Buscar

PRTOZOONOSES E RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO SOCIOCULTURAL HUMANO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROTOZOONOSES E RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO SOCIOCULTURAL HUMANO
DOCENTE: Karoline Mirapalheta Dias
IREMOS ABORDAR...
PROTOZOARIOS CAVITÁRIOS
INFECÇÕES OPORTUNISTAS
PROTOZOARIOS UROGENITAIS
EDUCAÇÃO SANITARIA COMO PREVENÇÃO DE PROTOZOONOSES
O parasitismo é uma associação entre seres vivos com unilateralidade de benefício, ou seja, o organismo hospedeiro oferecerá condições propícias para o parasita (alimento e proteção), de forma que apenas o parasita se beneficiará dessa interação. 
Por isso, o parasitismo é uma relação que tende ao equilíbrio, uma vez que o parasita necessita do hospedeiro vivo para sobreviver. 
“Mas, então”...
“Por que alguns parasitas causam doenças?”
Será que é...
 “Porque o parasita retira nutrientes do hospedeiro”
Alguns indivíduos infectados com parasitas não apresentam sintomas (sendo chamados de indivíduos assintomáticos), enquanto outros apresentam (indivíduos sintomáticos). 
Isso se deve à retirada de recursos do hospedeiro, que pode acabar gerando uma série de problemas para o organismo infectado. Algumas doenças causadas por parasitas ocorrem através de vetores, que são organismos que podem estar infectados com o parasita e que serão responsáveis por transmiti-lo ao hospedeiro final. O hospedeiro final é aquele que, uma vez infectado, poderá apresentar os sintomas.
Alterações no meio ambiente, alta concentração populacional e baixas condições de higiene básica e alimentar contribuem para que o número de pessoas com doenças graves causadas por esses organismos aumente. Isso ocorre uma vez que essas condições favorecem a multiplicação dos parasitas e dos vetores e tornam o hospedeiro mais suscetível à infecção. 
A parasitologia, ramo da ciência que estuda essa relação entre parasitas e seres humanos, classifica as parasitoses em dois tipos - PROTOZOOSES E HELMINTOSES – de acordo com os organismos que as provocam.
são doenças causadas por protozoários, que são organismos unicelulares pertencentes ao reino Protista. Mais de 60 mil espécies são conhecidas, sendo que dessas, cerca de 10 mil espécies causam doenças em diversos animais e algumas centenas delas acometem os seres humanos. 
Muitos protozoários possuem especializações de membrana, tais como cílios e flagelos, que podem auxiliar na locomoção, nutrição e também atuando como fatores de virulência. 
PROTOZOOSES
Fatores de virulência são fatores que ajudam a promover a infecção, auxiliando na capacidade infecciosa do parasita, o que demonstra uma adaptação de alguns grupos facilitando o estabelecimento do parasitismo. 
São conhecidas diversas protozooses, sendo a amebíase e a giardíase duas das mais importantes.
Protozooses Cavitárias
Tricomoníase
Giardíase
Amebíase
Leishmaniose
 A amebíase, ou disenteria amebiana, é causada pela Entamoeba hystolitica, um protozoário ameboide. Estima-se que 12% da população mundial é portadora desse protozoário, porém apenas 10 a 20% desses portadores apresentam sintomas da infecção – dentre eles, diarreia, infecções extra-intestinais, etc. – sendo responsável por cerca de 100 mil óbitos por ano. A doença é transmitida por via oral-fecal, com o protozoário sendo eliminado pelas fezes e podendo infectar água ou alimentos.
Protozoários ameboides
 Ameboides deslocam-se ou capturam seu alimento por meio de estruturas chamadas pseudópodos (do grego pseudo=falso; podos = pés), que são prolongamentos da membrana plasmática e do citoplasma que, ao se formarem, acabam mudando a forma da célula.
Protozoários flagelados
Os flagelados deslocam-se no meio líquido pelo movimento de seus longos filamentos, os flagelos.
Algumas espécies de protozoários flagelados, como os tripanossomos, são parasitas e podem ser encontrados no sangue de certos animais.
Protozoários ciliados
 Os ciliados locomovem-se pelo movimento dos cílios, que são filamentos menores e mais numerosos do que os flagelos. Além de permitir o deslocamento, os cílios também conduzem os alimentos para o interior do protozoário.
Protozoários apicomplexos
Todos os apicomplexos são endoparasitas (do grego endon – interno), ou seja, vivem à custa de outros animais, dentro de seus corpos ou de suas células.
Não apresentam estruturas de locomoção. Por outro lado, apresentam uma estrutura em seu ápice que auxilia a sua entrada na célula hospedeira, chamada “complexo apical”, de onde vem o nome do grupo. Esses organismos movimentam-se quando são arrastados pelo fluxo de líquidos no ambiente em que vivem.
Reprodução dos Protozoários
Reproduzem-se ASSEXUADA E SEXUADAMENTE.
A maneira mais comum é a ASSEXUADA. Nesse processo, conhecido como DIVISÃO BINÁRIA, cada célula se divide em duas, formando dois indivíduos idênticos.
Existem protozoários que se reproduzem sexuadamente, ou seja, formam gametas (células reprodutivas) que se encontram, se fundem e formam um zigoto (célula resultante da fusão de dois gametas), que vai originar um novo indivíduo unicelular.
 Isso ocorre, por exemplo, ciclo de vida do protozoário causador da malária . No caso, a reprodução sexuada ocorre dentro do mosquito.
Infecção produzida pela
Entamoeba histolytica
Protozoários Cavitários
18
 
 Classe Lobosea
 Ordem Amoebida
 Família Endamoebidae
 Gênero Entamoeba
 Espécies parasitas homem
 E. histolytica
 E. coli 
 E. dispar
 E. hartmanni 
 E. gengivalis
Intestino 
- Cavidade bucal
patogênica
Amebas
19
Amebas
Parasitas 
Vida livre
Comensais
Vida livre eventualmente parasitas
Protozoários com inúmeros habitats:
Entamoeba histolytica
Acanthamoeba, Naegleria
Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, E. gengivalis, Endolimax nana, Iodamoeba bütschlii
Vários gêneros e espécies
21
Ciclo de vida
hospedeiro
meio
Fezes
alimentos
e água
Cisto
forma de resistência
Amebas
Trofozoíto
22
CICLO Entamoeba
Indivíduos ingerem cistos maduros (alimento ou água) 
Estômago (suco gástrico) 
Intestino delgado 
Desincistamento (saída metacisto ) 
METACISTO sofre divisões 
4 – 8 trofozoítos metacísticos 
Migram intestino grosso 
Ficam aderidos a mucosa - comensal
CICLO NÃO-PATOGÊNICO
Trofozoítos desprendem-se da parede 
Caem luz intestino grosso 
Transformam-se PRECISTOS e CISTO mononucleados 
Tetranucleados (Cistos maduros)
Eliminados nas fezes 
CICLO PATOGÊNICO
TROFOZOÍTOS na forma invasiva ou virulenta
TROFOZOÍTOS invadem mucosa intestinal 
Multiplicam-se interior úlceras 
Através circulação porta 
Fígado  pulmão  rim  cérebro ou pele
PATOLOGIA DA AMEBÍASE
E. histolytica  complexo composto de várias linhagens:
 algumas vivem como comensais – luz do intestino – assintomáticas – AMEBÍASE INTESTINAL NÃO-INVASIVA;
 outras virulentas ou patogênicas responsáveis por quadros clínicos da doença – AMEBÍASE INTESTINAL INVASIVA.
EVOLUÇÃO DA PATOGENIA
Invasão dos TROFOZOÍTOS virulentos  mucosa - através regiões intraglandulares
Multiplicam-se e penetram tecidos - forma de microulcerações -escassa reação inflamatória
Submucosa amebas podem migrar
Lesões amebianas mais freqüentes no ceco e região reto
Úlceras podem estender-se para intestino grosso
Circulação porta  fígado  formando abcessos ou “necrose”  pulmão, raramente o cérebro , pele, regiões anais e vaginal.
ABCESSO HEPÁTICOS
Amebíase- Formas clínicas
- Forma assintomática 
- Forma intestinal (não invasiva)
	- dores abdominais (cólicas)
	- diarréias (pode ficar crônica)
- Forma intestinal invasiva
	- colite amebiana aguda, desinteria grave (fezes líquidas)
	- úlceras intestinais, abscessos
 Forma extra-intestinal
 fígado
	- pulmão
	- cérebro
	- pele
E. histolytica
29
Manifestações Clínicas - Amebíase Intestinal
FORMA ASSINTOMÁTICA 
 
FORMAS SINTOMÁTICA
Colites não disentéricas – mais freqüente
 evacuação diarréica ou não, às vezes contendo muco ou sangue;
 cólicas, raramentefebre;
 períodos alternados de funcionamento normal do intestino.
Colites disentérica (10% indivíduos) – cólicas intensas e diarréia - colites amebianas
cólicas intestinais e diarréia, com evacuações com muco e sangue, 
febre moderada, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio.
AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL:
 abscessos hepáticos (fígado)
dor abdominal, febre intermitente com calafrio, anorexia, perda de peso e hepatomegalia dolorosa. 
abscessos no fígado e lesão única lobo direito.

  
abscessos pulmonares – raros – somente ruptura abscesso hepático
	 há febre, dor torácica no lado direito, tosse e expectoração de material.
	 metade dos pacientes tem fígado aumentado
 
infecções cerebrais:
podem simular um abscesso piogênico (pus) ou serem completamente inespecíficos
 todos os paciente apresentam lesões hepáticas – rápida e fatal.
DIAGNÓSTICO
EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES (EPF);
Expulsão dos parasitas nas fezes é intermitente, irregular;
Exigência de vários exames em dias alternados;
Fezes líquidas – formas trofozoíticas – com hemácias - raros os cistos;
Fezes formadas – formas císticas;
PROFILAXIA
 educação sanitária e saneamento básico;
 combate aos insetos freqüentadores de lixos, dejetos humanos e alimentos.
 
TRATAMENTO
Metronidazol, tinidazol, ornidazol, nimorazol – Tratamento de amebíase sintomática.
Nitazoxanida – amplo espectro – inibe enzimas indispensáveis a vida do parasita – Annita (comercial)
ENTAMOEBA COLI-   É uma ameba comensal não patogênica, que vive no intestino grosso humano e se locomove por pseudópodos.     
 ENTAMOEBA GINGIVALIS
-      Comum no tártaro dentário e processos inflamatórios da gengiva;
-      Transmissão ocorre pelo contato direto (beijo).
-      Não patogênica; 
Formas não patogênicas:
Endolimax nana 
Trofozoítas, quando corados, mostram o citoplasma claro e cheio de vacúolos digestivos com fungos e bactérias fagocitadas.
Entamoeba coli é um protozoário do gênero das amebas, entamoeba díspar, não é prejudicial ao homem. É uma ameba não patogênica, que vive no intestino grosso humano e se locomove por pseudópodos.
Se você fez um exame parasitológico de fezes e o resultado acusou a presença de Endolimax nana ou Entamoeba coli, por exemplo, não é preciso tratamento algum, pois esses vermes não costumam provocar doença, sua relação conosco não é de parasitismo. Se você tem sintomas, é preciso continuar procurando a causa.
A Endolimax nana é um protozoário saprófita que não causa danos ao seu hospedeiro. Apesar de fazer parte da família da Entamoeba histolytica, a Endolimax nana raras vezes pode causar diarreia, cólicas e enjoos; e não oferece risco real à vida humana
Atenção: nem todas as amebas são patogênicas, ou seja, capazes de provocar doença. Não confunda a Entamoeba histolytica com outras amebas inofensivas, tais como Entamoeba dispar, Entamoeba moshkovskii, Endolimax nana ou Entamoeba coli.
E. nana pode ser diferenciada E. histolytica pelo tamanho e núcleo menor.
Importante diferenciar a E. nana da E. histolytica patogênica em função tratamento. 
Ciclo de vida do Endolimax nana envolve:
 trofozoítos que vivem no intestino grosso do homem e os cistos das fezes. 
Homem infesta-se ingerindo cistos, alimento ou água contaminada com fezes humanas.
 
Amebíase
Forma extra-intestinal
cérebro
pulmão
fígado
E. histolytica
Forma invasiva: Patologia
40
Morfologia - trofozoítas
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
E. histolytica X E. coli
Diagnóstico diferencial
41
Morfologia (cistos)
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
E. histolytica X E. coli
Diagnóstico diferencial
42
43
 E. histolytica: espécie patogênica (nem sempre) 			 potencial invasivo 
		 virulência dependente 
 - cepa 
 - resposta do hospedeiro menos freqüente
 E. dispar: espécie não patogênica - raramente causa erosão de mucosa
	 10X mais freqüente
	 portadores assintomáticos
E. histolytica X E. dispar
44
História natural da amebíase
45
Profilaxia e Controle
Vacinas (experimentais): 
alvos – trofozoítas (via oral)
 - cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão)
E. histolytica
Portadores assintomáticos!
Saneamento básico 
Educação sanitária: 
Tratamento de água
Controle de alimentos (lavar frutas e verduras).
Tratamento das fontes de infecção
6. Cuidados com higiene pessoal (lavar as mãos).
46
Infecção ocular ceratites)
Acanthamoeba spp
47
Acanthamoeba - Patogenia
Infecção ocular
Micro-lesão ou trauma pré-existente
(lentes de contato, por exemplo)
Contato adesão 
 
	efeito citopático
	lesão/morte celular
Serino e cisteíno-proteases
Fagocitose/ apoptose
Persistência de cistos
48
AMEBAS DE VIDA LIVRE
 GAE (granulomatous amoebic encephalitis)
Acanthamoeba spp. 
49
Acanthamoeba
Pacientes com imunodepressão
Encefalite amebiana granulomatosa
Infecção cutânea crônica
Endossimbiontes – Legionella e outras bactérias
50
Naegleria
Meningoencefalite amebiana primária, ocorre principalmente em indivíduos jovens.
Doença rara, mas fulminante. 
Meningoencefalite necrotizante hemorrágica.
Mecanismos de invasão: adesão, proteína formadora de poros, fosfolipase, outras proteases.
51
NAEGLERIA FOWLERI é uma ameba de vida livre que pode ser encontrada na água ou solo, sendo a única espécie de Naegleria que pode infectar seres humanos, resultando na patologia conhecida como Meningoencefalite Amebiana Primária, conhecida pela sigla MAP. É comumente conhecida como "ameba comedora de cérebros".
Como é uma doença rara e o diagnóstico só acontece após o óbito, não há tratamento específico para esse parasita, entretanto medicamentos como O MILTEFOSINA e a ANFOTERICINA B são eficazes no combate à essa ameba, podendo ser recomendado pelo médico em caso de suspeita.
Trichomonas vaginalis
É uma Infecção sexualmente transmissível (IST) da vagina ou da uretra causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis e que causa irritação e secreção vaginais e, por vezes, sintomas urinários.
55
As mulheres podem ter uma secreção amarelo-esverdeada, espumosa, com odor de peixe, apresentando irritação e assadura da área genital.
Os homens não costumam ter sintomas, mas alguns têm uma secreção espumosa do pênis e leve dor ou desconforto durante a micção.
O exame de uma amostra da secreção ao microscópio geralmente possibilita aos médicos identificarem tricomoníase.
Uma única dose de antibiótico cura a maioria das mulheres, mas a maioria dos homens precisa tomar antibióticos durante cinco a sete dias.
Não há formação de cistos!
Trichomonas vaginalis
ciclo de vida direto
57
Trichomonas vaginalis
Mecanismos
de Transmissão
1. sexual
+ freqüente
2. Água ?
banho, roupas molhadas
58
Patologia - Tricomoníase
A infecção não se estabelece em vaginas normais -			- facilitada por alterações flora bacteriana, pH, descamação excessiva, etc. 	
Forma assintomática - comum homens- subclínica e benigna
Forma sintomática - + comum mulheres
pessoas infectadas - risco maior de adquirir HIV!
59
Adesão - 4 antígenos de superfície
Efeito citopático
	 enzimas hidrolíticas - cisteíno-proteases
 	 fatores de descolamento de células
	
Processo inflamatório das células epiteliais - secreção branca e sem sangue (leucorréia) - descamação do epitélio que pode levar à ulceração
forte prurido
Patologia 
Tricomoníase
60
Trichomonas vaginalis
Relação parasita-hospedeiro 
Resposta imune protetora- IgA secretora
Reinfecções - ausência de imunidade adquirida
 - grande variabilidade de isolados
  
61
Giardíase
Giardia duodenalis
Giardia lamblia
Protozoários Cavitários
G. duodenalis, responsável pela infecção no ser humano. Aliás, existem várias denominações para essa mesma espécie, sendo elas: G. lamblia, G. duodenalis e G. intestinalis.
62
Giardia lamblia
Éo protozoário flagelado causador da giardíase. Essa doença possui distribuição mundial, porém é mais comum em climas temperados e em crianças nos primeiros anos de vida.
 A Giardia é um parasito que se apresenta em duas formas: CISTO E TROFOZOÍTO. Ambas formas podem ser eliminadas nas fezes, sendo que nas fezes diarréicas são encontrados trofozoítos, e nas formadas são encontrados cistos. O cisto constitui a forma infectante. Os cistos ou trofozoítos são ingeridos pelo homem através da água ou de alimentos contaminados, e a ação das enzimas digestivas provoca o desencistamento, dando origem aos trofozoítos, que podem ficar livres na luz intestinal ou se fixarem na parede duodenal pelo disco suctorial. Se o protozoário aderir à mucosa intestinal, a absorção de nutrientes fica comprometida, principalmente de gorduras e de vitaminas lipossolúveis.
            
O parasito se multiplica por divisão binária no intestino delgado, sendo que a gravidade da doença é proporcional ao número de parasitos. Os trofozoítos vivem no duodeno e nas primeiras porções do jejuno, e a atividade dos flagelos lhes confere rápido e irregular deslocamento. Quando vai ocorrer o encistamento, o trofozoíto reduz o seu metabolismo e o seu tamanho, fica globoso, perde o disco suctorial e os flagelos e secreta uma parede cística ao seu redor. Dentro do cisto o núcleo se duplica, por isso quando o homem ingere um cisto, infecta-se com dois trofozoítos.
63
Formas de vida
Cistos
ovóides com parede cística (quitina)
4 núcleos (duplas estruturas internas)
eliminados com as fezes formadas
formas de resistência
	água: 2 meses
Encistamento: colón
Desencistamento
passagem pelo estômago - eclosão intestino delgado 
1 cisto - 2 trofozoítas
Giardia lamblia
Tratamento
Metronidazol, tinidazol, ornidazol, mebendazol e albendazol.
64
Mecanismo de infecção
Ingestão de cistos - eliminados fezes formadas
água ou alimento contaminado
Trofozoítas - eliminados fezes diarréicas 
Não resistem ao ambiente externo
Giardia duodenales
65
patologia e sintomatologia
Variável:
Enterite branda e autolimitada 
diarréias crônicas e debilitantes 
incubação: 12-20 dias 
- Assintomática 
- Sintomática (agudo-crônico)
 Aguda, intermitente e autolimitante
 Dores abdominais (cólicas)
- Diarréia (líquida) - muco + gordura - ausência de hemáceas
- mal absorção intestinal
Giardíase
Fezes Cão
66
 Mecanismo de patogenicidade
- processo “principalmente” mecânico
- parasitas em grande quantidade aderem e recobrem a parede do duodeno - “tapete”
- “impression prints” - marcas deixadas quando o parasita descola, arrancando as microvilosidades 
Giardia duodenales
67
Mecanismos de Adesão via disco ventral
Múltiplos mecanismos
Ação hidrodinâmica: propulsão dos flagelos e a força de sucção do disco ventral - processo físico de adesão.
Receptores: lectinas ligantes de manose (superfície do parasito) 
Contração das proteínas do disco ventral 
Giardia duodenales
68
 Mecanismo de patogenicidade
- Evidências toxina (CRP136)
- Não ocorre invasão da mucosa
O revestimento da parede do duodeno 
dificulta a absorção intestinal - diarréia
- Grande número de trofozoítas é eliminado.
Giardia duodenales
69
Mecanismos de Escape
Giardia duodenales
relação parasita-hospedeiro 
 Variação antigênica
VSPs- antígenos de superfície
Evasão do sistema imune
Sobrevivência diferentes condições
 intestinais
Resposta do hospedeiro
Aguda - neutrófilos e eosinófilos
Crônica: inflamação - atrofia das microvilosidades
HIV - não induz aumento ou gravidade de casos
  
  
70
Diagnóstico
Parasitológico de fezes
cistos em fezes sólidas
trofozoítas em fezes líquidas ou aspirado de duodeno
pode requerer exames repetidos (3 amostras)
Imunológico
ELISA - pesquisa de Ags nas fezes
Giardia duodenales
71
Giardia duodenalis
72
Tratamento
Giardia duodenales
 Profilaxia
Saneamento básico (água)
Higiene - creches, asilos
Cuidados com alimentos
Tratamento dos doentes
Tratamento dos portadores assintomáticos - muito importante
Animais doméstico (cães e gatos) são reservatórios
Derivados Nitroimidazólicos – Metronidazol (síntese de DNA)
 Benzidazólicos – Albendazol (absorção glicose)	
Resistência 
Vacina para giardíase canina
73
LEISHMANIOSE
É uma doença infecciosa, porém não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos.
Tipos
Há dois tipos de leishmaniose:
Leishmaniose tegumentar ou cutânea
A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como "ferida brava".
Leishmaniose visceral ou calazar
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos, após esta idade se torna menos frequente.
Ela é causada pelo protozário Leishmania chagasi e seus principais sintomas são:
Emagrecimento
Febre baixa
Aumento do baço e fígado.
Transmissão
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade, os mais comuns são:
Mosquito palha
Tatuquira
Birigüi
Cangalinha
Asa branca
Asa dura
Palhinha.
 o mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.
Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.
Sintomas de Leishmaniose
Sintomas da leishmaniose cutânea
Duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta.
A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
Sintomas da leishmaniose visceral
Os principais sinais da leishmaniose visceral são:
Febre irregular, prolongada
Anemia
Indisposição
Palidez da pele e ou das mucosas
Falta de apetite
Perda de peso
Inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.
Diagnóstico
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.
Exames
Os exames variam conforme o tipo de leishmaniose:
DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
Os exames usados são:
Retirada da borda das lesões para determinar a presença, ou não, do parasita causador da leishmaniose
Exame imunológico para detectar se a pessoa entrou em contato com a Leishmania.
Testes sorológicos (verificar a presença de anticorpos no sangue)
Punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos
Cultura e reação de cadeia em polimerase (PCR).
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, pois os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc.
DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL
Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmaro diagnóstico. 
Diagnóstico parasitológico
É o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas amastigotas do parasito, em material biológico obtido preferencialmente da medula óssea – por ser um procedimento mais seguro. Examinar o material aspirado de acordo com esta sequência: exame direto, isolamento em meio de cultura (in vitro), isolamento em animais suscetíveis (in vivo), bem como novos métodos de diagnóstico. Outras amostras biológicas podem ser utilizadas tais como o linfonodo ou baço. Este último deve ser realizado em ambiente hospitalar e em condições cirúrgicas.
Tratamento de Leishmaniose
A leishmaniose em geral é tratada por dois medicamentos:
Antimoniais pentavalentes
Anfotericina B.
As primeiras são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos.
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/leishmaniose
Leishmaniose tem cura?
Se tratada adequadamente, a leishmaniose pode sim ter cura. Inclusive, a leishmaniose cutânea pode até se curar espontaneamente, ressalta Damous.
A situação, no entanto, é mais complicada em alguns casos em que existe depressão do sistema imune permanentemente, como indivíduos infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ou transplantados e pacientes com doenças crônicas em que necessitam utilizar medicação que compromete a imunidade.
Vale lembrar também que ainda pensando na leishmaniose cutânea, as feridas podem voltar em até seis meses, mesmo com tratamento adequado.
Prevenção
Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata
Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde
Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata
Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença
Usar mosquiteiros para dormir
Usar telas protetoras em janelas e portas
Manter a casa limpa: o mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer
Cuidar da saúde de seu cão, principal hospedeiro urbano da doença. Além disso, deve-se fazer uso de coleiras com princípios ativos contra mosquitos e parasitas – com efetividade de quase 100% na proteção – e vacinar o cão a partir de quatro meses de idade, com a vacina contra leishmaniose – que deve ser aplicada anualmente, contando a partir da primeira dose.
Para Fixar...
Vos pergunto...
 O que é um parasita?
 “Parasita é um ser que se beneficia de outro”.
 “Mas por que ele precisa se beneficiar de outro 
“Por que sem o hospedeiro o parasita não consegue sobreviver”.
Na verdade, o parasita consegue sobreviver fora do hospedeiro, porém apenas em contato com este o parasita irá se proliferar.
Por exemplo os parasitas do solo cujo hospedeiro é o homem: enquanto no solo, esses organismos desenvolvem estruturas para que possam sobreviver no ambiente desfavorável, mas é apenas em contato com o homem que eles são capazes de se reproduzir.
Será...?
Mas não é porque o portador é assintomático que ele não deixa de passar a doença, né?
Exato. Ele pode não manifestar a doença, mas ele pode transmitir para outras pessoas o parasita. Isso está muito associado ao estado imunológico da pessoa.
Plus...
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/junho/11/manual-recomendacoes-diagnostico-leishmania-hiv..pdf
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/leishmaniose-visceral
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmaniose_tegumentar.pdf
https://www.hc.ufu.br/sites/default/files/tmp//volume_3_guia_de_vigilancia_em_saude_2017.pdf

Outros materiais