Buscar

Primeiro_Segundo_Ano

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 116 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 116 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 116 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dança 1º Ano
	Unidade Dança - 1º Ano
	Para começar
	Textos que informam
	O que fazer? 
	Para sensibilizar e incluir
	Para saber mais
	Avaliação/Registro
	Tema 1: As brincadeiras cantadas: movimentos e sons
	Música de brincadeira cantada: Corre cotia
	As brincadeiras cantadas.
	Brincadeiras cantadas.
	Todos podem dançar?
	Mapa do Brincar
	______
	Tema 2: A importância do ritmo e as brincadeiras cantadas
	Música de Brincadeira cantada: 
Borboletinha.
	Ritmo: conceito e importância
	Jogos rítmicos.
	Sugestões para alguns tipos de deficiências
	Livro Dança na escola: uma proposta pedagógica
	Questões
Tema 1: As brincadeiras cantadas: movimentos e sons.
Objetivos
- Vivenciar e reconhecer as brincadeiras cantadas a partir dos saberes da família/comunidade.
- Ampliar os conhecimentos sobre essas manifestações culturais.
- Experimentar os gestos e os ritmos que são tematizados com as brincadeiras cantadas.
Para começar
Brincadeiras cantadas da Comunidade
- Disponha os alunos em roda.
- Pergunte quais brincadeiras cantadas eles conhecem. Quais brincam na escola? E em casa?
- Peça para que, aqueles que saibam algumas, ensinem para o resto do grupo.
- Caso sejam muitas, escolha em conjunto com os alunos, aquelas que serão exploradas na aula.
- Ao final dessas experiências, pergunte aos alunos como eles se sentiram brincando. Quais eram as brincadeiras mais conhecidas? Todos brincavam da mesma maneira?
- Apresente, a partir dessa mobilização inicial, novas possibilidades.
Análise e Compreensão
Textos que informam - As brincadeiras cantadas
As brincadeiras cantadas são maneiras de brincar com o corpo a partir da relação entre o movimento corporal e expressão vocal, sob a forma de músicas, frases, palavras ou sílabas ritmadas, as quais integram a cultura popular ou fazem parte das criações contemporâneas. Elas se fundem com a musicalidade, dança dramatização, mímica e jogos, podendo ser caracterizadas como formas de expressão do corpo que integram a cultura popular (LARA; PIMENTEL; RIBEIRO, 2005).
Podem ser utilizadas diferentes formações para o desenvolvimento das brincadeiras cantadas como rodas, filas, na posição sentada e/ou em pé, entre outras, e dessa forma, as possibilidades de criação de novas maneiras de brincar também são multiplicadas.
Existem diversas brincadeiras cantadas, que são, em sua maioria, bastante exploradas no universo infantil, contudo, é importante atribuir outros significados, valorizando essa gama de manifestações como parte importante da cultura da humanidade, e não as utilizando apenas porque parecem atrativas. Para tanto, nesse material serão ofertadas algumas possibilidades didáticas para o trato desse conteúdo.
Neste contexto, é interessante explicar aos alunos como as brincadeiras cantadas se apresentam como um dos conhecimentos das aulas de Educação Física, reforçando aprendizagens como a valorização cultural do país.
Alguns exemplos de brincadeiras cantadas são: cirandinha, escravos de Jó, rosa juvenil, sapo cururu, o cravo e a rosa, fui morar numa casinha, a canoa virou, entre outras. 
Mesmo sem uma definição exata da origem das brincadeiras cantadas, pode-se dizer que elas são fruto das misturas culturais de diferentes grupos étnicos (negros, índios e brancos), que de certo modo, criaram diferentes formas de representação corporal que foram transmitidas e ressignificadas ao longo do tempo (LARA; PIMENTEL; RIBEIRO, 2005).
	Sugerimos que ao apresentar uma nova brincadeira pergunte aos alunos se eles conhecem outra forma de desenvolvê-la, uma vez que, principalmente devido à diversidade cultural entre as regiões do Brasil, essas manifestações acabam sendo desenvolvidas de maneiras diversas pelo país, o que afeta também as letras das músicas. Essa estratégia permitirá que os alunos se sintam parte do processo de aprendizagem, e protagonistas dos conhecimentos abordados nas aulas.
Experimentação e Fruição
O que fazer?
1. Corre Cotia
Objetivos
- Aprender a música da brincadeira corre cotia.
- Desenvolver de forma conjunta a música e a brincadeira.
- Brincar com os colegas.
Materiais
- Rádio e/ou notebook com a música da brincadeira utilizada.
- Disponha os alunos em círculo.
- Coloque para o grupo escutar a música da brincadeira cantada “Corre Cotia”. A música está disponível no youtube em diferentes versões para ser utilizada, escolha uma delas. Em seguida, ensine a letra ao grupo. Apresentamos uma versão:
Vamos aprender a cantar?
Corre-cotia na casa da tia. 
Corre cipó, na casa da vó. 
Lencinho na mão, caiu no chão.
Moça bonita do meu coração.
Posso jogar? Pode!
Ninguém vai olhar?
Não!
Corre-cotia na casa da tia. 
Corre cipó, na casa da vó. 
Lencinho na mão caiu no chão.
Moça bonita do meu coração.
É um, é dois, é três!
Quem olhar é freguês, freguês.
Apaga a luz de uma vez!
Vamos brincar?
- Os alunos precisam ficar sentados no chão, formando um círculo. 
- Escolha um aluno para esconder o lenço. 
- Enquanto ele anda do lado de fora do círculo com um lenço na mão, todos cantam a música que aprenderam.
- Quando todos cantarem o verso “apaga a luz de uma vez”, eles precisam abaixar a cabeça e fechar os olhos. 
- O aluno que estava em pé então coloca o lencinho atrás de um dos seus colegas sentado no círculo, e continua andando. 
- Cada criança da roda deve verificar se o lenço foi deixado atrás de si logo após a passagem do colega. 
- Quem estiver com o lenço deve pegá-lo e, por fora do círculo, tentar pegar o aluno que deixou o lenço.
- O aluno perseguido tenta chegar ao lugar de onde saiu, e a outra criança tenta sentar antes de ser pega. 
- A brincadeira recomeça com aquele que está com o lenço. Caso ele consiga pegar o colega que deixou o lenço a mesma criança tenta mais uma vez.
- Acentue junto aos alunos como todos são importantes no desenvolvimento da brincadeira, valorizando a presença de cada um para que a atividade seja desfrutada intensamente.
2. Variação
- Se todos os alunos já souberem brincar de corre cotia dessa maneira sugira uma variação:
- A canção é a mesma e a disposição em roda também, contudo, todos cantam a música duas vezes seguidas e de olhos fechados.
- Ao final da música todos abrem os olhos.
- A criança que está com o lenço deve escondê-lo em qualquer lugar antes que a música acabe e todos abram os olhos.
- Quando acabar a música todos levantam e correm para procurar o lenço, quem achar recomeça a brincadeira sendo o dono do lenço.
Conhecendo um pouco mais da brincadeira
- Leve imagens de cotias para seus alunos, talvez alguns deles não conheçam esse pequeno mamífero roedor. Leia algumas informações sobre ele:
A Cotia é um pequeno roedor que mora em florestas do Brasil. Trata-se de um animal muito importante, pois ao se alimentar de pequenos frutos, espalha diversas sementes pela floresta, contribuindo para que outras árvores sejam semeadas. É veloz, esperto e muito gracioso! A cotia inclusive é apontada como uma das versões para nome de uma cidade no interior paulista, que recebe o mesmo nome.
3. Fui morar numa casinha.
Objetivos
- Aprender a letra da brincadeira “Fui morar numa casinha”.
- Conseguir cantar e desenvolver a brincadeira de forma conjunta com os colegas.
- Recriar a brincadeira com auxílio do professor.
- Valorizar esse conhecimento como parte da cultura.
Materiais
- Rádio e/ou notebook com a música da brincadeira utilizada.
- Apresente a cantiga aos alunos. 
“Fui morar numa casinha nhá,
Enfeitada dá de florzinha nhá.
Saiu de lá lalá uma princesinha nhá
Olhou pra mim, olhou pra mim e fez assim...”
- Sugira passos para acompanhar a música. Ex: De mãos dadas, todos cantam e giram para o lado direito. 
- No momento que repetem as sílabas (nhá nhá, dadá, lalá) as crianças param no lugar e batem palmas, e depois de “fez assim” mandam dois beijinhos com a mão no ritmo da música.
4. Vamos recriar?
- Peça sugestões aos alunos de como colocar novos movimentos da brincadeira.
- Ao invés de palmas, peça outros sons que o corpo pode produzir.
- Não é necessário realizar um movimento que estejarelacionado diretamente com a letra.
Sugestão:
- Cante a canção e solicite aos alunos que batam palmas.
- As meninas cantam e os meninos batem palmas e depois troque as posições.
- Auxilie os alunos a experimentarem e descobrirem a maior quantidade de sons que seus corpos conseguem produzir sem o uso de qualquer tipo de material, como por exemplo, uma batida de pé no chão e o estalar dos dedos. Estimule os participantes a experimentarem os diversos tipos de palmas, estalos, tapas em diferentes regiões do corpo, sons produzidos pela boca e tantos outros que possam ser encontrados na relação movimento e som.
- Após descobrirem e experimentarem uma maior gama de percussão corporal sugira que troquem as palmas por algum outro som, como bater o pé mais forte no chão, estralar os dedos, a língua, ou qualquer outro som produzido pelo nosso corpo.
- Pode-se variar o ritmo da música, cantando e dançando lenta ou rapidamente, alto, baixo ou só assoviando, murmurando, ou ainda só com a mente e realizar percussão corporal, entre outros.
- Pergunte aos alunos qual a diferença em fazer a brincadeira nos diversos ritmos, ou ainda se eles perceberam as particularidades de cada momento da aula, destacando as formas como a cantiga foi vivenciada.
Discussão
- Essas atividades permitem aos alunos ampliar o repertório de brincadeiras, vivenciá-las e assumir como um conhecimento relevante desde que sua intervenção seja diretiva nesse sentido. Portanto, reforce durante a discussão o quanto elas se mostram como experiências prazerosas e ao mesmo tempo são passadas de pessoa para pessoa, transformando os seus significados na sociedade. 
- Destaque também, o papel desses saberes para a humanidade e como as brincadeiras possuem um significado histórico-social relevante. Por meio delas, as crianças vivenciam a ludicidade e podem, especificamente com as brincadeiras cantadas, explorar os ritmos e gestos que foram e ainda são transformados pela sociedade. Dessa maneira, é imprescindível que você destaque o quanto essas práticas são mutáveis e que ainda assim, carregam uma carga histórica significativa.
5. Fui no Itororó
Objetivos
- Aprender a letra da brincadeira “Fui no Itororó”
- Conseguir cantar, fruir e experimentar a brincadeira de forma conjunta com os colegas.
- Valorizar esse conhecimento como parte da cultura, isto é, um recorte das práticas corporais que foram transformadas pela sociedade.
Materiais
- Rádio e/ou notebook com a música da brincadeira utilizada.
- Pergunte as crianças, se alguma conhece a música “Fui no Itororó”. Caso alguém conheça, solicite que cante para os colegas. 
- Coloque a música para que os alunos possam aprender a cantar. Ela está acessível no youtube:
- Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4-aoPsW9Ms4>. Acesso em 27 out. de 2014.
- A música também está presente no Cd: Sucessos da Minha Escolinha, Vol. 1, no qual, todas as músicas são seguidas de trechos instrumentais para as crianças cantarem também.
Eu fui no Itororó
Beber água e não achei
Encontrei bela morena
Que no Itororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Ó dona Maria
Ó Mariazinha
Entrará na roda
E ficará sozinha
Sozinha eu não fico
Nem hei de ficar
Porque tenho o Chico
Que será meu par
- Forme um círculo com os alunos após ouvirem a música, e escolha um aluno para que fique no centro. 
- Assim que começar a tocar a música, a roda começa a girar e os alunos cantam as duas primeiras estrofes.
- Na terceira estrofe, os nomes Maria/Mariazinha podem ser substituídos pelo da criança que está no centro da roda. 
- A última estrofe é cantada pela criança no centro da roda, substituindo o nome Chico pelo de qualquer outra criança escolhida para ficar no centro da roda.
- Depois de realizar a atividade várias vezes, é possível retirar a música e incentivar os alunos a cantarem sozinhos. 
- Num segundo momento alternar o ritmo: mais acelerado, mais lento, com voz de terror, com voz de tristeza (choramingando), com voz de alegria, entre outros.
6. Parlenda - Laranja Baiana
Objetivos
- Criar movimentos diferenciados dentro da parlenda tratada.
- Aprender a letra da parlenda “Laranja Baiana”.
- Respeitar os espaços e os gestos na brincadeira.
Materiais
- Rádio e ou notebook com a música da brincadeira utilizada.
- Forme um grande círculo e escolha um aluno para que fique no centro. 
- Comece a girar a roda e cantar a parlenda: 
Laranja baiana que vira em pó 
galo que canta coró có có 
pinto que pia piriu piu piu 
moça e moço bonito que faz assim ...
Laranja baiana que vira em pó 
galo que canta coró có có 
pinto que pia piri pi pi 
moça bonita que saia daqui.
- Crie alguns ritmos para desenvolver a parlenda. 
- Quando disser “moça e moço bonito que faz assim!”, sugira que virem estátuas. Então o aluno que está no centro, escolherá um aluno para substituí-lo.
- Pode-se combinar para realizarem estátuas de animais na próxima rodada, ou ainda estátuas sentadas, em duplas, com um pé só, entre outras, estimule os alunos a usarem a criatividade.
Construção de valores
Para sensibilizar e incluir
Todos podem dançar?
Objetivos
- Vivenciar atividades com algumas limitações, pensando na sensibilização no que se refere a questão da deficiência.
- Compreender e respeitar em relação às diferenças existentes na sociedade.
- Proponha as vivências de algumas das brincadeiras cantadas já desenvolvidas nas aulas ou escolha outras, contudo, explore possibilidades diferentes junto aos alunos.
- Com os olhos vendados. Desenvolver a atividade “Fui no Itororó” com alguns alunos vendados. Caso seja necessário algum colega pode ficar de acompanhante durante a brincadeira.
- Com um dos braços amarrados para trás. Durante o Corre Cotia, sempre quem colocar o lenço só poderá correr com um dos braços preso ao corpo.
- Com uma perna só. Durante o Corre Cotia, sempre quem colocar o lenço só poderá correr com uma perna só.
Discussão
- Ao final dessas vivências discuta com os alunos quais as dificuldades eles tiveram: Foi mais difícil correr com o braço amarrado? E com um pé só? E sem poder enxergar? 
- A partir das respostas dos alunos, reflita como as pessoas com deficiências, ou seja, que convivem com limitações como essas exploradas na atividade, também poderiam ser incluídas na aula. Será que isso seria legal?
- Ressalte que mesmo com as limitações todos puderam participar das atividades, demonstrando que pessoas com deficiências devem ser respeitadas, pois apesar de suas dificuldades, elas também podem ser ativas e participativas, contribuindo assim como todos para o bom desenvolvimento das tarefas propostas. Ademais, é direito de TODOS ter acesso à escola e as aulas de Educação Física, e, dessa maneira, é necessário cultivar um espaço de aprendizagem inclusivo e democrático.
- Para além das deficiências, reflita com os alunos que cada um possui as suas limitações, e que nas aulas de Educação Física podemos encontrar colegas com diferentes características e dificuldades. Isso deve exigir de todos o cuidado e o respeito, garantindo os diversos desempenhos corporais existentes.
Para saber mais
Mapa do Brincar
- Nesse site você pode explorar diferentes brincadeiras cantadas, uma vez que há um acervo com mais de 650 brincadeiras. Lá você pode conhecer e ampliar o seu repertório, além de aprender variações específicas de cada região brasileira.
 Disponível em: <http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/cantadas/>. Acesso em 27 out. de 2014.
Tema 2: A importância do ritmo e as brincadeiras cantadas
Objetivos
- Experimentar e fruir gestos em diferentes ritmos.
- Identificar e diferenciar o ritmo nas brincadeiras cantadas.
- Compreender a importância do ritmo como um dos elementos importantes das brincadeiras cantadas.
Para começar
- Disponha os alunos em roda.
- Aborde com o grupo que o tema principal da aula será o ritmo.
- Para ajudá-los a compreender, coloque músicas de ritmos diferentes, e peça para que eles tentem identificar a partir dos seus saberes.
-Não é o momento de demarcar acertos e erros, mas sim explorar os conhecimentos dos alunos sobre o assunto.
Análise e Compreensão
Textos que informam – Ritmo: conceito e importância
A palavra ritmo vem do grego (rhuthmós) que significa movimento regular, aquilo que flui em uma determinada sequência. Podemos dizer que se trata de um fluxo de movimentos produzidos pela organização de elementos que se relacionam entre si de diferentes formas, harmoniosamente ou não. Na música, podemos identificar claramente um ritmo sonoro, marcado por pausas e sequências que se repetem ao longo de um determinado espaço de tempo. Na dança, percebemos essas sequências e pausas por meio do ritmo visual que gradativamente se relaciona com o ritmo sonoro de uma música. 
Contudo, o ritmo pode ser entendido de forma mais ampliada uma vez que diariamente geramos uma forma distinta, como o ritmo do movimento orgânico, dos elementos da natureza e das atividades diárias (JOURDAIN, 1998). Dessa maneira, é possível afirmar que ele está presente em diferentes atividades do cotidiano, em instâncias voltadas ao lazer, a saúde, aos esportes e ao trabalho. Tudo se desenvolve a partir de um determinado ritmo, ou seja, de uma espécie de cadência e sequência. Por exemplo, os períodos do dia (manhã, tarde e noite), as estações do ano, as fases da lua, as semanas, meses e anos, entre outros. Vivemos a partir de um determinado ritmo nas diferentes ações e tarefas do dia-a-dia (JESUS, 2008).
É pensando nessa concepção que percebemos que o corpo nos fornece elementos para compreender e criar outros ritmos do nosso ambiente a partir dele mesmo, para depois evoluir em suas diferentes manifestações. O ritmo se encontra permeado em muitos aspectos corporais do ser humano, considerando-o até mesmo, como um princípio ordenador do movimento (LÓPES, 1977). 
Neste sentido, abordar o ritmo desde a educação infantil parece primordial tendo em vista que a criança já começa a desenvolver essa capacidade física e transpor esses conhecimentos para diferentes áreas de suas vidas.
As práticas corporais podem impor diferentes cadências e ritmos, por exemplo, uma pessoa ao correr ou ao desenvolver uma atividade cotidiana, impõe um determinado ritmo. O acompanhamento e o desenvolvimento da capacidade de ritmo nos alunos pode ser beneficiado pela atuação dos professores de Educação Física, uma vez que há a possibilidade de compreender as diferentes velocidades e tempo que cada tarefa pode ser desenvolvida. Neste sentido, as aulas dessa disciplina podem oferecer diferentes possibilidades para que os alunos usufruam e comecem a entender como o ritmo está presente em diversas situações.
O conteúdo dança possui uma maior aproximação principalmente devido à relação com a música, e assim, acaba assumindo grande expressividade no trato do ritmo. Portanto, aproveite esta oportunidade e invista nessa prática que parece apresentar uma maior proximidade com o tema. 
Para tanto, acompanhar uma música em diferentes ritmos, mexendo várias partes do corpo possibilita um conhecimento diversificado com relação a esse conteúdo. Aos poucos vá incluindo essas discussões junto aos alunos, analisando se o momento já é propício ou se é necessário esperar mais um pouco. Ninguém conhece os seus alunos como você, então explore diversas estratégias e atividades e ajude no desenvolvimento integral das turmas no que se refere ao ritmo.
Interferência do ritmo em minha vida
Onde posso encontrar o ritmo?
Importância do Ritmo
Experimentação e Fruição
O que fazer?
1. Borboletinha
Objetivos
- Experimentar e fruir gestos das brincadeiras cantadas em diferentes ritmos.
- Identificar e diferenciar o ritmo nas brincadeiras cantadas.
Materiais
- Rádio e ou notebook com a música da brincadeira utilizada.
- Coloque para eles escutarem a música da brincadeira cantada “Borboletinha”. 
- Ensine a letra aos alunos. Caso alguns já saibam solicite ajuda para que todos aprendam. - Se possível exiba um vídeo ilustrativo sobre essa canção, existem muitos disponíveis na internet. Disponibilizamos uma sugestão: 
- Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=eQO7Leb1myc>. Acesso em 29/11/2014.
- Esta música pode ser encontrada também no cd “Sucessos da minha escolinha”, vol. 2.
	Borboletinha
Tá na cozinha
Fazendo chocolate
Para a madrinha
Poti, poti
Perna de pau
Olho de vidro
Nariz de pica pau
 
- Peça aos alunos que tentem cantar a música no mesmo ritmo do proposto pelo vídeo ou música do cd. A ideia é que eles experimentem e desfrutem desses momentos de aprendizagem.
2. Experimentando vários ritmos
Objetivo
- Aprender uma pequena coreografia.
- Experimentar e fruir diferentes ritmos e gestos a partir de brincadeiras cantadas.
Materiais
- Rádio e ou notebook com a música da brincadeira utilizada.
- Depois que os alunos tiverem aprendido a letra da música, proponha uma sequência de movimentos que podem ser feitas em conjunto:
Borboletinha/ Tá na cozinha Imitar uma borboleta voando.
Fazendo chocolate/ Para a madrinha Fingir que está mexendo um grande caldeirão.
Poti, Poti Bater duas palmas.
Perna de pau Dar dois tapinhas na perna.
Olho de vidro Piscar os olhos. 
Nariz de pica-pau Apontar para o nariz.
- Proponha diferentes ritmos para cantar essa música, por exemplo:
- Como marcador desses ritmos, utilize palmas ou ainda instrumentos adaptados como garrafas com pedras, baldes e latinhas de refrigerante com arroz. É possível encontrar também bases musicais desses ritmos no youtube que podem enriquecer a atividade. Ou ainda, escolher uma música desses ritmos e substituir a letra original pela da “borboletinha”.
- Possibilitar que os alunos manipulem esses materiais proporciona momentos enriquecedores de forma que eles podem explorar esses ritmos por meio de pequenos instrumentos.
- Divida o grupo em dois: enquanto uma parte desenvolve movimentos, a outra explora os instrumentos.
- Ofereça oportunidade para que os alunos façam movimentos que eles consideram adequados para cada ritmo e que eles desfrutem dessas experiências.
- Explore outros ritmos além dos propostos, criando possibilidades diversas. 
- É importante que você auxilie no acompanhamento de cada um dos ritmos, de forma que os alunos consigam diferenciar esses momentos. 
- Essa atividade vai auxiliar os alunos a identificar os diferentes elementos constitutivos das brincadeiras cantadas do contexto comunitário, isto é, o ritmo, os gestos e o espaço.
Discussão
- Ao final da atividade, pergunte aos alunos qual ritmo eles mais gostaram de desenvolver a música da “Borboletinha”. Por quê? O que esse ritmo causou?
- Pondere junto ao grupo os motivos que o levaram a escolher determinado ritmo. Foi o mais fácil? O mais conhecido? A partir das respostas dos alunos, reafirme a importância de conhecer novas possibilidades rítmicas, bem como, de partir daquelas que eles já conhecem, ou estão habituados em seu contexto comunitário e expandir para outros não tão conhecidos. É importante valorizar os conhecimentos trazidos pelo grupo, mas também ampliar o repertório cultural acerca dessas práticas. 
- Essas informações podem oferecer subsídios para compreender como os alunos entenderam o tema da aula e como você pode aprofundar a temática com eles. 
- Justifique aos alunos que todos os ritmos são importantes e o quanto eles são diferentes por suas características específicas. Aponte que além desses, existem outros que não foram tratados na aula, como rock, sertanejo, pagode, salsa, etc.
3. Dançando
Objetivos
- Experimentar e ampliar conhecimentos acerca dos gestos característicos de alguns ritmos.
- Fruir enquanto dançam nas atividades.
- Explorar e ampliar o repertório rítmico dos alunos.
- A partir dos ritmos propostos para a música da “Borboletinha”, crie movimentos e passos diferentes daqueles já realizados. Por exemplo:
· Para o RAP, utilizar saltos giros e palmas.
· Para o FORRÓ, passinhos para um lado e para o outro (Lembrando uma possibilidade de passo básico).
· Para o SAMBA, movimentos em duplas e o próprio samba.
- Reforcea importância de realizar os passos no mesmo ritmo da música tentando unir movimento e ritmo. É importante que você faça os gestos em conjunto com alunos pois facilitará que eles consigam realizá-los.
4. Apresentando para os colegas
Objetivos
- Construir uma pequena coreografia.
- Elaborar uma apresentação com uma brincadeira cantada na escola.
- Em conjunto com os alunos escolham um dos ritmos explorados na brincadeira cantada e aprimorem os movimentos.
- Crie em conjunto com os alunos outras variações.
- Confeccionem fantasias e adereços que possam ser utilizadas durante a apresentação.
- Desenvolvam a coreografia durante um dos intervalos na escola.
Dicas
- Caso os alunos possuam dificuldades de perpassar entre um ritmo e outro (Rap, forró, samba) desenvolva as atividades de forma mais lenta sem pressionar o grupo. 
- Ofereça tempo para que eles vivenciem cada desafio e possam aprender com as limitações encontradas ao longo do percurso.
- Para a coreografia pode ser escolhido o ritmo que eles tiveram mais facilidade.
5. O jipe do padre
Objetivos
- Aprender a letra da música da brincadeira “Jipe do padre”.
- Experimentar e fruir alguns gestos caraterísticos dessa brincadeira.
- Acompanhar o ritmo da música juntamente com os movimentos corporais.
Materiais
- Rádio ou notebook com a música “Jipe do padre”.
- Pergunte as crianças se elas conhecem a música “Jipe do padre”. Sem sim, solicite que todos cantem, caso contrário, ensine a letra ao grupo. 
- Esta música pode ser encontrada no link que segue: 
- Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4hMwvFjYH3k>. Acesso em 29 out. de 2014.
- Em círculo, os alunos devem cantar e executar gestos sugeridos pela letra da música: 
“O jipe do padre fez um furo no pneu
O jipe do padre fez um furo no pneu
O jipe do padre fez um furo no pneu
Colamos com chiclete”.
- Sugestão:
- “O jipe” mãos para frente simulando que está segurando um volante, e mexendo para um lado e para o outro.
- “do padre” mãos fechadas na frente do corpo.
- “fez um furo no pneu” mãos fechadas girando uma sobre a outra na frente do corpo.
- Cada vez que a música for repetida os alunos precisam omitir uma palavra e realizar apenas o movimento. Por exemplo: “O_____ do padre fez um furo no pneu” – no lugar do espaço em que caberia a palavra jipe, os alunos farão um movimento que represente o carro. Continue a música até que todas as palavras sejam substituídas apenas pelos movimentos. 
- Ao final existirá apenas uma sequência de movimentos. Depois que essa sequência for estabelecida, solicite aos alunos para criar novos gestos, ou seja, explorem em conjunto outras possibilidades. 
Construção de Valores
Para sensibilizar e incluir 
Deficiência visual
Objetivos
- Estimular os alunos a prestar mais atenção no ritmo.
- Sensibilizar para a deficiência visual.
Materiais
- Vendas.
- Disponha todos os alunos em roda e distribua vendas para a metade do grupo.
- Aqueles que estiverem sem vendas, deverão bater 4 palmas em um determinado ritmo, combinado previamente. Por exemplo, quatro palmas aceleradas.
- Os alunos que estão com as vendas, deverão repetir o mesmo ritmo. Procure coordenar a atividade para que todos batam juntos.
- Sugira algumas sequências aos alunos com vendas, como, por exemplo, duas palmas aceleradas e duas lentas; uma lenta e três aceleradas; aumente o número de palmas para 6, entre outras possibilidades.
- Ao final, inverta os grupos.
Discussão
- Compare as experiências dos alunos. Como foi ficar sem a visão? Foi difícil acompanhar o ritmo possuindo apenas a informação da audição?
- Discuta com os alunos que quando um dos sentidos não está “funcionado”, temos que nos concentrar ainda mais para reproduzir um ritmo, como aconteceu na atividade. Isso acontece porque o nosso organismo está habituado a receber informações por meio de diferentes canais (tato, visão, olfato, paladar e audição), e assim, quando um deles é retirado, apresentamos maiores dificuldades, mesmo que o sentido principal em questão fosse a audição. Isso torna essa experiência rica do ponto de vista sensorial.
- Essa adaptação do organismo faz com que pessoas que são privadas da visão, desenvolvam outros sentidos, pois o cérebro procura maneiras diversas para oferecer as informações. Dessa forma, é possível afirmar que os deficientes visuais poderiam participar da atividade assim como os demais, explorando múltiplos ritmos e realizando sua reprodução.
Deficiência Física
- Para alunos com deficiência física, como a paralisia nas pernas, por exemplo, é possível estimulá-los na atividade de “zerinho”, ou seja, aquela em que ele deve passar pela corda sem saltar.
- Além disso, você pode com a ajuda de outros alunos, ir aproximando a corda do cadeirante em diferentes ritmos (acelerado e lento), e ele não pode deixar que esse material toque a sua cadeira. 
Deficiência Intelectual
- As deficiências intelectuais possuem diferentes graus e diagnósticos, portanto, é difícil sugerir adaptações quando não há informações específicas sobre cada caso. De qualquer forma, alunos com síndrome de down, por exemplo, podem sentir dificuldades em realizar as atividades sozinhos. Portanto, propor um aluno para acompanha-los durante as tarefas, além de estimulá-los, pode contribuir com o seu desenvolvimento e socialização. 
Para saber mais
	Sugerimos a leitura do livro Dança na escola: uma proposta pedagógica de Erica Verderi. Nele estão dispostos textos, orientações e atividades que podem ser desenvolvidas com os alunos. O livro acompanha inclusive um cd com músicas para serem utilizadas na escola. Boa leitura!
Referências
JESUS, G. B. As atividades rítmicas e a Educação Física escolar: possibilidades de um trato em um outro ritmo. 218 f. Dissertação Mestrado em Ciências da Motricidade Humana. Departamento de Educação Física, Rio Claro: Unesp, 2008.
JOURDAIN, R. Música, cérebro e êxtase: como a música captura nossa imaginação. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.
Lara, L. M.; Pimentel, G. G. A.; Ribeiro, D.M. D. Brincadeiras cantadas: educação e ludicidade na cultura do corpo. Revista Digital, Buenos Aires, Ano 10, nº 81, fev. 2005. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/indic81.htm>. Acesso em: 09 ago. 2010.
LÓPES, M. A. Movimiento, ritmo e educación. Buenos Aires: Tekne, 1977.
Avaliação/Registro
1. Faça um desenho para registrar o que você aprendeu nas aulas. Use lápis de cor para pintar aquilo que você mais gostou.
2. Conte para o professor o que você aprendeu com as aulas de dança. O que foi mais difícil? Por que?
3. Leia a canção do corre cotia apresentada na sequência e complete com um desenho as palavras que estão faltando.
GINÁSTICAS – 1º Ano
	UNIDADE
Ginástica 
1º Ano
	Para começar
	Análise e compreensão
Textos que informam
	Experimentação e fruição
O que fazer?
	Construção de valores
Para sensibilizar e incluir
	Avaliação e Registro
	Para saber mais
	Temas 1
Os elementos básicos da ginástica: deslocamentos e equilíbrios
	Roda de conversa
	Os elementos básicos da ginástica
	Coelho na toca
Pega-pega com comandos
Pega-pega avião
Pega-pega vela.
Imitando os animais
Combinando corridas e equilíbrios
	Brincando de espelho
Brincando de espelho sentado
	Varal de imagens
	Livro
	Tema 2 
Os elementos básicos da ginástica: as acrobacias
	Roda de conversa
	As acrobacias
	Aprendendo
Rolamentos e Roda
Construindo obstáculos
	
	Varal de imagens
	Livro
Site
Tema 1: Os elementos básicos: deslocamentos e equilíbrios (avião e vela)
Objetivo: 
- Experimentar e identificar os elementos básicos da ginástica: deslocamentos e equilíbrios (avião e vela).
Para começar – Roda inicial
- Converse com os alunos sobre os que são deslocamentos e equilíbrios e quais são utilizados no dia a dia.
- O que precisam fazer para ir até a padaria ou à escola? Andar. Correr. Equilibrar-se,
- Indique aos alunos que os movimentos realizados para avançar em uma direção são os deslocamentos, já os movimentos em que ficam parados em uma posição são os equilíbrios.
- Quais deslocamentos acham maisdifíceis? De frente, de costas ou de lado?
- Quais equilíbrios acham mais difíceis? Com um pé? Com um pé e uma mão?
- Os deslocamentos podem ser realizados em várias direções (para frente, para trás, para o lado) e de várias formas (rápido lento).
- Os equilíbrios também podem ser realizados de diversas formas: com os dois pés, um pé, com o apoio das mãos.
Análise e compreensão - Textos que informam
Os elementos básicos da ginástica 
Os elementos básicos (deslocamentos, equilíbrios, saltos, giros, rotações e acrobacias) são constituídos de movimentos que podem ser utilizados em vários tipos de ginástica (artística, rítmica, acrobática, trampolins e aeróbica), inclusive a ginástica geral. Sua aprendizagem possibilita ampliar ainda mais as combinações dos movimentos com a utilização de diversos materiais, e adequar às especificidades de acordo com as características de cada ginástica. 
Como na escola não há necessidade de se prender unicamente a um tipo de ginástica, os elementos básicos servem como um alicerce para o aprimoramento e formação de uma a base de movimentos comuns às ginásticas.
É importante compreender que os elementos básicos são ampliados e ganham especificidade e importância de acordo com as propostas de cada modalidade ginástica. Por exemplo: a ginástica artística utiliza-se de muitas acrobacias em grandes aparelhos; a ginástica rítmica dos giros, saltos e deslocamentos manipulando pequenos aparelhos; a ginástica acrobática de acrobacias e equilíbrios, a ginástica de trampolim tem como fundamento basicamente as acrobacias. (E a ginástica geral é construída com todos esses elementos: deslocamentos, equilíbrios, saltos, giros, rotações e acrobacias) 
Nessa faixa etária é importante utilizar-se dos elementos básicos que permitem um grande número de possibilidades de combinações para que promovam a ampliação do repertório motor. No caso os deslocamentos e equilíbrios:
- Os deslocamentos são os elementos corporais mais simples, são as pequenas corridas para frente para trás, laterais, com ou sem cruzamento das pernas, com os mais variados ritmos e direções.
- Os equilíbrios podem ser estáticos, quando o corpo está parado ou dinâmico (quando se realiza um equilíbrio em movimento). Os mais simples são o avião e a vela.
As combinações dos deslocamentos e equilíbrios sem a manipulação ou com a utilização de aparelhos irão proporcionar uma situação de desenvolvimento da consciência corporal e assim permitir que o aluno perceba e compreenda quais são as ligações entre os movimentos específicos de cada modalidade da ginástica.
Experimentação e Fruição - O que fazer?
1) Atividade: Coelho na toca
Objetivo: 
- Realizar vários deslocamentos de diferentes formas e em variadas direções.
Material: Bambolês ou giz
SUGESTÃO DE IMAGEM
- Utilize bambolês ou desenhe círculos no chão.
- Dentro de cada círculo terá um coelho (aluno) na toca, porém um dos alunos não terá toca.
- Cada vez que ouvirem o comando “Coelho na toca”, os alunos que estão dentro dos bambolês devem trocar de toca livremente.
- O aluno que estiver sem toca tentará entrar em uma toca vazia.
- Depois de um tempo, repita o comando e use variações.
- Andar (de frente, de costas e de lado).
- Correr (de frente, de costas e de lado).
- Saltitar com um pé só.
- Saltitar com os dois pés.
- Equilibrar-se com um pé só no chão.
- Equilibrar-se com um pé e uma mão no chão.
- Equilibrar-se somente com o quadril no chão.
- O aluno que está sem toca irá tentar entrar em uma toca vazia.
- Realize a brincadeira por um tempo.
2) Atividade: Pega-pega com comandos
Objetivo: 
- Praticar variações dos deslocamentos.
Material: giz.
- Os deslocamentos podem ser realizados por meio de um pega-pega com comandos específicos. 
- Um aluno será o pegador, e os demais, os fugitivos. 
- Quem o aluno (pegador) pegar, será o pegador da vez. 
- Os alunos, combinam as regras no início, decidindo o número de pegadores.
- Quem ficar parado pode ser pego.
- Após um tempo realizar comandos para não serem pegos. Exemplos:
- Andar de costas.
- Andar e correr de lado.
- Andar e correr cruzando as pernas.
- Andar e correr nas linhas de demarcação da quadra, ou desenhadas com giz.
- Estimule os alunos a trocarem de direções: para frente, para trás, para o lado. E realizarem os deslocamentos em ritmos diferentes: rápido, lento, moderado.
3) Atividade: Pega-pega avião
Objetivo: 
- Praticar a posição de equilíbrio: avião.
Material: bambolês.
- Distribua os bambolês pelo espaço.
- Cada aluno ocupa um bambolê, exceto dois, que ficam sem..
- Um será o pegador e o outro o fugitivo.
- Se o pegador encostar a mão no fugitivo invertem as posições.
- O fugitivo irá correr para não ser pego, porém ele pode se salvar entrando em um bambolê.
- Mas o fugitivo só poderá entrar no bambolê em que o aluno que está dentro dele não estiver realizando um avião.
SUGESTÃO DE IMAGENS
Avião
- Caso o aluno do bambolê não esteja realizando o avião e o fugitivo entrar, ele passa ser o fugitivo.
- Os alunos podem descansar a perna, porém somente quando perceberem que o fugitivo não pretende entrar em seu bambolê.
- Realizar a brincadeira por um tempo ou até que todos tenham saído do bambolê.
4) Atividade: Pega-pega vela
Objetivo: 
- Praticar a posição de equilíbrio: vela.
Material: colchonetes
- Distribua os colchonetes pelo espaço.
- Solicite que os alunos sentem na ponta dos colchonetes e tirem as pernas do chão, no primeiro momento livremente.
- Em seguida peça que deitem e estiquem o corpo com os braços ao lado e levantem as duas pernas juntas para o alto.
Disponível: <www.revistanovaescola.com.br> acesso em 04 mai.2015.
- Realizar a mesma dinâmica do pega-pega avião.
4) Atividade: Imitando animais
Objetivo: 
- Imitar e realizar os deslocamentos dos animais.
- Realizar combinações entre os deslocamentos e equilíbrios.
- Solicite que cada aluno escolha um animal e não conte para ninguém.
- Todos livremente vão imitar como o animal que escolheu se desloca. Por exemplo: o sapo irá pular com apoio das mãos no chão, o canguru com os pés unidos, a cobra irá rastejar.
- Após um tempo solicite que os alunos formem duplas.
- Um da dupla irá realizar os movimentos do seu animal escolhido e o outro irá tentar adivinhar qual é o animal e vice-versa.
- Depois em trios, quartetos, até que todos acabem por vivenciar todos os animais.
Discussão
	Converse com os alunos e faça algumas perguntas.
- Foi fácil ficar na posição do avião? E da vela?
- Qual foi mais difícil? A perna ficou cansada?
- Para realizar um equilíbrio é preciso ter força?
- O avião é um equilíbrio parado ou em movimento? (Parado).PP Por quê? (Não saímos do lugar).
- A vela é também um equilíbrio parado? (Sim).
	Instigue os alunos a expressarem suas opiniões sobre os equilíbrios e principalmente às diferenças entre eles (o avião é um equilíbrio em pé e a vela deitado ambos necessita da força dos músculos, porém de grupos musculares diferentes).
	Questione sobre os deslocamentos imitando animais, conforme os animais escolhidos, por exemplo:
- O macaco se desloca da mesma forma que a girafa?
- Quem se desloca mais rápido a tartaruga ou o coelho?
- Como o leão se desloca? Correndo, andando?
- E o gafanhoto? (Saltando)
	O objetivo dessa reflexão é compreender que existem formas diferentes de deslocamentos e que estes podem ser realizados de diversas maneiras.
Construção de valores - Para sensibilizar e incluir
1) Atividade: Brincando de espelho
Objetivo:
- Praticar e utilizar estratégias de execução de diferentes elementos básicos da ginástica. 
	
	- Organize os alunos em duplas, com um aparelho na mão (corda, bola ou arco).
- Oriente-os a ficar um de frente para o outro.
- Um aluno será o espelho e o outro irá realizar os movimentos que devem refletir no espelho.
- Inverter a situação de espelho após um tempo.
Discussão
	Em roda converse com os alunos sobre a atividade e as dificuldades encontradas para realizar o mesmo movimento que o colega:
- Você conseguiu fazer movimentos iguais ao seu colega?
- Foi fácil ou difícil acompanharo movimento do colega? Por quê? 
	Nessa atividade os alunos irão realizar movimentos que já conhecem ao ficar na frente do espelho e também experimentar novos movimentos ao inverter os papéis.
 
2) Atividade: Brincando de espelho sentado
Objetivo: 
- Identificar limites do corpo e respeitar as diferenças individuais.
Material: 
- Cadeiras
- Após a realização da atividade anterior (Brincando no espelho), coloque algumas duplas sentadas em cadeiras um de frente para o outro.
- Repita a atividade.
- Possibilite que todos vivenciem a brincadeira sentados em uma cadeira.
Discussão
	Ao final converse com os alunos.
- Como foi a sensação de realizar a atividade sentado?
- Houve limitação dos movimentos? 
- Todos conseguiram realizar os movimentos manipulando os aparelhos sentados?
	Reflita com os alunos sobre as pessoas com restrições físicas que dependem de cadeira de rodas, ou não conseguem se locomover sem o auxílio de muletas.
- Vocês conhecem alguém que utiliza cadeira de rodas?
- Como é a rotina dessa pessoa? 
	Estimule os alunos a pensarem sobre o seu bairro, a rua onde moram e questione:
- Esses locais são adaptados para uma pessoa que utiliza a cadeira de rodas?
- O que se pode pensar para melhorar a acessibilidade dessa pessoa? (Por exemplo: Conserto de buracos, retirada de entulhos e construção de rampas nas calçadas são alguns exemplos de melhoria que facilitariam a locomoção das pessoas que se utilizam da cadeira de rodas)
	Destaque a importância da participação de todos os alunos e da adaptação das atividades para que todos possam aprender e fazer parte do grupo.
Para saber mais
- Livro: Ginástica e Dança: no ritmo da escola. Autores: Roberta Gaio, Cleuza Almeida, Regina Simões, Ana Zélia Belo, Miriam Pascoal, Wagner Wey Moreira. Editora Fontoura, 2010. Este livro apresenta várias propostas de atividades e brincadeiras que podem ser utilizadas na aprendizagem dos elementos corporais da ginástica.
Tema 2: Os elementos básicos da ginástica: as acrobacias (rolamentos para frente, para trás e a roda)
Objetivo: 
- Compreender que as acrobacias fazem parte dos elementos básicos das ginásticas e da ginástica geral.
- Experimentar as acrobacias básicas: rolamento para frente e para trás e a roda no solo.
- Identificar as acrobacias básicas da ginástica.
Para começar
Roda inicial
- Converse com os alunos sobre o que eles conhecem sobre as acrobacias.
- Uma forma de identificar os movimentos acrobáticos é a utilização da linguagem popular, os rolamentos são muitas vezes conhecidos como “cambalhotas” e a roda como “estrela”.
- Pergunte se alguém já praticou essas acrobacias? Onde? Na escola? No clube? Se houver respostas positivas solicite que falem sobre suas experiências com esses movimentos.
- Relacione as acrobacias com os vários tipos de ginástica: artística, rítmica, acrobática e geral.
- Oriente sobre os movimentos que irão realizar: os rolamentos para frente e para trás e a roda.
Análise e Compreensão - Textos que informam
As acrobacias
	As acrobacias estão presentes nas práticas corporais desde os primórdios da humanidade, sempre como um desafio na arte de dominar o corpo das mais variadas formas.
	Um dos mais antigos exercícios praticados nas apresentações públicas na Grécia Antiga era o salto acrobático (kybístema). Essa exibição consistia na execução de um salto sobre um touro, considerado perigoso, o saltador apoiava as mãos nos chifres do animal que lançava seu corpo ao ar e este realizava um mortal, aterrissando em pé no dorso do touro, em seguida o apoio dos pés no solo. 
	Exercícios acrobáticos também eram realizados na China Antiga, Mongólia, Roma, ou seja, as diversas culturas do mundo apresentavam acrobacias em rituais religiosos e festejos, como forma de divertimento ou mesmo na preparação física de soldados.
	Na Idade Média a acrobacia sobreviveu por meio dos artistas/acrobatas e funâmbulos, em apresentações acrobáticas nos palácios e ruas, e tinha como finalidade a diversão dos reis, senhores feudais e cidadãos. 
	Após a transformação e sistematização das práticas corporais no século XIX, por meio dos métodos ginásticos europeus, houve uma padronização dos exercícios acrobáticos dentro dos mais variados tipos de ginástica.
	Atualmente as ginásticas utilizam-se das mais variadas formas de acrobacias, algumas são comuns a todas, outras tem maior grau de dificuldade e exigem mais treinamento e são específicas de uma determinada modalidade.
Quem não se lembra do “duplo twist carpado”? Realizado pela ginasta Daiane dos Santos, que foi considerado por um tempo a mais difícil acrobacia do mundo com a nota mais alta da ginástica artística.
Segurança
- É importante enfatizar que a acrobacia principalmente na fase de aprendizagem, requer muita segurança e proteção, então é normal solicitar ajuda ou mesmo ter certo receio e medo de praticá-las.
- Porém se as devidas precauções forem tomadas, não haverá problemas na execução dos movimentos:
- Realizar os rolamentos sobre colchões, colchonetes ou tatames de EVA.
- Manter uma direção na realização dos movimentos, para os alunos não trombarem durante a aula.
- No início auxiliar individualmente cada aluno, com o apoio das mãos na cabeça e costas.
- Oriente os alunos a não realizarem as acrobacias em qualquer lugar, como ruas e parques, pois se houver algum erro pode causar lesões e/ou fraturas.
Experimentação e Fruição - O que fazer?
1) Atividade: Rolamentos
Objetivo da atividade:
- Conhecer e praticar o rolamento para frente e para trás.
- Material: colchões, colchonetes ou placas de EVA.
- Organize cantos ou fileiras com materiais disponíveis como colchões, colchonetes, tatames de EVA entre outros materiais.
- Inicialmente apresente movimentos preparatórios para a realização dos rolamentos.
- Deitado no chão abraçar as pernas e realizar uma gangorra.
SUGESTÃO DE IMAGENS
- Realizar uma atividade de sensibilização.
- Solicite primeiramente que os alunos rolem lateralmente e aponte alguns comandos.
- Rolar deitados com os braços próximos ao corpo.
- Rolar com os braços afastados do corpo.
- Rolar com as pernas flexionadas.
- Rolar com as pernas afastadas.
- Rolar em cima dos companheiros deitados em decúbito ventral.
- Os aclives e declives auxiliam bastante nos rolamentos tanto para trás como para frente.
- Rolar em uma pequena rampa feita com colchonetes para cima e para baixo.
	
	
- Em quadrupedia elevar o quadril apoiar o queixo no peito e em seguida a coluna no chão até completar o rolamento sentado.
- Alguns alunos podem ficar com medo e receio de realizar o rolamento, muitas vezes devido à falta de vivência do corpo em posições de inversão (cabeça para baixo), o importante é não forçar e facilitar os movimentos com apoios e auxílio individual.
- Em duplas o colega pode ajudar o colega a se levantar.
- Ou com apoio individual do professor.
Discussão
	Após as vivências converse com os alunos:
- O que vocês sentiram ao realizar os movimentos?
- Foram difíceis? Foram fáceis? Ficaram com medo?
- Do que mais gostaram?
- Quem conseguiu rolar e ficar em pé? Sem ajuda? Com ajuda?
- Como a posição do corpo tem que ficar durante o rolamento? (Enrolado como um tatu bola).
	Estimule que os alunos verbalizem suas sensações, a aprendizagem não ocorrerá em apenas um momento, requer mais repetições, então encoraje sempre os que ainda não conseguiram realizar o rolamento.
2) Atividade: Roda
Objetivo: 
- Aprender a realizar a roda.
Material: banco sueco, tampa de plinto ou colchões velhos enrolados.
- A roda é popularmente similar a “estrela” (no circo) ou “au” (na capoeira). Muitas crianças podem conhecer ou já terem praticado o movimento em outra situação fora da aula. 
- Aproveite esse conhecimento para iniciar a sua aprendizagem, os alunos podem demonstrar ou mesmo auxiliar o colega dando-lhe dicas e fazendo observações.
- A roda é realizada com o apoio alternado das mãos e em seguida dos pés.
- Coloque obstáculos largos, tampa do plinto, banco sueco ou colchões amarrados, para o aluno apoiar as mãos e passar os pés alternadamentepara o outro lado.
 mãos
 
 início	 pés
- Oriente os alunos a passar pelo obstáculo com a perna cada vez mais alta.
- Caso seja necessário, auxiliar o aluno a passar pelo obstáculo realizando um apoio com as mãos em sua cintura.
SUGESTÃO DE IMAGENS
- Utilize uma linha desenhada no chão.
- O aluno deve tentar apoiar as mãos alternadamente e os pés dentro da linha.
- Esse movimento também pode ser realizado com auxílio do professor.
3) Atividade: Construindo obstáculos
Objetivo: 
- Construir junto com os alunos um caminho com obstáculos, intercalando rolamentos e deslocamentos.
Material: colchões, colchonetes, cadeiras, cones cordas, aclives e declives.
- Por exemplo: andar em ziguezague, realizar um rolamento no colchão, pular uma corda, realizar um rolamento no tatame, dar a volta no cone, rolar embaixo de uma corda presa a certa altura e voltar para o seu lugar.
- Pode ser realizado em forma de estafetas.
- O importante é que os alunos sejam os autores desse caminho de obstáculos.
Para saber mais
Livro: Fundamentos de Ginástica Artística e de Trampolins. Autores: Fernando Augusto Brochado e Mônica Maria Viviani Brochado. Editora Guanabara Koogan, 2005. Neste livro é possível encontrar imagens de várias situações para a aprendizagem dos rolamentos e roda.
Site: Disponível <www.educadores.diaadia.pr.gov.br> acesso em 20 nov. 2014. O site traz muitas vivências realizadas em escolas públicas com materiais tradicionais e alternativos. 
Avaliação e Registro
- Os conteúdos de cada tema podem ser registrados por meio de desenhos dos alunos, imagens utilizadas nas aulas ou mesmo fotos dos alunos durante a experimentação.
- Pendure um varal na sala de aula e utilize pregadores para fixar as imagens, desenhos ou fotos e vá acrescentando conforme o andamento das aulas.
- Ao final ou mesmo no inicio de cada aula organize uma roda de discussão sobre o que os alunos reconhecem nas imagens do varal, quais são os objetos do conhecimento desenvolvidos nas aulas, o que eles se lembram das aulas anteriores e o que eles realizaram fora da escola, se possível prepare um quadro de anotações individuais e coletivas para poder avaliar o conhecimento adquirido.
ESPORTE – 1º ANO
	UNIDADE
ESPORTE
	Para
Começar
	Textos que informam
	O que fazer?
	Para sensibilizar e incluir
	Para saber mais
	Avaliação/registro
	Tema 1: no mundo do esporte
	imagens variadas de modalidades esportivas
	o esporte e sua diversidade
	recorte e colagem de figuras relacionadas aos esportes
	figuras de esportes paralímpicos 
	manual de esportes da Turma da Mônica
	desenho e pintura
	Tema 2: esporte de precisão 
	imagens de modalidades esportivas de precisão
	o jogo de boliche
	derruba garrafas 
	lançamento da bola sentado na cadeira e com as penas amarradas
	indicação do site da Confederação Brasileira de Boliche
	pintura das figuras
Tema 1: No mundo do esporte
Objetivos 
Conhecer a diversidade das modalidades esportivas.
Perceber que no mundo do esporte há uma grande variedade de modalidades, sendo praticadas em diferentes espaços físicos, utilizando materiais diversos, podendo ter a representação individual ou coletiva de uma equipe/clube/país.
Experimentar/vivenciar o futebol em campo reduzido
Para começar
Nesse primeiro momento o propósito é que os alunos comecem a entender a diversidade que há no esporte, para tanto, questioná-los sobre: o conhecimento de modalidades; diferentes ambientes que podem ser praticados, como quadra, campo, piscina, gelo; tipos de materiais a serem utilizados, como bolas, tacos, patins, raquetes; se o esporte é individual ou coletivo. 
A partir das figuras de modalidades esportivas variadas pergunte aos alunos:
- Quais desses esportes vocês conhecem?
- Eles são praticados em quais ambientes (espaços físicos)?
- Que materiais utilizam?
- Quais tem uma pessoa na equipe (time) e quais têm mais pessoas na equipe (time)?
- Os jogadores utilizam alguma proteção para não se machucarem?
 
 Críquete			 Beisebol			 Polo
 
 Patinação Artística	 Hóquei sobre Patins	 Polo Aquático
 
 Natação		 Nado Sincronizado		 Badminton
	 
 Basquetebol			 Futsal			Voleibol
 
 Handebol		 Atletismo		 Futebol
 
 Tênis			 Boxe				Rúgbi
Análise e Compreensão
Textos que informam: O esporte e sua diversidade 
O esporte caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos, regido por um conjunto de regras institucionalizadas por organizações, tais como: associações, federações e confederações esportivas, estas responsáveis pela definição das normas de disputa e promoção do desenvolvimento das modalidades em todos os níveis de competição.
Essa prática corporal apresenta uma importante expressão na sociedade, inclusive autores que estudam a pedagogia do esporte a consideram como um fenômeno sociocultural. As pessoas têm acesso ao esporte de diferentes maneiras, seja pela vivência da própria prática esportiva, pela observação de outros indivíduos praticando determinadas modalidades em espaços públicos e/ou clubes privados, como também por meio dos diversos canais de comunicação, tais como jornais escritos, televisão, internet, ou ainda pela simples conversa no dia a dia com os amigos.
Entretanto, boa parte dos alunos acaba conhecendo um número reduzido de modalidades esportivas, geralmente aquelas que apresentam maior evidência na sociedade na qual o educando está inserido, comumente coincidindo com as que recebem maior divulgação na mídia, essencialmente a televisiva. 
O mundo do esporte apresenta uma diversidade de modalidades que, em algumas situações, para a prática regular das mesmas é estabelecida quase que uma dependência com as condições climáticas do país ou da região, como é o caso das modalidades pertencentes ao programa dos Jogos Olímpicos de Inverno (biatlo, bobsled, combinado nórdico, esqui alpino, esqui cross-country, esqui estilo livre, curling, hóquei no gelo, luge, patinação artística, patinação de velocidade, patinação de velocidade em pista curta, salto de esqui, skeleton, snowboard). Enquanto que outras, mesmo não havendo essa dependência, acabam não sendo tratadas no ambiente escolar, por serem desconhecidas ou pouco conhecidas pelos alunos e até mesmo pelos próprios professores. Salienta-se que o professor não é obrigado a conhecer todas as modalidades, bem como não é a ideia de que seja tratado um número exagerado de modalidades nas aulas de Educação Física escolar, mesmo porque isso seria algo inviável e praticamente impossível de ocorrer. 
Porém, mostra-se significativo o aluno ter o entendimento dessa diversidade, sendo possibilitado o conhecimento de uma variedade de modalidades, tendo claro que, algumas delas podem ser vivenciadas no âmbito escolar, a partir de adaptações para que isso ocorra, e que, em contrapartida, outras modalidades, mesmo não havendo a sua experimentação prática, possam ocorrer oportunidades de os alunos as conhecerem, sendo utilizadas diferentes estratégias, como imagens e textos explicativos contendo características e regras ou mesmo a visualização em sites da internet, filmes em dvd e vídeos no youtube.
Desta forma, mesmo não fazendo parte de modalidades convencionais pertencentes à sociedade em que o educando está inserido, é importante que ele possa, a partir de um tratamento pedagógico que propicie o contato com variados esportes, estabelecer uma ampla visão das inúmeras possibilidades oferecidas dentro deste conteúdo. 
Experimentação e Fruição
O que fazer?
1. Recorte e colagem de figuras
Objetivo da atividade: diferenciar as práticas corporais que são ou não consideradas esporte.
Materiais: revistas, jornais, tesoura, cola, cartolina
Dividir os alunos em grupos, distribuir revistas e jornais a cada grupo e solicitar que os alunos: 
- localizem e recortemfiguras de modalidades esportivas; 
- em seguida entregar uma cartolina a cada grupo para que colem as figuras selecionadas nesta cartolina (antes da colagem é importante que o professor faça uma interferência nos grupos para identificar as figuras que representam modalidades esportivas e as que não representam, pois os alunos nesta faixa etária dificilmente apresentarão o conhecimento necessário para definir o que é ou não esporte);
Discussão
Retomar as questões tratadas em “para começar”, reforçando itens como: materiais utilizados, ambiente que é praticado, conhecimento prévio da modalidade.
Apontar cada modalidade, retomando algumas questões do início da aula e acrescentando outras: 
- Se conhecem a modalidade; o nome da modalidade; 
- Quais materiais utilizam; 
- Em qual espaço físico é praticada; 
- O que deve ser feito para vencer; 
- Se já viram a prática dessa modalidade na televisão, em praça pública, na rua, no clube. 
(É importante o professor explicar que as figuras que não foram coladas se justificam por não serem consideradas esportes, podendo apresentar outra característica de atividade física). 
2. Jogo de futebol reduzido
Objetivo da atividade: experimentar/vivenciar o futebol em espaço reduzido
Materiais: bolas, cones, giz ou corda 
Formar grupos pequenos (3 a 4 alunos), dividir o espaço físico em mini campos (mini quadras) e propor a vivência de alguma modalidade esportiva bastante conhecida dos alunos, promovendo um rodízio das equipes nos mini campos, fazendo com que cada grupo jogue com o maior número possível de equipes (exemplo: futebol com a trave do gol sendo representada por cones e a demarcação das linhas feita com giz ou corda). 
Discussão
Apresentar alguns questionamentos aos alunos:
- O que devo fazer para vencer o jogo de futebol?
- O que devo fazer para não perder o jogo de futebol?
- Quais movimentos foram executados sem ter contato com a bola?
- Quais movimentos foram executados tendo contato com a bola?
Explicar que, os objetivos a serem alcançados para procurar vencer e tentar não perder, como também os movimentos realizados durante a atividade estão inseridos na modalidade esportiva futebol (é importante esclarecer que foi utilizado o futebol para ilustrar o tema da aula, porém, sem entrar em detalhes, explicar que a prática realizada é diferente do jogo de futebol que assistimos na televisão, pois esse possui regras e materiais oficiais). 
Construção de valores
Para sensibilizar e incluir
Questionar aos alunos se eles conhecem algum esporte para pessoas com algum tipo de deficiência.
Basquete em cadeiras de rodas
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjI2LyByf_UAhWHnJAKHZmXClYQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DqCkB5oU16oc&psig=AFQjCNHNq1fG50C-3j6h-P6X8jTW3VEteg&ust=1499805429241031
Voleibol sentado
https://sportsregras.com/voleibol-sentado-historia-regras/
Golbol
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj0ror5yf_UAhVKHpAKHaouBtsQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Faa.com.tr%2Fen%2Fanadolu-post%2Fturkey-s-women-win-gold-in-goalball-at-paralympics%2F647343&psig=AFQjCNGwa_a4VzxpRElE-aEwhtTcIvmVIQ&ust=1499805682640116
Natação para pessoas com deficiência física
http://www.bestswim.com.br/2016/08/27/a-diferenca-da-natacao-convencional-e-a-paralimpica/
Futebol de 5 (para cegos)
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiT0a2By__UAhUEQ5AKHTCBD6gQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fgloboesporte.globo.com%2Fparalimpiadas%2Fnoticia%2F2014%2F11%2Ffutebol-de-5-brasil-encara-china-em-busca-do-primeiro-lugar-no-grupo.html&psig=AFQjCNGnjHAe2D3CJlk0qKWk0b_t5zxLpw&ust=1499805971425930
Esgrima em cadeira de rodas
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjiyt6_y__UAhUMOZAKHfo2BSUQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fportaliniciaoparadesportiva.blogspot.com%2Fp%2Fesgrima-em-cadeira-de-rodas.html&psig=AFQjCNFIqpqkRmHq3euO9kwvKT-Tm6aunA&ust=1499806067876088
Atletismo para pessoas com deficiência física
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiq4POEzP_UAhWJIZAKHUEdDrAQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fgloboesporte.globo.com%2Fatletismo%2Fnoticia%2F2013%2F07%2Fesporte-paralimpico-brasileiro-investe-em-ct-cadeirantes-e-anoes-para-2016.html&psig=AFQjCNHnemFY-VGT2IyxQ3LkmuaX7L_XOQ&ust=1499806222172143
Explorando as imagens, aproveitar para discutir com os alunos o direito de todas as pessoas terem a possibilidade de acesso à prática esportiva.
Para saber mais
Manual de Esportes do Cascão – Coleção de Manuais da Turma da Mônica. Autor: Maurício de Sousa. Editora Globo. São Paulo, 2003.
Avaliação/ Registro
Solicitar que os alunos desenhem e pintem o esporte preferido e depois que contem um pouco para a turma o que sabem sobre esse esporte e qual sua experiência com ele.
Tema 2: Esporte de precisão
Objetivos 
Identificar modalidades esportivas nas quais o principal objetivo é ter boa precisão no movimento para acertar o alvo ou o objeto (boliche, arco e flecha, tiro ao alvo), ou então fazer com que o implemento se aproxime o máximo possível de algum objeto ou alvo (bocha, curling), ou ainda realizar o menor número de tacadas possíveis (golfe).
Experimentar/vivenciar movimentos de lançamento com os membros superiores. 
Para começar 
No primeiro momento o intuito é explicar aos alunos que existe um conjunto de esportes nos quais o mais importante não é a habilidade com a bola, ou a força, ou a velocidade, ou um time entrosado, mas sim a precisão, que também podemos chamar de pontaria ou mira. Em outros esportes, como o basquetebol, voleibol ou o futebol a pontaria também se apresenta, porém não se caracteriza como o foco central dessas modalidades.
Tendo como referência as imagens, construir com a turma conceitos referentes aos significados de pontaria ou mira, realizando algumas perguntas:
- Quando uma pessoa fala: “mire naquela direção que você não vai errar!” O que ela quer dizer?
- E quando a pessoa fala: “você precisa melhorar a pontaria, senão não vai acertar nunca!” O que isso significa?
- Então o que nós podemos entender como mira ou pontaria?
- Nos esportes como o futebol, o basquete, o vôlei, por exemplo, é importante que os jogadores tenham uma boa mira? Por quê?
- Vocês sabiam que existem outros esportes, nos quais a pontaria é ainda mais importante para conseguir se dar bem? Vamos tentar nos lembrar de alguns destes esportes? (Ex.: boliche, tiro ao alvo, arco e flecha, bocha, golfe etc.; pode ser que algum aluno se lembre de alguma atividade que não seja esportiva, como aqueles brinquedos nos quais se arremessa uma argola em caixas de fósforos, ou bolas na boca de um boneco em formato de palhaço etc., nestes casos se mostra interessante o professor estimular tais conclusões, enfatizando seu caráter de precisão, mas aproveitando a oportunidade para introduzir elementos do conceito de esporte de forma bem simplificada, ou seja, comentar que nem todas as práticas corporais podem ser consideradas como esporte, pois, para que isso ocorra, há necessidade de normatização das suas regras e a modalidade pertencer a uma instituição, como federação ou confederação esportiva).
		
		
Análise e Compreensão
Textos que informam: O jogo de boliche
O jogo de boliche de brinquedo (imagem 1) ou mesmo a utilização de garrafas pet e bolas de borracha é uma forma interessante de trabalhar de maneira adaptada o boliche no ambiente escolar, enquanto esporte de precisão. Mas é importante ter a compreensão de que o esporte chamado boliche (imagens 2 e 3) contém regras e normatizações como qualquer outra modalidade esportiva. Ele é jogado com pinos colocados em um formato de triângulo (imagem 4), que devem ser acertados pelo jogador ao lançar uma bola. 
A bola de boliche possui buracos (imagem 5) para que o jogador encaixe seus dedos e execute o lançamento. É um esporte que exige bastante precisão, pois o objetivo é derrubar o maiornúmero de pinos com o menor número de lançamentos possível.
As bolas pesam entre 2,72 kg e 7,25 kg (de crianças a adultos), em cada bola há 3 buracos para encaixar os dedos do jogador. São 10 pinos a serem derrubados, cada pino tem aproximadamente 50 cm de altura e pesa cerca de 1,5 kg, sendo a distância entre o lançamento e os pinos de 18,20 metros.
A respeito da origem desse esporte, não há consenso, ocorrendo algumas hipóteses como:
- Uma das versões correntes quanto ao aparecimento do jogo que se transformou em esporte relata que um arqueólogo inglês encontrou na década de 1930, uma tumba de 3.200 a.C. de uma criança egípcia com pinos e bolas que poderiam ser de um jogo, talvez até um tipo de boliche primitivo.
- Há estudos que mencionam um jogo, na Polinésia, chamado de “ula maika”, tido como a origem do boliche. Segundo historiadores, trata-se de um dos mais antigos esportes de bolas arremessadas, sendo considerado um irmão da bocha.
 
 
 Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4		Imagem 5
Imagem 1: Pinos e bolas de plástico, de um jogo de boliche de brinquedo.
Disponível em: <http://img2.posthaus.com.br/Web/posthaus/fotos/50240_600_1.jpg>
Imagem 2: Bola de boliche derrubando os pinos.
Disponível em: <http://www.imotion.com.br/imagens/data/media/77/2005boliche.jpg>
Imagem 3: Jogador de boliche realiza um lançamento.
Disponível em: <http://seriesedesenhos.com/br2/images/stories/boliche.jpg>
Imagem 4: Representação da disposição dos 10 pinos de boliche em formato de triângulo.
Imagem 5: Bola de boliche.
Disponível em: <http://homelandfundraising.com/bowling-ball7.jpg>
Experimentação e Fruição
O que fazer? 
1. Derruba garrafas
Objetivo da atividade: executar o movimento de lançamento da bola com o propósito de acertar os alvos determinados
Materiais: bolas de borracha, garrafas pet 
Proporcione variadas atividades de acertar o alvo com bolas de borracha e garrafas pet servindo como alvos. As variações podem ser proporcionadas mudando a distância em relação ao alvo e a disposição dos mesmos (garrafas espalhadas ou garrafas concentradas em um ponto), além da forma de lançamento, que pode ser com as mãos e pés de diferentes maneiras.
Discussão
- Após a vivência procure problematizar com os alunos as dificuldades e facilidades proporcionadas pelas variações de distância, disposição dos alvos e tipos de lançamentos. 
- Vale a pena ressaltar ainda que é importante que todos torçam pelos companheiros, valorizando a participação e sempre advertindo para a necessidade de se respeitar os colegas, não condenando o erro, pois nem todos possuem a mesma precisão/mira/pontaria e o erro faz parte da atividade, não podendo ser encarado como um fator desmotivador ou inibidor.
2. Derruba garrafas com organização dos alunos
Objetivos da atividade: executar o movimento de lançamento da bola com o propósito de acertar os alvos determinados; criar novas possibilidades de organização da atividade
Materiais: bolas de borracha, garrafas pet 
Divida a turma em pequenos grupos e proponha que os próprios alunos organizem a disposição dos pinos, procurando criar configurações que facilitem e outras que dificultem a derrubada e estabeleçam suas próprias regras como a distância, a forma de lançamento e a quantidade de tentativas.
Discussão
- Retome com os alunos as figuras apresentadas no início do tema, bem como as questões realizadas em “para começar” com os alunos, com o propósito de reforçar o conceito de que o mais importante para se dar bem no boliche e em outros esportes, categorizados como esportes de precisão, é ter uma boa “pontaria/mira”.
- O processo de exploração e construção das regras também é um ótimo tema para reflexão, pois possibilita aos alunos a percepção da importância de que todos devem seguir os mesmos parâmetros para que o jogo se desenvolva de forma justa e desafiadora.
Construção de valores
Para sensibilizar e incluir
Questione os alunos: será que as pessoas com deficiência física podem jogar boliche? Realize a atividade “derruba garrafas” com os alunos estando sentados em uma cadeira com as pernas amarradas por uma corda (o propósito é simular o movimento a ser executado por um cadeirante)
Para saber mais
Site da Confederação Brasileira de Boliche (CBBOL). Disponível em www.cbbol.org.br Acesso em 03 nov. 2014. 
Avaliação/Registro
Pinte os esportes de precisão
 
 
 
 
 
	Unidade Brincadeiras e Jogos - 1º Ano
	Para começar
	Textos que informam
	O que fazer?
	Para sensibilizar e incluir
	Para saber mais
	Avaliação/Registro
	Tema 1: As brincadeiras e os jogos da cultura popular
	Roda de conversa
	Os jogos e as brincadeiras da cultura popular
	- Pesquisa com familiares
- Jogos de perseguir
- Batata-quente
- Telefone sem fio
- Corda
- Amarelinha
	- Batata-quente vendado
- Pega-pega corrente
	- Livro
- Vídeos
	- Painel
BRINCADEIRAS E JOGOS – 1º ANO
TEMA 1: AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS DA CULTURA POPULAR
Objetivo
- Conhecer, reconhecer e vivenciar as brincadeiras e os jogos da cultura popular do contexto comunitário como práticas que integram a cultura corporal. 
Para começar
Explique aos alunos o que são e que as brincadeiras e os jogos da cultura popular existem há muito tempo, e que, possivelmente quando eram crianças, seus pais, tios, e até mesmo avós já vivenciaram esses jogos. No entanto, o modo que é jogado hoje em dia pode ser diferente, pois as pessoas vão apresentando novas formas de jogar o mesmo jogo.
Em roda instigue os alunos a se manifestarem sobre quais brincadeiras e jogos eles já vivenciaram, o espaço, com quem jogaram e quais são os seus preferidos, começando a identificar os que estão presentes no seu contexto comunitário.
Análise e Compreensão
Textos que informam: Os jogos e as brincadeiras da cultura popular
Os jogos e as brincadeiras populares são parte da cultura humana e estão sempre em transformação, não se conhece a origem e nem quem são os criadores desses jogos que são transmitidos de maneira oral de geração em geração e por isso, muitas vezes, sofrem modificações. Além do anonimato, os jogos e brincadeiras populares tem como característica a tradicionalidade, a conservação, a mudança e a universalidade (KISHIMOTO, 2010).
Segundo Huizinga (1980) o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegra e de uma consciência de ser diferente da “vida quotidiana” (p. 33).
u
Muitos jogos e brincadeiras que hoje conhecemos foram realizados por diversos povos antigos a milhares de anos de várias partes do mundo, fazendo parte dos rituais que celebravam a vida, a colheita, comemorações e até mesmo ritos de passagem. Alguns destes jogos conservaram sua estrutura inicial e outros sofreram mudanças ganhando novas configurações. O jogo é um elemento intrínseco a cultura da humanidade, uma atividade prazerosa que atualmente está presente principalmente nos momentos de lazer e diversão de pessoas de qualquer idade (HUIZINGA, 1980; FREIRE, 2002; KISHIMOTO, 2010). 
Se antes estes eram jogados na rua, em festas, com irmãos, parentes e amigos, atualmente, com a violência urbana os jogos são muitas vezes trocados pela televisão e pelos jogos digitais, fato que modifica o desenvolvimento da cultura infantil e da socialização da criança. Assim, pode ocorrer de alguns jogos tradicionais ficarem na memória somente dos adultos, pois devido a vida agitada eles não têm tempo para brincar com as crianças, além disso, as gerações mais novas tem contato com outros tipos de jogos. O importante é que os jogos tradicionais sejam resgatados e não caiam no esquecimento.
As brincadeiras e os jogos populares tratados pedagogicamente dentro do ambiente escolar auxilia tanto no desenvolvimento da criança quanto na divulgação destes. A EducaçãoFísica na escola deve tratar deste conteúdo a fim de resgatar este elemento da cultura corporal e incorporá-lo novamente no cotidiano das crianças, proporcionando diferentes vivências, instigando o conhecimento e a valorização das brincadeiras e dos jogos populares.
Vamos jogar?
Experimentação e fruição
O que fazer?
1. Pesquisa com familiares
Objetivo 
- Conhecer e experimentar as brincadeiras e jogos do contexto familiar 
- Explicar a partir de uma das linguagens (corporal, visual, oral e escrita) um jogo ou uma brincadeira popular do contexto familiar
Solicite que os alunos realizem uma pesquisa com um de seus familiares ou parentes (Pai, Mãe, Tio(a), Avó(ô), Primo(a), entre outros) a partir das questões inseridas na ficha presente no final deste tema. Convide os familiares dos alunos para os ajudarem nesta tarefa.
Estipule um tempo para que a pesquisa seja realizada. No dia da apresentação cada aluno deve a realizar conforme a opção de uma linguagem (corporal, visual, oral e escrita) escolhida. Coloque na lousa os nomes dos jogos e brincadeiras exibidos por todos os alunos, montando um quadro e discuta novamente as características dos jogos e brincadeiras da cultura popular. 
Após o termino de todas combine com os alunos os dias em que um ou mais jogos e brincadeiras serão realizados e se haverá ou não a presença de um familiar, oportunize a vivência de todas as atividades apresentadas pelos alunos. É interessante que este trabalho seja feito em conjunto com os responsáveis a fim de sedimentar a tradicionalidade, a conservação e o resgate dos jogos e brincadeiras desconhecidos pelas gerações mais novas.
Para complementar este trabalho seguem alguns jogos e brincadeiras da cultura popular que podem estar presentes no seu contexto comunitário:
2. Jogos de perseguir
Pega-pega
Entre a gama de jogos da cultura popular, sugere-se como ponto de partida iniciar com os jogos de perseguir e pegar. Tal escolha se dá devido ao fato desses jogos tradicionais serem atrativos e de fácil compreensão. Os principais objetivos desses jogos são fugir, perseguir ou pegar os participantes, seja em equipe ou não. A inserção da criança às regras é um dos princípios básicos para o desenvolvimento do jogo. Esses jogos geralmente não requerem materiais, ou, em alguns casos necessitam apenas de uma bola ou outro implemento comum. 
Objetivo
- Conhecer, vivenciar e identificar as características de diferentes jogos de perseguir
- Inicie ensinando os alunos os jogos de perseguir do contexto comunitário e depois apresente os demais jogos não citados pelos alunos que estão presentes neste livro.
- Para apresentar o pega-pega simples, informe que um pegador tem a função de perseguir ou pegar os fugitivos, que por sua vez buscam não serem pegos.
- Um aluno inicia como pegador.
- O companheiro que ele pegar se torna o novo pegador e assim por diante;
- Todos os alunos devem experimentar o papel de pegador e de fugitivo até compreenderem a dinâmica desta atividade. 
Depois apresente formas variadas do pega-pega:
Pega americano.
- O jogo se inicia com um pegador.
- Aqueles que forem pegos ficarão parados com as pernas afastadas.
- Quem estiver fugindo dos pegadores deverá livrar quem for pego passando por debaixo de suas pernas, para que este volte a correr. 
Pega fruta 
- Define-se o pegador inicial.
- Os fugitivos para não serem pegos devem falar o nome de uma fruta e se abaixar antes de serem tocados pelos pegadores. 
- Aqueles que forem pegos deverão permanecer imóveis até serem tocados por outro participante.
Pega gelo 
- O jogo se inicia com um pegador. 
- Os fugitivos devem se espalhar pelo espaço disponível, aqueles que forem pegos ficarão parados (congelados), podendo voltar a fugir quando algum participante lhe salvar, tocando em qualquer parte de seu corpo.
Acorda seu urso
- Explique aos alunos que o nome do jogo é acorda seu urso e leia o texto a seguir. 
Acorda seu urso
Certa vez o porteiro da escola ouviu a seguinte história de um menino:
Conta-se que há muito tempo atrás havia uma avó que cuidava de um netinho muito amoroso e limpinho, que dormia cedo e nem roncava.
Sabem por que ele dormia cedo? Nem eu.
A avó, apesar de velhinha levava o menino para a escola todas as manhãs, a única dificuldade dela era acordar. Todos os dias o menino se levantava e tinha que ir acordar a avó, ia até a cama da avó e dizia:
Vovozinha querida... Sei que a senhora precisa dormir para descansar, mas eu preciso sair para estudar, por favor, acorde.
A avó lentamente levantava, se espichava, e o menininho acompanhava.
Um dia o menino sonhou com um urso e fez xixi na cama. Acordou de mau humor e então para o quarto da avó ele caminhou.
Como de costume foi acordar a avó, enquanto ele dizia:
Vovozinha querida... Sei que a senhora precisa dormir para descansar, mas eu preciso sair para estudar, por favor...
A avó deu um enorme ronco dando um grande susto no menino. Então, ele disse assim:
Vovozinha querida... Sei que a senhora precisa dormir para descansar, mas eu preciso sair para estudar, por favor, acorda seu ursooooooooooooo.
Regras do jogo:
- São escolhidos um ou mais pegadores, que serão os ursos, e iniciam o jogo “dormindo” em sua caverna (local delimitado na quadra).
- Os demais participantes se espalham pelo espaço de jogo e tentam acordar os ursos com a canção: “Acorda seu urso, uma hora. Acorda seu urso, duas horas. Acorda seu urso, três horas. Acorda seu urso...”. 
- Quando os ursos acordarem se inicia a perseguição. 
- Aqueles que forem pegos são levados para a caverna. 
- O jogo termina quando todos participantes forem pegos.
Discussão
Ao finalizar a vivência destes jogos de perseguir questione os alunos para verificar se eles compreenderam o que são os jogos de perseguir e possam refletir sobre suas atitudes perante as diferentes situações na atividade.
- Quais os nomes dos jogos vivenciados?
- Alguém já realizou estes jogos em outro espaço, com amigos, familiares ou parentes?
- Como foi para vocês conhecerem estes jogos da cultura popular?
- Alguém conhece algum outro tipo de pega-pega ou algum jogo parecido com o acorda seu urso?
- O acorda seu urso é um jogo de perseguir? Por quê?
- O que sentiram no momento em que foram os pegadores? E quando foram os fugitivos?
- Você ou algum colega não cumpriu as regras do jogo? 
- O que acontece quando não cumprimos as regras?
De oportunidade aos alunos para expressarem suas opiniões sobre o ocorrido e reforce a importância de se obedecer as regras do jogo para que eles possam aproveitar com respeito e se divertir durante a atividade. Retome com os alunos a importância de se conhecer os jogos da cultura popular e as variações que estes podem ter de acordo com o contexto em que são realizados.
3. Batata-quente
A batata-quente é um jogo em que o formato de organização e distribuição dos alunos é em roda, sendo necessariamente realizado com os participantes formando um círculo. Apesar de não se saber ao certo a origem no jogo, há estudos que apontam para sua origem africana. Este jogo foi muito praticado no século XIX utilizando um boneco em formato de batata. Nos Estados Unidos a brincadeira chama-se Hot Potato e a canção do jogo é diferente da que cantamos. A brincadeira se sofisticou e surgiram objetos que regulam o tempo de passagem nas mãos seja com música, como o Spudie, ou com um choque, como o Shockball.
Objetivo
- Conhecer e vivenciar o jogo batata-quente.
Materiais: bola.
- Sentados em roda os alunos devem passar uma bola (ou outro objeto qualquer) cantando: “Batata quente, quente, quente, quente...”. 
- O comando “queimou” será dado por alguém que estará com os olhos fechados, desde o início da rodada. 
- Aquele que ficar com a bola nas mãos irá para o centro da roda e ficará uma rodada sem participar da brincadeira. 
- Cuide para que todos os alunos cantem pelo menos uma vez.
4. Telefone sem fio
Atualmente existem vários modos de se comunicar, quer seja pela mímica, pela escrita, pela voz, pela internet, pelo telefone e outros ainda. Conhecemos o telefone

Continue navegando