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Tutela Provisória de Urgência e Evidência - Trabalho

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INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
CURSO DE DIREITO 
AMANDA LEMOS RODRIGUES
TRABALHO PROCESSO CIVIL IV: Tutela Provisória
ARAGUARI
2017
SUMÁRIO 
 RESUMO
O objetivo do presente artigo é analisar o conceito de tutela provisória no Novo CPC, questionando a sua (in)compatibilidade com o elemento temporariedade contemplado no conceito de tutela cautelar. Parte-se do reconhecimento de que o provimento jurisdicional (provisório ou definitivo) poderá, no plano fático, ter efeitos provisórios, temporários ou definitivos, não havendo uma correlação necessária entre a provisoriedade do provimento e os seus efeitos. 
Palavras – chave: Tutela provisória. Tutela definitiva. Tutela cautelar. Tutela antecipada. Tutelas de urgência.
ABSTRACT 
The purpose of this article is to analyze the concept of provisional guardianship in the New CPC, questioning its (in) compatibility with the temporality element contemplated in the concept of prudential guardianship. It is based on the recognition that judicial (provisional or definitive) provision may, in the factual plan, have provisional, temporary or definitive effects, and there is no necessary correlation between the provisional nature of the appeal and its effects.
Key words: Temporary protection. Definitive protection. Precautionary guardianship. Early ward. Emergency care.
1. INTRODUÇÃO
 Ao adentrar ao assunto da Tutela Provisória, faz-se necessário tecer comentários acerca dos tipos de tutelas oferecidas pelo Estado-juiz. A tutela definitiva é aquela em que o objeto da decisão é intensamente debatido (cognição exauriente), sendo atendidos, obedecidos e seguidos os princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, produzindo efeitos ou resultados imutáveis, ou seja, a coisa julgada. Já na Tutela Provisória, o assunto da decisão não é debatido com a mesma profundidade da tutela definitiva, existindo apenas uma cognição sumária por parte do juiz. O objetivo da Tutela Provisória é de dar maior efetividade ao processo por afastar o perigo a que está sujeita a tutela jurisdicional ou por assegurar, proteger, preservar o provimento final.
 Vale ressaltar também que, diferentemente do sistema processual civil anterior, a Tutela Cautelar, espécie das Tutelas Provisórias sob a égide do Novo Código de Processo Civil, não mais exige o ajuizamento de um processo autônomo, uma vez que medidas cautelares podem ser deferidas no bojo do processo principal, razão pela qual o legislador retirou do Ordenamento Jurídico o processo cautelar autônomo.
2 . CONCEITO DA TUTELA PROVISÓRIA 
A Tutela Provisória que pode ser de urgência ou evidência, ou seja, tutela de urgência exige-se periculum in mora e a tutela de evidência não exige periculum in mora. A Tutela de urgência, antecedente ou incidental, pode ser cautelar (quando for conservativa) ou antecipada (quando for satisfativa). 
A Tutela Provisória é uma tutela jurisdicional sumária e não definitiva. 
A Tutela de Urgência promovem um reequilíbrio de forças, isso porque o ônus do tempo recai sobre aquele provavelmente não tem direito. 
Mas, com o Novo CPC, não temos mais ação cautelar e tutela antecipada, mas sim tutelas provisórias, que podem ser de urgência e ou da evidência, aquelas se dividindo em tutelas provisórias de urgência cautelares e tutelas provisórias de urgência antecipadas. As tutelas são provisórias, razão pela qual podem ser
revogadas ou modificadas a qualquer tempo, por meio de decisão de natureza interlocutória ou na sentença, mediante decisão fundamentada em respeito ao princípio de motivação. 
O parágrafo único do artigo 9º da nova lei de Processo Civil, ressalva que a tutela não se aplica à tutela provisória de urgência, o que nos permite concluir concluir que essas tutelas podem ser concedidas independentemente da ouvida parte contrária, liminarmente ou após a realização da audiência de justificação. Sendo assim, a lei processual seja omissa, entendemos que a audiência de justificação pode ser realizadas com portas fechadas, em segredo de justiça e sem conhecimento da prática do ato pela parte contrária, evitando que a sua ciência acarrete o perecimento do direito que a tutela provisória pretende tutelar, como por exemplo, na situação de mãe que desaparece com o filho do casal, após tomar conhecimento de que o genitor da criança solicitou a sua busca e apreensão. 
3. CLASSIFICAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA
A Tutela Provisória pode classificar quanto a sua natureza, quanto a sua fundamentação e quanto a momento da sua concessão. 
Quanto a sua Natureza: 
Antecipada (ou Satisfativa Antecipada)
As duas tutelas (Antecipada e Cautelar) tenham a mesma característica de serem provisórias, a Antecipada tem natureza satisfativa, ou seja, o juiz defere os efeitos da sentença que só seriam concedidos no final do processo. 
4. DEFINIÇÃO DE CADA TUTELA 
- TUTELA CAUTELAR
A tutela provisória cautelar se preocupa com o processo, sendo conservativa, como o próprio nome indica, permitindo que permaneça íntegro, enquanto a tutela provisória antecipada se preocupa com o direito material, sendo satisfativa, concedendo à parte o que só lhe seria atribuído por ocasião da prolação da sentença (tutela definitiva).
De acordo com o CPC\73 previa que apenas a tutela cautelar podia ser concedida em caráter antecedente ou incidental, enquanto a tutela antecipada só podia ser concedida em caráter incidental. Diferentemente, o novo CPC permite a concessão das duas tutelas provisórias em caráter antecedente ou incidental. Quando o requerimento de concessão da tutela provisória for formulado em caráter incidental, independentemente do recolhimento de custas, conforme o artigo 295.
- TUTELA DE EVIDÊNCIA 
Não tem por fim afastar um perigo ou risco. Ela inverte o ônus da demora, do autor para o réu, baseados em elementos que evidenciem a existência da probabilidade do direito. 
- TUTELA DE URGÊNCIA
A Tutela será de Urgência quando existirem “elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco do caso útil do processo”. 
- INCIDENTAL 
É Tutela requerida já dentro do processo já em andamento, sendo assim, o pedido de Tutela é feito posteriormente à formulação do pedido de tutela definitiva.
 - ANTECEDENTE
É aquela que dá início ao processo em que pretender pleitear a tutela definitiva. Trata-se do requerimento feito anteriormente à formação do pedido de tutela definitiva e tem por finalidade adiantar seus efeitos, seja satisfação ou acautelamento de direito.
5. PENSAMENTOS DOUTRINÁRIOS GERAIS DAS TUTELAS
Conforme a doutrina de Montenegro Filho, adimplir a obrigação específica (de dar, de fazer ou de não fazer) ou suportar as consequências no bolso. Ao fixar a multa diária, o magistrado deve observar a proporção entre o seu valor e da obrigação a ser adimplida. O magistrado pode a qualquer tempo modificar o valor ou a periodicidade da multa, quando constatar que a fixação se tornou excessiva ou simbólica. Inovando a matéria, o §1º do artigo 537 estabelece que a modificação do valor só atinge a multa vincenda, não produzindo efeito ex tunc.
Após a sanção do novo CPC, o legislador infraconstitucional aprovou o Projeto de Lei nº 168\2015, que atribuiu nova redação ao §3º do artigo 537, qual seja: “A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitindo o levantamento do valor após o transito em julgado da sentença favorável à parte”.
Embora, o valor da multa esteja depositado em juízo, o seu levantamento depende da confirmação da tutela provisória na decisão final, o que significa que, se esta for desfavorável à parte que obteve a tutela provisória, o valor não lhe é mais devido, e pode ser levantado pela parte contrária, mediante a expedição de alvará judicial.
Se o magistrado não observar a norma produzida, a parte pode interpor recurso de embargos de declaração, com fundamento no inciso II do parágrafo único do artigo1.022 da nova lei processual. 
Conforme o artigo 299, a tutela provisória deve ser solicitada ao juiz de causa, enquanto, não tendo sido ainda proposta, a tutela deve ser solicitada ao juízo competente para processar e julgar a ação (por meio de uma apresentação de uma petição inicial, que temos denominado petição inicial provisória). 
Se o relator conceder tutela provisória monocraticamente, essa decisão pode ser atacada pelo recurso de agravo interno, no prazo de 15 dias. 
Na vigência do NCPC, o requerimento da tutela provisória em recursos extremos deve seguir regras constantes do §5º do artigo 1.029.
O novo CPC também patronizou os requisitos, exigindo a demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo tanto para a concessão da tutela provisória de urgência como da tutela antecipada.
Embora o novo CPC não tenha utilizado a expressão periculum in mora, própria das ações cautelares, nem a expressão fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, própria da antecipação da tutela, no regime do CPC\73, nos dois casos estamos numa situação de urgência, a justificar a pretendida concessão da tutela provisória, o que nos permite dizer que só pode deferida numa situação de urgência, devidamente demonstrada pela parte. 
Caução é gênero, apresentando a caução real e a caução fidejussória como espécies. A primeira pode consistir principalmente em penhor, anticrese ou hipoteca (art. 1.419 do CC), enquanto a segunda pode ser representada por fiança ou aval. 
O magistrado deve verificar, caso a caso, a possibilidade da tutela final não confirmar a provisória, e a probabilidade de reversibilidade desse provimento, sobretudo em face da condição patrimonial, econômica e financeira da parte, sendo suficiente para garantir o pagamento de indenização à parte contrária, decorrente do dano causado com a efetivação da tutela provisória que posteriormente não é ratificada pela tutela definitiva. 
Embora o novo CPC tenha modificado a natureza jurídica da tutela provisória cautelar, que deixou de ser ação, para ser pedido, que pode ser formulado em qualquer ação, ou de modo antecedente, eliminando, assim, as ações cautelares típicas ou nominadas, lista exemplos de providências que podem ser adotadas como consequências da concessão desse tipo de tutela, como arresto, o sequestro e as demais medidas previstas na norma produzida. 
A nova lei processual estabelece a regra de que o requerente da tutela provisória responde pelo denominado dano processual conforme o seu artigo 302. 
A aplicação do disposto no inciso II da norma exige cuidados do magistrado, já que a Súmula 106 do STJ estabelece que a proposta a ação no prazo fixado para seu exercício, demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência, verbete ratificado pelo § 3º do art. 240 da nova lei processual, textual em dispor que a parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. 
O autor formula o pedido de concessão da tutela provisória antecipada em caráter antecedente, o faz por petição inicial igualmente provisória, exigindo a lei que seja complementada, limitando-se num primeiro momento a requerer a tutela provisória antecipada, devendo protestar pela formulação do pedido de tutela final no prazo de 15 dias úteis, ou em outro prazo fixado pelo magistrado, a depender da complexidade da causa. 
Na extinção do processo sem a resolução do mérito, quando a petição inicial provisória não for aditada, o magistrado deve condenar o autor de pagamento de indenização, se ocorrer qualquer das situações previstas no art. 302, não se justificando a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, já que o réu não foi citado, não tendo sido onerado com a contratação do advogado. 
O autor não distribui duas petições iniciais para formular os pedidos de tutela provisória e tutela final, mas uma petição inicial, provisória num primeiro momento, na qual formula o pedido de concessão de tutela provisória, posteriormente aditada por outra petição, na qual formula o pedido de tutela final, temos um só processo, e somente um recolhimento das custas processuais. 
O legislador infraconstitucional não se atentou para o fato de que o prazo para o aditamento da petição inicial pelo autor (Inciso I do §1º do art. 303) que é em 15 dia, começa a fluir antes da fluência do prazo de que o réu dispõe para interpor o recurso de agravo a instrumento ou para apresentar contestação, evitando que a tutela antecipada se torne estável, já que, em todos os casos, o autor é intimado da concessão da tutela antecipada antes do réu ser citado. 
O artigo 306 da nova lei processual estabelece a regra de que o réu será citado para, no prazo de 5 dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. O prazo da defesa é contado a partir da juntada do mandado ou da carta de citação aos autos, com a exclusão do dia de início e a inclusão do dia do término da contagem do prazo. O prazo de 5 dias considera apenas nos dias úteis (art. 219).
Como foi dito na tutela antecipada requerida em caráter antecedente, o autor primeiramente requer a concessão da tutela cautelar em caráter antecedente, após sua efetivação, deve formular o pedido principal, complementando a petição inicial, nos mesmos autos do processo anteriormente formado, sem que tenhamos nova ação judicial, o que nos permite concluir que a petição inicial era provisória, tornando-se definitiva com a formulação do pedido principal.
O artigo 309 do NCPC prevê situações em que a tutela concedida em caráter antecedente perde a sua eficácia. Como o parágrafo único desse artigo estabelece que, se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob o novo fundamento. 
A cessação da eficácia da tutela provisória não retira do autor a possibilidade de posteriormente formular o pedido principal, em outro processo, já que o processo no qual o pedido de tutela provisória foi formulado deve ser extinto sem a apreciação do seu próprio mérito. 
O fato de o autor não providenciar a efetivação da tutela no prazo de 30 dias evidencia a ausência do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (art.300). 
A concessão da tutela de evidência depende da demonstração do preenchimento de requisito isolado. Atentos aos artigos 311 da nova lei processual, percebemos em que grande parte dos casos a tutela da evidência exige a formação prévia da relação processual, o que significa que não pode ser concedida antes do aperfeiçoamento da citação do réu, já que o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito proletório da parte e a insuficiência da prova documental que acompanha a petição inicial, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável, só se caracteriza após citação. 
Com isso, a nova lei processual suprimiu a ação cautelar e a tutela antecipada, como espécies pertencentes ao gênero medidas de urgência, criando as tutelas provisórias, que podem ser de urgência e de evidência. A tutela provisória pode ser requerida e concedida em caráter antecedente ou incidental. A tutela provisória pode ser concedida liminarmente ou após a realização da audiência de justificação. A concessão da tutela provisória da evidência independe da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil ao processo. 
6. OUTROS PENSAMENTOS DOUTRINÁTORIOS SOBRE TUTELAS 
Conforme veremos a doutrina Didier Junior, que falará a respeito também da Tutela Provisória. A tutela jurisdicional oferecida pelo Estado-juiz que pode ser definitiva ou provisória. Nesse capítulo da doutrina será dedicado a Tutela Provisória, mas para entrar nesse assunto explicará a tutela definitiva antes. 
A Tutela definitiva é aquela obtida com base em consignação exauriente, com profundo debate acerca do objetivo da decisão, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e ampla defesa. Sendo assim, a tutela definitiva pode ser satisfativaou cautelar. 
Há dois tipos diferentes de tutela definitiva satisfativa: a tutela certificação de direitos e a tutela de efetivação dos direitos. 
A tutela cautelar é meio de preservação de outro direito, o direito acautelado, objeto da tutela satisfativa. 
Um exemplo que o autor citou, foi que, o arresto de dinheiro do devedor inadimplente é instrumento assecuratório do direito de crédito do credor. O direito de crédito é o direito acautelado; o direito de cautela é o direito à utilização de um instrumento processual que assegure o direito de crédito.
A despeito da temporária, a tutela cautelar é, como já visto, definitiva. 
A Tutela definitiva é sempre o oposto da tutela provisória. 
A Temporariedade da tutela cautelar não exclui, sua definitividade.
Um outro exemplo, para deferir definitivamente o arresto, é necessário que o julgador examine, de forma exauriente, o preenchimento dos pressupostos legais do pedido de cautela; sobre o direito acautelado a cognição será sumária, mas sobre o direito à cautela, exauriente. 
A decisão é definitiva, mas seus efeitos são temporários, ou seja, temporários são apenas seus efeitos práticos. Sendo definitiva, a decisão final cautelar não pode ser tida como provisória (ou precária). Não é uma decisão provisória a ser, posteriormente, substituída por uma definitiva – que a confirme, modifique e ou revogue. 
O tempo necessário para obtenção da tutela definitiva pode colocar em risco sua efetividade. Este é um dos males do tempo do processo. 
A principal finalidade da tutela provisória é abrandar os males do tempo e garantir a efetividade da jurisdição. Serve, então, para redistribuir, em homenagem ao princípio da igualdade, o ônus do tempo do processo, se é inexorável que o processo demore, é preciso que o peso do tempo seja repartido entre as partes, e não somente o demandante arque com ele.
A Tutela Provisória possui três características: a sumariedade da cognição, a precariedade e por ser assim, fundada em consignação sumária e precária, a tutela provisória é inapta a tornar-se indiscutível pela coisa julgada.
As espécies de tutela definitiva são, por isso, as espécies de tutela provisória. A tutela provisória cautelar tem duas funções: é provisória por dar eficácia imediata à tutela definitiva não-satisfativa; e é cautelar por assegurar a futura eficácia da tutela definitiva satisfativa, na medida em que resguarda o direito a ser satisfeito, acautelando-o. 
O parágrafo único do artigo 299, importa em que qualquer situação, o pleito provisório deve ser devidamente fundamentado, com a exposição clara e precisa da situação de perigo ou de evidência, bem como efeitos práticos (sociais) que se quer adiantar. 
O autor, o réu, terceiro intervenientes podem requerer a antecipação provisória dos efeitos da tutela, pois todos têm o direito à tutela jurisdicional e, uma vez preenchidos os pressupostos de lei, também à antecipação provisória dos seus efeitos. 
O Ministério Público pode requerer a tutela provisória quando for parte (art. 177, CPC) e, quando for assistente diferenciado de incapazes (art.178, II, CPC), também puder atuar como substituto processual. 
Para a concessão de tutela provisória nos procedimentos especiais, a lei exige o procedimentos de outros pressupostos, distintos daqueles previstos nos arts. 303, 305 e 311, como acontece nas ações possessórias (art. 562) e nas ações de despejo (art. 59, § 1º, Lei n. 8.245/1991).
Como já visto, a tutela provisória de urgência antecedente só pode ser requerida in limine litis, na petição inicial do processo em que se pretende formular, no futuro, o pedido de tutela definitiva, ainda que sua concessão se dê mediante justificação prévia ou oitava da parte. 
Uma verdade é que não se admite a concessão da tutela provisória liminar, em tais situações; a mitigação do princípio do contraditório não se justifica para efetivar uma sanção antecipada por um comportamento abusivo, alegado e provado apenas unilateralmente.
É bom que se ressalte que não há violação da garantia do contraditório na concessão, justificada pelo perigo ou pela evidência, de providências jurisdicionais antes da ouvida da outra parte. 
Se a sentença foi proferida e o processo já está no tribunal, em grau de recurso, deve-se formular o requerimento da tutela provisória incidental dirigido ao próprio tribunal, para que seja apreciado pelo órgão responsável pelo julgamento do recurso. Como o juiz da primeira instância já encerrou seu oficio na fase de conhecimento, não podendo mais atuar na causa com o seu propósito, a competência para apreciar pedido de tutela provisória é do tribunal. 
Caso, o pedido de concessão da tutela provisória incidental seja formulado em momento posterior, no curso do processo, todas as provas já produzidas deverão ser consideradas e valoradas pelo julgador.
A finalidade maior da tutela provisória é conferir efetividade à função jurisdicional. Somente quando a medida for apta a alcançar esse fim, ela deve ser concedida. 
Os exemplos que podemos usar, é o autor que obtém tutela que autoriza o exercício de um direito que ainda não seja declarado ou constituído. Em uma ação de invalidação de duplicata, visando-se desconstituir o título de crédito, o autor pode requerer uma medida provisória que imponha a precipitação de efeito prático daí decorrente: a ordem de sustação do protesto a título realizado por indicação do réu e imposição de comportamento omissivo de não mais levá-lo a protesto. 
A efetivação da tutela provisória far-se-á de acordo com as regras inerentes à execução provisória, ressalvadas as regras especiais acima já citadas.
Contudo, em que o pedido de concessão da tutela provisória se reputa implícito, como, por exemplo, o pedido de fixação de alimentos provisórios em ação de alimentos (art. 4º da lei n. 5.478/1968).
Temos também a tutela inibitória, que é aquela que tem por fim evitar a ocorrência de um ato contrário ao direito ou impedir sua continuação, um exemplo, é impedir o uso de uma marca comercial de propriedade do autor ou coibir a inscrição do nome do autor na Serasa. E a tutela reintegratória é aquela predisposta à remoção de um ilícito já praticado, visando impedir sua repetição ou continuação. Já a tutela ressarcitória, por sua vez, pressupõe um dano já consumado. Pode efetivar com o ressarcimento pelo equivalente ao dinheiro ou pelo ressarcimento específico – esse último com o restabelecimento da situação anterior ao dano, como, por exemplo, o desmatamento que lesa o meio ambiente pode levar a uma tutela específica ressarcitória que imponha o reflorestamento da área.
Registra-se que o juiz pode abrandar os prejuízos à segurança jurídica da contraparte, exigindo uma caução, para concessão da tutela provisória satisfativa. Com isso, provê os meios adequados para a reversibilidade da situação – ainda diante uma reparação em pecúnia. 
A estabilização da decisão concessiva da tutela antecipada é uma técnica de monitorização do processo civil brasileiro. 
A estabilização da tutela antecipada ocorre quando ela é concedida em caráter antecedente e não é impugnada pelo réu litisconsorte ou assistente simples.
A estabilização é da tutela antecipada é também uma generalização da técnica monitória para situações de urgência e para tutela satisfativa, na medida em que viabiliza a obtenção de resultados práticos a partir da inércia do réu. 
Entende que o prazo de 30 dias é para que o requerente busque efetivação da medida; se ele buscou e fez o necessário para tanto, a medida não se efetivou, por exemplo, o oficial de justiça não citou/intimou o requerido, ou ainda porque este, mesmo citado/intimado, não cumpriu a ordem, não há o que falar em cessação da sua eficácia. Decorrido esse prazo sem efetivação da medida, e desde que isso seja imputável ao próprio requerente, presuma-se que desapareceu o risco e que a parte não mais deseja a medida cautelar. 
Se diz que o direito fundamental à duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII, CF) exige que o ônus do tempo processual seja gerido com comedimento e moderação,considerando-se não só a razoabilidade do tempo necessário para concessão da tutela definitiva, como também a razoabilidade na escolha da parte que suportará o estorvo decorrente, concedendo uma tutela provisória para aquela cuja posição processual se apresenta em estado de evidência e com mais chances de sucesso. 
A apelação interposta contra a sentença que confirma ou concede essa tutela de evidência documentada e fundada em precedente obrigatório somente poderá versar sobre “distinção” do caso em julgamento daquele que deu origem ao procedente ou sobre “superação” do precedente. 
Também se aplica a regra (art.932, IV, CPC) ao agravo de instrumento e ao recurso extremo contra decisão que concede esse modalidade de tutela de evidência, sendo, pois, provável o seu não-provimento por decisão monocrática pelas mesmas razões.
A doutrina desde da década de 1990, travou intensa discussão doutrinária sobre a possibilidade de se conceder tutela provisória contra a Fazenda Pública e a constitucionalidade da legislação respectiva. 
Embora, a polêmica sobre a admissibilidade da tutela provisória contra o poder público conserve alguma relevância histórica, nos últimos anos, ela perdeu a importância. Parece não haver mais discussão sobre a possibilidade de tutela provisória em face do Poder Público, até mesmo porque existe a lei que a disciplina. Se a lei veio regulá-la é porque é possível. Só não o será nas hipóteses nela mesmo previstas e que devem ser compreendidas à luz da interpretação que lhes é dada pelo tribunal. 
É possível tutela provisória fora das vedações legais, como aquelas referentes a pretensões pecuniárias que não correspondem à renumeração de servidores públicos – a exemplo do pagamento de prestadores de serviços ou de benefícios previdenciários, a repetição de indébitos tributários etc. 
Independentemente de toda essa discussão doutrinária e das mudanças legislativas, deve-se frisar que não é possível conceder provisoriamente providência que compensa ou extingue o débito, pelo simples fato de que não se antecipa (des)constituição de situação jurídica – o que já seria tutela definitiva. Mas nada impede que se adiantem os seus efeitos práticos e sociais, isto é, a suspensão de exigibilidade do crédito. 
Conforme a doutrina de Marcus Vinícius Dias, que falará também seu ponto de vista sobre Tutelas. O doutrinador relata que o novo CPC, trata da tutela provisória, sendo assim, o artigo 294, bem como seu parágrafo único, ao enumerar diferentes naturezas que ela pode ter, e as razões pelas quais pode ser concedida, permite ao intérprete formular a sua conceituação. 
A tutela provisória garante e assegura o provimento final e permite uma melhor distribuição de ônus da demora, possibilitando que o juiz conceda antes aquilo que só concederia no final ou determine as medidas necessárias para assegurar e garantir a eficácia do provimento principal. 
O fundamento da tutela provisória, ao menos nos casos de urgência, poderia ser buscado no texto constitucional, uma vez que o artigo 5º, inciso XXXV, determina que a lei não exclua da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão. Ora para essa regra se torna efetiva, é preciso que o Judiciário também possa arredar eventual perigo ou ameaça que, em razão da demora do processo, o provimento jurisdicional possa sofrer.
Dadas a natureza e as finalidades da tutela provisória, é possível qualquer tempo, que o juiz reveja a anterior decisão que examinou, seja concedendo o que antes havia denegado, seja revogando a medida concedida. O juiz esclarecerá qual a circunstância fática que, altera, justifica o reexame. Não lhe é possível alterar a decisão apenas por mudado de opinião. É indispensável que tenham ocorrido alterações fáticas – o perigo que não existia manifestou-se, ou que antes havia desapareceu, por exemplo – para que o juiz possa justificar a mudança na sua decisão. 
A tutela provisória perdura e conserva sua eficácia no curso do processo enquanto não for revogada ou substituída pela tutela definitiva. 
A lei processual, no entanto, estabelece diferença entre revogação e a cessação da eficácia: a primeira pressuporia uma nova decisão judicial, fundada na vinda aos autos de novos fatos ou novas circunstâncias, que levam a decisão não pode persistir. A revogação ou modificação pressupõe alteração nas circunstâncias fáticas que a justifique. Se houver agravo de instrumento, o juiz poderá retratar-se, mesmo sem alteração fática, já que esse recurso é dotado de juízo de retratação. Alteração ou revogação da liminar não depende do requerimento da parte, podendo ser promovida de ofício pelo juiz, a quem cabe o poder geral da decisão, e a fiscalização para que não haja prejuízos irreparáveis para nenhum dos lados. 
A tutela provisória antecipada não pode ser confundida com o julgamento antecipado do mérito. A primeira é uma espécie de tutela diferenciada, proferida em cognição sumária e em caráter provisório. 
O arrolamento tem função: promover uma enumeração de bens que o autor da medida que não conhece. Está entre as suas finalidades permitir ao interessado conhecer quantos e quais são: ele sempre objetiva uma universalidade, seja patrimônio, seja uma herança.
7. CONCLUSÃO
A nova legislação processual brasileira trouxe inovações a determinados institutos, dentre elas, o tutela provisória.
Uma das inovações se dar por destaque foi a extinção do processo cautelar autônomo, haja vista que caíra por terra a utilidade desse tipo de processo já que, algum tempo, o juiz estava autorizado a conceder medidas cautelares no bojo do processo principal. 
As tutelas provisórias podem ser concedidas liminarmente, são baseadas em cognição sumária e tem caráter provisório, uma vez o novo código de Processo Civil prevê a possibilidade de revogação e cessação da eficácia das Tutelas Provisórias. 
A Tutela Provisória pode ser fundamentada em Urgência ou Evidência e cada uma delas traz suas especialidades e cabimento. 
O deferimento da Tutela de Urgência deve observar a possibilidade de irreversibilidade dos efeitos de seu provimento, pois como se trata de medida que depende de situação de urgência, o risco de que a tutela venha ser revertida é muito grande. Já na Tutela de Evidencia, além do §3º do artigo 300, do Novo Código de Processo Civil, ter sido específico em mencionar apenas a Tutela de Urgência, o risco de reversão na Tutela de Evidência é muito menor, já que o grau de probabilidade em que funda o juízo é muito maior. 
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