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SEMIOLOGIA EM TERAPIAS ORIENTAIS PROFESSORA: Andréa Carolina Machado Ficha de anamnese Dados Pessoais – preencher todos os campos de identificação do paciente. Data – do dia do atendimento Queixa Principal (QP) – escreve-se com as palavras do paciente entre aspas. “O que mais te incomoda no momento?” “O que te trouxe à Shiatsuterapia/Acupuntura?” Histórico da Doença Atual (HDA) – dissecar a QP: início da doença, fatores de piora e melhora, horário e periodicidade dos sintomas, localização dos sintomas. Histórico Patológico Pregresso – todas as doenças e cirurgias que o paciente teve ou fez. 6. Histórico Familiar (HF) – doenças na família – avós, pais e irmãos 7. Medicamentos em uso – todos os medicamentos que o paciente estiver usando. 8. Tratamento anterior e Tratamento atual – relacionam-se à QP. 9. Exames – anotar os laudos, se o paciente trouxer. 10. Disposição Física e Mental – como o paciente acorda: bem ou mal disposto, cansado, irritado, com dor, etc. 11. Temperamento – citar as cinco emoções dos zang fu (medo, irritabilidade, ansiedade/euforia, pensamento repetitivo, tristeza) e pedir ao paciente que gradue de 0 a 3 de acordo com as manifestações dessas emoções nele. 12. Sono – horas de sono e se são suficientes, qualidade do sono (agitado, presença de pesadelos, se fala durante o sono, sono leve ou profundo), insônia (inicial, intermitente ou terminal e a frequência das insônias), sonolência ou letargia e o momento do dia em que acontecem. 13. Temperatura Corporal/Sensibilidade Térmica – se o paciente é friorento ou calorento ou se prefere calor/frio ou como o corpo reage melhor, no calor ou no frio; verificar a temperatura das extremidades com o dorso da sua mão e comparar com a temperatura da face anterior do antebraço e da perna. 14. Sudorese – se o paciente transpira, localização, horário, se espontânea ou sob esforço. 15. Cefaleia – sim ou não, início, localização/irradiação, hora do dia, tipo de dor 16. Vertigem/Tontura – intensidade (leve/severa), tipo (rotatória, vazio, escurecimento), sintomas que acompanham. 17. Zumbido – início, tipo, agravantes e atenuantes. 18. Apetite – aumentado ou diminuído, necessidade de algum sabor. 19. Sede – se sente sede, com ou sem vontade de beber água, aumentada ou diminuída, temperatura da água (natural, misturada ou gelada), pequenos ou grandes goles, quantidade de água ingerida. 20. Paladar – bom ou diminuído, algum gosto estranho na boca. 21. Hábito alimentar – número de refeições, alimentos preferidos, se ingere líquidos durante as refeições. 22. Digestão – se boa, rápida ou lenta, plenitude pós prandial, náuseas, azia, regurgitação ácida, dor epigástrica, gases. 23. Evacuação – se o paciente costuma evacuar diariamente ou não, se observa as fezes, coloração das fezes, consistência das fezes(firmes, pastosas, em bolinhas, em pedaços, finas ou grossas, com ou sem restos de alimentos, ressecadas, boiam ou afundam, se faz força para evacuar, odor. 24. Diurese – se é compatível com a quantidade de água ingerida, se tem dor ou ardência ao urinar(Disuria), coloração da urina (clara ou escura), se acorda para urinar e quantas vezes, se tem odor forte. 25. Menstruação – idade da primeira menstruação (Menarca), se estiver na menopausa questionar sobre a idade em que entrou, se o ciclo é/era regular (Rim), fluxo (aumentado/diminuído), coloração do sangue (vermelho vivo, pálido ou escuro), se tem coágulos (vermelhos ou escuros), cólicas (antes, durante ou depois da menstruação), TPM. 26. Dores – relatar todas as dores que o paciente tenha, localização e caracterização. 27. Circulação – câimbras, dormências, varizes, hemorroidas. 28. Respiração – presença de falta de ar (Dispneia): esforço/espontânea, frequência, atenuantes/agravantes, horário. 29. Palpitação e Taquicardia – se apresenta, horário, agravantes/desencadeantes. 30. Audição – boa ou diminuída 31. Visão – se os olhos coçam, ressecam, embaçam ou ficam vermelhos, se tem escotomas visuais (pretos ou cintilantes). 32. Olfato – bom ou diminuído. 33. Faneros (cabelos e unhas) – fortes ou fracos, se as unhas desfolham ou são quebradiças. 34. Dentes e gengivas – se fortes ou fracos, se as gengivas sangram espontaneamente ou a escovação. HISTÓRICO DA DOENÇA ATUAL Tempo de início: Muito tempo – Crônico/Deficiência Pouco tempo – Agudo/Excesso Recidivas e surtos – Estagnação Atenuantes e agravantes: Piora com o mesmo fator Melhora com fator contrário: Frio/Calor, Repouso/Movimento, Pressão Horário: Sempre no mesmo horário – Plenitude do Zang Fu À noite – doença no Yin Durante o dia – doença no Yang Localização: Pele, músculos, canais – superficial/externa Zang Fu – profunda/interna CALAFRIOS E FEBRE Febre na MTC indica mais uma sensação subjetiva de calor do que a temperatura de fato. Febre sem aversão ao Frio – Calor interior Febre alternada com calafrios – Invasão de Vento Frio ou Vento Calor Febre com aversão ao Frio – Invasão de Vento Calor Febre baixa que aparece ou piora à tarde – Defic. Yin Febre no meio da noite, em adultos – Defic. Yin Febre no meio da noite, em crianças – Retenção de Alimentos Temperatura baixa constante – Calor-Umidade Em patologias de Interior, os calafrios significam Frio interior causado pela deficiência de Yang e melhoram quando o paciente se cobre. Calafrios com aversão ao Frio – Invasão de Vento Frio ou Vento Calor DORES Generalizadas pelo corpo: Início repentino com calafrios e febre – Invasão vento Frio Com sensação de cansaço – Defic. QI/XUE Após o parto e surda – Defic. XUE Após o parto e severa – Estase Nos MMSS ao caminhar – Estag. QI Fígado Generalizadas nos músculos com sensação quente na pele – Calor no Estômago Com sensação de peso - Umidade DORES Nas articulações: Migratórias de uma articulação para outra – Vento Resistente – Frio Com edema e parestesia – Umidade Lombar: Surda e contínua – Defic. Rim Severa, agravada com o tempo frio e úmido – Invasão de frio e Umidade Contínua com dificuldade para girar a cintura – Estase Que se estende até os ombros – ataque Exterior PARESTESIAS Nos MMSS ou MMII bilateralmente – Defic. XUE MMSS (braços, cotovelos e dedos (nos três primeiros) – Agitação Vento Interno Fígado e Fleuma TÓRAX E ABDOME O tórax está sob influência do Coração e Pulmão. Os flancos estão sob influência do Fígado e da VB. O abdome é influenciado pelo Fígado, IG,ID, BP, Rim e Bexiga. Dor no tórax – Estase no Coração cuja raiz é a Defic. Yang Dor no tórax, tosse e expectoração amarela – Calor no Pulmão Sensação de distensão e plenitude no hipocôndrio – estag. QI Fígado Dor severa no hipocôndrio – Estase Sensação de plenitude no Epigástrio – Defic. QI BP/Umidade Dor abdominal inferior – Frio interno/Estag. Qi ou XUE Fígado/Estase no IG ou ID/Estase no Útero Dor abdominal que melhora com a evacuação – Excesso Dor abdominal que piora com a evacuação - Deficiência SONO Relaciona-se com o Shen, Hun (Coração e Fígado), Yin e Xue. Sono agitado/pesadelos – Fogo no Coração e Fígado Sono leve – Defic. QI BP Sonambulismo/Falar à noite – defic. Yin/Xue do Fígado (Hun vagando) do Insônia Inicial – Defic. Xue Coração Insônia Intermitente – Defic. Yin Insônia Terminal – Defic. Rim/Coração/VB Sonolência/Letargia – Defic. QI/Yang ou Umidade Letargia com sensação de frio – Defic. Yang Rim Letargia com sensação de calor – Invasão Calor CS ALIMENTAÇÃO E PALADAR Avalia o estado do Baço e do Estômago Alimentação: Alivia com a ingestão de alimentos – Deficiência Agrava com a ingestão de alimentos – Excesso Pouco apetite – Defic. QI BP Muito apetite – Calor no Estômago Plenitude e distensão após ingerir alimentos – retenção de Alimentos Alimentos quentes – síndrome de Frio Alimentos frios – síndrome de Calor Paladar: Amargo constante – Calor no Fígado Amargo pela manhã – Calor no Coração Necessidade de doce – Defic. QI BP Aversão ao doce – Calor-Umidade Ácido – Retenção de alimentos no Estômago ou desarmonia entre Fígado e Estômago Salgado – preferência ou necessidade: Defic. Yin Rim Picante – necessidade: Defic. QI Pulmãoou Estagnação Ausência de paladar ou diminuído – Defic. QI BP VÔMITO Ácido – Fígado invadindo o Estômago Amargo – Calor no Fígado ou na VB De cor clara e aquoso – Frio no Estômago com retenção dos Fluidos Logo após a ingestão de alimentos – Calor Repentino – Excesso Acontece vagarosamente - Deficiência SEDE A quantidade de água ingerida depende do padrão energético do indivíduo. Sede aumentada – Defic. Jin ye, Defic. Yin, Síndrome de Calor (água gelada em grandes goles). Diminuída – Defic. Yang, Síndrome de Frio, Acúmulo de Umidade. Sede sem vontade de beber – Fleuma Ausência de sede – Frio BP/E Sede em pequenos goles e água natural – Defic. Yin SITUAÇÃO DIGESTIVA Serão avaliados os seguintes Zang Fu: VB, Fígado, Estômago, BP, Intestino Delgado. Plenitude pós prandial (após a alimentação) – Defic. BP Náuseas e vômitos – Retenção de alimentos no Estômago e Estag. QI Fígado. Ambos os casos provocarão Rebelião do QI do Estômago. Azia/Dor epigástrica em queimação – Calor vazio ou cheio no Estômago Desconforto abdominal/Flatulência – Defic. QI/Yang BP, Síndrome de Frio, Calor-Umidade (gases com odor). Condição aliviada pela ingestão de alimentos – Vazio Condição agravada pela ingestão de alimentos – Cheio Anorexia – Defic. QI BP Fome constante – Calor Estômago Plenitude e distensão Epigástrica – retenção de alimentos no Estômago Preferência por alimentos quentes – Frio preferência por alimentos frios - Calor FEZES Aspectos ideais das fezes: Coloração – Marrom claro Consistência – firmes, cilíndricas, hidratadas Frequência – diariamente, de acordo com o número de grandes refeições, eliminadas sem força. FEZES Consistência/Forma: Com restos de alimentos – Defic. Yang do BP Tendência a diarreia – Defic. QI BP Alternância entre diarreia e constipação – estag. Qi Fígado Ressecadas – Calor no IG ou Estômago Bolinhas – Estag. QI Fígado Finas – Frio Grossas – Calor Afundam - Umidade FEZES Cor: Pretas e ressecadas – Estag. QI Fígado Pretas e diarreicas – Fleuma-Calor no aquecedor médio Amareladas e consistentes – Calor Amareladas e diarreicas – Calor-Umidade Esverdeadas – Umidade afetando a VB Sangue vivo nas fezes – Calor Sangue escuro nas fezes – Defic. BP FEZES Sintomas que acompanham: Força/Dor – Defic. Yang Dor e fezes grossas – Calor Sudorese – Defic. QI Queimação no ânus – Calor Sintomas que pioram com a evacuação – Vazio Sintomas que melhoram com a evacuação – Plenitude Odor fétido – Calor-Umidade CONSTIPAÇÃO Acompanhada de sede e saburra amarela e seca – Calor no Estômago e nos Intestinos Em idosos – Defic. XUE Em mulheres após o parto – Defic. XUE Com fezes em bolinhas – Estag. QI Fígado (fezes úmidas com força) e Calor nos Intestinos (fezes secas com força). Com dor abdominal – Defic. Yang Com fezes secas e ausência de sede – Defic. Yin Rim e/ou Estômago DIARREIA Acompanhada de dor – Calor com envolvimento do Fígado Com odor pútrido – Calor Ausência de odor – Frio Crônica – Defic. Yang BP e do Rim Crônica que acontece diariamente pela manhã – Defic. Yang Rim Com dor abdominal – Frio nos Intestinos Com muco – Umidade nos Intestinos Fezes pastosas com evacuação frequente – Defic. QI BP/E Fezes pretas ou escuras – Estase Fezes com sangue vermelho vivo e respingos – Umidade-Calor nos Intestinos Acompanhada de borborigmos – Defic. BP OLHOS DOR: Aguda com hiperemia de conjuntiva – Fogo Fígado Com edema e hiperemia de conjuntiva – Invasão de Vento Calor/Fogo Fígado SECURA – Defic. Yin Rim e/ou Fígado/Defic. XUE Fígado PRESSÃO NOS OLHOS – Defic. Yin ESCOTOMAS PRETOS OU CINTILANTES – Defic. XUE Fígado COÇAM, RESSECAM OU EMBASSAM – Defic. XUE Fígado SITUAÇÃO URINÁRIA Aumento na frequência com diminuição do volume – Defic. QI Rim Aumento na frequência com aumento do volume – Defic. Yang Rim Diminuição na frequência com diminuição do volume – Defic. Yin Rim/Calor Retenção de Urina – Umidade-Calor na Bexiga Frequência urinária aumentada à noite – Defic. Yin Rim Enurese – Defic. Rim SITUAÇÃO URINÁRIA COR: Clara – Frio/Defic. Yang Rim Amarelo escuro – Calor ou consumo de Jin Ye Escura – Calor-Umidade Turva – Umidade ODOR: Forte – Calor/Calor-Umidade SITUAÇÃO URINÁRIA DOR: antes de urinar – Estagnação de QI Durante a micção – Calor-Umidade Após a micção – Defic. QI SUDORESE Síndrome Externa ou Interna. Síndrome Externa: Invasão de Vento Frio Com suor – Deficiência Sem suor – Excesso Síndrome Interna: Defic. Yang Excesso de Yang = Calor ou Fogo Calor-Umidade Defic. Yin SUDORESE ÁREA: Cabeça – Calor no estômago/Calor-Umidade Frontal com suor oleoso – Colapso de Yang MMSS e MMII – Defic. BP/E Mãos – Defic. QI Pulmão/Coração (Ansiedade) Corpo todo – Defic. QI Pulmão 5 Palmos – DeficYin SUDORESE HORÁRIO: Dia – Defic. QI/Yang Noite – Defic. Yin/Calor-Umidade A pequenos esforços – Defic. QI/Defic. QI Coração CONDIÇÃO DA PATOLOGIA: Profusa e fria durante uma patologia severa – Colapso Yang Oleosa em forma de pérolas – Colapso do Yang – eminência de morte CEFALEIA INÍCIO: Súbito, recente, agudo – excesso Gradual, recorrente, em crises – Síndrome Interna/Deficiência HORÁRIO: Dia – Defic. QI/Yang Noite – Defic. Yin/Xue CEFALEIA LOCALIZAÇÃO: Nuca – Invasão Vento Frio/Defic. QI Rim Temporal ou Parietal – Invasão Vento Frio/Invasão Vento Calor/ Ascensão Fogo Fígado/Hiperatividade Yang VB Vértice: a) Melhora ao deitar – Defic. Xue b) Piora ao deitar – Hiperatividade Yang Cabeça toda – Invasão Vento Frio/Defic. Yang do Rim (sensação de cabeça oca) Frontal: a) Com sensação de peso – Defic. QI BP b) Sem sensação de peso – Calor no Estômago CEFALEIA CONDIÇÃO: Aversão ao Vento Frio – Invasão Agravada com o Frio – Síndrome de Frio Agravada com o Calor – Síndrome de Calor Piora com o cansaço/melhora com repouso – Defic. QI Relacionada com as emoções – Fígado Relacionada com atividade sexual – Defic. Rim Após a alimentação – Mucosidade Jejum prolongado – Defic. QI Antes da menstruação – hiperatividade Yang do Fígado Durante a menstruação – estase ou Fogo Fígado Após a menstruação – Defic. Xue Melhora com a pressão – Deficiência Piora com a pressão - Excesso CEFALEIA TIPO DE DOR: Sensação de peso – Umidade/Fleuma No “interior” da cabeça – Defic. Rim Em distensão, pulsátil – Hiperatividade Yang Fígado “Maçante”, em facadas - Estase ZUMBIDOS Elemento Água/Madeira/Fogo/Metal Água – o Rim abre-se nos ouvidos Madeira – o canal da VB flui através da orelha Fogo – as orelhas são influenciadas pelo Coração já que uma das funções da Mente (SHEN) é a de controlar os orifícios dos sentidos e os sentidos. Metal – o Pulmão alberga a Alma Corpórea (PO), a qual influencia todos os sentidos. Início súbito: Fogo Fígado/Hiperatividade Yang VB/ Mucosidade Início gradual: Defici. Essência Rim/Fraqueza do QI do Aquecedor Superior/Defic. Xue Coração (intermitente e baixo) TIPOS: Apito alto – Hiperatividade Yang F/VB, Fogo Fígado/VB (tensão emocional) Cigarra/grilo – Agitação ascendente de Fleuma-Fogo Som de água baixo – Defic. Rim VERTIGEM Acentuada, tudo roda, perde o equilíbrio – Agitação do vento Interno do Fígado Discreta, sensação de peso ou torpor – Fleuma (impede o Yang puro de ascender à cabeça). Discreta que piora com cansaço ou esforço – Defic. QI Acompanhada por sinais e sintomas de Calor (garganta seca e irritada, face avermelhada, irritabilidade, sede intensa, gosto amargo na boca, urina escassa e escura, fezes secas) – Fogo Início súbito – Excesso Início gradual - Deficiência OBSERVAÇÃO DA LÍNGUA Etapa diagnóstica fundamental junto com a palpação do Pulso. É o melhor parâmetro para avaliar a intensidade ou o grau das patologias. Importante como representação fiel da condição do paciente, 98 % do exame da língua mostra o diagnóstico real e permite monitorar o progresso ou a falta de progresso do paciente. Avaliação mais fiel do que o Pulso pois este revela mais as condições do QI, enquanto que a Língua avalia a condição do Zang Fu, XUE, Essência e Jin Ye. Cuidados no exame da Língua: Pedir ao paciente que não escove a língua. Observar comoo paciente expõe a língua. Solicitar ao paciente que evite ingerir alimentos que possam colorir a saburra: café, refrigerante de cola, mate, balas coloridas, etc. Iluminação natural é melhor. Etapas no exame da Língua: SABURRA: camada mais externa, revestimento da língua. Revela os padrões de Exterior e a qualidade do QI do Estômago. Avaliar: cor, espessura, hidratação e distribuição. CORPO: massa muscular e de mucosa – é a língua propriamente dita. Revela os padrões de Interior e o funcionamento dos Zang Fu. Avaliar: tamanho, forma, presença de rachaduras (tipo e localização), movimentos, espessura, áreas específicas. VEIAS DA BASE: revelam as condições do XUE. Avaliar: cor, calibre, presença de nodulação. Aspectos da Língua considerados ideais: Saburra – branca, fina, e úmida, discretamente brilhante, distribuída por toda língua, com raiz. Corpo: rosado ou vermelho claro, forma regular, sem rachaduras e tamanho coerente com a comissura labial. Veias da Base: finas, sem nodulações, não muito arroxeadas, sem outras veias ao redor. SABURRA Formada pela evaporação em ascendência dos resíduos de alimentos amadurecidos e transformados pelo estômago. Representa o QI do Estômago. Indica a presença de Fator Patogênico Exterior ou Interior além de sua intensidade através da sua espessura. Se houver falha na Saburra, há algum comprometimento no Estômago e deve-se tratar o Yin (BP6, E36, VC12). COR: A Saburra ´pode apresentar as seguintes cores: Branca Amarela Acinzentada Esverdeada Preta Espessura: Fina – ideal Acentuada (percebe-se o corpo e a cor da língua) - FPE/Excesso/Fleuma/padrão de BP/E Espessa (não percebe-se o corpo da língua) com raiz – FPE ou Interno Espessa sem raiz – Deficiência Yin Rim e/ou QI Estômago Branca e fina – ideal Branca e acentuada – Frio (Interno ou Externo) Amarela – Calor Acinzentada, clara e úmida – Frio Acinzentada, escura e seca – Calor Esverdeada – doença de longa duração por Frio ou Calor Preta – consumo de Essência Hidratação: Dá o brilho à língua. Pode apresentar-se: ressecada, muito úmida ou pegajosa. Ressecada – Deficiência de Yin ou de Jin Ye Muito úmida – acúmulo de Jin Ye por Deficiencia QI/Yang BP ou de origem alimentar; Pegajosa – patologia gerando Fleuma Distribuição da Saburra: Avaliar o local caso a distribuição seja irregular. No centro e/ou raiz – padrão de Interior Na ponta ou nas laterais – padrão de Exterior Na lateral direita – FPE no lado direito do corpo ou desarmonia na VB Na lateral esquerda – FPE no lado esquerdo do corpo ou desarmonia no Fígado Avaliando o Estômago: Saburra branca e fina – QI é bom Saburra sem raiz – Deficiência do Estômago Saburra espessa com raiz – presença de um Fator Patogênico porém o QI do Estômago está bom. Saburra espessa sem raiz – presença de um Fator patogênico e Deficiência de QI/Yin do Estômago COR DA LÍNGUA Representa o estado do XUE, do QI nutritivo e dos sistemas Yin, reflete os órgãos Yin/Yang, presença de Calor/Frio Pode ser: rosada (ou vermelho claro), pálida, vermelha, púrpura ou violácea. Rosada – ideal Pálida e úmida – Deficiência de Yang Pálida e seca – Deficiência de XUE Pálida nas laterais – Deficiência XUE Fígado Vermelha - Calor Vermelha sem saburra – Calor Vazio (Defic. Yin) Vermelha com saburra amarela – Calor Cheio Púrpura – Estase Púrpura-avermelhada – Calor e Estase Púrpura-violácea – Frio (Defic. QI/Yang) e Estase Violácea – Estase (Frio/traumatismo/longo período de estagnação do QI) ou patologias do Coração ou Pulmão (Asma, Enfisema Pulmonar, Doença Coronariana) Pálida com laterais avermelhadas – Defic. QI/XUE + Calor no Fígado Vermelha com laterais pálidas – Calor com Defic. XUE Fígado Rosada com laterais pálidas – Defic. XUE Fígado Rosada com laterais vermelhas – Calor no Fígado Rosada/vermelha com laterais violáceas – Estase Fígado Rosada com ponta vermelha – Calor no Coração Vermelha com ponta mais vermelha – Fogo Fígado e Coração Rosada/vermelha com ponta violácea – Estase Coração Rosada com centro vermelho – Calor no Estômago Alaranjada – Defic. XUE MANCHAS OU PONTOS Avaliar local, tamanho e cor. Pontos vermelhos planos – Calor ou Estagnação Pontos vermelhos abaulados – Calor Pontos púrpuros – Estag. QI/XUE ou Frio gerando Estase Pontos acastanhados – síndrome crônica lesando a Essência Manchas – grande comprometimento da Essência FORMA DA LÍNGUA As alterações na forma da língua referem-se à fisiologia do QI/XUE e Zang Fu; Sua modificação é lenta se compararmos à saburra e à cor; Analisa-se o tamanho, formato, rachaduras e fissuras, espessura. Tamanho aumentado – Calor ou Fleuma Tamanho diminuído – Defic. QI/Essência Fina e pálida – Defic. XUE Fina e vermelha – Defic. Yin Alargada – Defic. QI BP Edemaciada – Calor-Umidade Ponta ou laterais edemaciadas – Calor Coração/Fígado Geográfica (saburra falhada em todo corpo) – Defic. Yin Estômago/Alergia PULSOLOGIA RADIAL Exame mediante a palpação das artérias radiais na altura do punho, desempenha papel fundamental na medicina oriental. Permite avaliar as funções dos Zang Fu e a quantidade de energia em cada órgão e víscera no momento da avaliação. Segundo o Livro dos Pulsos (Mei Ching) compilado pelo médico Wang-She-Ho, o valor deste método repousa na visão geral do estado de saúde do paciente além de fornecer dados de valor prognóstico e profilático. A palpação da artéria radial é feita no segmento que corresponde ao punho, à altura do Processo Estiloide do Rádio, em três áreas correspondentes aos pontos do Canal do Pulmão: P 7 – Proximal ou Supra estiloide P 8 – Medial ou Estiloide P 9 – Distal ou Infra estiloide Neste método posiciona-se os dedos indicador, médio e anelar sobre o segmento da artéria radial correspondente aos pontos P9, P 8 e P 7 respectivamente. O examinador sente as pulsações da artéria radial nas três posições. A sua mão direita examinará o pulso esquerdo do paciente e a mão esquerda tomará o pulso direito. PULSOLOGIA RADIAL GERAL Inicialmente são sentidos os pulsos de ambas as mãos, percebendo-se as diferenças que existem entre eles. Acomodar o paciente sentado, elevando suas mãos até a altura do peito (a região do tórax é onde encontra-se o aquecedor Superior e portanto o Coração e os Pulmões. Assim o QI/XUE circularão sem esforço). As palmas das mãos devem estar voltadas para cima e relaxadas. Realizar o exame em ambiente calmo, o paciente em repouso físico e mental (evitar a avaliação assim que o paciente entra no consultório). O avaliador deve estar tranquilo, consciente e concentrado na tarefa de avaliação. PULSOLOGIA RADIAL GERAL: Pulso superficial e profundo O pulso superficial é percebido apoiando-se os 3 dedos ou pressionando-se levemente a artéria radial. Para chegar ao pulso profundo, é preciso pressionar a artéria até deter o fluxo sanguíneo e, logo após relaxar lentamente a pressão até sentir a volta da pulsação. O pulso profundo relaciona-se aos órgãos e o superficial relaciona-se às vísceras. Pulso Basal – pressionamos a artéria radial com os 3 dedos simultaneamente, em posição média: Procede-se da mesma forma para chegar ao pulso profundo e depois relaxa-se mais um pouco a pressão até chegar na posição média entre o superficial e o profundo. Se os pulsos superficiais estiverem mais fortes que os profundos, caracteriza-se um quadro de Excesso. Se os pulsos profundos estiverem mais fortes que os superficiais, caracteriza-se um quadro de Deficiência. Estes pulsos patológicos podem indicar Doenças crônicas que podem mudar o quadro a longo prazo. PULSOLOGIA RADIAL GERAL: DIREITO E ESQUERDO O homem é Yang e a mulher Yin, o lado esquerdo do corpo é Yang e o direito é Yin. Para avaliar os pulsos esquerdo e direito faz-se necessário chegar ao pulso basal. No homem, o pulso esquerdo deve estar mais forte ou igual ao direito. Na mulher, o pulso direito deve estar mais forte ou igual ao esquerdo. Se os pulsos estiverem invertidos (patológicos), podem estar relacionados a: Doenças congênitas, Doenças hormonais crônicas, Doenças graves ou Estagnações.PULSOLOGIA RADIAL GERAL: PULSO PROXIMAL E DISTAL Os pulsos proximais e distais devem estar iguais. Quando os pulsos proximais estiverem mais fortes, isso pode apontar para um quadro de Deficiência. Quando os pulsos distais estiverem mais fortes, pode ser um indicativo de um quadro de Excesso. Esse pulso patológico também pode indicar uma Doença aguda ou de manifestação recente, sendo quase sempre rapidamente controlada. PULSO NORMAL X PULSO PATOLÓGICO PULSO NORMAL PULSO PATOLÓGICO Esquerdo, no homem, igual ou mais forte que o direito e na mulher o inverso. Direito, no homem, encontra-se mais forte e na mulher o inverso. Pulsos profundos iguais ou ligeiramente mais fortes que os superficiais. Pulsos superficiais mais fortes que os profundos ou os profundos muito mais fortes que os superficiais. Pulsos proximais e distais são iguais quantitativamente. Quando há predominância dos pulsos distais em relação aos proximais e vice-versa. O pulso apresenta 4 pulsações por ciclo respiratório. Quando o ritmo apresenta-se alterado, para mais ou para menos de 4 pulsações por ciclo respiratório. Quando o ritmo é suave e sem sobressaltos. Intensidade vigorosa, tanto à palpação superficial quanto em profundidade e sensível em todos os pontos de pesquisa. FATORES QUE PODEM PROVOCAR ALTERAÇÕES NO PULSO NORMAL Atividade física ou mental desgastante, com perda de energia nutriente; Após relação sexual, com perda de energia dos Rins por meio do sêmen. Nas mulheres a perda dessa energia é mais lenta, sendo maior apenas durante as gestações. No período menstrual, com a perda de sangue. Após grande ingestão de alimentos ou bebidas alcoólicas, pela congestão da energia dos alimentos e no trabalho de sua transformação. Numa súbita acentuação das emoções com o extravasamento ou estagnação das energias. Todas essas alterações têm caráter transitório, são consideradas normais dentro desses parâmetros, e desaparecem após breve período. Caso permaneçam, indicam uma alteração no ciclo das energias pelos meridianos, causando alterações nos pulsos que auxiliarão no diagnóstico da causa de sua instalação e a melhor maneira de corrigir o desequilíbrio das energias relacionadas. PULSOLOGIA RADIAL QUANTITATIVA Cada um dos pontos de avaliação dos pulsos está relacionado com um dos Zang Fu do corpo. Podemos analisar a quantidade das energias que estão circulando por cada um dos Zang Fu e de que forma essas energias dentro de cada um dos elementos é capaz de influenciar os outros. Se as energias em um dos elementos não circulam adequadamente, as energias em seus meridianos também não estarão circulando de forma apropriada. Assim, ao avaliarmos cada órgão isoladamente, podemos ter uma ideia, não apenas da quantidade de energia que cada Zang Fu contem, mas se ela está circulando adequadamente, permitindo que a sua passagem pelos outros Zang Fu se faça de forma correta. Cada pulso é individualizável quantitativamente ou qualitativamente. Podemos encontrar neles representações de natureza Yin (deficiência) ou Yang (excesso). Quando as relações Yin x Yang não estão equilibradas, acarretará um aumento ou diminuição do tônus de um em relação ao outro. Para avaliarmos o pulso quantitativo (tônus), comparamos o pulso avaliado com o pulso basal do mesmo lado. Se estiverem iguais, indica um estado de equilíbrio. Se o individual estiver mais forte ou mais fraco, estará reconhecido o desequilíbrio: mais forte excesso, mais fraco deficiência.
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