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RESUMO TUTELA PROVISÓRIA

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
Prof (a). JOSE ROBERTO BERNARDI LIBERAL 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
1. Da tutela provisória 
 
1. TUTELA PROVISÓRIA (CPC, arts. 294 a 311) 
1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS (se aplicam a todas as tutelas provisórias) 
É o oposto de tutela definitiva. Definitiva é aquela que não cabe mais recurso, imutável, transitada em 
julgado (estamos tratando do processo de conhecimento onde se busca uma sentença judicial que 
demonstre quem tem razão). 
A tutela provisória, por tanto, é aquela que ainda não se tornou definitiva, não é final no processo. É a 
antecipação do que se busca no fim do processo, a concessão dessa tutela é provisória, pois ainda que 
concedida o processo continuará normal até alcançar a sentença, ela se sujeita depois à sentença 
definitiva. 
A tutela definitiva (concedida com a sentença) é baseada numa cognição exauriente, na certeza, na 
verdade, evidentemente a verdade que se extrai do processo. É concedida após toda a tramitação do 
processo, na fase final do processo de conhecimento, a sentença, por essa razão é fundada numa 
cognição exauriente, pois o juiz conheci os fatos, fundamentos, defesa, toda a prova produzida durante 
o curso do processo, com base em todo esse conhecimento o juiz emite a tutela definitiva. 
Tutela provisória é baseada numa cognição sumária, na probabilidade e não na verdade, pois o juiz ao 
receber esse pedido do autor, geralmente na petição inicial, irá analisar os fundamentos e documentos 
apresentados pelo autor, e se entender estar presentes os requisitos, o juiz irá conceder a tutela 
provisória, baseando apenas nas alegações e provas apresentadas pelo autor, sem manifestação do 
réu. 
Exemplo: sujeito trabalha como taxista, esse é seu meio de vida e de sua família, realiza a compra de 
um carro para trabalhar, paga e não recebe o veículo. Esse sujeito não pode ir junto ao devedor obrigar 
que este o entre, sob pena de exercício arbitrário das próprias razões, portanto, ingressa com ação no 
poder judiciário com o pedido que lhe seja entregue o veículo (tutela def initiva). Contudo, essa tutela 
definitiva (objetivo da ação) irá demorar até prosseguir todo o processo, demanda tempo, mas o 
sujeito precisa do carro de imediato, é seu meu de sustento, então ele requer ao juiz o pedido 
antecipado (tutela provisória), precisa que esse réu seja compelido a lhe entregar o carro, para isso o 
autor junta aos autos o contrato de compra e venda e o comprovante de pagamento. O juiz analisa os 
requisitos, e observa haver probabilidade de o autor vencer a demanda, de tudo o que ele está dizendo 
ser verdade, então ele concede a tutela provisória para que o réu entregue de imediato o veículo, 
baseado em uma cognição sumária. O processo continua prosseguindo normalmente, até que seja 
proferida ao final uma sentença de tutela definitiva. 
 
1.2. DISPOSIÇÕES GERAIS (CPC, arts. 294 a 299) - se aplicam a toda e qualquer tutela provisória 
1.2.1. Tutelas provisórias: 
Se dividem em tutela: 
a) de urgência: tutela antecipada (satisfativa) ou tutela cautelar (conservativa) 
b) da evidência (satisfativa) 
“Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental”. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
Prof (a). JOSE ROBERTO BERNARDI LIBERAL 
 
 
1.2.2. Tutelas provisórias de urgência (tutela antecipada ou tutela cautelar): em caráter antecedente 
ou incidental 
Baseado na urgência, no perigo na demora, sob pena de não sendo concedida causar ao autor dano 
irreparável “ou concede a tutela agora ou no fim a tutela pode ser tardia”. 
Exemplo: necessidade de intervenção cirúrgica urgente, no caso de plano de saúde que não concede, 
não pode esperar até o fim do processo. 
Tutela da evidência é baseada na evidência, na alta probabilidade de vitória do autor, é evidente, muito 
provável que o autor obtenha êxito no seu pedido. Sempre é satisfativa. 
A tutela de urgência é subdividida em tutela antecipada (caráter satisfativo) e tutela cautelar (caráter 
conservativa). 
- Tutela antecipada é quando a parte pretende a título de tutela provisória aquilo que deseja obter no 
final, quer a satisfação do direito que pretende obter no fim do processo. 
- Tutela cautelar busca apenas adotar uma medida acautelatória, conservativa, para que o direito 
pretendido pela parte, a ser reconhecido ao final, tenha utilidade. Exemplo: ação de divórcio, mulher 
precisa que seja decretada a separação de corpos para evitar que as agressões morais e físicas que já 
ocorrem se acentuem com a proposição da ação, precisa de uma tutela conservativa, que tira o marido 
do lar onde até então residem. A autora não está pedindo que agora o juiz determine o divórcio 
(objetivo do processo). 
Tutela provisória em caráter antecedente a parte pedi a tutela provisória sem pedir a tutela definitiva, 
o pedido de tutela provisória antecede o pedido de tutela definitiva, apresenta apenas o pedido de 
tutela provisória de urgência sem ter formulado a tutela definitiva (pedido principal) – antes de 
formular o pedido principal. 
Tutela provisória em caráter incidental é deferida em caráter incidental, em algo que já existe, ou seja, 
já existe o pedido principal, aí vem em caráter incidental e pedi a tutela provisória. Pode ser pedida a 
qualquer momento dentro de um processo já existente, enquanto o processo estiver pendente pode 
pedir – depois de formular o pedido principal. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
Prof (a). JOSE ROBERTO BERNARDI LIBERAL 
A tutela provisória de urgência podem ser tanto de caráter antecedente como incidental, contudo, a 
tutela de evidência sempre tem que ser incidental, nunca pode ser antecedente. 
 
“Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental”. 
 
1.2.3. Tutela provisória incidental: isenção de custas 
A tutela em caráter incidental é sempre pedida quando já tem o processo em curso, o pedido principal, 
nunca gera um novo processo, pois sempre é apresentada dentro do processo já existente entre duas 
partes. Exemplo: mulher promove ação de separação contra marido a título de tutela provisória e pode 
pedir nesse mesmo processo uma tutela provisória incidental de separação de corpos, meramente 
separativa. Para pedir essa tutela não precisa pagar custas, taxa ao Estado. Caso não seja beneficiário 
da justiça gratuita, paga-se uma taxa uma única vez. A taxa inicial abrange o custo de tudo que irá pedir 
no processo, é suficiente a todos os pedidos que formulará. Se aditar o pedido da petição inicial, 
aumentando o valor da causa, tem que complementar o recolhimento de 1% da causa judiciária sob o 
valor da causa. Pedidos formulados no curso do processo não geram por si só o pagamento de custas. 
“Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas”. 
 
1.2.4. Conservação da eficácia da tutela provisória na pendência do processo. Revogabilidade e 
mutabilidade 
Regra - concedida tutela provisória, ela produz efeitos, conserva sua eficácia durante todo o curso do 
processo. No entanto há possibilidade dessa tutela ser revogada a qualquer momento, seja no curso 
do processo, seja na sentença definitiva, nesse caso a tutela deixa de produzir efeitos, perde a eficácia, 
se estabelece a situação anterior a tutela. A revogação ocorre pois os requisitos autorizadores 
necessários para concessão da tutela provisória desapareceram, ficou demonstrado no processo que 
não cabe a tutela provisória. Revogada pelo próprio juiz/juízo que concedeu ou pelo tribunal 
competente. Além disso o Juiz pode modificar a qualquer momento a tutela provisória concedida. 
Hipóteses de suspensão do processo artigo 313 do CPC, quando se suspende o processo,em regra, o 
processo para e durante a suspensão é proibida a prática de atos processuais, salvo casos urgentes, no 
caso da tutela provisória ela continua produzindo efeitos mesmo durante a suspenção do processo. 
Ao final na sentença definitiva poderá ocorrer duas situações: 
- O juiz concede a tutela provisória e essa tutela é confirmada na sentença/tutela definitiva, ou seja, 
julga procedente o pedido formulado pelo autor, continua por óbvio produzindo seus efeitos. 
-Juiz concede tutela provisória, mas ao final na sentença definitiva do processo julga improcedente o 
pedido formulado pelo autor – o que acontece com aquela tutela provisória concedida? Nesse caso 
ela será revogada, perde eficácia imediatamente, tem se entendido que ocorre de maneira 
automática. A tutela provisória é baseada na probabilidade, na cognição sumária, já a sentença é 
baseada na verdade, na certeza, cognição exauriente, por essa razão a sentença prevalece sob a tutela 
provisória. 
“Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer 
tempo, ser revogada ou modificada. 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante 
o período de suspensão do processo”. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
Prof (a). JOSE ROBERTO BERNARDI LIBERAL 
“(Art. 296) A decisão que julga improcedente o pedido final gera a perda de eficácia da tutela 
antecipada” – Enunciado n. 140 do Fórum Permanente de Processualistas Civis. 
 
1.2.5. Fungibilidade entre as tutelas provisórias 
Fungibilidade é um instituto de muita importância no direito que também se aplica a tutela provisória. 
Se autor pedi determinada tutela e o juiz entende que é caso, de acordo com a lei, de conceder outra, 
ele pode com base na fungibilidade. Não importa o pedido, mas sim a tutela cabível ao caso. 
“Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente 
indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo 
de dano ou o risco ao resultado útil do processo. As vezes na situação concreta é muito difícil distinguir 
se é caso de tutela antecipada satisfativa ou cautelar conservativa 
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz 
observará o disposto no art. 303”. 
Aplica-se às tutelas provisórias o princípio da fungibilidade, devendo o juiz esclarecer as partes sobre 
o regime processual a ser observado” – Enunciado n. 45 da I Jornada de Direito Processual Civil. 
 
1.2.6. Poder geral de efetivação das tutelas provisórias (de urgência e da evidência) 
Significa dizer, o que o juiz do processo ao conceder tutela provisória, pode fazer para efetivação da 
tutela, para concretizar aquela decisão judicial no mundo fático? O juiz pode determinar todas as 
medidas que forem necessárias, aquela que no caso concreto se mostrar suficiente. Exemplo: juiz 
concede tutela provisória determinando que o réu entregue veículo ao autor, a medida de efetivação 
mais adequada neste caso é que o juiz determine que o oficial de justiça vá até o réu e determine a 
entrega. 
Princípio da inafastabilidade – nenhuma lei pode impedir que alguém vá ao poder judiciário para 
defender-se, todos que se sentirem lesados podem ir ao poder judiciário reclamar. Assegura acesso a 
ordem jurídica justa, uma tutela jurisdicional adequada, tem que realizar no plano fático, não basta a 
concessão da tutela, deve ocorrer a concretização, utilizando-se das medidas mais adequadas e 
suficientes. 
“Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela 
provisória. 
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento 
provisório da sentença, no que couber”. 
 
1.2.7. Efetivação das tutelas provisórias (de urgência e da evidência): observância das regras 
relativas ao cumprimento provisório da sentença 
Cumprimento de sentença é uma execução de decisão judicial, pode ter como base título executivo 
que pode de logo passar para execução sem passar pela fase de conhecimento. Decisão judicial de 
cumprimento de sentença – pode ser definitiva se a decisão judicial for definitiva, coisa julgada; ou 
provisória se a decisão judicial ainda não for definitiva, esta impugnada por meio de recurso. 
A execução provisória deve ser dotada de algumas cautelas que a definitiva não tem. Para se efetivar 
a sentença provisória deve se observar, desde que necessário, o regramento do cumprimento 
provisória da sentença (artigo 520 e seguintes do CPC). 
“Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela 
provisória. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
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Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento 
provisório da sentença, no que couber”. 
 
1.2.8. Decisões relativas às tutelas provisórias (de urgência e da evidência): fundamentação 
Qualquer decisão de qualquer conteúdo da tutela provisória (concede, nega, modifica) o juiz motivará 
o seu convencimento, a decisão deverá ser fundamentada (todas as decisões judiciais devem ser 
fundamentadas – então não precisava o legislador estabelecer isso aqui). 
“Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará 
seu convencimento de modo claro e preciso”. 
“(art. 298, art. 1.015, I23) A decisão que condicionar a apreciação da tute la provisória incidental ao 
recolhimento de custas ou a outra exigência não prevista em lei equivale a negá-la, sendo impugnável 
por agravo de instrumento” – Enunciado n. 29 do Fórum Permanente de Processualistas Civis. 
“(art. 298) O juiz deve justificar a postergação da análise liminar da tutela provisória sempre que 
estabelecer a necessidade de contraditório prévio” – Enunciado n. 30 do Fórum Permanente de 
Processualistas Civis. 
“(art. 298) O disposto no art. 298, CPC, aplica-se igualmente à decisão monocrática ou colegiada do 
Tribunal” – Enunciado n. 141 do Fórum Permanente de Processualistas Civis 
 
1.2.9. Recursos das decisões que versarem sobre tutelas provisórias (de urgência e da evidência) 
Necessário se faz separar a tutela provisora em primeiro grau de jurisdição e tutela provisória no 
segundo grau de jurisdição. Primeiro grau de jurisdição a tutela provisória é normalmente analisada 
mediante decisão interlocutória (juiz no curso do processo resolve questão incidente, processo 
continua). Cabe impugnação dessa decisão da tutela provisória em primeiro grau, mediante agrave de 
instrumento. Mas pode vir a acontecer do juiz analisar essa tutela provisória na sentença do processo, 
o recurso cabível nesse caso é o de apelação (juntados aos autos do processo mandado ao tribunal 
para julgar). 
Quando as decisões forem proferidas no segundo grau de jurisdição, nos tribunais – competência 
derivada ou recursar, geralmente os tribunais julgam se houver recurso do julgamento de primeiro 
grau, esse é o meio normal de deflagrar a competência do tribunal, mas não é o único caminho. Os 
tribunais também julgam causas de competência originária dos tribunais (exemplo: ação rescisória 
destinada a reincidir a coisa julgada). Normalmente os julgamentos nos tribunais são colegiados, três 
ou mais juízes/desembargadores/ministros irão julgar (princípio da colegialidade), diferente do que 
ocorre em primeiro grau que em regra o julgamento é monocrático, singular. Embora em regra seja 
colegiado, as vezes o legislador permite que o julgamento no tribunal seja monocrático (julgamento 
unipessoal, singular ou monocrático do tribunal). Quando a decisão for proferia por colegiado os 
recursos cabíveis são o especial para superior tribunal de justiça (STJ) e extraordinário para o supremo 
tribunal federal (STF). Se for monocrático o recurso cabível é o agravo interno. 
“Art. 1.015. Cabeagravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias”. 
“Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo 
de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, 
eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
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§ 2º Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado 
para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 
integrarem capítulo da sentença”. 
“(art. 298; art. 1.021) Da decisão monocrática do relator que concede ou nega o efeito suspensivo ao 
agravo de instrumento ou que concede, nega, modifica ou revoga, no todo ou em parte, a tutela 
jurisdicional nos casos de competência originária ou recursal, cabe o recurso de agravo interno nos 
termos do art. 1.021 do CPC” – Enunciado n. 142 do Fórum Permanente de Processualistas Civis. 
 
1.2.10. Competência para conhecer das tutelas provisórias (de urgência e da evidência) 
Temos que dividir de tutela provisória de primeiro grau de jurisdição e segundo grau de jurisdição. Em 
primeiro grau temos que subdividir a tutela provisória antecedente (antecede ação principal) e 
incidental (pedida quando já existe pedido principal). 
- incidental: já existe o pedido/ação principal, a parte decide pedir tutela provisória, o juiz competente 
é o juiz da ação principal. Esse pedido tem que ser formulado no mesmo juízo e no mesmo processo 
em que tem o pedido principal. O pedido de tutela provisória incidental não gera novo processo 
- antecedente: deve promover no juízo que for competente para a ação principal 
Em se tratando de tutela provisória pedindo em grau de recurso o órgão jurisdicional competente para 
conceder é o órgão competente para julgar essa causa originaria. O órgão tribunal competente para 
ação originaria é igualmente o competente para ação originária 
“Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo 
competente para conhecer do pedido principal. 
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos 
recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito”. 
 
1.2.11. Limitações à concessão de tutelas provisórias contra o Poder Público 
Fundado no interesse público, algumas leis limitam ou proíbem a concessão de tutela provisória contra 
o poder público. Em hipoteses previstas pelo legislador o juiz fica proibido ou limitado de conceder 
tutela provisória contra o poder público. Exemplo, a lei 12.016 proibi a concessão de tutela provisória 
para aumento de salário de servidor público; não é possível conceder tutela provisória para liberação 
de mercadorias que foram apreendidas. 
Essas leis que limitam, proíbem a concessão de tutela provisória são constitucionais? STF já decidiu 
que essas limitações são constitucionais, que elas guardam compatibilidade vertical com a CF, que não 
afrontam artigo 5º, pois buscam tutelar, proteger interesse público. Contudo, o próprio STF assentou 
o seguinte, levando em consideração as particularidades do caso concreto é possível que o juiz, 
fazendo um juízo de ponderação, despreze essas limitações e proibições e no caso concreto conceda 
tutela provisória contra o poder público. 
A tutela provisória de Urgência é baseada no perigo e na demora essas vedações do poder público são 
vedadas a tutela de perigo – entendimento doutrinário, sem posicionamento dos tribunais. 
“Art. 1.059. À tutela provisória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se o disposto nos arts. 1o a 
4o da Lei no 8.437, de 30 de junho de 1992, e no art. 7º, § 2º, da Lei no 12.016, de 7 de agosto de 
2009”. 
“(art. 311) As vedações à concessão de tutela provisória contra a Fazenda Pública limitam-se às tutelas 
de urgência” – Enunciado n. 35 do Fórum Permanente de Processualistas Civis. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
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1.2.12. Concessão de ofício de tutelas provisórias (de urgência e da evidência) 
Juiz pode decretar a tutela provisória de ofício, sem requerimento da parte? O CPC atual 
explicitamente nem permite e nem proíbe, o entendimento a respeito é que a concessão de tutelas 
provisórias sem pedido da parte só será possível, conforme entendimento do regramento anterior, no 
caso de urgência, e ainda assim quando houver urgência extrema, acentuada. Então em regra não é 
possível conceder tutela provisória de ofício, exceção, nos casos de urgência extrema (ex. ou concede 
a tutela ou a parte pode ir a óbito). 
Nesses casos em que excepcionalmente o juiz pode conceder de ofício, de onde vem esse poder? Do 
princípio da inafastabilidade da constituição, que gera o poder geral de cautela do juiz. 
 
1.3. TUTELA DE URGÊNCIA: DISPOSIÇÕES GERAIS (CPC, arts. 300 a 302) – se aplica a tutela de urgência. 
 
1.3.1. Requisitos para concessão da tutela provisória de urgência (tutela antecipada e tutela 
cautelar) 
A parte tem direito de pedir uma tutela, neste caso, de urgência, mas para que essa tutela seja 
concedida a parte necessita satisfazer determinados requisitos estabelecidos pelo legis lador, caso não 
sejam satisfeitos o juiz vai negar, indeferir o pedido de tutela pretendida pela parte. Se previstos os 
requisitos o juiz TEM que deferir o pedido de tutela provisória de urgência, caso não previstos o juiz 
TEM que indeferir – não é ato discricionário do juiz. 
O legislador estabelece quatro requisitos para concessão de tutela provisória de urgência, dois deles 
são requisitos obrigatórios e cumulativos que não podem faltar, outros dois são facultativos podem 
ser dispensados pelo juiz, são eles: 
1.3.1.1. Probabilidade do direito 
Trata-se de um requisito obrigatório, para que o juiz conceda a tutela provisória de urgência 
necessariamente tem que satisfazer esse requisito. Todas as tutelas provisórias são baseadas na 
probabilidade, consiste em uma cognição sumária, superficial do juiz, e a probabilidade do direito 
significa que o juiz verifica, no momento de análise da tutela provisória, considerando-se as provas e 
alegações, que é provável que o auto que pedi a tutela seja o vencedor da demanda. 
“Art. 300, caput. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. 
“(art. 300, caput) A redação do art. 300, caput, superou a distinção entre os requisitos da concessão 
para a tutela cautelar e para a tutela satisfativa de urgência, erigindo a probabilidade e o perigo na 
demora a requisitos comuns para a prestação de ambas as tutelas de forma antecipada” – Enunciado 
n. 143 do Fórum Permanente de Processualistas Civis. 
 
1.3.1.2. Perigo na demora (periculum in mora) 
Este requisito também é obrigatório, cumulativo ao requisito anterior, indispensável para concessão 
da tutela provisória de urgência. Caso não seja concedido à parte a tutela provisória que ela pretende 
obter, “mais tarde pode ser tarde demais”, ou seja, a não conceção à parte naquele momento pode 
ocasionar danos irreparáveis ou de difícil reparação, há um perigo para a saúde ou vida daquela parte 
(ex. concessão de transplante; afastamento do marido do lar conjugal) 
“Art. 300, caput. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
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TODA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA TEM QUE TER PROBABIILIDADE DO DIREITO E PERIGO DA 
DEMORA 
 
1.3.1.3. Reversibilidade da medida 
Esse requisito,em regra, deve estar presente, mas ao contrário dos demais (probabilidade e perigo da 
demora) é facultativo, por vezes, no caso concreto, pode ser desprezado. Juiz pode conceder tutela 
provisória sem que a medida seja reversível. Perigo de reversibilidade, se for irreversível concede, se 
for reversível não concede. Trata-se da reversibilidade fática e não jurídica, pois a jurídica sempre é 
possível, já a fática nem sempre é possível. A reversibilidade daquela tutela concedida nem sempre é 
reversível (ex. pessoa com plano de saúde que necessita urgentemente de uma intervenção cirúrgica, 
e o plano de saúde se nega a arcar com o custo – essa medida, a cirurgia, é irreversível, se mais adiante 
o juiz que concedeu a tutela provisória perceber que o autor não tem razão, julgar improcedente o 
pedido do autor, ele não poderá desfazer, reverter a medida). Nestes casos o juiz deve aplicar a medida 
mais proporcional e razoável ao caso concreto. A obrigação persiste ainda que não tenha patrimônio, 
mas a satisfação desse débito depende da existência desse patrimônio. 
A fonte de poder do juiz, para desprezar esse requisito de reversibilidade, baseia-se na constituição, 
no artigo 5º XXXV - inafastabilidade da jurisdição 
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser 
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê -la. 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão”. 
“A vedação da concessão de tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300, § 3º, 
do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º, 
XXXV, da CRFB)” – Enunciado n. 25 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de 
Magistrados - ENFAM. 
“A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede sua concessão, em se tratando de 
direito provável, cuja lesão seja irreversível” – Enunciado n. 40 da I Jornada de Direito Processual Civil. 
 
1.3.1.4. Exigência de caução 
Também é um requisito facultativo, eventual. Exigir caução, é o juiz exigir da pessoa que pretende a 
tutela de urgência uma garantia, pois caso a tutela provisória seja revogada, caso ao fim do processo 
o pedido do autor que pedi a tutela seja julgado improcedente, ele deverá reparar os danos 
(patrimoniais e/ou morais) que essa tutela causou a pessoa que suportou a tutela até que ela fosse 
revogada. O juiz pode no caso concreto dispensar essa garantia, por entender que a parte que pedi a 
tutela não tem condição econômica para prestar essa caução 
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser 
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
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§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão”. 
 
1.3.2. Momento para concessão da tutela de urgência (tutela antecipada e tutela cautelar) 
O momento em que a parte pode pedir e eventualmente o juiz conceder, desde que presente os 
requisitos, uma tutela de urgência, é em qualquer momento, na petição inicial, na produção de provas, 
no momento que proferir sentença, a pós a sentença em grau de recurso. Não tem limitação temporal 
para se pedir e conceder uma tutela provisória de urgência. 
O §2º diz que a tutela de urgência pode ser concedida liminarmente, ou seja, antes da citação do réu 
no processo; e após justificação prévia, isto é, o juiz marca uma audiência para ouvir testemunhas só 
a respeito a tutela (algo que acontece raramente), essa audiência se chama audiência de justificação 
prévia, que tem como escopo apenas permitir decisão a respeito da tutela provisória requerida. 
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser 
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê -la. 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão 
 
1.3.3. Responsabilidade civil do requerente da tutela de urgência pelo dano causado com a 
efetivação da medida 
A tutela provisória de urgência pode ser revogada, perder seus efeitos. Toda vez que a tutela provisora 
concedida perder a eficácia, a parte que usufruiu dessa tutela terá que reparar todos os danos 
causados a parte adversária, (materiais, morais). Trata-se de uma responsabilidade objetiva (não 
precisa demonstrar culpa ou dolo, só precisa demonstrar que houve efetivação da tutela provisória, 
que houve prejuízo e o nexo de causalidade entre a tutela provisória efetivada e o dano causado). 
“Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que 
a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; - mais comum 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a 
citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre 
que possível”. 
1.4. PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE (CPC, arts. 
303 e 304) 
1.4.1. Noções gerais. Requisitos da petição inicial 
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Tutela antecipada é conceder à parte o bem da vida que ela pretende antes do momento que 
ordinariamente ela receberia. Essa tutela tem caráter satisfativo, é uma satisfação provisória. Pode ser 
requerido em caráter antecedente (pedi tutela antes do pedido principal) ou incidental (pedi a tutela 
quando já há pedido principal, requerida dentro dos autos do processo da ação principal, não gera 
outro processo). Agora vamos analisar a tutela antecipada em caráter antecedente, a parte requer de 
primeiro momento, única e exclusivamente que lhe seja concedida tutela antecipada em caráter 
antecedente. É o autor que escolhe se pedirá a tutela antecipada antecedente ou incidental, o 
legislador deixou à critério do autor. Em regra, as tutelas provisórias são requeridas pelo autor, mas 
também é possível que o réu requeira tutela provisória quando ele apresenta defesa, contestação. 
Ordinariamente a tutela provisória é requerida no processo de conhecimento, mas também é possível 
no processo de execução. 
Para ir até o poder judiciário pedir a tutela, qual quer que seja, é necessário exercer o poder de ação 
através do instrumento chamado petição inicial, quando a tutela antecipadaé incidente não há 
exercício do poder de ação e sim uma simples petição no curso do processo do pedido principal, agora 
na antecedente a tutela provisória antecipada é vinculada por meio da petição inicial mais simplificada, 
sumarizada, deve seguir os requisitos de uma petição inicial, mas de uma forma mais simples. 
“Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a 
exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do 
processo. 
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, 
que deve levar em consideração o pedido de tutela final. 
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput 
deste artigo”. 
“É requisito da petição inicial da tutela cautelar requerida em caráter antecedente a indicação do valor 
da causa” – Enunciado n. 44 da I Jornada de Direito Processual Civil do Conselho da Justiça Federal. 
 
1.4.2. Deferimento da tutela antecipada antecedente: consequências procedimentais 
O juiz tem duas opções, deferir ou indeferir o pedido, o que vai nortear é a satisfação dos requisitos 
legais, se estiverem presentes os requisitos o juiz não tem discricionariedade, ele deve deferir a tutela 
pedida, por outro lado, se estiverem ausentes os requisitos o juiz deve indeferir o pedido de tutela. 
Quando o juiz deferir a tutela provisória antecipada antecedente, ele manda o ator editar a petição 
inicial, em 15 dias, para transformar o pedido inicial em um pedido principal, isto é, de tutela final. Se 
o autor cumprir e editar a petição inicial, a partir daí o processo segue a ordem natural, procedimento 
comum, por outro lado, caso ele não cumpra a determinação de editar a petição o processo é extinto 
sem resolução do mérito. A tutela antecipada concedida perde sua eficácia. 
“Art. 303, § 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de 
novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo 
maior que o juiz fixar; 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. 
§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto 
sem resolução do mérito. 
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§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem 
incidência de novas custas processuais”. 
1.4.3. Indeferimento da tutela antecipada antecedente: consequências procedimentais 
Se o juiz indeferir a tutela antecipada antecedente pretendida, o juiz determina que o autor realiza o 
aditamento da petição inicial em 5 dias (prazo diferente no caso de deferimento) para que 
complemente com argumentos e provas caso ache necessário e faça o pedido de tutela final, 
transforme a tutela provisória em final. Se o autor aditar como lhe é exigido o juiz vai tomar 
providências inerentes ao processo comum de conhecimento. Por outro lado, se o autor não cumprir 
essa determinação a consequência é a extinção do processo sem julgamento de mérito, o juiz indefere 
a petição inicial e extingue o processo sem resolução do mérito. Baseado no artigo 139, inciso VI, o juiz 
pode dilatar esse prazo de 5 dias. 
“Art. 303, § 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida 
e de o processo ser extinto sem resolução de mérito”. 
1.4.4. Estabilização da tutela antecipada 
Decorre da não interposição de recurso contra a decisão que concede a tutela antecipada. Faz com 
que o processo seja julgado extinto imediatamente. Se houver recurso, não tem estabilização, o 
processo prossegue o caminho normal. Relativo ao primeiro grau de jurisdição, cabe o recurso de 
agravo de instrumento contra decisão que concede tutela antecipada. 
Alguns doutrinadores passaram a defender que não só a interposição de recurso de agravo de 
instrumento impede a estabilização da tutela, mas que toda e qualquer manifestação do réu de 
inconformismo contra de cisão impediria a estabilização da tutela. A jurisprudência (STJ), num primeiro 
momento, através de REsp 1.760.966-SP, de 4 de dezembro de 2018, Rel. Min. Marco Aurélio Belizze, 
deu razão para a doutrina que defendia esse posicionamento, contudo, posteriormente o STJ mudou 
seu entendimento, através do REsp 1797365, de 3 de dezembro de 2019, entendendo que só é possível 
impedir a estabilização da tutela por meio de recurso próprio (agravo de instrumento). 
O réu é quem tem legitimidade para interpor esse recurso contra a tutela antecipada, impedindo a 
estabilização. No entanto, também impede a estabilização o recurso interposto por terceiro 
prejudicado, e se o recurso for interporto pelo MP atuando no processo como fiscal da ordem jurídica. 
O recurso para ser julgado precisa cumprir alguns requisitos de admissibilidade, por exemplo, tem que 
pagar uma taxa de preparo do recurso ao estado para que o poder judiciário possa julgar esse recurso. 
Se a parte não cumprir os requisitos de admissibilidade, o recurso não vai ser apreciado. Mesmo que 
o recurso não seja apreciado por falta de requisitos esse recurso interposto impede a estabilização da 
tutela, basta a interposição para impedir a estabilização (regra), mas há controvérsias, há quem 
entenda que se o recurso não for apreciado no mérito não impede a estabilização. 
Mas cuidado, há exceção, quando o recurso é intempestivo (interposição do recurso no prazo legal é 
requisito, sua falta impede o julgamento do recurso) não impede a estabilização. Ato intempestivo 
corresponde a não prática do ato, é como se o ato não fosse praticado. 
Essa sentença que extingue o processo em razão da estabilização da sentença é com ou sem resolução 
do mérito? Há controvérsias, o autor Daniel Amorim entende ser sem extinção do mérito, o professor 
entende ser com extinção do mérito. O código não determina. 
O juiz ao conceder a tutela antecipada conferi ao autor o direito de esperar a estabilização ou não, e 
escolher não fazer o pedido de tutela final e ficar apenas com a tutela provisória estabilizada caso 
assim queira. O autor terá direito de escolha, havendo estabilização da tutela, em ficar só com a tutela 
antecipada, ou editar inicial para requerer a tutela final. A estabilização da tutela antecipada concede 
essas opções ao autor. A vantagem do autor de ficar apenas com a tutela antecipada estabilizada é 
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que o processo se extingue, e a tutela continua produzindo seus efeitos jurídicos. As partes podem 
voltar a discutir através de outro processo chamado ação revisional, no prazo de dois anos, caso não 
o faça a lide entre as partes fica resolvida. 
“Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que 
a conceder não for interposto o respectivo recurso (artigo 303 trata da tutela antecipada antecedente) 
§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. 
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por 
decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º”. 
“Admitido o recurso interposto na forma do art. 304 do CPC/2015, converte -se o rito antecedente em 
principal para apreciação definitivado mérito da causa, independentemente do provimento ou não do 
referido recurso” – Enunciado n. 28 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de 
Magistrados - ENFAM. 
“O art. 139, VI, do CPC autoriza o deslocamento para o futuro do termo inicial do prazo” – Enunciado 
n. 13 da I Jornada de Direito Processual Civil do Conselho da Justiça Federal. 
 
1.4.5. Inaplicabilidade da estabilização da tutela: à tutela antecipada incidental, à tutela da evidência 
e à tutela cautelar (antecedente ou incidental) 
O fenômeno da estabilização, só se aplica a tutela requerida em caráter antecedente, logo não se aplica 
a tutela antecipada incidental. Sempre que houver tutela antecipada incidental não poderá haver o 
fenômeno da estabilização da tutela. A tutela da evidência só pode ser incidental, ou seja, quando há 
também o pedido de tutela principal. E vimos que o artigo 304, que trata da estabilização, só se aplica 
a tutela antecipada antecedente e nunca incidental. não é possível porque o legislador não admite 
estabilização na tutela de evidência, incidental, apenas em caráter antecedente. Há doutrinadores que 
entendem de forma diferente, exemplo, o Daniel Amorim, entende ser possível em qualquer tutela 
antecipada a estabilização, entende não haver razão justa para o impedimento da estabilização nas 
outras espécies. 
Não é possível estabilizar a tutela cautelar – pois na tutela cautelar, você não se pede um bem na vida, 
não pede que se conceda o que quer na tutela final, pede única e exclusivamente uma medida cautelar. 
Diferente da tutela antecipada que o sujeito pede o bem da vida que deseja ao final do processo. Na 
tutela cautelar os pedidos não são coincidentes (ex. separação de corpos pedido cautelar e divórcio 
pedido final), de nada adiantaria para parte estabilizar essa tutela. 
“Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que 
a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. 
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por 
decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º”. 
 
1.4.6. Consequências da estabilização da tutela antecipada: extinção do processo e condenação nas 
verbas da sucumbência 
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Ocorrendo a estabilização da tutela o juiz emite uma decisão que extinção do processo. Quando ocorre 
essa estabilização haverá uma petição inicial pedindo a tutela antecipada antecedente, a decisão do 
juiz concedente tutela e decisão extintiva do processo, sem participação do réu, sem re curso. 
Há controvérsia doutrinária se essa extinção é sem ou com resolução do mérito, os que defendem que 
seja sem julgamento de mérito, se baseiam no artigo 485 do CPC; e outros que entendem ser com 
resolução do mérito se baseiam no artigo 487, inciso I, o juiz estaria acolhendo mediante decisão 
meramente provisória o que o autor pediu. O entendimento mais coerente é do que ocorre a extinção 
com resolução de mérito, do artigo 485, inciso I. em qualquer caso, esse processo é extinto, sem que 
possa haver nova discussão do assunto no mesmo processo. 
Toda vez que o juiz extingue o processo ele tem que condenar a parte vencida do pagamento, 
reembolso das despesas que a parte vencedora teve no processo e o pagamento de honorários 
advocatícios da parte vencedora. Esses honorários sucumbenciais pertencem sempre ao advogado da 
parte e não para a parte. Os dispositivos artigo 82, § 2º (despesas) e artigo 85 caput (honorários 
advocatícios), que determinam esse pagamento são imperativos, “condenará”, e implícitos, ou seja, 
não precisa ser pedido pela parte. O entendimento que tem prevalecido, majoritário, é que incide no 
caso da estabilização da tutela antecipada, seja com base no artigo 82, § 2º e artigo 85 caput. Essas 
verbas decorrem da derrota do processo, da sucumbência, e se aplica nesse caso pois há um vencido, 
mesmo que provisoriamente já que lhe foi concedida a tutela, e com base no principio da causalidade, 
quem deu causa ao processo deve arcar com as custas (no casa da tutela é o réu, que poderia ter 
concedido sem o processo o pedido pretendido pelo autor, mas como não o fez precisou do processo) 
Toda vez que extinguir o processo em razão da estabilização da tutela o juiz deve intimar o réu, ainda 
que o réu não esteja no processo com advogado, caso ele tenha entrado com advogado intima-se o 
advogado. Intimar por oficial de justiça ou carta AR. 
“Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que 
a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto”. 
 
1.4.7. Estabilização da tutela antecipada: possibilidade de revisão por ação 
O ajuizamento da ação revisional está subordinado a observância de um prazo, as partes podem 
promover essa ação em um prazo decadencial de 2 anos, contado da ciência das partes da decisão que 
extinguiu o processo. Caso o recurso não seja proposto no prazo legal, a tutela provisória concedida 
por decisão faz coisa julgada entre as partes, excepcionalmente ocorre a coisa julgada material 
baseada na decisão provisória, pois as partes não poderão voltar a discutir sobre o litígio (alguns 
defendem que não ocorre coisa julgada). 
“Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que 
a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. 
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por 
decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. 
§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a 
medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela 
antecipada foi concedida. 
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§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, 
extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos 
do § 1º”. 
“(art. 304) Além da hipótese prevista no art. 304, é possível a estabilização expressamente negociada 
da tutela antecipada de urgência antecedente” – Enunciado n. 32 do Fórum Permanente de 
Processualistas Civis. 
“(art. 304, §§) Não cabe ação rescisória nos casos estabilização da tutela antecipada de urgência” – 
Enunciado n. 33 do Fórum Permanente de Processualistas Civis. 
“Não é cabível ação rescisória contra decisão estabilizada na forma do art. 304 do CPC/2015” – 
Enunciado n. 27 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM. 
 
1.5. PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE (CPC, arts. 305 
a 310) 
1.5.1. Considerações iniciais 
“Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 
30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela 
cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 
§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar”. 
“Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente 
indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo 
de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz 
observará o disposto no art.303”. 
1.5.2. Resposta do réu e procedimento a ser observado caso concedida a medida cautelar 
liminarmente ou após justificação prévia 
“Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 
30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela 
cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 
§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. 
§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal. 
§ 3º Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de 
mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova 
citação do réu. 
§ 4º Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335”. 
 
1.5.3. Pedido principal não formulado: consequências 
“Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
I – o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal”. 
Juiz extingue o processo sem julgamento de mérito e a tutela perdi sua eficácia, não produz mais seus 
efeitos. 
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1.5.4. Resposta do réu e procedimento a ser observado caso indeferida a medida cautelar 
liminarmente ou após justificação prévia e procedimento 
Pode indeferir pois na tutela não estão presentes os requisitos da probabilidade do direito e perigo da 
demora, quando isso acontecer não ocorrerá transformação do pedido cautelar em principal, continua 
sendo processo cautelar. O réu é citado para contestar no prazo de 5 dias úteis. 
“Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas 
que pretende produzir”. 
 
1.6. TUTELA DA EVIDÊNCIA (CPC, art. 311) 
1.6.1. Considerações gerais 
O código estabelece que as tutelas podem ser de: 
- urgência: fundada na urgência, se subdivide em tutela antecipada (satisfação provisória do direito da 
parte e cautelar = ambas em caráter antecedente ou incidente. 
- evidência: é tutela satisfativa antecipada, se concede a parte o bem que ela desejo no fim. Não leva 
em consideração a urgência, e sim apenas a evidência, a probabilidade acentuada que o autor que pedi 
a tutela de evidência vencerá a demanda. Será concedida independentemente do perigo da demora, 
exige-se apenas evidência. As hipóteses de evidência estão previstas no artigo 311. 
II - Quando o pedido formulado pelo autor tiver amparo em tese jurídica já decidida nos tribunais com 
efeito vinculante, é possível conceder tutela da evidência. Porque se os tribunais já decidiram com 
efeito vinculante situação idêntica a do autor, provavelmente ele será vencedor da demanda. 
“Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada 
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de 
multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito 
do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente”. 
“A probabilidade do direito constitui requisito para concessão da tutela da evidência fundada em 
abuso do direito de defesa ou em manifesto propósito protelatório da parte contrária” – Enunciado n. 
47 da I Jornada de Direito Processual Civil. 
“É admissível a tutela provisória da evidência, prevista no art. 311, II, do CPC, também em casos de 
tese firmada em repercussão geral ou em súmulas dos tribunais superiores” – Enunciado n. 48 da I 
Jornada de Direito Processual Civil. 
“A tutela da evidência pode ser concedida em mandado de segurança” – Enunciado n. 49 da I Jornada 
de Direito Processual Civil. 
1.6.2. Tutela da evidência em caráter antecedente: impossibilidade 
Não é possível tutela da evidência em caráter antecedente, apenas é possível em caráter 
incidentalmente.

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