Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2 SUMÁRIO Sumário ............................................................................................................ 2 1 POLÍTICAS DE ARQUIVO .......................................................................... 4 1.1 Arquivamento de Documentos ............................................................. 4 2 ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS FÍSICO X DIGITAL ....................... 6 2.1 Autenticidade no arquivamento de documentos ................................... 6 2.2 O ECM e o Arquivamento de documentos ........................................... 7 3 BENEFÍCIOS DE FAZER O ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS CORRETO .................................................................................................................. 9 3.1 5 Passos para fazer o Arquivamento Correto dos Documentos ......... 10 4 GESTÃO DE DOCUMENTOS: POR QUE FAZER ARQUIVAMENTO DIGITAL E FÍSICO? .................................................................................................. 12 4.1 Saiba a importância da organização de documentos ......................... 12 4.2 Entenda a diferença de documentos físicos e digitais ........................ 13 4.3 Dicas para o armazenamento digital de documentos ......................... 14 4.4 Adote uma ferramenta que facilite seu trabalho ................................. 15 5 TIPOS DE ARQUIVAMENTO: ARMÁRIO, GAVETEIRO OU CREDENZA QUAL É A MELHOR? ............................................................................................... 16 5.1 O arquivamento em armários ............................................................. 16 5.2 O arquivamento em gaveteiros .......................................................... 17 5.3 O arquivamento credenza .................................................................. 17 5.4 Notas fiscais: por quanto tempo devo arquivar? ................................ 18 6 COMO USAR A TECNOLOGIA PARA ARQUIVAR DOCUMENTOS ESCOLARES ............................................................................................................ 20 6.1 Os tipos de documentos sobre a vida escolar do aluno ..................... 21 6.2 Documentos de guarda permanente .................................................. 21 6.3 Documentos de guarda temporária .................................................... 21 3 6.4 Sobre o armazenamento dos documentos ......................................... 22 6.5 Usando a tecnologia para arquivar documentos escolares ................ 22 6.6 Como o sistema atua no armazenamento de documentos ................ 23 7 BENEFÍCIOS DE ORGANIZAR OS DOCUMENTOS ONLINE ................. 23 8 ARQUIVO JURÍDICO: SAIBA COMO UM SOFTWARE NA NUVEM FACILITA A ROTINA DO ADVOGADO ..................................................................... 24 8.1 Cloud computing: a solução para o arquivamento jurídico ................. 25 8.2 Segurança .......................................................................................... 26 8.3 Software jurídico na nuvem ................................................................ 27 9 ARQUIVAR DOCUMENTOS: 8 DICAS PARA SER MAIS EFICIENTE NO AMBIENTE EMPRESARIAL ...................................................................................... 27 10 POLÍTICAS ARQUIVÍSTICAS PARA A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS 31 10.1 Arquivos e direitos humanos ........................................................... 31 11 POLÍTICAS DE MEMÓRIA E POLÍTICAS ARQUIVÍSTICAS ................ 33 11.1 Arquivística transicional .................................................................. 35 11.2 Arquivos Nacionais ......................................................................... 39 11.3 Novos arquivos independentes ....................................................... 39 12 CENTROS DE MEMÓRIA ..................................................................... 41 13 O COMPROMISSO ÉTICO DOS ARQUIVISTAS .................................. 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 47 4 1 POLÍTICAS DE ARQUIVO 1.1 Arquivamento de Documentos Toda empresa, não importa qual seja seu tamanho ou seu ramo, possui documentos. E eles são muitos! Todos nós já sofremos para achar aquele determinado documento, ou então não sabíamos como organizar e arquivar toda aquela papelada, não é verdade? Que dizer então do tempo que os documentos precisam ficar arquivados ou aquele medo básico de perder algum documento e precisar dele depois? É aí que vem a seguinte questão: Arquivamento de documentos: Ainda preciso me preocupar? Nesse mundo de negócios competitivo em que vivemos estar à frente é essencial. A cada dia que passa mais empresas estão surgindo, consequentemente mais concorrentes que estão afiados procurando crescer e nos derrubar. O que podemos fazer para que o arquivamento de documentos possa ser nosso aliado e não deixar que isso prejudique nosso negócio? Antes de tudo, precisamos entender que há dois tipos de arquivamento. O arquivamento de documentos físico e o digital. Físico: Ainda é o meio mais comum de armazenar documentos. É separado um espaço físico para guardar todos os documentos, sejam em pastas, caixas, estantes, gavetas, entre outros. Digital: Os documentos são armazenados em computadores ou servidores e podem ser divididos por pastas e subpastas de forma inteligente, gerenciando os dados e transformando os fluxos de trabalho manuais em soluções fáceis. Como fazer o arquivamento de documentos? Devemos nos lembrar de que a sobrecarga de documentos que qualquer empresa gera é uma coisa, mas a de informações é outra totalmente diferente. Sem sombra de dúvida, documentos indevidos são algo que quase todas as organizações querem eliminar. Já as informações, quanto mais, melhor. Isso serve para qualquer um que queira crescer profissionalmente e entrar no mercado com força. Porém, se essas informações contidas nos documentos estiverem em locais inapropriados, mal arquivadas ou desorganizadas de nada valem, visto que podem até mesmo desaparecer! 5 Fonte: arquivopublicors.files.wordpress.com Ninguém quer perder aquilo que levou dias, meses ou anos para produzir, por exemplo. Imagine então perder documentos extremamente importantes como contratos, informações confidenciais ou registros? Isso vale tanto para documentos físicos, quanto digitais. O mau arquivamento de documentos pode resultar em perda de tempo, retrabalho e até mesmo levar a um processo judicial. Portanto, devemos levar a isso a sério e reconhecer a importância deste trabalho. Se quiser mais informações de como arquivar seus documentos, sejam eles físicos ou digitais. Mas até quando devo fazer o arquivamento de documentos? Eis uma pergunta que não quer calar! Todos nós já tivemos o medo de jogar um documento fora e depois achar que vamos precisar dele. Por causa disso, acabamos deixando aquele documento guardado por anos, sejam em pastas físicas ou no computador. Isso acaba gerando um monte de “entulho” nas nossas salas ou acabando com a memória do nosso computador deixando ele lento. Sim, o tempo que devemos fazer o arquivamento de documentos já é definido. Cada documento tem uma vida útil pré- estabelecida. 6 2 ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS FÍSICO X DIGITAL Depois de ter visto a diferença entre os dois, é hora de pensar qual deles mais se adequa a sua empresa. Alguns preferem continuar com o arquivamento de documentos físico, outros querem inovar e partem para o digital. Mas qual deles vale realmente a pena? Tanto os documentos físicos quanto os digitais, se organizados da maneira correta geram benefícios. Infelizmente com o tempo, a quantidade que uma empresa precisa armazenar seus documentos é absurda e acaba sendo necessário cada vez mais um espaço maior para guardar esses documentos e consequentemente custosindevidos. Com uma solução digital, isso não é necessário. Você não precisa gastar com espaço físico, pastas, móveis para guardar seus documentos. Tudo isso é feito no computador. Além desse tipo de arquivamento de documentos contribuir para a redução de gastos, você pode localizar seus documentos com mais facilidade e rapidez. 2.1 Autenticidade no arquivamento de documentos Ao tratar de documentos digitais surge ainda outra pergunta que é palco de muitas dúvidas: A credibilidade dada a um documento físico é a mesma dada a um digital? Sim, mas existem alguns pontos a se tratar. Antes de tudo precisamos definir o que significa autenticidade. Autenticidade é quando um documento é merecedor de aceitação, ou seja, aquele documento é livre de qualquer tipo de corrupção ou alteração. Ele é autêntico. E o que é autenticação? É quando uma pessoa tanto física quanto jurídica que tem autoridade para fazer uma declaração, declara que a autenticidade de um documento. No caso de documentos físicos isso é mais fácil de fazer. Já no caso dos documentos digitais é preciso assinatura digital. A assinatura digital é um exemplo de autenticação, ela identifica quem emitiu o documento e mostra se ele é autêntico e livre de alterações. A autoria e a integridade podem apoiar a autenticidade de um documento digital. Se ficou com dúvidas e quer saber mais leia: “Perguntas frequentes sobre a certificação digital”. 7 Portanto, ao fazer o arquivamento de seus documentos tanto no âmbito físico, quanto no digital tenha certeza que eles são autênticos e tome as providências necessárias para que eles não tenham nenhum tipo de corrupção que pode resultar em processos legais. O que fazer agora? Depois de analisar sobre o arquivamento de documentos físico e digital pintou a dúvida do que fazer? Ou acha que o arquivamento de documentos físico já não se adequa a sua empresa? Não tem problema. Vale ressaltar que estamos em um mundo completamente competitivo, portanto ficar concentrado em procurar aquele documento ou perder documentos importantes não é uma opção. Agora, você deve estar se perguntando, mas como então posso fazer o arquivamento de documentos? Quem ou o que pode me auxiliar? Calma, não precisa ficar desesperado! Fazer o arquivamento de documentos não é um problema atual, é algo que há muito tempos as empresas têm de lidar. Porém, mais uma vez, a tecnologia entra para nos salvar e nos ajudar a superar os desafios. Como? 2.2 O ECM e o Arquivamento de documentos O ECM (ENTERPRISE CONTENT MANAGEMENT) ou em português, “Gestão de Conteúdo Empresarial” pode ser de grande ajuda. Mas o que ele faz? O ECM é um conjunto de ferramentas e estratégias que nos auxiliam a gerenciar armazenar, preservar e distribuir todos os documentos ou o conteúdo existente em nossa empresa. Hoje em dia a gestão de documentos se tornou parte vital dos processos das organizações, visto que tudo gera documento. E eles não param… São faturas geradas pelos setores de contas a pagar e receber, registros de todo tipo, papéis assinados, contratos, recibos, currículos, documentos de clientes, funcionários. Ufa! Parece até que não acaba mais… Mas com o auxílio de um ECM podemos fazer o arquivamento de documentos de forma rápida, fácil, segura e sustentável. Chega daquele monte de papelada! Um sistema de ECM pode nos ajudar a fazer uma coleta de forma sistemática e sequencial de todo tipo informação. Como vimos o ECM não é apenas uma 8 ferramenta ou uma tecnologia, mas envolve todo um conjunto de estratégias e ferramentas que juntas dinamicamente conseguem fazer toda a gestão de documentos que precisamos. Em qualquer negócio ao fazer o arquivamento de documentos nos preocupamos com a forma que os documentos são organizados e por quem eles passam; tanto ao fazer o armazenamento deles quanto á quem terá acesso a eles depois. Nos métodos tradicionais esse processo é feito por colocar os documentos em uma pasta ou caixa, classificar, enumerar e guardar. Depois, normalmente esses documentos ficam guardados em uma sala física. É preciso se preocupar com um bom sistema de segurança neste caso, visto que se qualquer pessoa tiver acesso a eles, há o perigo de ter o vazamento de informações indevidas ou até mesmo a perda de documentos. Com um ECM isso é difícil de acontecer, as complicações baseadas em guardar e etiquetar todos os documentos são reduzidas ou eliminadas. À medida que for surgindo à necessidade de ter o arquivamento de documentos importantes, eles vão sendo armazenados de forma sistemática com uma fácil organização e podem ser facilmente pesquisados quando necessário. Além disso, é um processo muito mais seguro, visto que você pode monitorar todas as pessoas que tiveram acesso a um determinado arquivo. Pode também controlar qual nível de acesso os funcionários podem ter, fazendo com que eles possam acessar todo o documento ou somente partes dele, caso necessário. Até agora falamos sobre a classificação, a organização e a segurança com respeito ao arquivamento de documentos. Acha que acabou? Ainda tem mais… Quem nunca quando chegou o final do ano resolveu dar uma limpa” nos documentos que achava que não eram mais necessários? Ou convocou aquele mutirão para analisar o que pode ou não ser jogado fora? Dá um mega trabalho não é verdade? Isso sem contar na demora. Com a solução adequada do ECM esses dias passaram. Podemos gerenciar o arquivamento de documentos e definir seu ciclo de vida. Digitalização – o que fazer como meus documentos impressos já arquivados Talvez você tenha decidido agora fazer o uso do arquivamento de documentos digital, fazer isso com os novos documentos é fácil, mas o que fazer com aqueles documentos que eu já possuo? 9 Simples, use a digitalização. Você poderá com a digitalização reunir todos os documentos importantes que precisa e passa-los para o formato digital. Pode usar, por exemplo, a chamada captura inteligente. Esse tipo de tecnologia pode fazer com que o seu arquivamento de documentos fique muito mais fácil. É só colocar o documento que quer digitalizar e o equipamento faz todo o trabalho, enviando o documento de forma rápida e segura para um lugar previamente definido e passando assim pela solução completa do ECM. Ao fazer isso poderá gerenciar e armazenar documentos novos e antigos facilmente diretamente de sua rede ou de aplicações. Com o ECM você tem controle e pode gerenciar as informações durante seu ciclo de vida e melhorar a produtividade da sua organização. Todo o tempo em que um documento deve ser armazenado desde a entrada até a sua destruição é previamente definido. Como vimos, as soluções de ECM e o suporte dado a elas são muitos. Cabe a nós, analisarmos se essa é a opção certa para o nosso negócio. 3 BENEFÍCIOS DE FAZER O ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS CORRETO Para uma empresa que está apenas tentando ficar à frente dos concorrentes no mercado, a lentidão, a dificuldade de classificar e recuperar os arquivos, o retrabalho e as informações perdidas e duplicadas presente em todo o processo de arquivamento de documentos é imprescindível. Tudo isso reduz a produtividade, gasta tempo, dinheiro, sem contar no estresse que dá não é verdade? Mas com o uso da tecnologia podemos estar à frente. O uso do documento digital traz muitos benefícios. Ajuda na sustentabilidade, visto que reduz o uso do papel, economiza tempo que pode ser usado em ações mais importantes, evita o trabalho duplicado e é mais rápido, eficiente e seguro.1 1 Extraído do link: blog.edocx.com.br 10 Fonte:www.taugor.com.br 3.1 5 Passos para fazer o Arquivamento Correto dos Documentos Na rotina de qualquer empresa é impossível que não sejam armazenados uma quantidade considerável de papéis. Nesse sentido, é imprescindível que haja o arquivamento correto dosdocumentos. Para realizar esse arquivamento é importante que seja feita uma separação do que é realmente necessário guardar e do que pode ser eliminado. Existem muitas maneiras de arquivar os documentos, como por exemplo, em caixas, gavetas ou armários. De todas as formas, o mais importante é que seja colocada sempre uma identificação no local onde será armazenada essa papelada para facilitar a manipulação desses documentos pelos os seus usuários. Se o seu escritório está sempre em constante bagunça e você nunca encontra o papel que precisa no momento certo, confira neste artigo como fazer o arquivamento correto dos documentos. Passo 1 – Tenha um local específico para arquivamento Para fazer o arquivamento correto dos documentos, ter um local especialmente separado para colocar os seus arquivos é essencial. Destine um espaço físico dentro 11 da sua empresa para colocar essa papelada. Isso evitará que documentos se percam e ampliará o espaço do local de trabalho quando forem removidos os volumes que ficam nesse local. Escolha um lugar seguro e de fácil acesso para as pessoas que precisarão eventualmente ter acesso a esses documentos. Caso sua empresa seja pequena e não haja um local sobrando para depositar esses documentos, procure por empresas especializadas em gestão de documentos que poderão fazer essa guarda para você. Passo 2 – Classifique os documentos Realizar a classificação dos documentos nada mais é do que separá-los por departamentos, assuntos e segmentos. Este é o ponto chave para fazer o arquivamento correto dos documentos e faz total diferença para quem precisa consultar alguma informação. Além disso, dentro da classificação é importante criar codificações para manter os papéis em ordem numérica e alfabética. Passo 3 – Crie uma tabela de temporalidade Para quem não sabe, muitas empresas utilizam uma tabela de temporalidade para determinar o prazo correto de guarda de cada tipo de documento. Essa prática evita que documentos essenciais sejam jogados fora junto com outros papéis que não são mais necessários. Passo 4 – Digitalize os documentos que puder É praticamente impossível conhecer alguém que nunca tenha perdido um documento importante. A perda de papéis importantes pode ser muito prejudicial para as empresas, visto que existem leis que condenam instituições que se negam a fornecer determinados documentos, como uma nota fiscal, por exemplo. Por essa razão é altamente recomendado que seja feita a digitalização dos documentos físicos para resguardar a empresa de possíveis danos. Hoje, estão disponíveis aos usuários diversas opções como armazenamento em nuvem, microfilmagem, entre outras que atendem essa demanda. 12 Passo 5 – Cuide dos documentos Depois de realizar o arquivamento correto dos documentos no local escolhido, não deixe que eles fiquem sem cuidado. De tempos em tempos, faça uma limpeza nas pastas e armários e sempre fique atento ao prazo de guarda de cada um. Assim você poderá eliminar os papéis que já não são necessários e importar novos no lugar destes.2 4 GESTÃO DE DOCUMENTOS: POR QUE FAZER ARQUIVAMENTO DIGITAL E FÍSICO? Seja numa empresa privada ou no serviço público, realizar a gestão de documentos de maneira eficiente ainda é um desafio que está longe de ser feito de maneira realmente satisfatória. Tudo depende da estrutura do local, da capacidade dos envolvidos no processo e, principalmente, dos recursos tecnológicos disponíveis. As velhas salas de arquivo morto, empoeiradas e com caixas empilhadas para todos os lados não são bonitas, não oferecem nenhuma segurança e devem entrar em desuso o mais breve possível — pois o armazenamento ineficiente, além de dificultar a busca por informações, pode gerar um gasto altíssimo com multas e processos, principalmente quando se trata do setor público. Hoje você aprenderá mais sobre a importância de otimizar a gestão física e digital dos seus documentos, oferecendo transparência e facilitando seu armazenamento e acesso, quando necessário. 4.1 Saiba a importância da organização de documentos Organizar documentos é uma demanda obrigatória para garantir a boa gestão de uma empresa ou serviço público. Eles são responsáveis por oferecer suporte para tomada de decisões e comprovam todas as ações realizadas pelos setores administrativos. Por isso, é preciso armazenar de maneira eficiente todo tipo de documento — como notas fiscais, contratos, contas pagas ou até mesmo projetos de engenharia. 2 Extraído do link: www.riotron.com.br 13 Tudo deve estar no lugar certo e é preciso garantir que seu acesso será rápido e fácil quando for necessário. Em casos que o processo de arquivamento não é feito da maneira correta, perde-se muito tempo procurando esses documentos — e nós sabemos bem que o tempo é um ativo valioso, não é mesmo? Uma má gestão de seu acervo pode também resultar na perda de recursos financeiros importantes — um Convênio Federal, por exemplo — e até em um processo por improbidade administrativa, quando falamos do setor público. 4.2 Entenda a diferença de documentos físicos e digitais A diferença entre os documentos físicos e digitais é bem simples. Os físicos são, geralmente, impressos em papel e são armazenados em caixas ou pastas com identificação, além de serem organizados em uma ordem determinada pelo gestor do departamento. Já os digitais são arquivos que ficam armazenados no disco rígido do computador, dentro de diretórios ou bancos de dados. Confira agora algumas dicas que vão lhe ajudar a repensar seus métodos de gerir seus documentos físicos e digitais: Dicas para a organização física de seus documentos O primeiro passo para uma boa gestão é organizar seus documentos físicos de uma maneira que facilite sua consulta. Para isso, é preciso deixar a preguiça de lado, abrir suas caixas e colocar a mão na massa. Primeiramente, defina um local específico para alocar todo material, de acordo com o volume de informações que precisa arquivar. Esse espaço precisa ser limpo constantemente, ser arejado, possuir iluminação e mobiliário específico para o armazenamento de documentos, com a possibilidade de organização lógica e que facilite a busca. Posteriormente, determine regras de armazenagem em seus armários e prateleiras de acordo com os tipos de documentos, como assuntos, tipos, períodos etc. Posicione nos locais mais acessíveis os que forem mais importantes e precisam ser manuseados constantemente. Com o local pronto para receber os volumes de arquivos, utilize uma tabela — de preferência, eletrônica — como índice para anotar informações como localização, 14 dados relativos ao conteúdo da caixa ou pasta, data do arquivamento e o responsável por arquivar os documentos. Nem todo documento precisa ser armazenado eternamente. A maioria deles tem um prazo de validade e pode ser descartado com o passar do tempo. Pesquise sobre o assunto e inclua a data de vencimento na tabela índice de seu arquivo físico — já que poderá liberar espaço para novas inclusões. Com tudo organizado, catalogado e registrado, é hora do segundo e mais importante passo: a digitalização dos documentos, afinal, um acidente é capaz de arruinar todo o histórico de empresa ou órgão público — e você não vai correr esse risco, vai? 4.3 Dicas para o armazenamento digital de documentos Já falamos que armazenamento digital de documentos consiste em transformar sua cópia física em eletrônica, a fim de seja guardada em discos rígidos de computadores locais ou servidores na nuvem. Portanto, agora é hora de realmente realizar o processo. Existem empresas especializadas nesse processo, com softwares específicos para tornar a tarefa mais eficiente e confiável. Porém, se você ainda não dispõe de recursos financeiros para isso, um equipamentode digitalização simples será de grande ajuda. Repita o mesmo modo que organizou seu arquivo físico em seu computador — criando pastas e subpastas organizadas para receber os documentos eletrônicos. Seguindo a ordem de sua tabela índice, digitalize cada documento e defina uma nomenclatura de fácil entendimento para cada arquivo. É um processo complexo, mas no final todo esse esforço será válido. Além disso, se essa tarefa for realizada constantemente, o trabalho ficará bem mais simples de se realizar no futuro. Atualmente, já temos diversos documentos que são enviados de maneira virtual, como a Nota Fiscal Eletrônica, boletos bancários, contas de energia elétrica etc. — e armazená-los está bem mais fácil agora do que antigamente. 15 Fonte:www.pauta-assessoria.com 4.4 Adote uma ferramenta que facilite seu trabalho As informações anteriores são úteis para começar a pensar sua organização de documentos, contudo, ainda está longe de ser a maneira ideal. Tendo em vista que as demandas internas têm se mostrado cada vez maiores, a adoção de uma ferramenta de gestão se torna a única alternativa realmente eficiente. Um software de gestão administrativa é capaz de organizar todos os documentos digitais de uma empresa ou departamento, armazenando dados e arquivos de maneira intuitiva e rápida. Ele oferece diversos recursos que auxiliam na tomada de decisões, como gráficos, relatórios e integração com outros setores. Tudo fica centralizado em uma base de dados robusta, sendo possível recuperar, rapidamente, qualquer tipo de informação com uma simples busca — e um documento que demoraria minutos ou até horas para ser encontrado, estará ao seu alcance com apenas um clique. No meio empresarial, o uso de recursos de armazenamento via software de gestão já é realidade há muito tempo. Já no serviço público há um aumento significativo de sua adoção nas esferas Municipais, Estaduais e Federais. Entender mais sobre a gestão de documentos lhe trará inúmeros benefícios em curto e longo prazo, principalmente se isso ocorrer com o auxílio de uma ferramenta 16 de gestão eficiente. Lembre-se de que esse processo é contínuo e deve ser realizado com muita atenção, independentemente de quais métodos sejam adotados.3 5 TIPOS DE ARQUIVAMENTO: ARMÁRIO, GAVETEIRO OU CREDENZA QUAL É A MELHOR? Profissionais de diferentes áreas precisam arquivar documentos e devem optar pelo tipo de arquivamento ideal. Existem diferentes métodos para arquivar documentos (horizontal vertical, suspenso). Em relação a esse assunto, devem-se considerar também os tipos de arquivamento. Ou seja, os tipos de mobiliário usados para guardar os documentos. Armários, gaveteiros ou credenza? Qual desses tipos é o melhor? Qual você usa em seu escritório? 5.1 O arquivamento em armários Os armários são móveis com portas e prateleiras internas. Possuem diferentes tamanhos e alguns modelos podem não apresentar portas. Modernamente, entre os tipos de arquivamento, destaca-se o arquivamento deslizante. O arquivamento deslizante é aquele composto por um armário que desliza através de trilhos, necessitando somente de um corredor e facilitando a acessibilidade aos documentos. Em geral, adota-se, nos armários, a organização dos arquivos no modelo horizontal (arquivos deitados), ou seja, os documentos são colocados uns sobre os outros. Quanto ao material, podem ser de madeira ou metal, como o aço inox, que não enferruja, é durável e resistente. Também podem apresentar vidro em sua composição, permitindo a visualização do ambiente interno. 3 Extraído do link: blog.tectrilha.com.br 17 5.2 O arquivamento em gaveteiros Os tipos de arquivamento incluem também os gaveteiros, ou seja, os móveis com grandes gavetas. Os gaveteiros também podem ser metálicos ou em madeira. Em geral, usa-se a metodologia vertical (arquivos em pé), ou seja, os documentos são dispostos uns atrás dos outros. O arquivamento vertical permite mais agilidade e eficiência na consulta dos documentos. Não há necessidade de manipular, nem de remover os arquivos. Essa é uma vantagem para otimizar as operações e contribuem para maior preservação do material. Os gaveteiros também podem apresentar diferentes dimensões. 5.3 O arquivamento credenza Trata-se do mais moderno dos tipos de arquivamento, caracterizando-se por ser um balcão, geralmente longo, composto somente por portas ou gavetas ou por ambas. Como as gavetas do credenza costumam ser mais largas que as dos gaveteiros, adota-se, na maioria das vezes, a organização horizontal. A linha credenza foi desenhada para uso universal e apresenta compatibilidade com sistemas de painéis divisórios e com mobiliário autoportante, como em plataformas de trabalho constituídas por escrivaninhas, em áreas de reuniões e em gabinetes executivos. Em geral, o arquivamento credenza é confeccionado em madeira, podendo ou não apresentar vidro. Os tipos de arquivamento: qual escolher? A escolha entre os tipos de arquivamento vai depender de suas necessidades e também de suas preferências. Para espaços menores, o ideal é optar por armários que não sejam muito largos ou comprar gaveteiros. O arquivamento credenza também é prático, pois sendo um balcão pode ser integrado a outros móveis. Quando se fala que, “em regra” ou “geralmente”, um determinado tipo de arquivamento é usado de uma forma específica, não quer dizer que esse uso seja obrigatório, mas é o mais comum e o mais recomendado. Assim, apesar de nos armários os arquivos serem dispostos geralmente na forma horizontal, pode-se organizá-los na forma vertical (dentro de pastas 18 organizadoras, por exemplo). Ainda é possível usar a organização vertical no arquivamento credenza. Existem armários com gavetas plásticas internas ou gavetas na parte inferior/superior. O arquivamento suspenso pode ser aplicado tanto em armários quanto nos gaveteiros e no tipo credenza — os arquivos ficam suspensos por varetas que correm sobre trilhos metálicos. A tendência moderna é mesclar os tipos de arquivamento, de modo que o usuário possa ter mais de uma modalidade em um único móvel. Considere, portanto, o espaço disponível em seu escritório, a quantidade de arquivos que possui (papeis, mídias digitais e outros) e as necessidades que eles apresentam, o custo-benefício do produto (preço relacionado à praticidade oferecida, à durabilidade do material e a outros pontos).4 5.4 Notas fiscais: por quanto tempo devo arquivar? Uma das grandes dúvidas dos empreendedores é: por quanto tempo preciso arquivar as Notas Fiscais e outros documentos contábeis? Quem já teve a curiosidade de visitar o arquivo do setor contábil de uma empresa, muito provavelmente se deparou com uma imensidão de caixas etiquetadas de A a Z, de 1 ao infinito. A verdade é que nestas pastas estão armazenados diversos tipos de documentos que comprovam e registram o histórico de atividades de uma empresa. Independente do porte do empreendimento, a empresa tem a obrigação de preservar e arquivar determinados documentos por um período definido pela legislação. Este período pode variar entre 3 a 30 anos, de acordo com o documento. Como armazenar as notas fiscais? A Nota Fiscal é um documento que comprova a origem da receita de uma empresa. Legalmente tanto as Notas quanto os Recibos devem ser arquivados por 5 anos. 4 Extraído do link: projetopromov.com.br 19 Fonte: www.xmlspc.com.br O arquivamento das notas fiscais e recibos físicos (impressos) pode ser feito em pastas e caixas, desde que devidamente etiquetadas por período de mês e ano. Mas, vale lembrar que, dependendo do tipo de impressão e papel, há o risco de o documento se tornar ilegível com o passar do tempo. Por isso, uma boa solução é a digitalização. Paraas Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) deverá ser feito o armazenamento do arquivo XML – assinado digitalmente e com a autorização de uso. Seja para as notas digitalizadas ou para as NF-e, deve-se ter o mesmo critério de catalogação e o cuidado para definir em quais mídias serão salvas – CD, DVD, Disco Rígido, Fita Magnética ou, até mesmo, pen drive. Ainda vale lembrar que até mesmo esses tipos de mídias estão sujeitos a danos físicos. Dessa forma, é recomendável que, para cada unidade seja feita também uma cópia de segurança. Por isso, um dos métodos considerados mais seguros é o arquivamento em nuvem, que pode ser feito até mesmo numa conta de e-mail ou através de um serviço de hospedagem. 20 Para quê armazenar as notas fiscais? O armazenamento das Notas é feito como medida de segurança para as empresas e para a Receita Federal. Nesse período entidades tributárias e fiscais podem solicitar a conferência para comprovar alguma inconsistência de informação, algum erro ou reclamação. Assim, a empresa precisa ter o documento em mãos. Nesse prazo de 5 anos, a empresa também pode receber algum tipo de cobrança, como de imposto de renda por exemplo, e apenas a nota poderá comprovar que em determinado período fez a emissão do documento com o valor e que os impostos correspondentes foram retidos e pagos. Segurança para arquivamento digital das notas fiscais O arquivamento dos documentos em nuvem é considerado hoje como uma das formas mais seguras para as empresas. Esse tipo de arquivamento facilita a gestão dos documentos e permite que a empresa possa acessá-lo a qualquer momento que precisar. No entanto, o mais importante é que evita riscos de perdas, seja dos documentos físicos ou de mídias em que os documentos foram salvos. Isso porque, para oferecer esse tipo de serviço a contabilidade precisa contar com servidores e sistemas que garantam o backup dos arquivos para os clientes e que, principalmente, atendem aos mais rígidos padrões de segurança.5 6 COMO USAR A TECNOLOGIA PARA ARQUIVAR DOCUMENTOS ESCOLARES Os documentos sobre a vida escolar do aluno são fundamentais para que ele consiga dar continuidade aos estudos e ingressar em um curso superior. Afinal, cada um deles possui sua própria utilidade, e a importância não se restringe apenas aos estudantes, sendo os registros também relevantes para as escolas. Para gerenciar da melhor forma toda essa documentação, falaremos do uso da tecnologia para arquivar documentos escolares. 5 Extraído do link: blog.sejakino.com.br 21 Alunos e ex-alunos recorrem frequentemente às instituições onde estudaram para solicitar o histórico escolar, por exemplo, que pode ser utilizado para consulta ou como apoio a um futuro planejamento. No total, há 13 documentos. Eles são classificados entre os de guarda permanente e temporária. Saiba quais são eles e a melhor maneira de armazená-los usando a tecnologia para arquivar documentos escolares! 6.1 Os tipos de documentos sobre a vida escolar do aluno Não há uma legislação nacional que estabeleça o tempo exato pelo qual tais registros devem ficar guardados em posse da escola. Trata-se da responsabilidade da instituição gerenciar esses documentos. 6.2 Documentos de guarda permanente Documentos de guarda permanente devem ser arquivados por, no mínimo, 50 anos. Isso se deve ao fato de muitas pessoas iniciarem sua vida acadêmica já adultos, por volta dos 40 anos. Veja: Matriz Curricular e exemplar de cada alteração; Livro de visitas de Autoridades Educacionais; Registro de Diplomas e Certificados; Registro de Avaliações Finais; Registro de Matrículas; Autorização de funcionamento da escola; Publicação em diário oficial dos atos da escola; Atas em geral. 6.3 Documentos de guarda temporária Esses documentos devem ser guardados por 5 anos, tempo de duração do contrato ou, ainda, pelos prazos estipulados nas regulamentações. Antes do descarte, 22 é importante que seja feita uma ata constando os dados principais desses documentos. São eles: Regimento Interno; Diário de Classe; Plano Escolar; Calendário Escolar; Guias, atestados e declarações em geral. 6.4 Sobre o armazenamento dos documentos No tópico anterior, vimos que não existe uma lei nacional que estabeleça o tempo de guarda de um documento. Contudo, a lei de número 8.159 de 1991 indica, no artigo 25: “Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de interesse público e social. ” Ou seja, caso a pessoa faça a solicitação dos registros em seu nome e a escola não esteja com eles, poderá ser penalizada. Então, qual a melhor forma de armazenar os documentos sobre a vida escolar do aluno? Para que a papelada seja armazenada por tempo indeterminado e de maneira segura, apresentamos uma solução bem simples: a tecnologia! Sim, a tecnologia para arquivar documentos escolares. 6.5 Usando a tecnologia para arquivar documentos escolares Uma instituição de ensino não é feita de apenas uma matrícula ou um bimestre. São centenas de matrículas todos os anos, centenas de alunos formados e toda a documentação burocrática referente a estes processos e à escola. É preciso espaço para tantos papéis e ainda se prevenir das ações do tempo ou de adversidades como incêndios, enchentes e até mesmo traças. Utilizar um sistema online de gestão escolar é a maneira mais eficiente de guardar documentos de forma segura e organizada. Fazer uso dessa ferramenta 23 otimiza todos os procedimentos realizados pela secretaria da escola, setor responsável pelo registro e atualização dos documentos que tornam as informações e processos escolares regularizados perante a lei. Por isso falamos do uso da tecnologia para arquivar documentos escolares. 6.6 Como o sistema atua no armazenamento de documentos No início deste artigo, relacionamos os documentos sobre a vida escolar do aluno que devem ser guardados pela instituição. Veja agora como a solução online de gestão escolar pode atuar em relação a alguns desses registros: Registro de Matrículas: as matrículas são realizadas em um ambiente online, de acordo com o número de vagas ofertados. A rematrícula pode ser solicitada diretamente pelo responsável pelo aluno. Histórico Escolar e Registro de Avaliações Finais: permite ser elaborado em ambiente simplificado online junto à ferramenta de boletim online. Calendário Escolar: permite ser elaborado e gerenciado online. Diário de Classe: o professor lança notas e faltas em sistema integrado da escola. Esses processos, aliados a outras funcionalidades, permitem gerar automaticamente o relatório de cada aluno, informando ficha individual, histórico, atas, declarações, notas, atestados de conclusão, comprovante de matrícula e presença, entre outros. A facilidade, com certeza, auxiliará a instituição de ensino a cumprir os prazos de entrega de documentos, além de manter a transparência acerca dos documentos sobre a vida escolar do aluno. 7 BENEFÍCIOS DE ORGANIZAR OS DOCUMENTOS ONLINE Utilizar um sistema online de gestão escolar traz mais benefícios do que apenas gerar relatórios com facilidade e guardar documentos de forma segura. Uma instituição de ensino organizada torna-se referência em sua localidade, uma vez que os serviços são realizados com agilidade e eficiência. 24 Facilitando o trabalho da secretaria, professores e equipe pedagógica, a diretoria da escola garante meios para um alto nível de produtividade. Consequentemente, esses profissionais prestam um melhor serviço aos pais e estudantes, impactando de maneira positiva a imagem do colégio. Os relatórios gerados significam mais que um punhado de informações sobre o solicitante:são uma maneira segura da escola ter um controle geral sobre tudo o que ocorre, permitindo acompanhar o perfil dos seus alunos e o desempenho dos docentes. A economia de papel também não pode ser esquecida. Escolas que usam a tecnologia para arquivar documentos escolares e que automatizam seus arquivos garantem uma economia considerável de papel e impressão. Pode parecer que não, mas, se você controlar esse tipo de gasto, descobrirá que pode poupar muito dos seus recursos ao final do mês, fazendo melhores investimentos com esse dinheiro. . Além disso, quanto mais anos sua instituição de ensino tiver, mais papéis serão acumulados. E esse número é proporcional à quantidade de alunos. Some a isso todos os registros das mudanças e inovações no planejamento pedagógico da sua escola. Certamente, não existiria um espaço físico que abrigasse tantos documentos, o que torna a administração por meio online uma forma eficaz a curto, médio e longo prazos!6 8 ARQUIVO JURÍDICO: SAIBA COMO UM SOFTWARE NA NUVEM FACILITA A ROTINA DO ADVOGADO Durante muito tempo, digitalizar documentos e armazená-los em softwares internos foi a solução encontrada pela maioria dos escritórios de advocacia para o arquivamento jurídico. Hoje em dia, ter acesso a peças processuais, andamentos e documentos de clientes em um ambiente digital significa agilidade. Por isso é que a digitalização como base para o arquivamento jurídico é cada vez mais adotada, sobretudo com no software jurídico na nuvem. 6 Extraído do link: https://www.proesc.com/blog/tecnologia-para-arquivar-documentos- escolares/ 25 Fonte:p3edge.com Por outro lado, assim como ocorre no ambiente físico, armazenar documentos digitais não significa necessariamente organizá-los. Você concorda? Além disso, softwares e hardwares também possuem limites no que se refere à capacidade de armazenamento. Mas já que os escritórios acumulam cada vez mais documentos digitais, como armazenar e gerenciar tanta informação? E, mais do que isso, como contar com um sistema de arquivamento jurídico que seja funcional, organizado e seguro para uma grande base de dados? Parece um grande desafio. Mas a resposta é simples: a computação na nuvem vem se mostrando uma ótima ferramenta. Para saber como funciona um software jurídico na nuvem e como essa solução tecnológica proporciona facilidades para o advogado, continue a leitura! 8.1 Cloud computing: a solução para o arquivamento jurídico Para começar, vamos falar de cloud computing, ou computação na nuvem. Nada mais é que um sistema de armazenamento de dados independente de hardwares e softwares. Ou seja, todos os documentos podem ser guardados e organizados sem a necessidade de adquirir ou instalar programas. É na própria nuvem que o advogado pode armazenar todos os documentos do escritório e acessá-los sem complicações. 26 A grande vantagem desse sistema quando comparado aos tradicionais é que a nuvem possibilita o acesso remoto de dados. Isso significa que eles são acessíveis de qualquer lugar, tendo como única regra de acesso a existência de sinal de internet. Em relação ao custo-benefício, a computação na nuvem também sai na frente. Esta modalidade conta com uma capacidade de armazenamento bastante superior quando comparada às tradicionais. Além disso, de forma geral possuem um custo menor e a permitem a customização dos espaços. É por essas e outras razões – que iremos apresentar abaixo – que essa solução vem sendo cada vez mais adotada por advogados. 8.2 Segurança Embora a computação na nuvem seja uma alternativa com ótimo custo- benefício para o arquivamento jurídico, muitos advogados ainda possuem certa desconfiança. Constatamos que uma das principais dúvidas é em relação à segurança de seus dados, muitas vezes sigilosos. Porém, não há razão para preocupações. Primeiro, porque a segurança é de responsabilidade da empresa que gerencia os dados na nuvem. Isso faz com que o cuidado seja bastante grande, especialmente porque são empresas grandes, de renome, e que tomam conta de dados de terceiros. Além disso, existem diferentes tipos de nuvens que possibilitam diversos graus de segurança. Hoje, apenas para se ter uma ideia, existe a nuvem pública, a privada e a híbrida. Na nuvem pública, os dados são armazenados de forma única e a empresa que gerencia oferece serviços diferentes para o processamento de dados. Já na nuvem privada, é possível que somente o seu escritório armazene seus dados ali. Já o sistema híbrido é um misto dos dois sistemas. O sistema mais seguro costuma ser a nuvem privada. Porém, seu custo pode ser muito alto para alguns escritórios. Para solucionar essa questão, a melhor opção é o uso de um software jurídico na nuvem, oferecem planos para os mais diferentes tipos de escritórios e advogados autônomos. 27 8.3 Software jurídico na nuvem Se a nuvem permite o armazenamento de dados, por que não armazenar também um software jurídico? A união das duas tecnologias garante segurança dos dados e mobilidade, proporcionando uma solução ideal para arquivamento jurídico. É assim que um software jurídico na nuvem se torna capaz de aprimorar o seu sistema de gestão de forma completa. Os softwares jurídicos são ferramentas de organização que estabelecem processos internos. Dessa forma, ajudam o advogado a sistematizar seu dia a dia com muito mais agilidade e facilidade. Além disso, permite gerir de forma integrada seus prazos, custos e mais. Se você leu até aqui e acha que o escritório se encontra amontoado de papeis e mal sabe como iniciar seu dia, temos uma notícia… Você precisa urgentemente de um software jurídico. Nossa dica é que você faça um teste e confira os benefícios que esta funcionalidade aliada à tecnologia do armazenamento na nuvem pode te garantir.7 9 ARQUIVAR DOCUMENTOS: 8 DICAS PARA SER MAIS EFICIENTE NO AMBIENTE EMPRESARIAL Os dados são considerados um dos bens mais valiosos de uma empresa. No entanto, um negócio só consegue aproveitar todo esse potencial quando sabe arquivar documentos de maneira eficiente e organizada. Diariamente, inúmeros documentos e informações são gerados em uma corporação. Independentemente do seu porte ou segmento de atuação, é preciso garantir que eles estejam seguros e, sempre que necessário, possam ser consultados com rapidez. Para ajudá-lo com essa tarefa, reunimos dicas sobre organização e segurança para que o processo de arquivamento de documentos em sua empresa seja sempre eficiente! 1. Classifique os documentos 7 Extraído do link: www.promad.adv.br 28 Uma dica muito importante para gestores que desejam ter um arquivo organizado e fácil de ser consultado é a classificação dos documentos. Eles devem ser separados por categorias, como contábeis, financeiros, contratos, clientes, fornecedores, vendas e compras, por exemplo. O ideal é que exista uma lógica para se fazer a separação dos documentos, seja em arquivo físico ou virtual. Via de regra, esse simples cuidado inicial trará mais organização, segurança e agilidade ao processo, simplificando o dia a dia dos gestores e demais funcionários. 2. Defina o local para arquivar os documentos Algumas empresas não têm um local específico para armazenar documentos importantes e, na maioria dos casos, enfrentam sérios problemas por perda e extravio de informações importantes. Por essa razão, é preciso determinar com clareza onde os documentos devem ser guardados. É interessante destacar que os arquivos físicos já estão sendo substituídos pelos virtuais e que isso traz grandes benefícios ao negócio. Além de reduzir gastos com papelaria, arquivos e medidas de segurança, a utilização de um arquivo na nuvem, por exemplo, é uma maneira mais eficiente e sustentável de manter os dados sempre organizadose à disposição. 3. Determine regras para acesso aos dados Após definir esse local, é essencial que sejam determinadas algumas regras para acesso aos dados. Isso porque existem documentos que são confidenciais e, obviamente, não podem ser disponibilizados a todo e qualquer funcionário. Nesse ponto, vale destacar que o uso de arquivos digitais acaba sendo mais seguro. A tecnologia permite que se estabeleçam restrições de acesso a certos documentos. Por meio de senhas, somente o pessoal autorizado pode acessar, modificar e compartilhar tais informações. 4. Faça uso da assinatura digital Perder tempo assinando documentos manualmente não é uma estratégia inteligente. Com tantas responsabilidades e tarefas para executar, o gestor deve adotar métodos eficientes para assinar e compartilhar os documentos da empresa. 29 Uma ótima saída é a utilização da assinatura digital. Esse recurso, além de eliminar gastos com papel e impressões, também evita que a empresa gaste com motoboys e correios para o envio de documentos e contratos a fornecedores, colaboradores e clientes. 5. Aposte no arquivamento eletrônico Adotar o arquivamento eletrônico é, atualmente, a solução mais viável e inteligente para a guarda de documentos empresariais. O gestor pode estabelecer uma regra para digitalizar os papéis e confirmar a sua autenticidade por meio da assinatura digital. Dessa maneira, além de não ficarem expostos à ação do tempo e de agentes externos, como água e poeira, os documentos podem ser duplicados e transportados com facilidade. Tudo isso, é claro, com a segurança e a certeza de veracidade proporcionada pela validação digital do documento. 6. Identifique as datas para o descarte do documento Existem documentos que são extremamente estratégicos para a empresa ou determinado setor e, por isso, não podem ser descartados. No entanto, existem alguns que, após certo tempo, podem ser eliminados. Para assegurar um arquivo organizado, atual e seguro, é importante que você conheça e classifique os documentos por ordem de relevância e estabeleça datas para que sejam descartados. Isso evita o acúmulo desnecessário de dados e facilita o cotidiano dos funcionários, já que perderão menos tempo buscando pelos documentos de que realmente necessitam. 7. Faça uso de um sistema de gestão de documentos Processos manuais são, na maioria das vezes, mais ineficientes e inseguros do que aqueles que são executados de maneira automatizada. Atualmente, é possível desfrutar do conforto e da segurança de contar com uma boa ferramenta para gestão de documentos — o que pode ser considerado um investimento inteligente. Faça uma análise de suas necessidades e, em seguida, pesquise as opções disponíveis no mercado. Avalie o custo de aquisição, o nível de suporte recebido, a credibilidade e confiança da empresa fornecedora e, claro, a qualidade do produto adquirido. 30 Procure por ferramentas modernas e completas, que trabalhem com tecnologia de ponta. O ideal é que o sistema facilite a assinatura dos documentos, assegure a sua validade jurídica e que permita a organização, o armazenamento e a consulta de maneira prática e em tempo real. Dessa maneira, a tarefa de armazenar documentos será mais rápida, segura e eficiente. 8. Não cometa os maiores erros da gestão de documentos Por último, para que todo o processo seja eficiente e a sua empresa consiga armazenar seus documentos e dados de maneira segura e inteligente, é preciso conhecer os grandes erros da gestão de documentos. Adquirir esse tipo de informação é o primeiro passo para alcançar o sucesso na tarefa e assegurar que tudo o que é relevante para a empresa fique em segurança e possa ser consultado de maneira rápida e simples. Por isso, é essencial que você se prepare e evite cometer falhas, como: não estabelecer uma política sólida para a gestão de documentos; não separar os documentos por categorias e ordem de relevância; não se preocupar com a segurança dos dados na nuvem; não fazer uso dos documentos eletrônicos; não sincronizar e atualizar informações; não estabelecer restrições de acesso e se descuidar da segurança das informações. Após a leitura deste post, o que se pode concluir é que as empresas contemporâneas devem arquivar documentos de maneira estratégica. Os dados são elementos essenciais para que a empresa tome decisões acertadas e se desenvolva de maneira rápida e segura, mas é preciso garantir que eles estejam organizados e disponíveis quando necessário. Dessa forma, apostar na automatização dos processos de armazenamento, como o arquivamento eletrônico, é uma opção que trará grandes benefícios à empresa e poderá contribuir de maneira significativa para que os seus setores sejam mais organizados, produtivos e eficientes.8 8 Extraído do link: blog.portaldeassinaturas.com.br 31 10 POLÍTICAS ARQUIVÍSTICAS PARA A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS 10.1 Arquivos e direitos humanos Trudy Peterson, em sua contribuição como palestrante neste seminário, nos faz um excelente resumo sobre a implicação que os arquivos têm para o exercício real da maioria dos direitos enunciados na Declaração Universal de 1948. Discorre sobre o caso concreto do direito à propriedade, exemplificando na propriedade da terra a transcendência dos arquivos. Como sempre, nossa colega está apontando uma linha de pesquisa que é preciso abordar e não só porque seja um aspecto pouco estudado e do qual carecemos, quase por completo, de publicações, mas também porque é uma questão intimamente ligada à nossa profissão. Já no início das revoluções liberais, com a proclamação do direito à propriedade na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), não só estava dando a pauta para a organização de registros de propriedade, mas também se estava apontando para a gestão da cidadania proclamada, sujeito desse direito de propriedade, o surgimento do que seria o Registro Civil. Sem dúvida, ambos, registro civil e registro de propriedade, são os pais dos arquivos públicos contemporâneos. Mas não é menos verdade que é nas transições políticas que os arquivos adquirem um protagonismo maior em relação à defesa dos direitos humanos, porque eles estão intimamente ligados às políticas de gestão de passado traumático com as quais os novos regimes democráticos hão de se defrontar. 32 Fonte:www.google.com Há um longo caminho percorrido por juristas e ativistas de Direitos Humanos em prol do reconhecimento do papel fundamental que os arquivos desempenham na defesa dos mesmos, caminho convergente com aquele seguido pelo mundo dos arquivos e por arquivistas em particular para se aproximarem da problemática da defesa dos Direitos Humanos. Ambos os caminhos convergentes estão marcados pelo trinômio que conformam Memória, Verdade e Justiça. Desde a eclosão do fenômeno, a reivindicação da memória na última década do século XX e os primeiros anos do século XXI, exigindo o direito de conhecer a verdade sobre as atrocidades vividas, chegava-se, a partir desse conhecimento, a exigir justiça para as vítimas e condenação aos responsáveis. O nexo que, finalmente, levou a unir os esforços conjuntos de arquivistas e juristas na defesa dos arquivos foi a luta contra a impunidade. Com efeito, os arquivos não tinham sido objeto da atenção particularizada de órgãos das Nações Unidas responsáveis pelos Direitos Humanos até que foram consagrados como elementos determinantes na luta contra a impunidade. Na sua resolução 1998/53, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas reconhecia que a expectativa de impunidade para as violações dos Direitos Humanos ou do Direito humanitário encorajava tais violações e era um dos principais obstáculos para o respeito aos Direitos. Não é por acaso que Louis Joinet, relator especial das NaçõesUnidas, propusera a definição do Direito de Saber - incluindo nele o Direito à Verdade individual e coletiva à par com o dever de recordar por parte dos estados, no marco 33 do seu estudo sobre as formas de combater a impunidade nas violações dos direitos humanos, estudo em que o papel transcendental dos arquivos é assumido de maneira explícita, pela primeira vez, no seio da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas. Recentemente, no marco da 18ª sessão ordinária, o Conselho de Direitos Humanos adotou por consenso um projeto de resolução sobre "Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Repetição", apresentado conjuntamente pelo Peru, Argentina, Áustria, Costa do Marfim, França, Maldivas, Marrocos, Suíça e Uruguai. Este projeto de resolução cria um Relator Especial com atribuição de abordar e promover, de maneira integral e coerente, o direito à verdade, o direito à justiça, o direito à reparação e as garantias de não repetição, consagrados nos Princípios para a proteção e a promoção dos direitos humanos mediante a luta contra a impunidade, nos Princípios sobre o direito à reparação adotados pela Assembleia Geral da ONU em 2005 e na Convenção para a proteção de todas as pessoas contra os desaparecimentos forçados. De forma paralela às Nações Unidas, os organismos internacionais de arquivistas manifestaram sua preocupação pela questão dos arquivos dos antigos regimes repressivos no marco da queda dos regimes comunistas dos países da Europa e o fim das ditaduras africanas e latino-americanas. No entanto, o fizeram pensando mais na salvaguarda de um rico patrimônio documental que estava em perigo que no uso potencial que os documentos para a Defesa dos Direitos Humanos. No percurso de sua missão, no entanto, o grupo de trabalho criado para esse fim pela Assembleia Geral do Conselho Internacional de Arquivos na sua Conferência Internacional da Mesa Redonda de Arquivos (CITRA), celebrada no México em 1993, baseado na experiência de seus membros, dedicou a atenção principal de seus trabalhos não no valor patrimonial dos documentos, mas na importância de utilizar esses documentos para o exercício de direitos coletivos e individuais. 11 POLÍTICAS DE MEMÓRIA E POLÍTICAS ARQUIVÍSTICAS Políticas de memória ou, para ser mais preciso, políticas de gestão do passado não são o mesmo que políticas arquivísticas, ainda que às vezes se confundam. As políticas públicas de memória são sempre conjunturais e de curto alcance, enquanto 34 que, em geral, as políticas arquivísticas se desenham em longo prazo e costumam ser muito estáveis, garantindo assim a confiança nos arquivos como entes testemunhais que baseiam sua credibilidade em sua permanência e neutralidade. Porém, como ilustraremos, as segundas são necessárias para que as primeiras sejam eficazes. Assim, podemos afirmar que as políticas arquivísticas são essenciais, e até determinantes das políticas de gestão do passado. Se excetuarmos o modelo amnésico da paradigmática transição espanhola, em quase todos os demais modelos de transição encontramos medidas concretas de Justiça Transicional. Entre elas, incluiríamos os julgamentos penais contra os responsáveis pelas atrocidades cometidas no regime superado, tanto em nível nacional como em tribunais internacionais; a criação de comissões da verdade; o estabelecimento de mecanismos de depuração das administrações; e o desenvolvimento de medidas de reabilitação das vítimas ou de reparação ou compensação por dano inflingido a estas. Os arquivos são necessários para se colocar em marcha, com garantia de êxito, tais medidas de justiça transicional. Por outro lado, existe uma forte conexão entre as políticas de arquivo e os modelos de transição política. A existência ou não dos documentos e arquivos; a permanência dos documentos que dão testemunhos do horror das violações dos direitos humanos e as políticas desenvolvidas para a gestão desses documentos e arquivos, têm uma influência decisiva no modelo concreto de transição finalmente resultante em todos os casos. Ao contrário, a vontade política de esquecer ou silenciar o passado tem consequências dramáticas para documentos e arquivos. Nos países que participam de processos de transição de sistemas totalitários para sistemas democráticos, a relação entre arquivos e os direitos humanos adquire uma dimensão especial. Frequentemente se menciona a importância que os documentos gerados pela repressão política possuem para perpetuar a memória dos povos, porque são um testemunho insubstituível da repressão que sofreram. Porém, o argumento mais importante para defender a conservação dos documentos repressivos na nova democracia radicana importância que possuem para as pessoas afetadas pela repressão como vítimas, já que serão essenciais na nova situação política para o exercício de certos direitos individuais: a reabilitação, a anistia, reparações, indenizações, pensões, a restituição entre outros. 35 A ausência de documentos limita a capacidade de escolha, pois dificulta o hipotético trabalho que deveriam realizar os órgãos de justiça de transição. Os documentos que testemunham a violação de direitos humanos devem ser conservados; ao menos as políticas imediatas em matéria de arquivos devem ser encaminhadas para se conseguir esse objetivo. 11.1 Arquivística transicional Porém, quando essas fontes diretas sobre a violação de direitos humanos ligada à repressão política foram conservadas, deve-se dar o mesmo tratamento que aos documentos convencionais? É aconselhável que sigam o mesmo percurso no Sistema arquivístico ajustado ao seu ciclo vital e aos calendários de conservação tradicional? A resposta deve ser claramente “não”. Como se fez na maioria dos processos de transição, e como justificaremos, é preciso atuar de forma imediata e especial sobre esses conjuntos documentais que, a priori, hão de fornecer a informação necessária para desenvolver as políticas de gestão do passado que a sociedade escolher. Mediante a criação de novos centros ou mediante a utilização dos arquivos pré- existentes, os citados documentos devem estar acessíveis. No primeiro caso, garantindo o seu ingresso nos arquivos públicos considerados adequados: Arquivo Nacional, Arquivo Estadual; no segundo caso, criando arquivos especiais para tratar tais documentos. De qualquer forma, é urgente regulamentar com normas específicas o uso dos documentos para fins determinados já que suas necessidades de uso se colocam em cenários extraordinários nas quais as práticas habituais e gerais não são válidas. No tema do acesso, por exemplo, o estudo de documentos que testemunham a violação dos direitos humanos não pode ficar limitado pela excepcionalidade em relação ao livre acesso que as leis como as de segredos oficiais, a de liberdade de informação, a de proteção de dados ou a da defesa da intimidade, próprias de uma democracia, costumam estabelecer. Dependendo dos objetivos que as políticas de gestão do passado e as instâncias de Justiça de Transição se estabeleçam, deverão ser desenhadas políticas arquivísticas especiais para a transição. Tomemos o caso de um grande arquivo policial ou de um serviço de inteligência que deverá integrar-se, ao finalizar a existência desse organismo, aos arquivos nacionais. Estariam estes preparados para 36 realizar a sua gestão? Teria sido capaz o Bundesarchiv de atender os fundos da Stasi para assumir as medidas derivadas de sua legislação sobre gestão do passado? Em todo processo de democratização de um país, ao final, serão necessários novos centros, novas leis e novos sistemas públicos de arquivo em todos os âmbitos administrativos, porque a reforma arquivística em geral, igualmente em relação à regulamentação da liberdade de informação e de acesso aos documentos públicos são pilares essenciais dos estados democráticos. Porém, por razõesde urgência, é necessário começar por criar os arquivos especializados e específicos mencionados (sempre com a perspectiva de que serão entidades transitórias e que os fundos documentais que administram devem acabar integrando-se ao Sistema Geral de Arquivos do país) ou determinar o ingresso nos arquivos públicos daqueles fundos documentais que testemunhem a violação de Direitos Humanos e fazer leis concretas que regulem o uso dos mesmos. O que não pode acontecer é que se reconheçam uns direitos, como tem ocorrido na Espanha com a possibilidade de reabilitação moral dos condenados ilegitimamente nos conselhos de guerra do franquismo, que reconhece a chamada Lei de Memória Histórica, e que os expedientes desses conselhos de guerra não estejam em um arquivo público à disposição das vítimas. Os documentos que testemunham a violação de direitos humanos devem estar disponíveis para o exercício dos direitos em democracia. Direitos coletivos como o Direito à Verdade, o Direito à Justiça, o Direito à Memória e o Direito de conhecer os responsáveis de crimes contra os direitos humanos ou o Direito de escolher livremente o modelo de transição política do país. De igual modo, direitos individuais, como o direito à exculpação e à reabilitação, o direito de conhecer o paradeiro de familiares desaparecidos no período repressivo, o direito ao conhecimento, por qualquer pessoa, dos dados existentes sobre ela em arquivos dos organismos repressivos, à investigação histórica e científica, o direito à compreensão e reparação de danos sofridos pelas vítimas da repressão, ou o direito à restituição de bens confiscados poderão ser exercidos plenamente só se, além de conservar-se, os arquivos dos organismos próprios do regime repressivo, incluído os dos partidos totalitários que os sustentaram, se submetam à legislação democrática e passem imediatamente ao controle de novas autoridades nas transições políticas. Porém, isso não quer dizer que não tenham de ser arquivos e que não devam ser os profissionais dos arquivos quem assumam essas políticas arquivísticas de transição. 37 A escassa credibilidade de que gozam as instituições pública em alguns países em transição, e, portanto, também seus arquivos nacionais ou gerais, não suficientemente renovados, profissionalizados e fortalecidos em recursos para a finalização dos regimes repressivos, tem levado à busca de organismos alternativos para gerenciar os documentos relativos à violação dos direitos. E, muitas vezes, esses novos entes têm se colocado em mãos de militantes da causa da democracia ou dos direitos humanos como a melhor forma de tornar patente o compromisso com as vítimas e com a justiça. Os documentos dos arquivos, produzidos como tais por pessoas físicas ou jurídicas no exercício de suas funções, competências ou atividades devem ser tratados profissionalmente, mantendo seu contexto e respeitando sua procedência e ordem original. E sua gestão não deve obedecer às mesmas técnicas dos centros de documentação onde primam a acumulação de dados em torno de uma mesma demanda de informação, independentemente das características do documento que sustentam os dados da autenticidade deste e da forma em que foi gerado ou chegou ao dossiê. A tendência a criar centros híbridos dirigidos e gerenciados por militantes dos direitos humanos ou das organizações de oposição, e não por arquivistas é uma má solução. São os profissionais dos arquivos, os arquivistas, os que sabem tratar convenientemente os documentos de arquivo; e os que são conscientes de que seu valor como testemunhos estão mediatizados pela forma em que se tratem. Descontextualizados, a maioria dos documentos que testemunham violações de direitos, repressão ou violência política perdem grande parte de seu valor. É importante lembrar que a opção de recorrer a instituições especializadas para tratar profissionalmente os grandes arquivos das desaparecidas polícias políticas (caso da Stasi alemã e a KGB) é altamente recomendável para potencializar o uso desses documentos em prol da justiça e das reparações de danos causados às vítimas da repressão sem fazer cair essa responsabilidade sobre os arquivos nacionais ou gerais, já habitualmente escassos de pessoa e meios para enfrentar seu trabalho cotidiano e claramente incapazes de incorporar em alguns casos milhares de metros lineares de novos fundos. Porém, essa atuação deve ter um caráter transitório e o fim dos fundos documentais das polícias políticas deve ser o dos arquivos nacionais ou gerais uma vez passado o período do seu máximo uso administrativo pelas instituições ou figuras da justiça transicional. 38 Fonte:www.tripadvisor.com.br Porém, em nenhum caso parece justificado criar arquivos particulares para fazer gestão de fundos documentais de pequeno volume, e menos ainda para, dado que há poucos documentos oficiais (sobretudo em países que ainda não puderam localizar os arquivos de seus organismos anteriores de segurança do estado) juntar esses arquivos de pequeno volume com livros, periódicos, coleções de folhetos, recortes de jornais, reproduções (ou originais, o que seria mais grave) de documentos de outros arquivos, fontes orais, peças de museu etc., em conjuntos temáticos que cheguem a torná-los irreconhecíveis. Nesses casos, parece mais lógico incorporar esses fundos documentais pequenos aos arquivos gerais e que as instituições geradas para gerir o passado dirijam mais seus esforços para a criação de centros de referência sobre as fontes da repressão, localizando-as no lugar natural mais adequado do sistema arquivístico e colocando-o ao serviço da justiça, as comissões da verdade, as vítimas ou usuários em geral, não só as referências à localização das fontes de interesse em cada caso, como também os meios para fornecer provas aos tribunais ou para iniciar os procedimentos de habeas data ou de fornecimento de certificações que as vítimas devam acompanhar para suas demandas de reparação. O exemplo do Centro de Referência sobre a Repressão (Memórias Reveladas) criado pelo Conselho Nacional de Arquivos do Brasil e vinculado ao Arquivo Nacional é, sem dúvida, o modelo mais adequado: rentabiliza recursos, unifica as fontes de 39 informação, e normaliza os processos de descrição tanto dos fundos dos organismos repressivos, fundamentalmente os das Delegacias de Ordem Política e Social (DOPS) existentes nos arquivos públicos dos estados, como dos documentos do Serviço Nacional de Informações, ingressados no próprio Arquivo Nacional por decisão do Presidente Lula. 11.2 Arquivos Nacionais Além do citado caso do Brasil, os arquivos nacionais têm recebido em outros países, depois de um tempo, os fundos dos organismos repressivos; como em Portugal, onde os arquivos da PIDE e a Legião Portuguesa assim como o próprio Arquivo Pessoal do ditador Antonio de Oliveira Salazar, ingressaram nos Arquivos Nacionais, Torre do Tombo, após 25 anos da queda da ditadura salazarista. Também o Arquivo Geral da Nação na República Dominicana recebeu, porém, passados mais de quarenta anos desde a finalização da ditadura de Trujillo, a parte do fundo documental da Presidência da República correspondente a esse período, incluído o Arquivo Pessoal de Rafael Leónidas Trujillo, assim como os fundos do partido único do regime, o Partido Dominicano. Em outros países os velhos arquivos policiais, finalizado o regime repressivo, se vincularam, ao menos administrativamente, aos Arquivos Nacionais, ainda que mantendo-os em seu lugar de localização original; casos como o da Espanha, onde a Seção Guerra Civil do Arquivo Histórico Nacional, em 1979, converteu-se em Seção Independente do Arquivo Histórico Nacional, na mesma sede em que ocupavam os Serviços Documentais da Presidência do Governo no regime franquista; ou Guatemala, onde o Arquivo Histórico Nacional, colocadosob a responsabilidade do Procurador dos Direitos Humanos, depois de sua casual localização em 2005, passou, em 2010, a integrar o Arquivo Geral da América Central; isto é, sem mudar a localização física dos documentos, que permanecem nas antigas dependências policiais. 11.3 Novos arquivos independentes Porém, o mais frequente é que, para a gestão e administração dos grandes fundos documentais criados pelos entes repressivos, assistamos à criação de outro 40 tipo de instituição, arquivística, em alguns casos, em outros não, porém, totalmente independentes dos arquivos nacionais. Entre elas destacam-se os “novos arquivos”, dos quais o exemplo principal nos oferece a Alemanha, com seu Comissariado Federal para a Administração dos Arquivos da Stasi (BStU). Este novo organismo, concebido como um ente claramente de transição, com data de caducidade, nascia em 1991 com uma lei especial para regular o uso dos arquivos do serviço de inteligência da RDA: Lei sobre os documentos do Serviço de Segurança do Estado da antiga República Democrática Alemã (Lei dos Documentos da Stasi – Stasi- Unterlagen-Gesetz – STUG), de 20 de setembro de 1991. Colocar os documentos da Stasi sob a administração de um Comissionado Federal eleito pelo Parlamento alemão e converter, com a citada Lei, o arquivo da Stasi em peça essencial para desenvolver políticas de justiça transicional na Alemanha, supõe uma autêntica revolução nas políticas arquivísticas de transição. O exemplo alemão seria uma referência básica para as transições nos países ex-comunistas da Europa Central e do Leste que criaram, cada qual, instituições arquivísticas especiais para administrar os arquivos dos extintos serviços secretos. A partir da Lei de Arquivos da desaparecida Stasi, outros países da Europa Central trataram de criar estruturas similares às do Comissariado Federal para a Administração dos Arquivos da desaparecida Stasi (conhecida popularmente como Escritório Gauck devido ao nome do seu primeiro comissariado federal, o reverendo Joachim Gauck), assim como de produzir Leis que, inspiradas na alemã, permitiram investigação sobre a existência de antecedentes, como agentes ou colaboradores das polícias políticas, de políticos e responsáveis públicos nos novos regimes democráticos, conhecidas como leis de lustração. Assim, na República da Lituânia se criava em 1990 o Arquivo Especial da Lituânia, para administrar o arquivo da KGB da desaparecida República Socialista da Lituânia. A República Tcheca aprovou duas leis de depuração (Lustracão) a partir de 1991 com as quais, como na Alemanha no caso da Stasi, pretendia evitar a presença de antigos funcionários ou colaboradores da StB, o serviço secreto de segurança na era comunista, nos postos de direção dos organismos de Estado, o Exército, a Polícia e os serviços penitenciários. Foi criado o Escritório de Investigação e Documentação dos Crimes do Comunismo da República Tcheca em 1995, com plenos poderes para instruir, investigar e recolher documentação sobre os enunciados crimes. Vinculada à polícia, este escritório intervia como órgão legal nos processos judiciais abertos contra responsáveis de tais 41 violações de direitos humanos, devendo fornecer as provas pertinentes, junto com o auto de acusação, ao julgado. Herdaria as funções do Escritório, em 2007, o Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários, já dependente do Parlamento, não da polícia, o que garante uma maior equanimidade no trabalho. Os arquivos da polícia política e de outros órgãos de espionagem, antes disseminados pelos Ministérios do Interior, Defesa e Justiça se unificavam também sob a administração desse Instituto. Em 1996 era aprovada na Hungria a Lei de Lustração, após uma primeira tentativa fracassada em 1994, e se fundava o Escritório Histórico que conservaria os documentos dos serviços de segurança do Estado; em 2003 o “escritório” se transformaria em Arquivos Históricos da Segurança do Estado, com a Lei 111/2003 de desclassificação das atividades dos Serviços Secretos do Regime Comunista e de estabelecimento dos Arquivos Históricos da Segurança do Estado Húngaro, que seguia a pauta definida no ano anterior pela Lei aprovada na Eslováquia de 19 de agosto, de desclassificação das atividades das autoridades de segurança do Estado no período de 1939-1989 e criação do Instituto Nacional da Memória (Lei da Memória Nacional). Romênia, por fim, aprovava, pela Lei de 7 de dezembro de 1999, a criação do Conselho Nacional para o Estudo dos Arquivos da Securitate. Na Polônia, em 1998 eram criados o Instituto Nacional da Memória e a Comissão de Perseguição dos Crimes contra a nação polonesa. 12 CENTROS DE MEMÓRIA Se os novos arquivos da Europa Central e do Leste, nas respectivas transições políticas, faziam a gestão dos documentos das polícias políticas, na América Latina ou na África as necessidades imediatas se colocavam em primeiro lugar na localização dos documentos produzidos pelas entidades policiais e militares que protagonizaram a repressão, ou, na sua falta, salvaguardados documentos das entidades de oposição e os organismos de defesa dos direitos humanos e assim tentar chegar à verdade do ocorrido e à justiça a partir de fontes alternativas. Precisamente foram as dificuldades iniciais para aproximar-se da consulta dos documentos oficiais o que motivou as transições latino-americanos a buscarem a verdade por meio de Comissões de Investigação, aquelas que seriam conhecidas como comissões da verdade; a primeira foi a argentina CONADEP (Comissão Nacional sobre o 42 Desaparecimento de Pessoas Desaparecidas) criada em 1983, presidida por Ernesto Sábato no governo de Raúl Alfonsín; a segunda, a que já incorporaria o título logo tantas vezes repetido, foi a chilena Comissão para a Verdade e a Reconciliação, presidida por Raúl Rettig durante o Governo Aylwin. No caso de documentos não resultantes de buscas intencionais ou sem intenção de usá-los em alguma linha de justiça transicional, as descobertas de documentos, como temos visto no Paraguai, Argentina ou Guatemala tiveram que ser assumidos a partir da improvisação de soluções. Assim, no Paraguai, localizado graças à intervenção judicial após uma denúncia cidadã, o Arquivo da Direção Nacional de Assuntos Técnicos, mais conhecida por “A Técnica” de Alfredo Stroessner seria adscrito, para sua gestão e administração, a um Centro de Documentação e Arquivo para a Defesa dos Direitos humanos criado ad hoc e vinculado à Corte Suprema em Assunção. Após a localização do arquivo da Divisão de Inteligência da Polícia de Buenos Aires, no ano 2000, seria criada pelo Governo da Província a Comissão Provincial pela Memória, na cidade de La Plata, pioneira das instituições de memória na Argentina, experiência que mais tarde se estenderia pelo resto das administrações do país com o Arquivo Nacional da Memória à frente, localizado atualmente naquela que foi sede da Escola de Mecânica da Armada, talvez o principal centro de detenção ilegal entre os utilizados pela Junta Argentina na ditadura de 1976 a 1993. Na Guatemala, a localização dos arquivos da Polícia Nacional, de forma casual em 2005, pela Procuradoria de Direitos Humanos no curso de uma investigação totalmente alheia ao tema dos arquivos policiais, pôs em mãos do Procurador dos Direitos Humanos este importante fundo e com a autorização judicial pertinente começou a organizar e descrever o material. Passados cinco anos, essa situação inicial improvisada e que serviu para recuperar o arquivo policial teve de mudar para dar institucionalidade à existência e ao uso desses documentos pelo público em geral e pelas vítimas das violações de direitos em particular. Assim se incorporaria, legal e formalmente, como já ficou assinalado, ao Arquivo Geral da América Central do Ministério da Cultura, se bem que mantendo sua administração
Compartilhar