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RESENHA DO ARTIGO CIENTÍFICO O MÉTODO LÓGICO PARA REDAÇÃO CIENTÍFICA

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RESENHA DO ARTIGO CIENTÍFICO “O MÉTODO LÓGICO PARA REDAÇÃO CIENTÍFICA”
J. B. Carvalho
Matrícula 26058230
Curso de Farmácia (3º Período)
Gilson Luiz Volpato é biólogo licenciado pela UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), mestre, doutor e pós-doutorado no exterior (Israel); é professor aposentado do Depto. de Fisiologia no Instituto de Biociências de Botucatu, UNESP. Cofundador do IGVEC, Instituto Gilson Volpato de Educação Científica, publicou 12 livros sobre redação científica e ministrou cerca de 1.500 cursos e palestras no Brasil e no exterior. 
O artigo, publicado em 31 de março de 2015 pela Reciis (Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde), editada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fala sobre um método para a criação de uma boa redação científica.
O Resumo do artigo encontra-se nas páginas 1 e 2, e nas 3 e 4 está a Introdução. Nas páginas 4 e 5, o autor explica sobre as posturas da publicação científica, e nas 5 e 6 sobre a qualidade do artigo. A página 6 esclarece os aspectos lógico-estruturais de um artigo científico, tipos lógicos de pesquisa e pesquisa descritiva. A página 8 fala a respeito do aplicação do método na estruturação e escrita do artigo. Os itens título e resumo são tratados na página 10. Introdução e métodos seguem na página 11. Os resultados são abordados na página 12 e, por fim, a página 13 fala sobre discussão e citações.
A publicação de artigos científicos tem se desenvolvido muito ao longo das últimas décadas, especialmente por causa da internet e dos novos horizontes que ela oferece. Este aumento de publicações provoca uma grande competição entre os autores e editoras no número de artigos publicados. Esta “corrida” incentiva a criação de regras de como elaborar um bom artigo científico, porém, estas “regrinhas” não funcionam de fato, pois uma redação científica é a expressão escrita da argumentação do cientista num ambiente zelado pela lógica e comunicação (Volpato). 
Apesar de não haver uma regra específica, existe uma lógica básica para escrever uma argumentação e é preciso mantê-la, já que o processo científico de construção do conhecimento não muda. Acerca disso, Volpato publicou o “Método Lógico para a Redação Científica 2”, onde afirma que o texto científico de qualidade internacional é escrito com bases lógicas e filosóficas da ciência e da comunicação. É isso que permite ao cientista escrever uma boa redação, um sólido pensamento científico, seguido por sua expressão em palavras adequadas ao contexto da comunicação científica. (Volpato). Para o autor, isso é o que falta para melhorar a qualidade das publicações científicas no Brasil.
O meio de publicação do artigo científico deve ser bem escolhido e o seu texto muito bem escrito, pois isso valoriza mais o trabalho, e a comunidade científica não ficará indiferente a ele. A grande quantidade de publicações e o novo perfil dos seus leitores exigem que os textos sejam mais curtos, para que os cientistas gastem menos tempo ao lê-los. É necessário que o texto seja escrito para cientistas de áreas interdisciplinares e não só para os especialistas, com vocabulário acessível a profissionais de campos diversos. O autor percebe que cada vez mais revistas específicas analisam artigos mais genéricos, visando uma divulgação melhor e mais ampla, mas com foco na qualidade.
Volpato explicita o que é fundamental para a qualidade de um artigo, dizendo que os cientistas esperam encontrar algo novo e interessante nos artigos que leem, bem como esperam encontrar a metodologia correta para o desenvolvimento do trabalho. Também é necessário que os dados evidenciados sejam claros e precisos, e que a apresentação seja excelente. 
O texto científico é argumentativo e lógico, e sua estrutura deve conter: a) uma introdução com argumento lógico que valide a execução do trabalho; b) informações essenciais para a defesa das conclusões na justificação; c) métodos necessários para avaliação e posterior repetição do estudo; d) resultados que defenderão as conclusões (se algum resultado negar a conclusão, ele não pode ser excluído e a conclusão deve ser alterada); e) literatura para elaboração de um texto argumentativo que mostre por que as conclusões devem ser aceitas.
Em seu método lógico, Volpato cita três tipos de pesquisa para a redação científica, que se baseiam em resultados quali e quantitativos na criação das conclusões: a pesquisa descritiva (descreve uma amostra da população declarada); a pesquisa de associação sem interferência entre as variáveis (criação de hipóteses com foco nas relações entre as variáveis); e a pesquisa de associação com interferência entre as variáveis (uma ou mais variáveis interferem umas nas outras).
Para o autor, a pesquisa científica conta uma história que deve ser sólida, interessante e bem apresentada, baseada na análise de dados interpretados pelo pesquisador. O pesquisador precisa contar como a problemática que instigou a pesquisa começou, mostrar as principais conclusões, detalhar a metodologia aplicada, e indicar o que muda a partir da publicação do seu artigo, sempre construindo uma redação clara e concisa. 
Embora na estruturação escrita do artigo para uma revista seja preciso que seu requisito de ordenação seja seguido, várias revistas científicas vêm modificando o IMRD (Introdução, Métodos, Resultados e Discussão) convencional quando não ferem nem a lógica nem preceitos de comunicação. A rígida formalidade de algumas revistas pode impedir a criatividade do autor em tornar o texto mais atraente. Dar liberdade ao autor de contar sua história da maneira que ele acha melhor não fere a ciência, pelo contrário; essa liberdade exige do autor muito conhecimento científico e de comunicação. 
Ao contrário do exposto no parágrafo anterior sobre as revistas científicas exigirem ou não uma ordem na estrutura do texto, redigir no impessoal não é uma questão de escolha ou regra, mas é uma lógica, pois ao retirar a pessoa do texto, o autor quer dizer que a conclusão não depende só dele, mas dos resultados encontrados. Por outro lado, Volpato diz que o texto impessoal é ultrapassado, pois assume que qualquer leitor chegaria a mesma conclusão que o autor, o que ele acredita ser uma postura prepotente.	
A estrutura do texto científico abrange as seguintes partes:
a) Título: primeira parte do texto a ser lida. Preceitos da comunicação sugerem um título curto e simples, e a filosofia da ciência segue a ordenação dos fatos (a causa antes do efeito).
b) Resumo: Volpato sugere um resumo curto, que pode ser absorvido por diversos leitores, no qual situa o tema, principais descobertas e conclusões.
c) Introdução: aqui, é mostrado ao leitor qual pergunta o pesquisador pretende responder, de forma o mais curta possível, situando a problemática e justificando a proposta. 
d) Métodos: incluem a caracterização do sujeito da pesquisa; a estratégia para atingir o objetivo da pesquisa; os procedimentos específicos (detalhes da coleta de dados); e a análise de dados.
e) Resultados: acrescentar apenas os resultados relevantes para a discussão, sem excluir nada que a negue, com apresentação em forma de figura, tabela, texto, vídeo ou arquivo de som. 
f) Discussão: deve-se usar todas as evidências (métodos e resultados) mais informações da literatura, para defender as conclusões. 
g) Citações: é preferível evitar a citação do nome dos autores dentro da frase, pois isso dá destaque ao que, normalmente, deveria ser o detalhe, para que a ênfase seja dada à informação relevante.
No seu artigo, Gilson Volpato afirma que as bases teóricas da ciência e comunicação devem nortear a construção do texto científico, e apresenta um método lógico para isso. Depois de observar e analisar alguns fatos relativos a publicações de artigos científicos, o autor conclui os principais aspectos no âmbito da ciência e da comunicação essenciais para a construção de um bom texto acadêmico. Volpato acreditaque as publicações científicas nacionais poderiam ser melhor desenvolvidas ao conter um sólido pensamento científico seguido por uma escrita adequada ao contexto da comunicação científica. Em alguns momentos, o autor discorda da rigidez de algumas revistas em manter a estrutura tradicional, bem como o uso da impessoalidade que muitos veículos ainda requisitam. No geral, o artigo divulga várias orientações que certamente podem guiar a construção de um bom artigo acadêmico. 
Referências:
O método lógico para redação científica. Disponível em: www.reciis.icict.fiocruz.br. Acesso em 01/05/2020
Resenha crítica: descubra como fazer e dicas de formatação. Disponível em: www.tuacarreira.com/resenha-critica/ - Acesso em 01/05/2020. 
Biografia de Gilson Luiz Volpato. Disponível em: www.tuacarreira.com/resenha-critica/ - Acesso em 02/05/2020.

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