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Parasitologia introdução

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Victor Lima
 Fisiopatologia
Parasitologia
Helmintos & protozoários
1 Introdução
Termos
· Parasitologia é definida como o estudo dos parasitas, animais e vegetais, e suas relações com os seus hospedeiros.
· Hospedeiro é definido como aquele organismo que abriga um outro agente, seja no seu interior ou no seu exterior.
· Parasitismo é a relação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes.
· Endoparasita é aquele que está presente no interior de uma cavidade ou no interior de alguma célula. Exemplo disso, é a Taenia solium que pode estar presente dentro do intestino humano. Enquanto isso,a Leshimania, parasita causador da leshimaniose, popularmente conhecida como Calazar, é um parasita intracelular
· Os ectoparasitas ficam fora do corpo do hospedeiro, como por exemplo o Piolho.
· Os parasitas estenoxenos são aqueles específicos de uma determinada espécie. Por exemplo, o Ascaris lumbricoides é um parasita que acomete exclusivamente os seres humanos.
· Eurixenos são parasitas que podem acometer uma grande variedade de hospedeiros. Como o Toxoplasmagondii que além de acometer os seres humanos, também pode infectar gatos, carneiros, aves e outras espécies.
· Entende-se que hospedeiro definitivo é aquele onde se desenvolvem as formas sexuadas do parasito.
· No hospedeiro intermediário que ocorre o ciclo assexuado.
Ciclo monoxênico
Ciclo heteroxênico
2.Mecanismo de agressão
Mecanismo inespecífico 
Tegumentar
1) Barreira mecânica: Impede, ou dificulta a penetração de agentes parasitários
2) Barreira química: O pH da pele humana é ácido, o que dificulta a penetração, ou instalação, em sua superfície, de patógenos. Esse pH é mantido principalmente pela produção, por parte das glândulas sebáceas, de ácidos graxos de cadeia longa e pela degradação, dos mesmos, pela microbiota local
3) Pelos: Barreira mecânica que pode reduzi a penetração de patógenos no organismo, como representado pelas vibrissas
Cavidade mucosa
1) Barreira Mecânica: Pelas características histológicas do revestimento mucoso, esta condição se apresenta com pouca eficiência.
2) Barreira química: Existe uma grande variedade de produtos liberados nas cavidades mucosas, entre os quais, HCl (estômago), enzimas digestivas, e outras como a lisozima, sais biliares e suco pancreático que atuam na degradação ou inativação de grande número de microrganismo.
3) Muco: A mucina, proteína de alta viscosidade, atua fundamentalmente: 1) facilita a adesividade entre si de agentes biológicos e virais, bem como partículas inertes, visando a posterior remoção
4) Cílios: A presença, e conseqüente movimentação celular em determinadas mucosas, como a do trato respiratório.
5) Microbiota: Tal como acontece no tegumento cutâneo, nos segmentos onde existe microbiota (cavidade oral, vagina, intestino grosso)
Mecanismo específico 
1) Neutrófilos: Existem, predominantemente, em nível de medula óssea e circulação sangüínea. O potencial microbicida destas células é assegurado pela existência de grande quantidade de enzimas lisossomiais e sua grande mobilidade, peróxidos e aldeídos, que apresentam alto poder microbicida. Quando ocorre qualquer dano tecidual, ou liberação de substâncias quimiotáticas, outras para neutrófilos, estas células abandonam o pool circulante e migram por diapedese para o tecido lesado.
2) Eosinófilos: Estas células apresentam potencial fagocitário bem inferior ao dos neutrófilos, porém, em menor escala, apresentam-se com capacidade microbicida por mecanismos análogos aos dos neutrófilos.
3) Macrófagos (Ms): Pelos conhecimentos atuais, os monócitos circulam e vão progressivamente se localizar em vários sítios anatômicos, onde se diferenciam em células especializadas, sendo, portanto, precursores de todos os outros macrófagos.
Resposta inflamatória
É definida como um complexo processo defensivo local, acionado por injúria determinada por agentes biológicos e/ou físicos e/ou químicos, caracterizado por sequência de fenômenos irritativos, vasculares, exsudativos, degenerativo-necróticos e de reparo.
Gerando sinais cardinais como edema,rubor,dor etc
Ativação do sistema complemento
É um sistema enzimático sob forma de zimogênios (forma inativa), até serem ativados em sistema de cascata. Existem duas vias para sua ativação inicial: 
1. Via clássica onde se destacam os Ac das classes IgM e IgG, e mais raramente outros elementos como produtos bacterianos; 
2. Via alterna (alternativa), para a qual são encontradas variedade de substâncias químicas ativadoras de origem biológia e com menor intensidade a própria via clássica. As principais ações biológicas do sistema estão relacionadas ao fomento de fenômenos inflamatórios onde se destacam: a degranulação de mastócitos e basófilos (C3a e C5a), a opsonização (C3b) e a possível lise de membrana, ou parede bacteriana pelo complexo C7, C8 e C9. 
3. Protozoologia
1 .Leishmaniose
O termo leishmaniose se refere às doenças causadas por protozoário do gênero Leishmania. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito flebótomo. Conforme a região, vários animais e até o homem pode atuar como reservatório. As manifestações clínicas da leishmaniose variam de acordo com a patogenicidade do parasita
LEISHMANIA VISCERAL
A infecção é adquirida quando uma fêmea de flebotomíneo inocula promastigotas em uma área exposta da pele, que pode formar um nódulo cutâneo, ulcera ou não ter nada (maioria dos casos). Os parasitas se convertem em promastigotas e se multiplicam no interior de fagócitos mononucleares e se disseminam através dos vasos linfáticos e do sistema vascular para outros fagócitos ao longo de todo o sistema reticuloendotelial. A maioria das infecções serão assintomáticas e autolimitadas, e a menor parte evolui para a leishmaniose visceral clássica (ou calazar).
LEISHMANIA TEGUMENTAR
A sequência de eventos é a seguinte: Inoculação pelos flebotomíneos > lesão cutânea >resposta granulomatosa > necrose pele > ulceração. O exame histopatológico revela inflamação crónica e aguda, com alterações granulomatosas. Células mononucleares do sangue periférico de individuas com leishmaniose cutânea tlpica produzem intcrferon-y em resposta a antlgcnos de Leisl1mania in vi11-o, e os pacientes apresentam reação de hipersensibilidade do tipo tardio.
Sintomas:
Febre, mal-estar, anorexia, perda ponderal e aumento do volume abdominal.
2. Amebíase
Parasita que se aloja no cólon do paciente, essa doença é comum em ambientes com poucos saneamentos básicos
Sintomas
· Dor e cólica abdominal;
· Abdômen sensível ao toque;
· Forte diarreia;
· Presença de sangue e/ou muco nas fezes;
· Perda de peso;
· Febre.
O avanço desses sintomas pode acometer com feridas e protuberância 
3. Giardíase
Trofozoítos de Giardia prendem-se firmemente à mucosa duodenal e ao jejuno proximal e multiplicam-se por divisão binária. Alguns parasitas transformam-se no ambiente em cistos resistentes, que são disseminados pela via fecal-oral.
Sintomas:
· Diarreia aquosa fétida;
· Cólicas;
· Distensão abdominais;
· Flatulência;
· Náuseas intermitentes;
· A má absorção de gordura e açúcar pode provocar perda ponderal significante em casos graves
4. Toxoplasmose
Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, facilmente encontrado na natureza, sobretudo nas regiões de clima temperado e tropical
Trata-se de um parasita intracelular que pode infectar pássaros, roedores, animais silvestres e um número grande de mamíferos (bovinos, suínos, caprinos, ovinos), inclusive os seres humanos de todas as idades.
5. Doença de chagas
O Chagas é uma doença tropical causada pelo parasita Trypanosoma cruzi
 Transmissão: 
Transmissão por vetor, Transmissão de mãe para filho, Transfusões de sangue ou transplantes de órgãos sem o devido controle, Ingestão oral de alimentos contaminados
Sintomas
A doença se apresenta em dois estágios clínicos: aguda e crônica.
Fase aguda:
A maioria das pessoas não apresenta nenhum sintoma. Quando os sintomas ocorrem, duram cercade dois a quatro meses e podem incluir erupções de pele e nódulos inflamatórios, febre, dor de cabeça, gânglios linfáticos aumentados, náuseas, diarreia, vômito e dificuldade para respirar.
Fase crônica indeterminada:
Após a fase aguda, as pessoas entram em uma fase crônica indeterminada, que pode durar anos ou décadas. Os parasitas continuam presentes nos tecidos dos órgãos, apesar da total ausência de sintomas. As pessoas na fase indeterminada ainda podem transmitir a doença.
Fase crônica sintomática:
Para 30% a 40% das pessoas infectadas, a doença progride para um estágio final da fase crônica. A maioria sofrerá danos cardíacos, frequentemente resultando em morte súbita ou insuficiência cardíaca progressiva. Em um número menor de pacientes, a doença causa o alargamento do trato e órgãos gastrintestinais e transtornos motores gastrintestinais.
6 Malária
A malária é uma doença causada por quatro diferentes tipos de protozoário do gênero Plasmodium.
Sintomas:
– Febre alta;
– Calafrios;
– Suor;
– Fortes dores musculares, mais especificamente, nas articulações;
– Dor de cabeça;
– Taquicardia;
– Aumento do baço;
– Cansaço e prostração;
– Vômitos e
– Convulsões.
4. Doenças causadas por Helmintos
1Ascaridíase
· Parasita exclusivamente humano;
· Maior nematóide intestinal humano;
· 200000 ovos por dia
· Causada pelo Ascaris lumbricoides
· Enteroparasita
Ciclo de vida: 
Sintomatologia: 
· Sintomas proporcionais a carga do parasita;
· Quando afeta o pulmão, o paciente tende a desenvolver: edema inflamatório, pneumonia síndrome de Loeffler (pneumonia eosinofílica, devido a uma migração associada do parasita);
· Quando afeta o intestino: dor abdominal, náusea, emagrecimento, má absorção de nutrientes, diarréia, obstrução intestinal e perfuração do intestino
· Tenesmo (vontade de defecar, mesmo que não conste o bolo fecal na região retal) 
Exame de colonoscopia:
*Exame que permite analisar: revestimento interno do intestino grosso e parte do intestino delgado
Tratamento: 
-Mebendazol e Levamisol
-Piperazina (GABA) → Não são eficazes contra as formas larvais
-Cirurgia
-Higiene
-Saneamento básico
2Esquistossomose
Doença causada pelo Schistosoma mansoni, tem o homem como hospedeiro definitivo, porém necessita do caramujo( Biomphalaria glabrata)
A transmissão desse parasita se dá pela liberação de seus ovos através das fezes do homem infectado. Em contato com a água, os ovos eclodem e libertam larvas que morrem se não encontrarem os caramujos para se alojar. Se os encontram, porém, dão continuidade ao ciclo e liberam novas larvas que infectam as águas e posteriormente os homens penetrando em sua pele ou mucosas.
Ciclo de vida:
Sintomatologia: 
- Coceira e dermatites;
-Febre;
-Inapetência;
-Tosse;
-Diarreia;
-Vômitos e enjoos
-Emagrecimento
3Teníase/Cisticercose
A teníase, conhecida popularmente como solitária, é uma verminose provocada pelos parasitos Taenia solium ou Taenia saginata 
Teníase e cisticercose são doenças completamente diferentes, com sintomas, ciclo de vida e tratamentos distintos.
Ciclo de vida da tênia:
Ciclo da cisticercose
A cisticercose humana inicia-se quando o indivíduo contaminado libera os  ovos de Taenia solium nas fezes e, ele mesmo ou outros seres humanos, os ingerem acidentalmente, como nos casos de águas contaminadas ou manuseio de alimentos com a mãos não devidamente higienizadas após uma evacuação.
Sintomas frequentes:
· Dor abdominal, 
· náuseas, 
· diarreia, 
· perda de peso ou prisão de ventre
4 Ancilostomíase
O amarelão é o nome popular dado à ancilostomose, também conhecida como ancilostomíase, que é uma infecção causada pelos parasitas Ancylostoma duodenal
Ciclo de vida:
Sintomas:
· Palidez ou cor amarelada na pele;
· Fraqueza generalizada;
· Diarreia moderada;
· Dor abdominal;
· Febre;
· Anemia;
· Perda do apetite;
· Emagrecimento;
· Cansaço;
· Perda do fôlego sem esforços;
· Desejo de comer terra, chamado de geofagia, que pode acontecer com algumas pessoas;
· Fezes negras e com mal cheiro devido a presença de sangue.
Victor Lima

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