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Complexo de Édipo. Reflexão crítica – argumentativa Tema: Complexo de Édipo. Filho de Laio e Jocasta, Édipo é um personagem da Mitologia Grega. Nessa leitura, ele mata o próprio pai e desposa sua própria mãe. E quando se dá conta do que ele fez, como uma espécie de punição, metaforicamente, ele vasa os seus olhos com o intuito de externalizar "como não enxerguei isso o que fiz?" E por isso, ele encerra o privilégio de sua visão. E na sequência Jocasta, sua mãe, comete o suicídio. Freud se apropria desse mito somando-o a sua história de vida, no momento em que percebe esse acontecimento em sua infância quando admirava muitíssimo a sua mãe e odiava ao seu pai pelos interditos que ele fazia impedindo-o de estar com sua mãe com a frequência a que ele gostaria. Assim, a Teoria "Complexo1 de Édipo" é construída baseada nesse mito mais sua vivência infantil fazendo uma analogia com o funcionamento do aparelho psíquico. Existe uma lei que é a proibição do incesto. E essa lei vai ser interpretada, no discurso de Freud, através de sua inscrição, ou seja, "essa mulher (mãe) eu não posso, as outras todas eu posso." E essa é a ideia fundamental do Édipo, pois vai definir as estruturas clínicas a partir da inscrição que for efetuada ou não, dando origem às estruturas: neurose, psicose e perversão. O funcionamento dessa lei poderá ocorrer das seguintes maneiras: Quando ela se dá e o sujeito a inscreve, entra em evidência a estrutura neurose. O neurótico tem como traço fundamental o recalque. Quando por ele uma lei (pode ou não pode) é burlada, ele se sente culpado - precisa recalcar. Quando essa lei não é inscrita, ela é evidentemente prescrita (perde a validade), ou seja, não se deu. Logo, entrará em evidência, a estrutura psicose. Essa nunca se baseia na lei, ela tem o inconsciente como que "a céu aberto". Quando a lei se dá e o sujeito opta, conscientemente, por não acatá-la, burlando essa lei de forma decisiva. Entra em evidência a estrutura perversa. Logo, é importante entender o Édipo porque ele está diretamente vinculado à estruturação psíquica do sujeito, além da internalização da lei do incesto (posso - não posso). 1 Descrito e batizado com a expressão ‘complexo’ por Carl Jung. (http://www.infoescola.com/psicologia/complexo-de-edipo/). 2 O Édipo é um conceito universal e também essencial da psicanálise. Quando a criança atravessa a fase fálica ela tem despertado sentimentos opostos como o de amor e ódio e esses são direcionados aos pais ou para aqueles que lhe são mais próximos. É usual que ela se sinta atraída pelo sexo oposto, normalmente eleito no ambiente familiar. O Complexo de Édipo inaugura quando a criança ao atingir seus três anos de idade passa a ser alvo de várias interdições que até então não lhes eram conhecidas, pois o bebê foi habituado a receber total atenção bem como proteção. E agora já ‘crescidinho’ não pode mais fazer o que bem entende e nem compartilhar o tempo todo o leito dos pais, por exemplo. Assim, a criança ao perceber que não é mais o centro das atenções e começa a ter consciência das distinções entre ela e seus pais, ela entra na primeira fase de passagem, das várias que virão, em sua vida. Sendo essa de grande importância porque poderá definir seu comportamento na vida adulta, especialmente ao que se refere à sua vida sexual. É notório que a criança possui uma forte atração pelo sexo oposto (a menina pelo pai, o menino pela mãe) podendo ao mesmo tempo hostilizar a que ama, seu adversário – no caso da menina, a figura materna; no do menino, a imagem paterna, modelando dessa maneira os sentimentos conflitantes que formatam o Complexo de Édipo. Fonte: Google imagem, 2016.
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