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Consciência Voltada para a realidade Foco: parte mais iluminada Margem: periferia menos iluminada, mais nebulosa, onde surgem: Automatismos mentais – emissão de enunciados estereotipados e repetitivos Estados subliminares: capacidade da mensagem influenciar o receptor Inconsciente Um dos pilares da psicanálise e da psiquiatria dinâmica: determinante da vida psíquica Freud e Breuer, estudando histeria, perceberam que os atos podem ser regidos por algo que não é acessível para a consciência Pré-consciente: representações, ideias e sentimentos suscetíveis de serem evocados pelo esforço voluntário; fatos, lembranças, ideias que esquecemos e deixamos de lado Verdadeiro inconsciente: inacessível Acesso pelas formações do inconsciente: sonhos, chistes, ato falho, sintomas neuróticos Para Freud, a estrutura mental mais importante do psiquismo humano, é regida por: Princípio do prazer: evitar desprazer Condensação e deslocamento: de cargas energéticas são móveis Atemporalidade: não existe passado, presente e futuro Isenção de contradição: não há lugar para negação ou dúvida Alterações da Consciência QUANTITATIVAS Obnubilação: rebaixamento da consciência. Diminui o nível de vigilância e a claridade Diminuição da nitidez da atividade psíquica Sonolência Pensamento lento Pensamento confuso ou incoerente Desorientação Perda da atenção Apatia Falta de espontaneidade e perplexidade Sopor: estado de marcante turvação da consciência no qual o paciente pode ser apenas despertado por estímulo energético Coma: grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência Delirium (delírio é uma alteração da realidade, diferente deste, que é um rebaixamento da consciência, um estado confuso que pode ter delírios) → Causado por casos orgânicos Rebaixamento da consciência Alteração da atenção, memória de fixação e orientação Presença de ilusões, alucinações, onirismos, pensamento incoerente, delírios Sugestionabilidade, flutuação do grau de consciência QUALITATIVAS Dissociação da consciência: função corporal ou do psiquismo deixa de estar integrada à consciência. Ex: Conversão, Fuga e amnésias psicogênicas, Crises convulsivas não epilépticas (fuga da consciência por um momento pontual) Transe: contexto religioso-cultural Estado hipnóticos: estado de sugestão, conduzido por outra pessoa Atenção Capacidade de focalizar a atividade psíquica, de discriminar os conteúdos da consciência dirigindo-se a determinados estímulos Capacidade de foco, concentração Voluntária: concentração ativa e intencional Espontânea: interesse momentâneo, acidental Atenção flutuante Atenção seletiva Alterações da atenção Hipoprosexia: diminuição global da atenção, perda da capacidade de concentração, desinteresse, défcit intelectual Hiperprosexia: estado de atenção exacerbada, concentração sobre certos objetos (ex.: Paranoia) Distração: sinal ligado à atenção estar voltada a determinado objeto Orientação Capacidade de situar-se em relação a si e ao mundo, no tempo e no espaço Autopsíquica Quem é o (a) senhor(a)? Qual o seu nome? O que faz? Qual sua profissão? Quem são os seus pais? Qual sua idade? (verificar a idade real do paciente) Alopsíquica (voltado para dentro de si): Capacidade de orientar-se em relação ao mundo Orientação Temporal: Que dia é hoje? Qual o dia da semana? Qual o dia do mês? Em que mês estamos? Em que ano estamos? Qual a época do ano (começo, meio ou final?) Aproximadamente que horas do dia são agora? * Adquirida mais tardiamente na evolução psicológica da criança Orientação espacial: Onde estamos? Como se chama a cidade onde estamos? E o bairro? Qual o caminho da sua casa até aqui? Quanto tempo leva? Que edfício é este onde estamos? Em que andar estamos? MEMÓRIA Envolve a capacidade de: registrar, fixar e conservar e reproduzir a experiência anterior Memória genética (genótipo): informações biológicas (joão-de-barro) Memória imunológica: informações registradas pelo sistema imunológico Memória cognitiva (psicológica): guiada pelo SNC Memória cultural: conjunto de conhecimentos e práticas culturais Alterações da memória Amnésia de fixação ou anterógrada Perda da memória recente Perde-se os acontecimentos que ocorreram depois da ação que causou a amnésia Obnubilação (rebaixamento) da consciência Frequente em distúrbios neurocognitivos Ex.: Dory, procurando nemo Amnésia retrógrada ou de conservação Perda de recordações Amnésia Global Pode-se perder todo o passado da pessoa Pode ser aguda com desorientação alipsíquica Causa em geral Trauma crânio encefálico Pode ser gradual Demências ou dependência de álcool Amnésia Lacunar Perda de recordações limitadas a um espaço de tempo, em geral breve (minutos a dias anteriores ao início da alteração) Crise epiléptica Trauma crânio encefálico Crise de ausência (não se recorda o que fez por um período de tempo) Amnésia Seletiva Perda da recordação sobre um tema concreto que foi importante no passado da pessoa A informação não se perde, mas não é recordada por ser dolorosa ou desagradável (repressão) Pode não ser um problema de fixação, mas de evocação Histeria SENSOPERCEPÇÃO Sensação Gerada por estímulos sensoriais: visuais, olfativos, táteis, auditivos, olfativos, gustativos, proprioceptivos e cenestésicos Percepção Tomada de consciência pelo estímulo sensorial Dimensão neurológica e psicológica do processo Elemento básico do processo de sensopercepção: imagem perceptiva real (o que você capta da imagem do mundo) Representação: re-apresentação de uma imagem na consciência, no psiquismo Imaginação: atividade psíquica voluntária, evocação de imagens do passado ou produção de imagens futuras Fantasia: se origina de desejos, temores e conflitos conscientes e inconscientes. Frequente nas crianças e na histeria Alterações da Sensopercepção ILUSÃO Percepção deformada, alterada de um objeto presente (cabideiro em um quarto escuro e vê como uma pessoa) ALUCINAÇÃO Percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real Alucinações auditivas Escutar vozes sem qualquer estímulo real São vozes que geralmente o ameaçam, o insultam Geralmente possuem conteúdo depreciativo ou persecutório “vozes de comando” ordenam que o sujeito faça determinada coisa: Mate-o! Típicas em quadros de esquizofrenia. Também comum em TAB, alcoolismo, transtorno dissociativo Têm um teor negativo Alucinações Visuais Visões nítidas sem a presença de estímulos visuais Podem ser simples, “fotopsias”: O indivíduo vê bolas, cores, pontos brilhantes (Ex.: Enxaqueca) Complexas: figuras, imagens de pessoas (vivas ou mortas), partes do corpo, entidades, objetos, etc. Alucinações cenográficas: o indivíduo enxerga cenas completas, como seu quarto pegando fogo Nas complexas e cenográficas: comum nas psicoses no geral e, principalmente, com o uso de substâncias psicodélicas Táteis: cortes, espetadas, insetos. Comum em psicoses tóxicas - cocaína Musicais: audição de tons, ritmos, melodias. É mais rara Olfativas e gustativas: sentir cheiro de coisas podres, fezes, cadáveres. Sentir sabores como sangue e urina Cenestésicas e cinestésicas: sensações em diferentes partes do corpo, como sentir o cérebro encolhendo Funcionais: alucinação desencadeada por estímulo real. Ex.: Quando abre a torneira, ouve vozes Delírio Alteração do PENSAMENTO Elementos constitutivos do pensamento Conceito Elemento estrutural básico do pensamento Formam-se a partir das representações Elemento cognitivo, intelectivo Não possui resquício sensorial Ex.: Cadeira Juízo Relação entre os dois conceitos Ex.: Cadeira - Utilidade Raciocínio Modo especial de ligação entre conceitos Sequência de juízos Encadeamento de conhecimentos É o próprio pensamento se desenvolvendo 1) Palavra – 2) Frase – 3) Conclusão O pensamento esuas alterações Alterações dos conceitos: Perda do seu significado original, neologismos Ex.: Estamira Alterações dos juízos: Juízo deficiente ou prejudicado: deficiência intelectual e pobreza cognitiva Juízo de realidade ou delírio: São as mais importantes em psicopatologia Alterações do raciocínio e do estilo de pensar: Pensamento mágico: mais comuns entre as crianças Ex.: TP e rituais obssessivos Pensamento concreto: não há distinção entre simbiótico/abstrato e concreto. Falta ironia Ex.: autismo Pensamento inibido: Pensamento lento, rarefeito, não produtivo Ex.: Demência e depressão Pensamento vago: imprecisão, ambíguo, obscuro. Ex.: Sinais iniciais de demência e esquizofrenia Pensamento prolixo: Dar voltas em torno de um tema, falta de objetividade Ex.: Lesões cerebrais e alguns TP (transtorno de personalidade) Pensamento deficitário: possui estrutura pobre e rudimentar. Utilização da memorização Ex.: autistas savans, oligofrênico Pensamento demencial: empobrecimento desigual, dificuldade de encontrar as palavras Ex.: Início de demência Pensamento confusional: incoerente, há alterações da consciência Ex.: esquizofrenias graves Pensamento desagregado: radicalmente incoerente, “salada de palavras” Ex.: esquizofrenias graves Pensamento obsessivo: ideias de conteúdo absurdo e repulsivo que aparecem na consciência de modo persistente e incontrolável Ex.: neurose obsessiva O juízo da realidade e suas alterações: O delírio Por meio do juízo o homem estabelece relação com o mundo, com a verdade e com a realidade Todo juízo implica um julgamento Alterações do juízo são alterações do pensamento Juízos falsos são produzidos de várias formas, podendo representar uma psicopatologia ou não Existe uma distinção fundamental entre erro simples X delírio Entretanto, não há um limite nítido, fácil e decisivo O erro se origina da ignorância, do julgamento apressado Um juízo errado pode ser corrigido (por provas ou evidências ligadas a realidade) Erros mais comuns: preconceito, crenças, superstições e ideias prevalentes O DELÍRIO Juízo patologicamente falseado de base mórbida (cunho negativo) Um erro do ajuizar, tem origem na doença mental Segundo Jaspers, possui 3 características essenciais: Convicção extraordinária, certeza absoluta Impossível a remoção do delírio pela experiência objetiva e argumentos lógicos (irrefutável) Juízo falso, seu conteúdo é impossível É a convicção de um só homem, não é compartilhado Alteração do juízo Delírio primário ou ideias delirantes verdadeiras Delírio secundário ou ideias deliroides: Surge de uma experiência anormal prévia. É uma ideia delirante que surge como uma tentativa de explicar experiências anômalas prévias Duração Delírios agudos – o delírio se instala e desaparece de forma rápida Ex.: psicoses tóxicas, infecções Delírios crônicos – persistente, contínuo, de longa duração Ex.: esquizofrenia, transtorno delirante, transtorno do humor com sintomas psicóticos Psicopatologia descritiva Exame psíquico A afetividade e suas alterações Vontade. Pragmatismo. Psicomotricidade. A linguagem e suas alterações QUESTÃO DE PROVA – Delírios e alucinações (Típicos da psicose) A Afetividade Definições Básicas A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivências humanas Sem afetividade a vida torna-se vazia, sem sabor Existem 5 tipos de vivências afetivas: humor ou estado de ânimo, emoções, sentimentos, afetos e paixões Alterações de humor Disforia: distimia acompanhada de mal humor, agressividade, irritação, desgosto Puerilidade: aspecto infantil, simplório, regredido Estado de êxtase: experiência de beatitude Irritabilidade patológica: hiper-reatividade desagradável, transtorno mental ou natureza orgânica Ansiedade, angústia e medo Ansiedade: Estado de humor desconfortável, inquietação interna, apreensão relacionada ao futuro Angústia1: Diretamente relacionada à sensação de aperto no peito e na garganta, de sufocamento. Tem conotação mais corporal e está ligada ao passado Medo: Refere-se a um objeto mais ou menos preciso. “Temos medo DE ALGO” Alterações das emoções e dos sentimentos Medo: Característica comum aos animais e humanos, estado de insegurança, impotência, invalidez Fobia: Medo desproporcional, incompatível com um perigo real Pânico: Crises intensas e agudas de ansiedade – Ligado ao medo de morrer, perder o controle Apatia: Diminuição da excitabilidade emocional, não sentir nada, “tanto faz” Sentimento de falta de sentimento: Incapacidade de sentir emoções, causa sofrimento, é como uma tortura (diferente da apatia) Anedonia: Incapacidade de obter prazer com atividades e experiências da vida Indiferença afetiva: Frieza afetiva diante dos próprios sintomas – bela indiferença da histérica Labilidade afetiva: Mudança súbita, abrupta de humor, sentimento, afeto A vontade Dimensão complexa da vida mental Relacionada a uma esfera instintiva, afetiva e intelectiva (avaliar, julgar, analisar, decidir) Instinto: Modo organizado, fixo e complexo de resposta comportamental de uma dada espécie Pulsão: Força inata e inconsciente, que leva ao indivíduo em direção a vida e a morte Desejo: Um querer, um anseio, um apetite de natureza consciente ou inconsciente Alterações da vontade Atos Impulsivos: São uma espécie de curto circuito do ato voluntário, da fase de interação à fase de execução Reagir de forma rápida, não planejada O indivíduo não considera tal ato como inadequado, não é contrário a valores morais Ato Compulsivo: É reconhecido como indesejável e inadequado, há intenção de refreá-lo ou odiá-lo Há desconforto subjetivo e sensação de alívio ao realizá-lo Tipos de impulsos e compulsões patológicas Impulsos e compulsões agressivas Automutilação: Impulso ou compulsão que envolve autolesão voluntária (borderline) Frangofilia: Impulso de destruir objetos que estão ao redor (psicoses) Piromania: Impulso de atear fogo a objetos e lugares (transtornos de personalidade) Impulsos e compulsões ligadas a ingestão de drogas ou alimentos Bulimia: Binge eating / Ataque à geladeira seguido de culpa e purgação Dipsomania: Binge drinking – geralmente gera amnésia reterógrada Potopomania: Compulsão de beber água, sem haver sede
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