso do esfíncter anal ou vesical com desejo urgente de defecar ou urinar, e com eliminação de quantidade mínima de fezes ou urina) e febre; colite fulminante e colite amebiana crônica; 2. Amebíase extra-intestinal, com maior frequência dos abscessos hepáticos. Outros sítios extra-intestinais de envolvimento são o pericárdio, sistema nervoso central, pulmão e pele. Complicações: formação de granulomas amebianos (amebomas) na parede do intestino grosso, perfuração com peritonite, apendicite e fístulas. O diagnóstico laboratorial da amebíase baseia-se no exame parasitológico de fezes com pesquisa de cistos e/ou trofozoítos; provas imunológicas com pesquisa de anticorpos no soro e pesquisa de antígenos em fezes; e pela biologia molecular (Reação em Cadeia da Polimerase - PCR). A E.histolytica também pode ser cultivada em meio xênico, meio monoxênico e em meio axênico.(não contaminado ou livre de qualquer organismo vivo) A E. histolytica, entretanto, é morfologicamente idêntica a E. dispar, espécie não patogênica. O diagnóstico diferencial entre as duas espécies deve ser baseado no perfil eletroforético de enzimas da via glicolítica, no diagnóstico imunológico com a pesquisa de corpo antígenos específicos usando a técnica de ELISA ou hemaglutinação direta (método sorológico), e pela PCR (reconhecimento do DNA da Ameba). A infecção começa quando se ingere os cistos. Os cistos se abrem, liberando os trofozoítos que se multiplicam e provocam úlceras no revestimento intestinal. Ocasionalmente, eles se espalham para o fígado ou outras partes do corpo. Alguns trofozoítos se tornam cistos que são excretados nas fezes juntamente com os trofozoítos. Fora do corpo, os trofozoítos frágeis morrem. No entanto, os cistos resistentes podem sobreviver. Os cistos podem ser transmitidos diretamente de pessoa para pessoa, ou de forma indireta pelos alimentos ou pela água. A amebíase também pode se disseminar por sexo oral- anal. É endêmico e surge nas áreas com más condiçõessanitárias, a amebíase é adquirida pela ingestão de alimentos ou água contaminada com fezes. As frutas e os legumes podem ser contaminados quando crescem em terras fertilizadas com fezes humanas, quando são lavados com água poluída ou são preparados por alguém que está infectado. A amebíase pode ocorrer e se disseminar em locais com condições sanitárias adequadas se pessoas infectadas forem incontinentes ou houver má higiene (por exemplo, em centros de cuidados diurnos ou instituições de saúde mental). Como a pessoa parasitada é a fonte dos cistos, o tratamento adequado dos dejetos humanos é a principal providência para evitar a disseminação da doença. Medidas de saneamento ambiental (que incluem coleta e tratamento de esgotos e da água domiciliar) cumprem esse papel. As pessoas doentes, principalmente se manipulam alimentos, devem ser tratadas com medicamentos específicos. Os alimentos merecem cuidado especial: cozidos ou cuidadosamente lavados, devem ser protegidos do contato com moscas e baratas. As mãos devem ser bem lavadas antes do preparo dos alimentos, antes das refeições e após as evacuações. Os medicamentos para o tratamento podem ser divididos em três grupos: 1-Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal, tem uma ação direta por contato sobre a E.; 2- Amebicidas tissulares, atuam na parede do intestino e no fígado; 3- Amebicidas que atuam na luz intestinal e nos tecidos. Inicialmente metronidazol ou tinidazol. Iodoquinol, paromomicina, ou furoato de diloxanida subsequentemente para erradicação de cistos. Para sintomas GI e amebíase extraintestinal, usa-se um dos seguintes: Metronidazol oral, 500 a 750 mg tid em adultos (12 a 17 mg/kg tid em crianças), durante 7 a 10 dias. Tinidazol, 2 g, VO uma vez ao dia em adultos (50 mg/kg [máximo de 2 g] VO uma vez ao dia em crianças > 3 anos de idade) por 3 dias para sintomas GI moderados, 5 dias para sintomas GI graves, e 3 a 5 dias para abscesso hepático amebiano. https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/diagnostico/helmintoses-protozooses/parasitologico-fezes/ https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/diagnostico/helmintoses-protozooses/parasitologico-fezes/ https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/diagnostico/helmintoses-protozooses/parasitologico-fezes/ https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/fotografias/cistos-ehysto/ https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/fotografias/trofozoitos-ehysto/ Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/Tra nsmissão Profilaxia Tratamento Balantidium coli (protozoário) É um protozoário ciliado, parasita do intestino grosso dos suínos, que normalmente não causa doença nos porcos. É um organismo composto por uma única célula ciliada. Ele pode se apresentar de duas formas básicas: o trofozoíto e o cisto. O trofozoíto é enorme para um protozoário, medindo cerca de 60 a 100 micrômetros (µm) de comprimento por 50 a 80 µm de largura (pode ser visível a olho nu). Toda a sua superfície externa é recoberta por cílios. Na sua extremidade anterior existe uma fenda em direção ao citóstomo (orifício por onde são absorvidos os alimentos); próximo a extremidade posterior apresenta um citopígio (estrutura por onde são eliminados os restos da digestão intracelular). No meio intracelular, apresenta várias organelas, vacúolos digestivos e dois núcleos: o macro e o micronúcleo. O cisto é mais ou menos esférico, medindo cerca de 40 a 60 µm de diâmetro. Sua parede é lisa e, internamente, encontra-se o macronúcleo. Ciclo monoxêno. Nos intestinos os cistos transformam-se em trofozoítos infectantes que se reproduzem de forma assexuada (por divisão binária transversal) e sexuada (conjugação), através do qual dois organismos se unem temporariamente pelo citóstoma para promover trocas genéticas. A reprodução assexuada tem como principal função a manutenção e ampliação da colônia do protozoário e a reprodução sexuada por conjugação tem importância nas trocas genéticas e na formação de cistos para a disseminação da espécie. Parasito causador da Balantidíase em humanos. É um protozoário comensal da luz do intestino de suínos, onde alimenta-se de amido, bactérias etc. Parece que sozinho não é capaz de penetrar em mucosas intactas. Na espécie humana, quando há alguma lesão na mucosa do colo e do ceco, há possibilidade de invasão secundária da mesma pelo Balantidium. Como é capaz de produzir hialuronidase, pode aumentar a lesão inicial, provocando necroses localizadas e úlceras. Essas lesões e a sintomatologia são muito semelhantes às que ocorrem na amebíase. O paciente, nessa situação, apresenta diarreia, meteorismo, dor abdominal, anorexia, fraqueza e, as vezes, febre. Clínico. Difícil de ser feito, em vista da semelhança da sintomatologia com a colite amebiana. Laboratorial: Exame feito com três amostras de fezes pelos métodos usuais, para a evidenciação de cistos, em fezes formadas ou de trofozoítos em fezes diarreicas. Algumas vezes, há a necessidade de se fazer cultura das fezes, para evidenciação das formas. Os meios de cultura usados são: soro de cavalo ou então meio de Pavlova. O parasito se cora intensamente em preparações de coloração permanente. A balantidíase é uma doença que tem distribuição geográfica mundial (cosmopolita), pois é a mesma da dos suínos. A maioria dos casos humanos está entre os tratadores, criadores, comerciantes e abatedores de suínos. O porco, é a fonte natural das infecções humanas. Apesar da transmissão ocorrer pelos trofozoítos, esse mecanismo é menos frequente, pois essa forma resiste pouco tempo (10 dias a 22°C) no meio externo, enquanto o cisto resiste mais (cerca de cinco semanas em fezes úmidas). A transmissão ocorre través da ingestão de cistos que contaminam alimentos, água ou mesmo as mãos. Quando existe infecção humana, quase sempre essa ocorreu a partir de cistos (e mesmo de trofozoítos) provenientes de fezes suínas, que contaminaram as mãos ou os alimentos humanos. 1-Higiene individual dos vários profissionais que têm de trabalhar com suínos; 2-Tratamento de água e esgoto, a fim de impedir que excrementos de suínos alcancem os abastecimentos de água de uso humano; 3-Criação de suínos em boas condições sanitárias, impedindo que suas fezes sejam disseminadas. Se possível, devem ser amontoadas, para que a fermentação produzida mate os cistos aí presentes; 4- Lavar bem e tratar os alimentos crus. Somente a adoção de dieta láctea, por alguns dias, é suficiente para eliminar o Balantidium do organismo humano (isto porque esses protozoários alimentam-se de amido). Entretanto, em alguns casos recomenda-se o uso de drogas: Metronidazol (Flagil); Tetraciclinas: Cerca de 40 a 40mg/kg de peso ao dia durante 10 dias; Nimorazol: Geralmente é prescrito na mesma posologia indicada para casos de amebíase; Paromomicina. https://pt.wikipedia.org/wiki/Trofozo%C3%ADto https://pt.wikipedia.org/wiki/Quisto https://pt.wikipedia.org/wiki/Micr%C3%B3metro_(unidade_de_medida) https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADlio https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cit%C3%B3stomo&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Citop%C3%ADgio&action=edit&redlink=1 Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/ transmissão Profilaxia Tratamento Plasmodium (protozoário) Espécies de Plasmodium Os parasitos causadores de malária pertencem ao filo Apicomplexa, família Plasmodiidae e ao gênero Plasmodium. É transmitido a seres humanos pela picada dafêmea do mosquito Anopheles. Atualmente são conhecidas cerca de 150 espécies causadoras de malária em diferentes hospedeiros vertebrados. Destas, apenas quatro espécies parasitam o homem: Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale. Este último ocorre apenas em regiões restritas do continente africano. Reproduzem-se assexuadamente por divisão binária e brotamento e sexuada por conjugação. Formas morfológicas: 1-Esporozoito: forma infectante; 2-Criptozoito: forma quando penetra na célula do hospedeiro; 3-Merozoito: secreta substância adesiva capaz de capturar a hemácia que será parasitada por ele; 4-Trofozoitos sanguíneos: estruturas que se diferenciam no interior das hemácias; 5-Microgametas: gametas masculinos; 6-Macrogametas: gametas femininos; 6-Oocinetos: aspecto vermiforme, produzido a partir da fusão entre e o macro e o migameta; 7-Oocistos: óvulo fecundado pelo gameta masculino 1-O ciclo de vida do parasita da malária envolve 2 hospedeiros. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no hospedeiro humano. 2-Os esporozoítos infectam as células do fígado. 3-Lá, os esporozoítos amadurecem para esquizontes. 4-Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Essa replicação inicial no fígado é chamada de ciclo exoeritrocítico. 5-Os merozoítos infectam os eritrócitos. Então, o parasita multiplica-se assexuadamente (o chamado ciclo eritrocítico). Os merozoítos se desenvolvem em trofozoítos em estágio de anel. Alguns, então, amadurecem para esquizontes. 6-Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. 7-Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos. 8-Ao se alimentar de sangue, um mosquito Na reprodução sexuada o Anopheles ingere os gametócitos masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos), dando início ao ciclo esporogônico; 9-No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo zigotos. 10-Os zigotos tornam-se móveis e alongados, evoluindo para oocinetes. 11-Os oocinetes invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos. 12-Os oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as glândulas salivares do mosquito. A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano perpetua o ciclo de vida da malária. Os sinais e sintomas da malária manifestam-se geralmente entre 8 a 25 dias após a infecção. As manifestações iniciais da doença, iguais em todas as espécies de malária, são semelhantes aos sintomas da gripe, podendo ainda ser semelhantes aos de outras doenças virais e condições clínicas como a sepse ou gastroenterite. A doença pode se desenvolver nos seguintes estágios: 1º Estágio: calafrios, palidez, fortes tremores, náuseas e até vômitos; 2º Estágio: também chamado de acessos maláricos, dores de cabeça, febre alta, com intervalos cada vez mais regulares devido a liberação de substâncias tóxicas quando o parasita provoca a ruptura das hemácias. As manifestações iniciais da doença, iguais em todas as espécies de malária, são semelhantes aos sintomas da gripe, podendo ainda ser semelhantes aos de outras doenças virais e condições clínicas como a sepse ou gastroenterite. Outros os sintomas incluem se , dores nas articulações, anemia hemolítica, icterícia, hemoglobina na urina, lesões na retina e convulsões. Os casos mais graves de malária são geralmente provocados por P. falciparum, variante que é muitas vezes denominada "malária falciparum". Os sintomas desta variante manifestam-se entre 9 a 30 dias após a infecção. Os indivíduos com ‘’’malária cerebral’’’ apresentam muitas vezes sintomas neurológicos, entre os quais postura anormal, nistagmo, paralisia do olhar conjugado (incapacidade de mover em conjunto os olhos na mesma direção), opistótono (estado de distensão e espasticidade grave), convulsões ou coma. Devido à natureza não específica dos sintomas, o diagnóstico de malária em regiões onde não seja endémica exige confirmação redobrada e deve levar em conta fatores de diagnóstico auxiliares, como o histórico recente de viagens, aument o de volume do baço, febre, número reduzido de plaquetas no sangue e quantidade de bilirrubina no sangue superior ao normal com quantidade normal de glóbulos brancos. A malária é geralmente confirmada através de exame microscópico de esfregaços o u através de testes de diagnóstico rápido (DRT) baseados na detecção de antígenos. Também pode ser utilizados os métodos de imunofluorescên cia indireta e análise de anticorpos. Malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos e causada por protozoários parasitários do género Plasmodium. É transmitido a seres humanos pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. A malária é endémica em regiões tropicais e subtropicais devido à chuva abundante, temperatura quente e grande quantidade de água estagnada, o que proporciona habitats ideais para as larvas do mosquito. A doença encontra-se disseminada pelas regiões tropicais e subtr opicais do planeta ao longo de uma larga faixa em redor do equador, que inclui grande parte da África subsariana (parte sul), Ásia e América Latina. Fatores que interferem na transmissão da doença: 1-Fatores biológicos: compreende todos os componentes da cadeia de transmissão, o vetor, o parasita e o homem; 2-Fatores ecológicos: Condições ambientais que podem favorecer ou dificultar a transmissão da doença; 3-Fatores socioculturais, econômicos e políticos: Envolvem comportamentos e atitudes de agrupamentos humanos. Apesar de ser raro, pode ocorrer atransmissão por mei de transfusão de sangue. Não há vacina contra malária, mas existem várias medidas de proteção individual que podem ser adotadas pela população para reduzir a possibilidade da picada do mosquito transmissor da doença, como usar repelente; usar cortinados e mosquiteiros; usar telas em portas e janelas; evitar frequentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas ao final da tarde até o amanhecer; usar calças e camisas de mangas compridas e cores claras; combater o mosquito vetor por meio de borrifação de inseticidas de ação residual; aplicação de larvicidas químicos nos reservatórios de água; controle biológico, utilizando organisos como o Bacilus turigiensis B sphericus; uso de fármacos para pessoas em viagem (mefloquina uma semana antes);implementaç ão de medidas de saneamento básico para evitar formação de criadouros de mosquito. Ações dos antimaláricos: Ação preventiva: Gametocitocida e esporonticida; Fase pré-eritrocítica do P. falciparum, evitando manifestações clínicas: Esquizôntica tissular Fármacos: Para malária causada por Plasmodium vivax ou Plasmodium ovale: Cloroquina durante 3 dias + Primaquina durante 7 ou 14 dias Em gestantes e crianças com idade inferior a 6 meses - Cloroquina durante 3 dias Para malária causada por Plasmodium malariae: Cloroquina durante 3 dias Para malária causada por Plasmodium falciparum: Artemeter + Lumefantrina durante 3 dias + Primaquina em dose única ou Artesunato + Mefloquina durante 3 dias + Primaquina em dose única ou Quinina durante 3 dias + Doxiciclina durante 5 dias + Primaquina no 6º dia Em gestantes no primeiro trimestre e crianças com menos de 6 meses - Quinina + Clindamicina Em gestantes no segundo e terceiro trimestres - Artemeter + Lumefantrina ou Artesunato + Mefloquina https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosquito https://pt.wikipedia.org/wiki/Anopheles https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe https://pt.wikipedia.org/wiki/Sepse https://pt.wikipedia.org/wiki/Gastroenterite https://pt.wikipedia.org/wiki/Calafrio_(fisiologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Artralgia https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%B3mitohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe https://pt.wikipedia.org/wiki/Sepse https://pt.wikipedia.org/wiki/Gastroenterite https://pt.wikipedia.org/wiki/Artralgia https://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia_hemol%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia_hemol%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/Icter%C3%ADcia https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemoglobin%C3%BAria https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemoglobin%C3%BAria https://pt.wikipedia.org/wiki/Retinopatia https://pt.wikipedia.org/wiki/Convuls%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_neurobiol%C3%B3gico https://pt.wikipedia.org/wiki/Postura_anormal https://pt.wikipedia.org/wiki/Postura_anormal https://pt.wikipedia.org/wiki/Nistagmo https://pt.wikipedia.org/wiki/Paralisia_do_olhar_conjugado https://pt.wikipedia.org/wiki/Paralisia_do_olhar_conjugado https://pt.wikipedia.org/wiki/Opist%C3%B3tono https://pt.wikipedia.org/wiki/Espasticidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Convuls%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Coma https://pt.wikipedia.org/wiki/Esplenomegalia https://pt.wikipedia.org/wiki/Esplenomegalia https://pt.wikipedia.org/wiki/Esplenomegalia https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombocitopenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombocitopenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombocitopenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Bilirrubina https://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%B3bulos_brancos https://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%B3bulos_brancos https://pt.wikipedia.org/wiki/Esfrega%C3%A7o_de_sangue https://pt.wikipedia.org/wiki/Larva https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%B3pico https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_subtropical https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_subtropical https://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_do_Equador https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_subsariana https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_subsariana https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/ Transmissão Profilaxia Tratamento Leishimania (protozoário) Leishmania é um gênero de protozoários da família Trypanosomatidae, que inclui os parasitas causadores das leishmanioses. O gênero é dimórfico, possuindo duas formas principais, a forma amastigota é intracelular e encontrada no hospedeiro vertebrado e a promastigota é a forma flagelada presente no vetor. A Leishmania é transmitida para o vertebrado através da picada da fêmea de um inseto da subfamília Phlebotominae (Diptera:Psychodi dae), que é hematófaga. Este inseto é conhecido como mosquito palha ou asa branca. As diferentes espécies são transmitidas através de flebótomos do gênero Phlebotomus, no Velho Mundo, ou do gênero Lutzomyia no Novo Mundo. O ciclo de vida do parasita é heteróxeno, necessitando de dois tipos de hospedeiro, um inseto (hospedeiro intermediário) e outro vertebrado. As formas promastigotas procíclicas se multiplicam no trato digestório do inseto por reprodução assexuada por divisão binária. Processo do ciclo: 1- Os flebotomíneos injetam no hospedeiro as formas promastigotas de seus probóscides durante o repasto (alimentação) sanguíneo; 2- As formas infectantes atingem a corrente sanguínea; 3- As formas promastigotas são fagocitadas pelos macrófagos; 4- Promastigotas se multiplicam por divisão simples e infectam outras células mononucleares fagocíticas; 5- Ao picar um hospedeiro infectado, o flebótomo também é contaminado; 6- Flebotomíneos são contaminados pela ingestão de células infectadas durante as refeições de sangue; 7- Agora no interior dos flebotomíneos, formas amastigotas se transformam em promastigotas, e se desenvolvem no intestino do inseto; 8- As formas infectantes migram para o aparelho picador do flebótomo. Tipos de leishmaniose: A leishmaniose tegumentar ou cutânea: Forma mais comum e mais branda, caracterizando-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo, geralmente onde ocorreu a picada do inseto. Eventualmente, os parasitas podem migrar para outras regiões através do sistema linfático produzindo lesões secundárias, que são doloridas e são conhecidas como botão do oriente, devido ao seu formato avermelhado, porém não afetam o tecido cutâneo. A leishmaniose mucocutânea: Também chamada de úlcera de Bauru, é a forma potencialmente mais agressiva, que pode ser fatal manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca. Nos casos mais graves podem se identificar edemas nas narinas perfuração do septo nasal, ulcerações do palato e edemas nas gengivas, causando degeneração da cartilagem. A leishmaniose visceral ou calazar: Doença sistêmica, considerada como mais severa pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Está caracterizada por febre, perda de peso, fadiga, fraqueza, perda de apetite, aumento de órgãos como baço e fígado e inchaço nos vasos linfáticos. Exame de lâminas histológicas coradas: É o método mais utilizado para diagnóstico; Métodos de imunodiagnóstico: Testes sorológicos mais utilizados a fim de detectar a imunidade celular humana aos parasitas; Formas de diagnóstico para todos os tipos de leishmaniose: 1-Exame direto de esfregaços corados: Biopsia ou curetagem dos bordos da lesão. O material pode ser corado por derivados de Romanoswshy, Giemsa ou Leishman; 2-Exame histopatológico: Fragmento do tecido obtido por biópsia, a fim de detectar as formas amastigotas; 3-Cultura: Cultura de fragmentos ou de aspirados dos bordos das lesões, a fim de observar o desenvolvimento do parasito; 4-Teste de Montenegro: Teste imunológico mais utilizado que avalia a hipersensibilidade retardada do paciente; 5-Reação de imunofluorescência indireta (RIFI): Teste sorológico que possibilita a visualização de antígenos nos tecidos ou em suspensões celulares, por meio da utilização de anticorpos específicos, marcados com fluorocromo. Esse tipo de teste como não é espécie- específico pode ocorrer reações cruzadas com outros tripanossomatídeos em áreas endêmicas onde ocorrem a doença de chagas e o calazar. 6- PCR: A proteína C-reativa, também conhecida por PCR, é uma proteína produzida pelo fígado que, geralmente, está aumentada quando existe algum tipo de processo inflamatório ou infeccioso acontecendo no corpo, sendo um dos primeiros indicadores a estar alterado no exame de sangue, nas situações de Leishmaniose mucocutânea. A leishmaniose (doença considerada de negligenciada) é transmitida para o vertebrado através da picada da fêmea de um inseto da subfamília Phlebotominae (Diptera:Psychodidae), que é hematófaga. Este inseto é conhecido como mosquito palha ou asa branca. As espécies do gênero Leishmania que parasitam o homem estão distribuídas em várias regiões do mundo, atingindo uma boa parcela da população mundial. Muitas espécies de mamíferos agem como reservatório natural da Leishmania. Os parasitos são comumente encontrados em roedores, marsupiais, endentados, procionídeos e primatas. Do ponto de vista epidemiológico, o calazar canino, no Brasil, é considerado mais importante que a doença humana, pois, além de ser mais prevalente, o grande contingente de animais infectados com parasitismo cutâneo, servindo como fonte de infecção para o inseto vetor Lutzomya longipalpis, caracteriza o cão como o principal elo doméstico na cadeia de transmissão da doença. Identificação e eliminação dos reservatórios dos parasitas, a exemplo os cães, a fim de reduzir o risco de contaminação em um raio de no mínimo 500 metros dos locais de incidência da doença, devido a baixa capacidade de voo do inseto. Tratamento da leishmaniose em uma região geográfica onde os seres humanos são reservatórios; Redução da população de vetores pelapulverização de inseticida residual (com ação prolongada) nos locais de transmissão doméstica; Medidas protetoras pessoais incluindo aplicação de repelentes contra insetos à pele exposta e roupas protetoras. O fármaco mais utilizado é o antimônio pentavalente, porém não deve ser administrados aos paciente cardíacos, uma vez que pode causar efeito colaterais como mialgia, dores abdominais, rigidez articular, pancreatite, anemia e até anafilático. Em mulheres grávidas pode ser abortivo. Fármacos alternativos: 1-Pentanamida: Age no DNA do parasito, de fácil aplicação, porém seu custo é alto; 2-Anfotericina B: Age alterando a membrana celular do parasito, gerando um desequilíbrio iônico; 3-Milefosina paromomicina: Age na inbição da síntese de RNA dos ribossomos e nas mitocôndrias do parasito. https://pt.wikipedia.org/wiki/Protozo%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Trypanosomatidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita https://pt.wikipedia.org/wiki/Leishmaniose https://pt.wikipedia.org/wiki/Amastigota https://pt.wikipedia.org/wiki/Promastigota https://pt.wikipedia.org/wiki/Vetor_(epidemiologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Phlebotominae https://pt.wikipedia.org/wiki/Diptera https://pt.wikipedia.org/wiki/Psychodidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Psychodidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemat%C3%B3fago https://pt.wikipedia.org/wiki/Phlebotomus https://pt.wikipedia.org/wiki/Velho_Mundo https://pt.wikipedia.org/wiki/Lutzomyia https://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Mundo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida https://www.infoescola.com/sistema-imunologico/anticorpos/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Phlebotominae https://pt.wikipedia.org/wiki/Diptera https://pt.wikipedia.org/wiki/Psychodidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemat%C3%B3fago Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/ Transmissão Profilaxia Tratamento Trypanosoma cruzi (protozoário) O Trypanosoma cruzi é um protozoário unicelular flagelado causador da Doença de Chagas. O T. cruzi é caracterizado pela presença de um único flagelo, uma mitocôndria grande e pelo cinetoplasto, um compartimento na mitocôndria que contém DNA. O ciclo de vida heteróxeno e inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do hospedeiro vertebrado, elimina suas fezes e urina, onde podem estar presentes as formas tripomastigotas . Os parasitas tripomastigotas penetram na pele e infectam as células do hospedeiro, onde transformam- se para a forma amastigota. Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam para a forma tripomastigotas. Por estarem com grande quantidade de parasitos, as células se rompem e os protozoários atingem a corrente sanguínea, atingindo outros órgãos. Nessa fase, se o hospedeiro vertebrado for picado pelo barbeiro, os protozoários serão transmitidos ao inseto. No intestino do barbeiro, mudam sua forma para epimastigotas, onde multiplicam-se e tornam-se novamente tripomastigotas, as formas infectantes aos vertebrados. Fase aguda: febre, mal- estar, falta de apetite, edemas (inchaço) localizados na pálpebra ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Frequentemente, nesta fase, não há qualquer manifestação da doença, podendo passar desapercebida. Fase crônica: nessa fase muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores do T.cruzi. Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, salientando-se o coração (mudança anatômica do miocárdio) e o aparelho digestivo. Na fase aguda da doença pode ser feito exames de sangue a fresco em lâmina corada de gota espessa ou esfregaço, corados por Glemsa ou Leishman. Na fase crônica pode se empregar o xenodiagnóstico. Este método tem o objetivo de investigar a presença de parasitas nas fezes e/ou conteúdo intestinal dos insetos vetores mantidos em laboratórios e alimentados com sangue de indivíduos que serão testados. É comumente utilizado para se verificar a infecção chagásica em humanos e animais. Instalada a fase crônica os testes sorológicos mais utilizados são a imunofluorescência indireta (IFI), hemaglutinação indireta (HAI) e enzyme- linked immunosorbent assay (ELISA). As técnicas de hemocultura ou técnica (polymerase chain reaction) PCR com intuito de identificar o DNA do parasita é de maior complexidade apesar de sua limitação pela ausência de protocolos padronizados, tem indicação quando os testes sorológicos apresentarem resultado indeterminado ou para o controle de cura após o tratamento antiparasitários. O Trypanosoma cruzi é transmitido no ato de alimentação do vetor (transmissão vetorial clássica). Assim que o barbeiro termina de se alimentar, ele defeca, eliminando os protozoários e colocando-os em contato com a ferida e a pele da vítima. A doença de Chagas também pode ser transmitida por transfusão de sangue ou durante a gravidez (congênita), da mãe contaminada para o filho. Outro modo de transmissão é pela ingestão de alimentos contaminados com vetores triturados ou com seus dejetos. Em ambientes desmatados ou alterados também pode haver transmissão vetorial. A OMS estima que existam aproximadamente 12 milhões de portadores da doença crônica nas Américas, cerca de 6 milhões no Brasil. Combate ao barbeiro (vetor hematófago da espécie Triatoma infestans) por meio de inseticidas eficientes ou controle biológico. Melhoria das habitações rurais, condições de higiene e limpeza nos arredores do domicílio; Controle do doador de sangue, realizando testes sorológicos a fim de detectar as formas infectantes do parasita. Além de esterilização do sangue pela violeta- de-genciana; Controle de transmissão congênita, a rigor, todo recém-nascido de mãe com sorologia positiva para T. cruzi, devendo ser examinado imediatamente após o nascimento. As drogas hoje disponíveis são eficazes apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da sua descoberta precoce. Fármacos sugeridos: Benzonidazol: Age apenas contra as formas sanguíneas. Comprimidos VO em duas a três doses de 8-10mg durante 60 dias. Efeitos colaterais: anorexia, perda de peso, vertigens, dermatites urticariformes, cefaleia, sonolência e dores abdominais. Nifurtimox: Age contra as formas sanguíneas e teciduais. Comprimidos VO em duas a três doses de 8-10mg durante 60 a 90 dias. Efeitos colaterais: anorexia, emagrecimento, náuseas, vômitos, alergia cutânea, polineuropatia e parestesias irreversíveis (polineuropatia periférica) surge quando acontecem danos graves em vários nervos periféricos, que levam a informação desde o cérebro, e medula espinhal, até ao resto do corpo, causando sintomas como fraqueza, formigamento e dor persistente. Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/ Transmissão Profilaxia Tratamento Toxoplasma gondii (protozoário do filo Apicomplexa) É um protozoário do reino chromalvelata na classificação dos 8 reinos, microscópico do filo Apicomplexa. O Toxoplasma gondii é a única espécie conhecida do gênero Toxoplasma. Sua estrutura apresenta o formato de um arco, complexo apical (responsável pela penetração do parasita na célula hospedeira) formado pelo conoide e por organelas secretórias especializadas, as róptrias, os anéis polares e os micronemas. Os micronemas são pequenas estruturas em forma de bastão medindo aproximadamente 50 nm x 250 nm. Estão presentes apenas na extremidade anterior do protozoário. Etapas dapenetração dom parasita em seu hospedeiro: 1-Reconhecimento e adesão à membrana celular da célula do hospedeiro por estruturas da membrana plasmática do parasito; 2- Reorientação do parasita para que o complexo apical fique contra a superfície da célula hospedeira a fim de facilitar a penetração; 3-Formação de junções móveis entre as células do hospedeiro e o parasita; 4-Descarga parcial de conteúdo parasitário que absorvido pela célula hospedeira por endocitose; 5-Multiplicação dos parasitas e abandono da célula hospedeira. Ciclo de vida facultativamente heteróxeno, tendo os felídeos como hospedeiros definitivos, enquanto que as outras espécies de mamíferos e as aves funcionam como hospedeiros intermediários. Fase assexuada Um hospedeiro suscetível (homem, por exemplo), adquire o parasito e desenvolve a fase assexuada após ingerir oocistos maduros (esporulados) contendo esporozoítos encontrados em alimentos ou água contaminada, cistos contendo bradizoítos encontrados na carne crua ou, mais raramente, taquizoítos eliminados no leite. Os taquizoítos que chegam ao estômago são, na sua maior parte, destruídos pelo suco gástrico, mas os que penetrarem na mucosa oral poderão evoluir do mesmo modo que os bradizoítos e esporozoítos, como se segue. Cada esporozoíto ou bradizoíto (após diferenciação para taquizoíto) sofrerá intensa multiplicação intracelular, após rápida passagem pelo epitélio intestinal, e invadirá vários tipos de células do organismo formando um vacúolo parasitóforo onde sofrerão divisões sucessivas por endodiogenia, formando novos taquizoítos (fase proliferativa) que irão romper a célula parasitada (ou evadir destas células), liberando novos taquizoítos que invadirão novas células. A disseminação do parasito no organismo ocorre através de taquizoítos livres (ou intracelulares) na linfa ou no sangue circulante. Os taquizoítos também podem ser chamados de trofozoítos. Fase sexuada O ciclo sexuado ocorre somente nas células epiteliais do intestino delgado de gatos e outros felídeos não imunes. Durante o desenvolvimento desse ciclo ocorre uma fase reprodutiva prévia por merogonia (esquizogonia) seguida por outra sexuada (gametogonia) do parasito. Na maior parte dos casos de toxoplasmose em pacientes imunocompetentes, a infecção ocorre de forma assintomática. No entanto, em mulheres grávidas e indivíduos imunocomprometidos, o risco de manifestações severas é elevado. Em mulheres grávidas, causa aborto, prematuridade e nascimento de bebês com várias sequelas. Em indivíduos imunocomprometidos, como portadores do HIV e utilizadores de terapias imunossupressoras, pode ocorrer uma reativação da fase crônica da doença, resultando em diversas complicações. Diversos pacientes apresentaram casos graves dessa doença, atingindo o sistema nervoso central. Podem ocorrer quadros de encefalite, hemiparesia, convulsões, retinocoroidite e danos oculares, levando a cegueira parcial ou total. Alguns estudos postulam que, apesar de assintomáticos, em indivíduos com toxoplasmose em sua forma crônica, podem sofrer com processos neuro- inflamatórios, em decorrência dos cistos presentes no sistema nervoso, adenopatia, com inchaço dos gânglios, O diagnóstico da toxopla smose é geralmente sorológico ou imunológicos pelo encontro de IgM, embora outros testes podem ser úteis, como: Testes do corante ou reação de Sabin Feldman (RSF), Reação de imunofluorescência indireta (RIF), Hemoaglutinação indireta (HÁ), Imunoensaio enzimático ou teste ELISA ou Imunoblot.. Testes moleculares: a técnica de PCR em tempo real é utilizada para detectar e quantificar o DNA do parasita. A sensibilidade desse teste varia em torno de 80%. O diagnóstico de toxoplasmose congênita durante a gestação é feito por reação em cadeia da polimerase no líquido amniótico. Tomografia é exame fundamental na neurotoxoplasmose de pacientes com Aids. O T. gondii é o agente causador da toxoplasmose, uma protozoonose de distribuição mundial. Estima-se que 1/3 da população global já tenha sido infectada por esse microorganismo, com algumas regiões chegando a 90% de infectados. Ela causa mudanças comportamentais nos seus hospedeiros, para que os mesmos sejam predados por felinos, os hospedeiros definitivos da espécie T. gondii. Umas das principais é a perda da aversão natural ao cheiro de urina de felinos, por exemplo, pelos ratos e chimpanzés , que tem felinos como principais predadores naturais. Isso também ocorre com seres humanos, que perdem a aversão a urina de gato, por exemplo A infecção pode ocorrer por ingestão de oocistos, ingestão de cistos teciduais, transmissão transplacentária, transfusão de sangue ou transplante de órgão A ingestão de oocistos em alimentos ou água contaminados com fezes de gato é o modo mais comum de infecção oral. A infecção também pode ocorrer ao se ingerir carne crua ou malcozida contendo cistos teciduais, em geral, carne de cordeiro, de porco ou, raramente, bovina. Evitar o consumo de carnes cruas ou malcozidas; Ingerir verduras bem higienizadas, pois canteiros são locais onde gatos costumam defecar; Lavar as mãos após o contato com animais, principalmente gatos e outros felídeos; Lavar bem as mãos após manusear a terra por onde eles passaram; Limpar os locais onde ficam esses animais, realizando a retirada de suas fezes ou incinerando-as; Alimentar os animais com comida cozida ou ração, evitando alimentá-los com carne crua. Fármacos contra toxoplasmose aguda: Sulfadiazina: 1 g VO 4 vezes ao dia por 2 a 4 semanas em adultos (em crianças, 50 mg/kg duas vezes ao dia) Pirimetamina: 100 mg no dia 1, então 25 a 50 mg uma vez ao dia por 2 a 4 semanas em adultos (para crianças, 2 mg/kg VO no dia 1, então 1 mg/kg uma vez ao dia; máximo de 25 mg/dia) Clindamicina paromomicina: via endovenosa 900 a 1.200mg a cada 6 ou 8 horas durante 6 semanas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Protozo%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Apicomplexa https://pt.wikipedia.org/wiki/Felidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%ADfero https://pt.wikipedia.org/wiki/Aves https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose https://pt.wikipedia.org/wiki/Felino https://pt.wikipedia.org/wiki/Rato https://pt.wikipedia.org/wiki/Chimpanz%C3%A9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Chimpanz%C3%A9 Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/ Transmissão Profilaxia Tratamento Fascíola hepática (platyhelminthes) Fascíola é um verme achatado, trematódeo da família dos fasciolídeos, filo Platyhelminthes, parasita dos canais biliares do boi, ovelha, cabra, porco e, raramente, do homem. Tal verme apresenta corpo de coloração avermelhada, foliáceo, achatado, com ventosa ventral e oral pequena e faringe bem desenvolvida. A fasciolose, também chamada de fasciolíaseou distomatose hepática, é uma parasitose causada pelo parasita Fasciola hepatica, e mais raramente Fasciola gigantica, que pode ser encontrado nos canais biliares de mamíferos, como ovinos, bovinos e suínos, por exemplo. Esse parasita possui um ciclo de vida heteróxeno, que envolve a infecção de hospedeiros intermediários e definitivos, e acontece conforme as seguintes etapas: 1-Os ovos dos vermes são liberados pelas fezes do hospedeiro, que podem ser pessoas ou animais como bovinos, caprinos e suínos; 2-Os ovos liberados ao entrar em contato com a água eclodem e liberam o miracídio; 3-O miracídio presente na água vai de encontro a um hospedeiro intermediário, que é o caramujo de água doce do gênero Lymnaea sp.; 4-No interior do caramujo, o miracídio desenvolve-se em esporocisto, rédias e em rédias contendo cercárias; 5-As cercárias são liberadas na água e fixam-se à superfíciede folhas e plantas ribeirinhas ou chega à superfície da água, perde a causa, encista-se e fica aderida à vegetação ou vai para o fundo da água, sendo denominada metacercária; 6-Os animais e as pessoas ao ingerirem a água ou plantas ribeiras contaminadas, são infectadas pelas metacercárias, que desencistam-se no intestino, perfuram a parede intestinal e chegam às vias hepáticas, caracterizando a fase aguda da doença; 7-Após cerca de 2 meses, o parasita desloca-se para os ductos biliares, desenvolvem-se até a fase aguda, multiplicam-se e colocam os ovos, que são liberados nas fezes, podendo ser iniciado um novo ciclo. Os sintomas que a fasciolose pode causar podem ser diferentes em cada caso, variando de acordo com a fase e com a intensidade da infecção. Assim, na doença aguda que acontece durante a migração dos parasitas, nas primeiras 1 a 2 semanas após a infecção, podem ser provocados sintomas como febre, dor abdominal e inchaço do fígado. Lesão por formas imaturas: A migração do verme jovem dentro do parênquima ocorre com a ajuda de ação enzimática que provoca a liquefação dos tecidos hepáticos. Esta enzima produzida favorece não só a migração do verme, como a alimentação dele, que é constituída de células hepáticas e sangue. À medida que a forma imatura migra, vai deixando atrás de si um rastro de parênquima destruído, que é substituído por tecido conjuntivo fibroso. Essa alteração, sendo provocada por vários parasitos, lesa também os vasos sanguíneos intra-hepáticos, causando necrose parcial ou total de lóbulos hepáticos. É importante dizer que as formas jovens em geral alcançam o fígado sete dias após a ingestão das metacercárias, quando iniciam, precocemente, o processo patológico que poderá demorar algum tempo (semanas ou meses) para se manifestar. Lesão por formas adultas: A presença dos parasitos adultos dentro dos ductos biliares, em movimentação constante e possuindo espinhos na cutícula, provocam ulcerações e imtações do endotélio dos ductos, levando a uma hiperplasia epitelial. Em seguida, há reação cicatricial, com concreções na luz dos ductos, enrijecimento das paredes devido a fibrose e posterior deposição de sais de cálcio. Essas alterações levam a uma diminuição do fluxo biliar, provocando cirrose e insuficiência hepatica. O diagnóstico clínico é muito difícil de ser realizado, o quadro clínico mais detectável é a eosinofilia (mais de 5.000neosinófilos/mm³) e febre que pode ser acompanhada de aumento de tamanho do fígado ou dor no hipocôndrio direito. Exame microscópico das fezes ou material duodenal ou biliar para ovos, as técnicas mais usadas são a de sedimentação simples ou de Hffmam, a tecnica das quatro tamises (4 peneiras) quando os ovos são relativamente grandes. Outros métodos também podem ser utilizados como a ecografia, tomografia axial, ensaio imunoenzimático, imunoeletroforese e fixação do complemento. A fasciolose é uma zoonose na qual a fonte de infecção para o homem são as formas larvárias provenientes de caramujos, infectados principalmente por miracidios provenientes de ovos expelidos juntos com fezes de ovinos e bovinos. Doença originária da Europa, mas tornou-se cosmopolita. Os casos da fasciolose humana acompanham a distribuição da doença animal, sendo fortemente influenciada pelo tipo de pastejo, como, por exemplo, ovinos pastejam preferencialmente em áreas não alagadas e são infectados quando usam áreas úmidas do pasto logo após longos períodos de seca. A infeção em humanos pela Fasciola hepatica é rara, no entanto pode acontecer através da ingestão de água e verduras contaminadas pela forma infectante desse parasita, isso porque os ovos liberados no ambiente eclodem quando em contato com a água, o miracídio liberado desenvolve-se no caramujo até a forma infectante chamada metacercária que é liberada, deixando não só a água contaminada, mas também as plantas aquáticas, como o agrião, por exemplo. Para prevenir a infecção pela Fasciola hepatica, é recomendado descontaminar bem os vegetais crus antes de comer, e usar sempre água limpa e própria para o consumo. Além disso, é orientado evitar-se o consumo de carnes cruas. É importante também que os cuidadores de gados e outros animais tenham cuidado com a alimentação e realizem o tratamento, caso estejam infectados, como forma de evitar a persistência dos vermes no ambiente. Fármacos: Bithigonol: Utilizado na dosagem de 50mg/kg/dia, durante 10 dias, em dias alternados; Deidroemetina: Deve ser administrado VO (10mg) ou injetável (30 e 60mg), na dose diária de 1mg/kg durante 10 dias; Albenzadol: dose de 10mg/kg. Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/Transmissão Profilaxia Tratamento Trichuris trichiura (nematódeo) Trichuris trichiura é uma espécie de nematódeo do gênero Trichuris comumente encontrado parasitando o intestino grosso de humanos, causador da tricuríase. Formas corpóreas: Ovos e adultos Ciclo do Trichuris trichiura é monóxeno e tem início quando os ovos desse parasita são liberados nas fezes para o ambiente. No solo, os ovos passam por um processo de maturação, até que se tornam infectantes. Os ovos maduros podem ser ingeridos pelas pessoas através do consumo de água e alimentos contaminados e eclodem no intestino, onde sofrem processo de maturação e diferenciação entre macho e fêmea, que se reproduzem e dão origem a novos ovos. Os vermes adultos são cilíndricos e medem cerca de 4 cm, sendo a fêmea maior que o macho. Na fase adulta, esse parasita fica aderido à mucosa do intestino, não sendo eliminado nas fezes. Além disso, cada fêmea adulta é capaz de produzir cerca de 70 ovos por dia, que são eliminados nas fezes. A imensa maioria dos pacientes contaminados com o Trichuris trichiura não apresenta sintomas. Em geral, somente os indivíduos com os intestinos infestados com centenas de parasitos é que desenvolvem sintomas de tricuríase. Nestes casos, o quadro clínico mais comum é de diarreia crônica, que pode ou não vir acompanhada de muco ou sangue misturado às fezes. Distensão abdominal, enjoos, perda de peso, flatulência e anemia são outros sinais e sintomas possíveis. Um sinal físico comum é o baqueteamento digital, que é um alargamento da ponta dos dedos e da unha. Outro sinal típico, geralmente presente em crianças com contaminação maciça, é o prolapso retal, uma protusão de parte do reto através do ânus. Nestes casos, é comum conseguirmos ver vermes aderidos à mucosa do reto que está exteriorizada. O diagnóstico da tricuríase é feito habitualmente pelo exame parasitológico de fezes, no qual é possível identificar a presença de ovos do Trichuris trichiura. Exemplo técnica de flutuação de Flaust. Em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito durante a realização de uma colonoscopia, pois os vermes são facilmente encontrados aderidos à mucosa do intestino grosso. A tricuríase é uma parasitose muito comum em países subdesenvolvidos, onde as condições de saneamento básico são precárias. O Trichuris trichiura é um parasito que não se adapta bem a locais áridos ou muito frios, por isso, as regiões tropicais, onde o clima é úmido e quente, são as que apresentam maior número de casos desta verminose. Em todo mundo, estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas estejam infectadas com esse parasito, a maioria delas sem apresentar qualquer tipo de sintoma. A tricuríase é uma verminose causada pelo parasito Trichuris trichiura, um nematódeo de aproximadamente 4 cm de comprimento, que habita o intestino grosso dos indivíduos infectados. A infecção pelo T. trichiura costuma ser assintomáticana maioria dos indivíduos, mas ela pode provocar diarreia crônica nos pacientes contaminados com uma carga de centenas de parasitos. A tricuríase é uma doença de transmissão fecal-oral. Um indivíduo se contamina com o Trichuris trichiura quando ingere acidentalmente ovos do parasito contidos em alimentos, água ou no solo. A prevenção da tricuríase pode ser feita através de medidas saneamento e higiene individual, como lavar as mãos antes de preparar refeições, antes de comer, e sempre antes e depois de ir ao banheiro, além de ser recomendado evitar molhar-se em água que possa estar contaminada. As opções de tratamento para tricuríase são: Mebendazol 100 mg, 2 vezes por dia por 3 dias; Albendazol 400 mg, 1 vez por dia por 3 dias. Pamoato de Oxantel: age contra os helmintos na luz intestinal. Nas infecções mais brandas administram-se 10mg/kg de peso, em dose única, VO. Nos outros casos recomenda-se 10mg/kg de peso, duas vezes dia, durante 3 dias. Em pacientes com infecção maciça, o tratamento pode ser prolongado por 5 a 7 dias. A taxa de cura com estes esquemas costuma ser acima de 90%. Três ou quatro semanas após o tratamento, o médico pode solicitar novo exame parasitológico de fezes para confirmar a cura. Se ainda houver ovos, sugere-se a repetição do tratamento. Deve-se evitar o uso de albendazol ou mebendazol nas grávidas. Em geral, nas gestantes infectadas, o tratamento é adiado até depois do parto, para diminuir o risco de toxicidade para o feto. https://www.mdsaude.com/bulas/albendazol/ Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/Trans missão Profilaxia Tratamento Taenia (platelmintes) Taenia é um gênero de platelmintes parasitas que inclui as espécies causadoras da teníase e da cisticercose humana e diversas afecções em animais. Estão validamente descritas mais de 100 espécies, com corpo fino e alongado, em forma de fita, formado por uma cabeça dotada de ganchos e segmentos destacáveis. Ciclo hetróxeno, sendo o suíno o hospedeiro intermediário 1- Os seres humanos (hospedeiros definitivos) ingerem carne de porco crua ou malcozida contendo cisticercos (larvas). 2- Após a ingestão, cistos evertem, ligam-se ao intestino delgado pelo seu escólex e tornam-se tênias adultas em cerca de 2 meses. 3- As tênias adultas produzem proglotes, que se tornam prenhes; estas desprendem-se da tênia e migram para o ânus. 4- Proglotes soltas e/ou ovos são passados para o hospedeiro definitivo (ser humano) pelas fezes. 5- Porcos ou seres humanos tornam-se infectados pela ingestão de ovos embrionados ou proglotes prenhes (p. ex., na comida contaminada por fezes). Pode ocorrer autoinfecção nos seres humanos se proglotes passarem do intestino para o estômago via peristaltismo reverso. 6- Depois que os ovos são ingeridos, eclodem no intestino e liberam oncosferas, as quais penetram na parede intestinal. 7- As oncosferas, através da rede sanguínea, vão para músculos estriados e para o cérebro, o fígado e outros órgãos, nos quais se desenvolvem até cisticercos. Pode resultar em cisticercose. Apesar de ser a tênia popularmente conhecida como solitária, indicando que um hospedeiro alberga apenas um parasito, na prática, o que se observa são pessoas infectadas com mais de uma tênia, da mesma espécie. A doença é, na maioria dos casos, assintomática. A sintomatologia é atribuída a essa parasitose intestinal, que inclui: fadiga, irritação, cefaleia, tontura, bulimia, anorexia, náuseas, dor abdominal, hiporexia, diarreia e/ou constipação, urticária eosinofilia. Raramente ocorre oclusão do intestino, do apêndice, do colédoco e do ducto pancreático. Se ocorrer, o paciente pode desenvolver apendicite, colangite ou pancreatite. A cisticercose humana não tem nada a ver com ingestão de carne malpassada. Ela só ocorre se houver ingestão acidental de ovos de T. solium liberados nas fezes humanas. O diagnóstico da teníase se faz pelo achado de proglotes nas fezes, nas roupas íntimas ou nos lençóis. A pesquisa de antígenos específicos de Taenia nas fezes (coproantígenos) aumenta em 2,5 vezes a capacidade de detecção de casos de teníase. Também se pode realizar a pesquisa de ovos de tênia no exame parasitológico de fezes. Na neurocisticercose, utilizam-se métodos sorológicos (ELISA), além de técnicas radiológicas incluindo tomografia computadorizada e raio x, para a visualização das calcificações intracerebrais. As tênias são encontradas em todas as partes do mundo em que a população tem o hábito de comer carne de porco ou de boi, crua ou malcozida. Interessante é que pelos hábitos alimentares de certos povos, as teníases podem ser mais comuns ou raras. Os seres humanos se infectam através da ingestão de carne crua ou malcozida que contenham cisticercos. Após ser ingerido, ao chegar ao intestino humano, o cisticerco usa suas ventosas e ganchos para ficar aderido à mucosa. Uma vez estabelecido no intestino, o parasito consegue completar seu ciclo de vida, tornando- se um verme adulto dentro de 2 meses. A maioria das pessoas apresenta apenas uma única tênia, chamada de solitária, mas se houver ingestão de muitos cisticercos, é possível que o paciente desenvolva mais de um verme adulto ao mesmo tempo. Medidas definitivas que permitem a profilaxia desses parasitos: Impedir o acesso do suíno e do bovino as fezes humanas; Melhoramento do sistema dos serviços de água, esgoto ou fossa; Tratamento em massa dos casos humanos nas populações-alvo; Instituir um serviço regular de educação em saúde, envolvendo as professoras primárias e líderes comunitários; Orientar a população a não comer carne crua ou malcozida; Estimular a melhoria do sistema de criação de animais; Inspeção rigorosa da carne e fiscalização dos matadouros. O tratamento pode ser feito com as seguintes drogas: Prazinquantel: 4 comprimidos de 150mg em dose única. Albendazol 400 mg/dia por 3 dias. Mebendazol: 200 mg de 12/12 hs, por 4 dias ou 500mg 12/12hs por 3 dias. Niclosamida: 4 comprimidos de 150mg em dose única. Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstico Epidemiologia/ Transmissão Profilaxia Tratamento Schistosoma mansoni (platelmintes) Helminto trematódeo causador da esquistossomose, popularmente conhecida no Brasil como "Barriga d'água", "Xistose" ou "Bilharziose". O esquistossomo pertence a um grupo de platelmintos denominados trematoda e tem sexos separados. A fêmea mede cerca de 1,5 cm de comprimento e o macho cerca de 1 cm. O macho possui um canal onde a fêmea se abriga na época da reprodução, o chamado canal ginecóforo. Ciclo de vida heteróxeno Inicialmente o esquistossomo põe seus ovos nas veias do intestino do hospedeiro definitivo (homem). Esses ovos atravessam as paredes das veias e do intestino (veias mesentéricas) e são eliminados juntamente com as fezes. Os ovos que caem na água transformam-se em larvas, os miracídios. Estes penetram no corpo de um caramujo (hospedeiro intermediário) do gênero Biomphalaria (da família planorbidae) e ali transformam em larvas com cauda, chamadas cercárias. Depois de formadas, as cercárias saem do caramujo e passam novamente para a água. As cercárias, então, podem penetrar a pele humana, atingindo a corrente sanguínea e, finalmente, as veias que ligam o intestino ao fígado, onde se desenvolvem, após 30 dias e se transformam em vermes adultos, fechando o ciclo. São encontrados nas águas de rios, açudes, lagos, várzeas ou represas. Na fase parasitária, o esquistossomo vive geralmente nas veias que ligam o intestino ao fígado das pessoas.A presença desses vermes e de uma grande quantidade de ovos pode provocar um rompimento dessas veias. Além disso, ocorre um aumento no volume abdominal devido ao crescimento desproporcional do fígado e do baço, causado pelo vazamento de plasma através das veias rompidas. Por isso, a esquistossomose é também conhecida como barriga-d'água. Entre outros sintomas, além do aumento do volume do abdome, podem ocorrer dores abdominais, cólicas, náuseas, inflamação do fígado e enfraquecimento do organismo. Fases de evolução da doença: 1-Fase pré-postural: entre 10 a 15 dias após infecção, pode ser assintomática ou sintomática, com manifestações de mal- estar, febre, tosse, dores musculares, desconforto abdominal, e um quadro de hepatite aguda. 2-Fase aguda: 50 dias após infecção, pode ocorrer uma grande disseminação de ovos. 3-Fase crônica: fase com grandes variações clínicas, alterações intestinais, como comprometimento apenas do intestino; hepatointestinais, com comprometimento do fígado e do intestino ou hepatoesplênicas, com comprometimento do fígado e baço. Sintomas: dores abdominais, sensação dolorida ao evacuar, flautulência, desânimo, irritabilidade, emagrecimento e aumento do fígado e do baço provocando aumento abdominal. No diagnóstico clínico deve-se levar em conta a fase da doença com investigação detralhada do paciente como: origem, hábitos, contato com água contaminada. Exames para casos confirmados: 1-Exame parasitológico direto: realizado pela obtenção de ovos dos parasitos nas fezes do paciente, por métodos: método qualitativo (avaliam a presença dos ovos) através do método de sedimentação espontânea ou método de Hoffman, Pons e Janer realizado com preparação de lâmina e observação em microscopia óptica; método quantitativo (avaliam a quantidade de ovos) pelo método Kato- Katz, que contabiliza a quantidade de ovos por grama de fezes; 2-Testes sorológicos ou imunológicos: pesquisa de anticorpos com o teste ELISA e o teste de reação intradérmico (injeção de partes do parasita na camada superficial da pele, para avaliar a reação do sistema imunológico; 3-Testes moleculares: A técnica PCR com a descoberta de novos iniciadores (primers), que podemser usados, principalmente nos casos de controle de cura após quimioterapia e em infecções com baixas cargas parasitárias. A Esquistossomose no Brasil é endêmica, com alta incidência no Nordeste. Estima-se que aproximadamente 25 milhões de pessoas sob risco de contrair a doença e que até 6 milhões já se encontram infectadas. Fatores que contribuem para a disseminação da doença: 1-Fatores ambientais: O hospedeiro intermediário necessita do clima tropical (20°C a 26°C) para o seu desenvolvimento e reprodução; 2-Fatores socioeconômicos: Os locais mais perigosos para a transmissão da esquistossomose são lagos e represas que recebem esgoto não tratado e que abrigam caramujos. Além do despejo de esgoto, se pessoas contaminadas evacuarem próximo às margens do lago, também há risco de contaminação da água. A transmissão do Schistosoma mansoni depende da presença do portador humano, eliminando ovos do parasito nas fezes; da existência de hospedeiro intermediário, que é o caramujo e, finalmente, do contato do homem com água contendo cercárias de Schistosoma mansoni. A prevenção da esquistossomose consiste em evitar o contato com águas onde existam os caramujos hospedeiros intermediários infectados. O controle da esquistossomose é baseado no tratamento coletivo de comunidades de risco, acesso a água potável e saneamento básico, educação em saúde e controle de caramujos em lagos e rios. Fármacos: Oxamnique: VO capsulas de 20mg ou em xarope 50mg/ml, administrado em dose única após refeição. Atua na destruição das formas parasitárias atingindo em especial as fêmeas adultas. Praziquantel: Atua alterando o metabolismo das formas parasitárias mais jovens. Em adultos, recomenda-se de 600 mg, em tabletes e administrado por via oral, em dose única de 60 mg/kg por 3 dias consecutivos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Platelminto https://pt.wikipedia.org/wiki/Trematoda https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%AAmea https://pt.wikipedia.org/wiki/Macho https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Fezes https://pt.wikipedia.org/wiki/Mirac%C3%ADdio https://pt.wikipedia.org/wiki/Caramujo https://pt.wikipedia.org/wiki/Biomphalaria https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerc%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado https://pt.wikipedia.org/wiki/Ovo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ba%C3%A7o Parasita /Aspectos gerais Ciclo de vida Mecanismos patogênicos e sintomatologia Diagnóstic o Epidemiologia/Transmissão Profilaxia Tratamento Ascaris lumbricoides (nematódeo) Ascaris lumbricoides é uma espécie de nematódeo monoxeno da família Ascarididae, sendo a causa da doença conhecida como ascaridíase. Os vermes adultos medem entre 15 cm e 40 cm de comprimento e desenvolvem-se no intestino delgado do hospedeiro, no qual macho e fêmea se acasalam. Ciclo de vida monóxeno. Cada fêmea fecundada é capaz de colocar, por dia, cerca de 200.000 ovos não- embrionados. que chegam ao ambiente juntamente com as fezes. Ovos de A. lumbricoides ingerid os eclodem no duodeno e as larvas resultantes penetram na parede do intestino delgado (íleo e jejuno), migrando pela circulação portal através do fígado para o coração e para os pulmões. As larvas se fixam nos vasos capilares alveolares, penetram nas paredes alveolares e ascendem à árvore brônquica para a orofaringe. São ingeridos e voltam ao intestino delgado, no qual se desenvolvem até vermes adultos, se acasalando e liberando ovos nas fezes. O ciclo de vida é completado em aproximadamente 2 a 3 meses; vermes adultos vivem 1 a 2 anos. Deve ser estudada acompanhando-se o ciclo deste helminto, ou seja, a patogenia das larvas e dos adultos. Em ambas as situações, a intensidade das alterações provocadas está diretamente relacionada com o número de formas presentes no parasito. Lesões por larvas: Causam infecções de baixa intensidade, normalmente não se observa nenhuma alteração. Em infecções maciças encontramos lesões hepáticas e pulmonares. Em ambos os órgãos podem ocorrer vários focos hemorrágicos provenientes das migrações dessas larvas. Nos pulmões ocorre edemaciação dos alvéolos com infiltrado parenquimatoso eosinofilico, manifestações alérgicas, febre, bronquite e pneumonia (a este conjunto de sinais denomina- se síndrome de Loeffler). Na tosse produtiva (com muco) o catarro pode ser sanguinolento e apresentar larvas do helminto. Estas manifestações geralmente ocorrem em crianças e estão associadas ao estado nutriciona1 e imunitário. Lesões por formas adultas: Em infecções de baixa intensidade, três a quatro vermes, o hospedeiro não apresenta manifestação clínica. Já nas infecções com mais vermes, podemos encontrar as seguintes alterações: ação espoliadora: os vermes consomem grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas A e C, levando o paciente, principalmente crianças, a subnutrição e depauperamento físico e mental; ação tóxica: reação entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro, causando edema, urticária, convulsões epileptiformes etc.; ação mecânica: causam irritação na parede e podem enovelar-se na luz intestinal, levando à sua obstrução; localização ectópica: nos casos de pacientes com altas cargas parasitárias ou ainda em que o verme sofra alguma ação irritativa, a exemplo de febre, uso impróprio de medicamento e ingestão de alimentos muito condimentados o helminto desloca-se de seu hábitat normal atingindo
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