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ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA 
E ATENÇÃO PRIMÁRIA 
Profa. Ms. Renata T Fernandes Bastianelli
UNIDADE 2 – SEÇÃO 2.3
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA E ATENÇÃO 
PRIMÁRIA 
Prevenção de doenças e promoção de saúde é feita por
uma equipe multidisciplinar, médicos, enfermeiros,
nutricionistas, agente de saúde, educador físico, dentistas,
dentre outros.
DCNT – DOENÇAS CRÔNICAS NÃO 
TRANSMISSÍVEIS
Doenças com alto índice de mortalidade, por isso estão em 
destaques nas ações advindas do SUS e atenção primária.
• Doenças respiratórias
• Diabetes mellitus
• Neoplasias 
• Doenças cerebrovasculares (AVC)
As DCNT podem surgir por
diversos fatores, e sua duração pode
ser longa e desenvolver-se ao longo
da vida. Os fatores de riscos, segundo
a Organização Mundial da Saúde
(OMS), relacionados com as DCNT,
podem ser modificáveis, ou seja, o
indivíduo pode inibir ou reduzir a
possibilidade de surgimento de
doenças.
FATORES DE RISCO DCNT
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA EM DCNT
• Ações e medidas que promovam o conhecimento da ocorrência, distribuição
e amplitude das DCNT;
• Conhecer os fatores de risco no país;
• Reconhecer os determinantes e condicionantes sociais, ambientais e
econômicos;
• Identificar qual época com a maior tendência em surgir as DCNT;
• Monitorar, planejar e avaliar as ações de cuidado integral e elaboração de
políticas públicas para controle e prevenção das DCNT no país.
TABAGISMO
Segundo a OMS o tabagismo se destaca como um fator
de risco que culmina em muitas das DCNT, como doenças
cardiovasculares, pulmonares e o câncer.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo: mais pessoas 
morrem anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra causa.
• Estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares em 
2015, representando 31% de todas as mortes em nível global. Desses óbitos, estima-se 
que 7,4 milhões ocorrem devido às doenças cardiovasculares e 6,7 milhões devido a 
acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
• Mais de três quartos das mortes por doenças cardiovasculares ocorrem em países de 
baixa e média renda.
• Das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas com menos de 70 anos) por doenças 
crônicas não transmissíveis, 82% acontecem em países de baixa e média renda e 37% são 
causadas por doenças cardiovasculares.
• A maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio da abordagem de 
fatores comportamentais de risco – como o uso de tabaco, dietas não saudáveis e 
obesidade, falta de atividade física e uso nocivo do álcool –, utilizando estratégias para a 
população em geral.
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5253:doencas-cardiovasculares&Itemid=1096
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5253:doencas-cardiovasculares&Itemid=1096
ETILISMO
Já o consumo do álcool em excesso, além de ser causa de morte,
é considerado um dos fatores de risco para incapacidade, devido ao
surgimento de doenças como câncer, distúrbios neurológicos, cirrose
hepática, entre outras.
A OMS estabeleceu o Sistema Mundial de Informação sobre o
Álcool e a Saúde (GISAH, sigla em inglês) com o objetivo de apresentar
de forma dinâmica dados sobre os níveis e padrões do consumo de
álcool, consequências sociais e de saúde atribuíveis ao álcool e
respostas por políticas em todos os níveis.
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5649:folha-informativa-alcool&Itemid=1093
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5649:folha-informativa-alcool&Itemid=1093
A estratégia global para reduzir o uso nocivo do álcool representa
um compromisso coletivo dos Estados Membros da OMS para diminuir
a carga global de doenças causadas por seu uso excessivo. A estratégia
inclui políticas e intervenções baseadas em evidências, que podem
proteger a saúde e salvar vidas, caso sejam adotadas, implementadas e
aplicadas. A iniciativa também conta com um conjunto de princípios
para orientar o desenvolvimento e a implementação de políticas;
define áreas prioritárias para a ação global, recomenda áreas-alvo para
a ação nacional e consolida o mandato da OMS para fortalecer a ação
em todos os níveis.
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5649:folha-informativa-alcool&Itemid=1093
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5649:folha-informativa-alcool&Itemid=1093
As opções de políticas e as intervenções disponíveis para a ação nacional podem ser 
agrupadas em 10 áreas recomendadas, que se complementam mutuamente. São elas: 
• Liderança, conscientização e compromisso;
• Resposta dos serviços de saúde;
• Ação comunitária;
• Políticas sobre dirigir sob efeito de bebidas alcoólicas e contramedidas;
• Disponibilidade do álcool;
• Marketing de bebidas alcoólicas;
• Políticas de preços;
• Reduzir as consequências negativas do consumo e da intoxicação;
• Reduzir o impacto na saúde pública do álcool ilícito e do álcool produzido informalmente;
• Monitoramento e vigilância.
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5649:folha-informativa-alcool&Itemid=1093
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5649:folha-informativa-alcool&Itemid=1093
ATIVIDADE FÍSICA
Atividade física insatisfatória, já considerada um fator de
risco, se culminar em sedentarismo torna-se um fator de risco
de morte. Praticar atividade física de forma regular protege a
saúde, evitando ou diminuindo o índice de doenças e
mortalidade
ALIMENTAÇÃO
A alimentação inadequada, como alimentação à base de
alimentos processados aumentam os índices de consumo do sódio,
açúcar e gorduras saturadas, poderá levar também a DCNT, como
doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, câncer, entre outras
Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
As recomendações especificavam os diferentes tipos, frequência
e duração da atividade física para benefícios de saúde ideais a três
faixas etárias da população: jovens de 6 a 18 anos, adultos de 18 a 65
anos e pessoas idosas. As diretrizes de 2010 forneceram apenas
orientações gerais sobre os riscos de comportamento sedentário
devido a evidências insuficientes para orientar declarações mais
específicas na época.
Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
Nos últimos dez anos, houve um grande aumento nas evidências sobre
os impactos na saúde de diferentes tipos, quantidades e durações de atividade
física e sobre os impactos de comportamentos sedentários na saúde, bem
como a inter-relação com os níveis de atividade física e os resultados de
saúde. As novas evidências incluem o impacto da atividade física no bem-estar
mental e na saúde cognitiva, na saúde de idosos e crianças menores de 5
anos. Há também um reconhecimento crescente da importância das diretrizes
de atividade física que incluam pessoas que vivem com necessidades
especiais.
Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
Em 2019, a OMS publicou novas diretrizes globais sobre atividade
física, comportamento sedentário e sono para crianças menores de 5 anos
de idade, em resposta à Recomendação 4.12 da Comissão sobre o Fim da
Obesidade Infantil, que pedia orientações claras sobre esses três tópicos em
crianças pequenas. Em 2019, a OMS publicou novas diretrizes globais sobre
atividade física, comportamento sedentário e sono para crianças menores de
5 anos de idade, em resposta à Recomendação 4.12 da Comissão sobreo
Fim da Obesidade Infantil, que pedia orientações claras sobre esses três
tópicos em crianças pequenas.Em 2019, a OMS publicou novas diretrizes
globais sobre atividade física, comportamento sedentário e sono para
crianças menores de 5 anos de idade, em resposta à Recomendação 4.12 da
Comissão sobre o Fim da Obesidade Infantil, que pedia orientações claras
sobre esses três tópicos em crianças pequenas.
Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
https://nam12.safelinks.protection.outlook.com/?url=https:%2F%2Fwww.who.int%2Fpublications-detail%2Fguidelines-on-physical-activity-sedentary-behaviour-and-sleep-for-children-under-5-years-of-age&data=02%7C01%7Cdomingular%40paho.org%7Cd1e114bf4b1b4f44f2b208d7d763b13f%7Ce610e79c2ec04e0f8a141e4b101519f7%7C0%7C1%7C637214695496344662&sdata=FADF4AJg7eBPXpIDNBJD8CU%2B6SjW2aEfpmZrMitVkq0%3D&reserved=0
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https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
O plano de ação global para atividade física 2018-2030 (GAPPA) identificou
como prioritária (Ação 4.1) a necessidade de atualizar as diretrizes de 2010 sobre
atividade física em jovens, adultos e idosos. Os Estados Membros solicitaram à
OMS que priorizasse a atualização das Diretrizes de 2010 na Resolução na
Assembleia Mundial da Saúde, ocorrida em maio de 2018 (WHA71.6). A OMS
identificou o desenvolvimento dessas novas diretrizes como um bem global de
saúde pública no programa de trabalho para 2020-2021 (GPW13).
Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
https://nam12.safelinks.protection.outlook.com/?url=https:%2F%2Fwww.who.int%2Fpublications-detail%2Fglobal-action-plan-on-physical-activity-2018%25E2%2580%25932030&data=02%7C01%7Cdomingular%40paho.org%7Cd1e114bf4b1b4f44f2b208d7d763b13f%7Ce610e79c2ec04e0f8a141e4b101519f7%7C0%7C1%7C637214695496354661&sdata=Bhs%2BvRE6M3sXCdjUrOPEqO%2BuUGXxjA%2FK9fTTI%2FQ3pb4%3D&reserved=0
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=845&Itemid=839
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA 
CRÔNICA
Dentre as doenças DCNT pulmonares se destaca a doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC):
Limitação do fluxo aérea pulmonar; 
Presença de tosse; 
Falta de ar e expectoração quase em todos os dias por no mínimo 
três meses/ano durante dois anos consecutivos.
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA 
CRÔNICA
Dentre os fatores de risco está o tabagismo, além da
exposição ocupacional à poeiras e produtos químicos
ocupacionais, infecções respiratórias recorrentes na infância,
poluição por fumaça de lenha, querosene, dentre outros.
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA 
CRÔNICA
• Alivio dos sintomas, prevenção na progressão
• Exacerbação da doença,
• Melhora da tolerância de exercícios,
• Redução da mortalidade
• Melhora da qualidade de vida.
• Sem esquecer que o foco principal para melhora dos sintomas é a
cessão do tabagismo e, para isso, a atuação dessa equipe se torna
crucial para obter sucesso no tratamento com a educação em saúde e
incentivo a parar de fumar.
ESCOLA DE COLUNA
Escola de Coluna surgiu com intuito de minimizar os
atendimentos de pacientes com dor crônica na coluna vertebral,
principalmente a coluna lombar, reduzindo custos, além de promoção e
educação em saúde, proteção de doenças e ajuda a evitar agravos e
atendimentos. Metodologia usada nas UBS através do Grupo de
Coluna.
ESCOLA DE COLUNA
A fisioterapeuta sueca Mariane Zachrisson-Forssell, em 1969, propôs
um programa educativo denominado Back School.A tradução para o
português do nome desse programa tem sido variada, sendo as mais
utilizadas: Escola de Coluna, Escola de Postura, Escola Postural, e
Programa de Educação Postural.
O objetivo principal da Escola Postural Sueca foi educar e aconselhar
ergonomicamente a postura de indivíduos com dores nas costas,
capacitando-os a se protegerem ativamente de lesões na coluna.
Fonte: NOLL et al 2013, Escolas posturais desenvolvidas no Brasil: revisão sobre os instrumentos de avaliação, as metodologias de 
intervenção e seus resultados. Revista Brasileira de Reumatologia
ESCOLA DE COLUNA
A proposta se constituía de quatro aulas, ministradas pela
fisioterapeuta duas vezes por semanas, durante quarenta e cinco
minutos. Forssell acreditava, com base na etiologia da dor nas costas e
nos estudos eletromiográfi cos, que ao realizar as atividades de vida
diária (AVDs) de forma adequada os indivíduos seriam capazes de
evitar ou controlar sua dor.
Fonte: NOLL et al 2013, Escolas posturais desenvolvidas no Brasil: revisão sobre os instrumentos de avaliação, as metodologias de 
intervenção e seus resultados. Revista Brasileira de Reumatologia
ETAPAS DA ESCOLA DE COLUNA
• Na primeira aula do programa são abordadas noções sobre a coluna
vertebral, causas da dor e posturas de relaxamento.
• Na segunda, são dadas orientações teóricas sobre atividades da vida
diária, enfatizando a postura sentada e em pé, e exercícios para casa.
Na terceira, colocam-se em prática as informações recebidas
anteriormente, abordam-se o transporte e o levantamento de objetos
e exercícios para membros inferiores a serem realizados em casa.
• Na última aula os pacientes são encorajados à prática regular de
exercício físico para diminuição da dor e são revisados os conteúdos
trabalhados durante as aulas.
Fonte: NOLL et al 2013, Escolas posturais desenvolvidas no Brasil: revisão sobre os instrumentos de avaliação, as metodologias de 
intervenção e seus resultados. Revista Brasileira de Reumatologia
ESCOLA DE COLUNA
CEREST DE MARÍLIA 
PREFEITURA MUNICIPAL 
DE ARAXÁ - MG
Fonte: Google imagens
ESCOLA DE COLUNA
Fonte: Google imagens

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