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Introdução e Citologia Bacteriana

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INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA 
Monitor: Jessé de Oliveira 
Microbiologia (Mikros: pequeno; Bio: Vida; Logos: Ciência) 
➢ HISTORIA 
 
❖ Início: Robert Hooke (1665) = Desenvolveu microscópio (primeiras observações de 
microrganismo) 
❖ Pai da microbiologia – Leeuwenhoek (1670) – Teoria Celular (descoberta da bactéria) 
❖ Peste bubônica e sífilis (milhões de morte) 
❖ A teoria germinal das doenças (1/2 séc. XIX) destrói a teoria da geração espontânea 
(Estudos inicias – Redi e Spallanzani, Pasteur). 
❖ Pasteur (1880) contribuições posteriores – Produção de vinho, técnica de pasteurização, 
Vacina antirrábica. 
❖ Koch (1882) - (Micobacterium tuberculosis, Vibrio cholerae) = 4 postulados - 
correlacionar organismo à doença: 1 – o agente em todos os casos da doença, 2 – o 
agente isolado de cultura pura, 3 – animal saudável inoculado deve desenvolver a 
doença e 4 – o agente recuperado a partir do animal inoculado. 
❖ Trabalhos para controlar infecções: Semmelweis (morte e febre puerperal) e Lister 
(1865) (técnicas de assepsia em cirurgias). 
❖ HANS CHRISTIAN GRAM – Desenvolve um método de corar as bactérias (1884) : 
GRAM + (roxo) e GRAM – (Vermelho). 
 
✓ Principais diferenças entre Fungos, Vírus e Bactérias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fungos: celular, filamentosos, 
leveduriformes, dimórficas 
Vírus: Acelular, RNA E DNA 
Bactérias: Celular, GRAM +, GRAM – e 
BAAR. 
CITOLOGIA BACTERIANA 
 
TAMANHO, FORMA E ARRANJO DAS 
CÉLULAS BACTERIANAS. 
➢ TAMANHO: 0,2 – 2,0 de diâmetro 
 2,0 – 8,0 de comprimento 
➢ FORMA: Formas básicas: Coco, 
bacilo e espiral 
OBS: Além das 3 formas básicas existem 
células estreladas, quadradas e planas e 
triangulares. 
A forma de uma bactéria é determinada por 
hereditariedade. 
 
ARRANJO BACTERIANO 
Quando as bactérias se dividem as 
células podem permanecer unidas uma ás 
outras formando um arranjo específico. 
Essas características são úteis na 
identificação das bactérias. 
VISÃO GERAL 
ESTRUTURAS INTERNAS E 
EXTERNAS 
➢ PAREDE CELULAR: 
Distinguindo bactérias pela parede 
celular. 
 
➢ PEPTIDIOGLICANO: 
1. GRAM (+) : São aquelas que 
obtém uma coloração violeta ou 
azul. Expressa camada de 
peptidioglicano. Ausência de 
membrana externa. Presença de 
proteínas, lipídeos e ácido 
teicóico e lipoteicóicos (aumenta 
a rigidez). 
2. Gram (-) : São aquelas que obtém 
uma coloração vermelho. Uma ou 
duas camadas de peptidioglicano 
(menos expressa). Presença de 
membrana externa. Espaço 
periplasmática (Espaço entre 
membrana citoplasmáticas interna 
e a parede celular). 
3. BAAR(Bactéria Álcool Ácido 
Resistente) 
 
COLORAÇÃO DE GRAM (Hans Cristian 
Gram) 
 Gram (+): (cora de roxo ou azul). 
 Gram (-): (Cora de Vermelho) 
SÍNTESE DO PEPTIDOGLICANO 
 
Ácido N-acetilmurâmico + Ácido N-
acetilglucosamina, ligados por peptídeos e 
proteínas. 
 
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA OU 
CELULAR 
Bicamada fosfolípidica (40%) + 
Proteínas (60%). Estabelece fronteira entre 
a célula e o meio. Modelo do mosaico 
fluido. 
Funções: 
1. Entrada e saída de substância. 
2. Sintetizam componentes da parede 
celular. 
3. Ajuda na replicação do DNA. 
4. Secreta Proteínas. 
5. Respiração e captura de ATP. 
6. Base dos flagelos. 
MOVIMENTO DE SUBSTÂNCIAS 
ATRAVÉS DA MEMBRANA: (PROCESSO 
ATIVO OU PASSIVO) 
➢ Processos passivos: As substâncias 
passam da maior para menor 
concentração (a favor do gradiente). 
Sem gasto de energia (ATP) – Inclui: 
Difusão simples, facilitada e osmose. 
 
➢ Processos ativos: Transporte ativo e 
translocação de grupo (tem gasto de 
ATP). 
 
ESTRUTURAS EXTERNAS 
➢ GLICOCÁLICE 
(CÁPSULA OU CAMADA 
LIMOSA (VISCOSA) 
• Substância que contêm 
polissacarídeos encontrados fora da 
parede celular, é um polímero 
viscoso. Apresenta de duas formas: 
como cápsula e como camada limosa. 
• Cápsula: Estrutura protetora contra 
fagocitose e complemento, é mais 
espessa, nem todas bactérias as 
produzem. 
• Camada Limosa (viscosa): Menos 
ligada firmemente á parede celular e 
mais fina, ajuda a capturar nutrientes, 
impede a desidratação e liga as 
células umas ás outras. 
• Principais bactérias encapsuladas: 
Streptococcus Pneumoniae, 
Escherichia coli, 
Haemophilus influenzae. 
 
➢ FLAGELOS 
• Função: Motilidade (quimiotaxia, 
fototaxia) 
• Formação por proteínas: As 
flagelinas (proteína estrutural do 
flagelo) 
OBS: Cerca de metade das bactérias 
existentes são móveis. 
 
➢ FILAMAMENTO AXIAIS 
(ou endoflagelos) 
• Espiroquetas 
• Função: Motilidade. Ex: T. Pallidum 
(Sífilis) 
 
➢ PILI 
• São ocos, longos, (parece um cano), 
de pilina, poucos. Podem ser de 
conjugação ou ligação. 
 
➢ FÍMBRIAS 
• Curtas, muitas e de adesão 
 
ESTRUTURAS INTERNAS 
 
1. MEMBRANA PLASMÁTICA 
 
2. CITOPLASMA 
• Substâncias dentro da célula 
bacteriana (80% - água) 
• Proteínas (enzimas), 
carboidratos, lipídeos, íons 
inorgânicos. 
• É espesso, aquoso, 
semitransparente e elástico. 
• Principais estruturas: DNA, 
ribossomos e as inclusões 
(depósitos de reserva) 
 
3. ÁREA NUCLEAR (Ou 
nucleotídeo) 
• Contém única molécula 
circular longa de DNA de 
fita duplas – o cromossomo 
bacteriano e plasmídeos 
(transmitir informações). 
 
4. RIBOSSOMOS 
• São locais de síntese 
protéica 
• No citoplasma possui 
dezenas de milhares de 
ribossomos – aspecto 
granular. 
• Vários antibióticos atuam 
inibindo a síntese protéica. 
• EX: Estreptomicina. 
Gentamicina (30S), 
Eritromicina e 
cloranfenicol (50S). 
 
5. INCLUSÕES 
• Dentro da célula bacteriana 
há vários tipos de depósitos 
de reserva – inclusões. 
• Algumas são comuns a 
várias bactérias, outras 
limitadas a poucas espécie 
– Base para identificação. 
 
• Grânulos metacromáticos 
(polifosfato – p/ ATP) 
EX.: Corynebacterium 
diphtheriae. 
 
• Grânulos de 
polissacarídeos 
(glicogênio e amido). 
 
• Inclusões-lipídicas 
(Mycobacterium, Bacillus). 
 
• Grânulos de enxofre 
(Thiobacillus). 
 
• Carboxissomos (ribulose 
1,5-difosfato carboxilase). 
 
• Vacúolos de gás (cilindros 
ocos recobertos de 
proteínas p/ flutuação). 
 
• Magnetossomos (óxido de 
ferro imã). 
 
 
6. ENDOSPOROS 
• Células de “repouso” 
• Formas de resistência 
• Gêneros clostridium e Bacillos 
Biofilmes – comunidades microbianas 
complexas, envoltas por uma matriz adesiva 
e ancoradas às superfícies. Esse ambiente se 
torna propício ao crescimento bacteriano. 
Quorum Sensing – mecanismo de 
comunicação em que os microrganismos 
monitoram sua densidade populacional. Em 
condições de altas densidades 
populacionais, a comunicação entre os 
microrganismos faz com que eles 
apresentem alterações fenotípicas 
marcantes.

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