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ESTRUTURAS DE FUNDAÇÕES Conceitos Fundamentais Prof. Manoel Dênis Costa Ferreira Estrutura Dá-se o nome de estrutura às partes resistentes de uma construção, máquina, automóvel, navio, avião, objeto, planta, animal, etc. É o sistema físico (conjunto de partes) que tem a função de receber, resistir e transmitir os esforços produzidos pelas ações que atuam sobre ela de forma segura. 2 Exemplos: Estruturas na Natureza • A estrutura dos animais vertebrados – logo também a do homem – é constituída pelos: • Ossos • Músculos • Ligamentos e Tendões • Como se sabe, o esqueleto sozinho não conseguiria ficar em pé, assim como os músculos sem o esqueleto tomariam um formato disforme e achatado. • É este conjunto dos ossos e músculos trabalhando juntos que constitui a estrutura dos animais vertebrados. Estrutura do corpo humano 3 Exemplos: Estruturas na Natureza •Do ponto de vista estrutural, ela pode ser comparada a um pilar. •Está solicitada por dois esforços básicos: •Peso próprio → Força normal de compressão •Ação do vento → Gera um momento fletor e força cortante, devidos à aplicação de uma força distribuída (na direção horizontal). Palmeira 4 Exemplos: Estruturas na Natureza •Constituída de pura seda, é fabricada no abdômen das aranhas, onde seis glândulas independentes são capazes de produzir a seda. •A maior parte do tempo a aranha fica no centro da teia; por isso, essa região é normalmente construída com fios "secos". •A partir dessa região central partem radialmente outros fios "secos". •A espiral da teia é feita com o fio básico da seda, mas que durante o processo de extrusão recebe uma substância pegajosa. É essa substância que aprisiona moscas e outro insetos. Teia de Aranha 5 Exemplos: Estruturas nos Objetos •E formado por barras ligadas radialmente a um cabo central, e por uma membrana ligada às barras. •Ao se abrir o guarda-chuva, a membrana fica tracionada, fletindo as barras radiais. •O guarda-chuva apresenta um comportamento funcional e estrutural semelhante a algumas estruturas da engenharia civil, como por exemplo a cobertura de diversos estádios (tensoestruturas). Guarda-Chuva 6 Exemplos: Estruturas nos Objetos • Os móveis que utilizamos todos os dias possuem uma estrutura que possibilita o seu uso. • Compostos principalmente por barras e placas. • Suportam os esforços provindos do peso: • Pessoas sentadas ou apoiadas; • Objetos sobre suas placas (computador sobre uma mesa); • Objetos pendurados em suas barras (cabides de roupas em um armário). Móveis 7 Exemplos: Estruturas na Engenharia •Guindaste •Estrutura formada por uma treliça espacial. •Estrutura de um automóvel •Estrutura formada por barras e chapas. •Chassis de um caminhão •Comportamento semelhante a de duas vigas bi-apoiadas com balaços. Mecânica 8 Exemplos: Estruturas na Engenharia • 14 bis •Estrutura formada por barras de bambu, tirantes de aço e ligações entre barras com peças de alumínio. • Fuselagem do A380 •Maior avião comercial de passageiros. •Estrutura composta de chapas, arcos e barras de fibra de carbono e ligas metálicas especiais. Engenharia Aeronáutica 9 Exemplos: Estruturas na Engenharia •Barco de pesca •Estrutura em madeira. •Seção de um navio de carga •Estrutura formada por chapas e perfis metálicos. •Plataforma de petróleo •Estrutura formada por treliças, chapas e perfis metálicos. Engenharia Naval 10 Exemplos: Estruturas na Engenharia •Coliseu de Roma •Obra do Império Romano construída entre os anos 70 e 90 d.C. •Na estrutura se destaca o emprego de colunas e arcos. • Panteon (Roma-Itália) • Início da construção no ano 118 (d.C.) e término dez anos depois. •Na estrutura destaque para a cúpula de 42 metros de vão com abertura de 8,2 metros de diâmetro no topo. Engenharia Civil 11 Exemplos: Estruturas na Engenharia •Torre Eiffel (Paris-França) •Construída como arco de entrada da Exposição Universal de 1889 em Paris e para celebrar o centenário da Revolução Francesa (1789). •Estrutura formada por treliças em ferro forjado com ligações por rebites. •MASP (São Paulo-SP) •Inaugurado em 1968. •Construído para abrigar as obras do Museu de Artes de São Paulo. • Sua estrutura principal é formada por quatro pilares que suportam duas vigas em concreto protendido. •Proporcionado um vão livre de 70 metros. Engenharia Civil 12 Análise de uma Estrutura A resolução deste modelo gera informações, tais como: reações de apoio, esforços internos, deslocamentos, tensões e deformações. Informações utilizadas para as verificações e dimensionamentos das peças que compõem a estrutura da obra de engenharia em análise. Modelos físicos que buscam representar o comportamento real da estrutura em análise. O engenheiro estrutural é o técnico responsável por conceber adequadamente estes modelos, com base em normas de projetos e experiências. Obra de Engenharia (Edifício, Ponte, Carro, Avião, Navio, etc.) Necessita de uma ESTRUTURA, que é o sistema físico responsável por resistir as solicitações que agem sobre a obra de engenharia, para que esta desempenhe suas funções com segurança. 13 Análise de uma Estrutura •Geometria •Material •Carregamento •Vinculação Problema Real •Modelo Físico •Representar o problema real •Equações Matemáticas ou Condições Básica •Hipóteses de Simplificação Problema Matemático •A prática atual dos escritórios de projetos é a automatização das análise estrutural. •Todavia esta prática não deve ser feita por usuários que não tenha capacidade de avaliar criticamente os resultados. Comportamento do Problema Real 14 Análise de uma Estrutura Equações Matemáticas ou Condições Básicas Condições de Equilíbrio •São equações que responsáveis por garantir o equilíbrio estático de qualquer porção isolada da estrutura ou da estrutura como um todo. •F = 0 e Mo = 0 Condições de Compatibilidade •São equações adicionais a um problema mecânico de equilíbrio necessária para assegurar que a solução buscada seja compatível com as condições de contorno ou para poder assegurar a integralidade do campo de deformações. Condições de Material ou Leis Constitutivas •São as equações que relacionam as tensões e deformações de um corpo. •São responsáveis por representar a resposta física do material. 15 Modelos de Representação •Utilizados para representar sistemas estruturais formado por elementos estruturais lineares (pilar, viga, tirantes, eixos, barras, etc.) em que uma das dimensões do elemento se destaca em relação as outras. •Modelo de Treliça (plana ou espacial) •Modelo de Viga •Modelo de Pórtico (plano ou espacial) •Modelo de Grelha Modelos de Barras (Lineares) •Utilizados para representar sistemas estruturais formado por elementos estruturais planos (paredes, lajes, etc.) em que duas das dimensões do elemento estrutural são preponderantes. •Modelo de chapa •Modelo de placa Modelos Planos •Utilizados para representar sistemas estruturais formado por elementos estruturais tridimensionais, ou seja as três dimensões dos elementos são preponderantes. •Modelo de sólidos •Modelo de casca Modelos Tridimensionais 16 Estaticidade das Estruturas E st ru tu ra s E st a ti ca m e n te D e te rm in a d a s (I so st á ti ca s) • Número de restrições dos apoios estritamente necessários para impedir os deslocamentos da estrutura. (corpo rígido) • Reações e Esforços obtidos apenas com as Equações de Equilíbrio. • Número de equações igual o número de incógnitas. E st ru tu ra s E st a ti ca m e n te In d e te rm in a d a s (H ip e re st á ti ca s) • Número de restrições dos apoios superior ao necessário para impedir os deslocamentos da estrutura. • Equações de equilíbrio não são suficientes para obtenção de reações e esforços. • Número de Incógnitas é superior a quantidadedas mesmas. 17 Força (sentido generalizado) O conceito de força generalizada deve ser entendido com o significado de uma força, um binário de forças (momento de uma força), ou um conjunto de forças e momentos atuando em uma estrutura. Externas •Ativas •Reativas Internas •Força Normal •Força Cortante •Momento Fletor •Momento Torsor 18 Forças Internas As forças internas ou ainda os esforços internos, representam as componentes resultantes das forças (forças e momentos), da parcela da estrutura em equilíbrio. 19 Forças Internas Os esforços internos que podem surgir em um elemento estrutural submetido a um carregamento qualquer em uma análise plana são: •Força Normal: Perpendicular à seção transversal •Força Cortante: Tangente à seção transversal •Momento Fletor: Tende girar a seção transversal sobre um eixo tangente a ela. 20 Forças Internas Os esforços internos que podem surgir em um elemento estrutural submetido a um carregamento qualquer em uma análise espacial são: •Força Normal =>Tensão Normal •Força Cortante => Tensão de Cisalhamento •Momento Fletor => Tensão Normal •Momento Torsor => Tensão Cisalhamento 21 Deslocamento (sentido generalizado) O sentido generalizado do descolamento abrange a sua definição clássica, e assume também o sentido das rotações, então neste curso deve-se entender o deslocamento como uma mudança tanto linear (deslocamentos) quanto angular (rotações). 22 Comportamento Básico dos Materiais O comportamento físico de um material é definido pelas relações existentes entre as tensões atuantes e as correspondentes deformações por elas provocadas. Linearidade Física • Linear - Há uma relação diretamente proporcional entre tensão e deformação. • Não-Linear - Não há uma relação diretamente proporcional entre tensão e deformação. Elasticidade • Elástico - Retorna a situação inicial depois que se retira o carregamento. • Plástico - Não retorna a situação inicial depois que se retira o carregamento. Há deformação residual. 23 Comportamento Básico dos Materiais 24 Comportamento Geométrico das Estruturas O comportamento geométrico de uma estrutura é definido pelas relações entre forças e efeitos estruturais correspondentes. Linearidade Geométrica •Os efeitos são combinações lineares das causas. •Material tenha comportamento Linear (Linearidade Física) Não-Linearidade Geométrica •Os efeitos não são combinações lineares das causas. 25 Princípio da Superposição de Efeitos Quando uma estrutura tem comportamento elástico-linear (linearidade física e geométrica) pode-se considerar que os efeitos produzidos por várias causas podem ser obtidos combinando-se os efeitos produzidos pelas causas atuando individualmente. 26 CONCLUSÃO 27 Conclusão Estrutura - É o sistema físico que tem a função de receber, transmitir e resistir aos esforços produzidos pelas ações que atuam sobre ela de forma segura. O processo de análise de uma estrutura consistem em transformar um problema real (obra da engenharia), por meio de um modelo físico, em um problema matemático. • Problema real • Geometrias, Materiais, carregamentos e vinculações. • Modelo físico • Representar o comportamento do problema real • Equações matemáticas e hipóteses de simplificação. As equações matemáticas utilizadas para análise de uma estrutura são: • Equações de Equilíbrio • Equações de Compatibilidade • Equações Constitutivas 28 Conclusão Modelos de representação de uma estrutura: •Modelos de barra - Treliça, viga, pórtico e grelha. •Modelos planos - chapas e placas. •Modelos tridimensionais - sólidos e casca. Estruturas estaticamente determinada (isostáticas)-Reações e Esforços obtidos apenas com as Equações de Equilíbrio. Estruturas estaticamente indeterminadas (hiperestáticas)- Equações de equilíbrio não são suficientes para determinação de reações e esforços. Número de Incógnitas é superior a quantidade das mesmas. 29 Conclusão Força generalizada é um conceito que englobas as forças e momentos presentes em uma estrutura. •Externa •Ativas e Reativas • Internas • Força Normal, Força Cortante, Momento Fletor e Momento Torsor. Deslocamentos generalizados é um conceito que engloba os deslocamentos lineares (deslocamento) e os deslocamentos angulares (rotações). 30 Conclusão Comportamento Básico dos Materiais •Linearidade Física •Material Linear - Há uma relação diretamente proporcional entre tensão e deformação, ou seja, curva tensão x deformação é uma reta. •Material Não-Linear - Curva tensão deformação não é uma reta. •Elasticidade - O objeto constituído com materiais com esta propriedade retorna a situação inicial depois que se retira o carregamento. •Plasticidade - O objeto constituído com materiais com esta propriedade não retorna a situação inicial depois que se retira o carregamento. Há deformação residual. Comportamento geométricos das estruturas •Linearidade Geométrica •Estrutura Linear - Os efeitos são combinações lineares das causas. •Estrutura Não-Linear - Os efeitos não são combinações lineares das causas. 31 Conclusão Superposição de Efeitos - Quando uma estrutura tem comportamento elástico-linear (linearidade física e geométrica) pode-se considerar que os efeitos produzidos por várias causas podem ser obtidos combinando-se os efeitos produzidos pelas causas atuando individualmente. 32 PRÓXIMA AULA... 33
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