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Radio jornalismo e Mídias Digitais

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FACE DA SEGMENTAÇÃO DO RÁDIO
Na fase da segmentação, os aparelhos diminuem de tamanho, há o barateamento do custo, e a possibilidade do crédito ao consumidor, facilitando a aquisição dos novos receptores individualizados. No entanto, surge a TV e, com ela, chega a necessidade de encontrar novas formas de linguagem para concorrer com as imagens. Estrutura-se a segmentação, e o surgimento das figuras do comunicador, do locutor e do DJ. Os programas de auditório são um sucesso e o mercado radiofônico é lucrativo na década de 1950, quando surge timidamente a TV, ainda em preto e branco. Em 20 de janeiro de 1951, entra no ar a TV Tupi, do Rio de Janeiro. Na segunda metade da década de 1950, os artistas de rádio migram para a TV, que tem forte apelo por causa da imagem, e há uma crise com as perdas publicitárias. Além da TV, outra novidade tecnológica surge e ganha força nesse período: O transistor. Na década de 1960, o Brasil já produzia o rádio transistor, que se popularizou com a transmissão dos jogos de futebol. Outro segmento eram os primeiros programas de prestação de serviço, uma espécie de achados e perdidos. A TV vai ganhando espaço e leva para as telas o papel do entretenimento que antes era o rádio.
FASE DA SEGMENTAÇÃO: PARTE 2 A DITADURA CIVIL-mILITAR
O Brasil vivia um momento político tenso com a Ditadura Civil-Militar, sob o comando de sucessivos governos militares, que exerciam censura de conteúdos contra o governo e limitavam diversas iniciativas e expressões culturais, de abril de 1964 até março de 1985. Em 1964, diante de um quadro de instabilidade política, o presidente João Goulart sofria o golpe, e uma junta militar escolhe Castelo Branco como presidente. Assim permaneceríamos até 1985, quando Tancredo Neves é eleito por eleições indiretas. Ao longo da segunda metade da década de 1980, três emissoras se destacam investindo esforços no segmento do jornalismo 24h: A Rádio Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro; a Rádio Gaúcha, do Rio Grande do Sul; o Sistema Globo de Rádio, inspirado na última e que, em 1991, passa a operar com a CBN (Central Brasileira de Notícias). Ainda durante o período da Ditadura Civil-militar, em seu momento de reabertura, cresce nas FM a programação “jovem”, repleta de músicas, narradores com estilos diversos e ampliando no Brasil a presença de movimentos como rock, punk, com a criação na década de 1980 de rádios alternativas.
FASE DA CONVERGÊNCIA
Com a redemocratização em curso, há a abertura a novas tecnologias e ao intercâmbio com a cultura mundial. Durante o fim dos anos 1980 e após a eleição de Fernando Collor de Mello, ocorrem a derrubada da política protecionista e o aumento da difusão de informação.  A internet chega lentamente em 1990, e a televisão já é móvel e utensílio básico. De 1998 em diante, um novo fenômeno se populariza: a internet e a troca de dados.
FACE DE CONVERGÊNCIA
Na fase da convergência, o rádio precisa novamente se reinventar e se mostra o veículo mais adaptável à chegada das chamadas novas tecnologias digitais. Em 1996, já era possível observar o uso da web para divulgação de produtos artísticos e musicais. O cantor e compositor Gilberto Gil, por exemplo, lançou uma versão acústica, ao vivo, e conversou com os internautas sobre a nova tecnologia. Algumas iniciativas merecem destaque nessa fase da convergência, como a CBN (Central Brasileira de Notícias), emissora especializada em notícias 24h, que em 1996 replica seu sinal de ondas médias também na frequência modulada (FM) Treze anos mais tarde, a Rádio Gaúcha AM, de Porto Alegre, também oferece seu conteúdo simultaneamente em ondas curtas e em FM. Já a Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, emissora popular do estilo “musica-esporte-notícia”, quebra o tabu de que o lugar do rádio popular é no AM e começa a transmitir de forma simultânea no AM e no FM, em junho de 2009.Simultaneamente em ondas curtas e em FM. Já a Super Rádio Tusi, do Rio de Janeiro, emissora popular do estilo “musica-esporte-notícia”, quebra o tabu de que o lugar do rádio popular é no AM e começa a transmitir de forma simultânea no AM e no FM, em junho de 2009. O surgimento de emissoras exclusivamente online, que funcionam sem outorga, leva a crer que há a possível chance – ou a sensação – de quebra hegemônica dos grandes conglomerados de comunicação.
O RÁDIO
Comunicação democrática
O rádio fala para todos de forma democrática, para se comunicar pelo microfone é preciso apenas falar e, para ouvir, basta ter capacidade auditiva para tal. O rádio fala com o presidiário, com os doentes nos leitos de hospitais, com quem está isolado em uma ilha ou em alto-mar. Com quem está em áreas de floresta ou zona rural, com os grandes centros urbanos e as periferias. Fala com os médicos, advogados, com a dona de casa, o pedreiro, o desempregado, o morador de rua, o analfabeto. Uma única pessoa poderia narrar e, com muita imaginação, editar os efeitos sonoros. Um microfone, uma pequena mesinha de áudio e um computador são suficientes para essa “superprodução”.   
A produção da TV é centralizada no eixo Rio-São Paulo. As emissoras de rádio, por sua vez, possuem maior diversidade de produção de conteúdo. Pequenas FMs podem cobrir alguns bairros ou pequenas cidades, e o número dessas emissoras espalhadas pelo Brasil é bem significativo. O rádio, teoricamente, é sempre o mesmo, mas assume papéis sociais diferentes dependendo das demandas de seu entorno. Existe, em certo grau, espaço para ser – ou parecer ser − porta-voz da população. O papel dos comunicadores é essencial e há um forte vínculo por parte dos ouvintes. É comum, por exemplo, o ouvinte dizer que escuta “tal comunicador” e não “tal emissora”. O ouvinte, o comunicador passa a ser amigo íntimo. Ele exercita a empatia e sabe dos problemas daquela audiência, fala como um deles e, de certa forma, representa aquela audiência. O rádio é um espaço para debates, mesas-redondas, entrevistas com especialistas. Em algumas emissoras, as entrevistas e debates são longos, com mais de uma hora de duração, permitindo aprofundar o tema e levar, em certa medida, uma possibilidade de reflexão aos ouvintes. Em todas as fases do rádio, podemos observar ações com interesse educativo e movimentos com forte responsabilidade social. Para parte considerável da população, o rádio ainda é o principal meio de comunicação. Nosso Brasil de muitos “Brasis” ainda tem deficiências no fornecimento de energia elétrica, de acesso à educação e capacidade de deslocamento. A Hora da Ginástica foi o programa que ficou mais tempo no ar: 51 anos, sendo 40 ao vivo. O saudoso professor de educação física Oswaldo Magalhães (1904-1998) iniciou o programa de atividade física em 1932, na Rádio Educadora Paulista. O sucesso veio quando ele passou a falar nos microfones da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Com um painel de fotos dos movimentos (eram encontrados nas revistas especializadas sobre o rádio) e um simples bastão (que poderia ser um cabo de vassoura), ele ensinava às famílias brasileiras a importância da atividade física e seus benefícios.
 O ouvinte fazia ginástica e tinha acesso a informações sobre higiene, saúde, dicas práticas para o dia a dia e como viver em harmonia com a família e no trabalho. Durante o Estado Novo, nos anos 1930, existia uma preocupação com o civismo e o esporte. De forma preconceituosa, o corpo branco e forte era visto como superior, e existiam clubes e associações atléticas entre grupos de imigrantes. Com o passar dos anos, o esporte foi ganhando espaço entre a população e, na década de 1960, tivemos a explosão do futebol profissional, impulsionada pela excelente temporada da seleção brasileira nas copas do mundo. Depois de uma temporada na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, as aulas de ginástica foram para a Rádio MEC, onde permaneceram até 1981. Em 1985, o programa retornou ao ar, conduzido pelo radialista Wagner Gomes, também na Rádio MEC, e depois foi para a Rádio Globo, quando saiu do ar. Com os meios de comunicação cada vez mais focados nos interesses comerciais, o rádio passou a serchamado de “primo pobre”, por ser uma mídia barata. No século XXI, com a internet ocupando espaço e reconfigurando seus modos de fazer e de escuta. No mundo, a comunicação por ondas sonoras ainda é o meio mais acessado e o principal entre as classes menos favorecidas. É também no rádio que esses grupos excluídos expressam e preservam sua música, seu modo de falar, sua cultura, sua arte, suas reivindicações e seus apelos. Na região amazônica, por exemplo, o rádio é o único meio de comunicação existente. É através dele que populações ribeirinhas e índios têm informação sobre o que acontece no Brasil e no mundo. O rádio que surge na década de 1920 começa de forma elitista, tocando óperas, peças de teatro, textos científicos e literários, notícias de jornal. Ao microfone falavam apenas os intelectuais, médicos, especialistas e as pessoas ligadas à alta sociedade. Os aparelhos receptores importados e caros eram exclusividade de uma pequena parte da população que ainda acreditava na superioridade da cultura chamada “da elite” Entre 1937 e 1945, durante o Estado Novo, o rádio passa a ser utilizado como veículo de construção/conscientização da Identidade Nacional Brasileira. Criava-se uma espécie de resistência ou negação à manifestação de outras identidades que não fossem a brasileira: Proibição do idioma alemão durante a Segunda Guerra Mundial, extinção de escudos ou símbolos regionais e até partidos políticos. A necessidade da formação dessa Cultura Nacional foi uma das propostas do governo de Getúlio Vargas, e a “queima das bandeiras. Vargas incentivou o crescimento do número de emissoras e aconselhou aos estados e municípios que instalassem aparelhos receptores com alto-falantes em locais públicos. A “ordem” da presidência da república era que todas as pessoas tivessem acesso ao conteúdo radiofônico, pois era fonte de informações de interesse da nação. Havia um movimento forte também nas reformas educativas e participações cívicas. Nesse contexto, três gravadoras marcavam território: Odeon, RCA Victor e a Columbia. Em 1988, a escola de samba União da Ilha do Governador levou para a avenida o enredo Aquarylha do Brasil prestando homenagem ao compositor e suas obras. Sílvio Caldas, com seu timbre único, também era um sucesso na época, cantando Faceira (de Ary Barroso), As pastorinhas (João de Barro e Noel Rosa), Chão de estrelas (Orestes Barbosa) e muitos outros sucessos. Na gestão de Vargas, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Itália e a Alemanha. O Repórter Esso não noticiava informações da Europa, da Ásia ou da África se estes não estivessem relacionados com algum interesse norte-americano. O sonho do American way of life foi transferido para a América Latina, e agências norte-americanas atuavam com força na publicidade. O programa Um milhão de melodias, que ia ao ar na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi um exemplo claro dessa americanização. A orquestra, regida pelo maestro Radamés Gnatalli, tocava um repertório que mesclava músicas nacionais e americanas, mas, para dar uma identidade "abrasileirada" às músicas, a orquestra tinha instrumentos como acordeão, pandeiro, caixeta e cavaquinho. Todos os arranjos eram adaptados especialmente para ressaltar a essência brasileira, inclusive nas canções internacionais. Empresas de refrigerante, lâmina de barbear, produtos de higiene e limpeza patrocinavam os programas radiofônicos, afinal, o rádio era o principal veículo de comunicação e era eficiente na relação com a audiência massiva. Na década de 1950, chega a TV, ainda sem força para brigar com o rádio. Somente na década de 1960, quando intensifica seus ajustes para a migração dos artistas para as telas, é que ela passa a ser a queridinha da elite. Assim como foi com o rádio, ter um aparelho de TV em casa torna-se símbolo de status. Nesse período, a seleção brasileira masculina de futebol ganhou destaque. Durante a Segunda Guerra Mundial, houve uma paralisação temporária das competições e essa edição foi a primeira no pós-guerra. Na década de 1960, surge o transistor, que modifica a relação do ouvinte com o modo de escutar. Com o passar dos anos, os aparelhos ficam mais baratos, menores e portáteis. Surge o rádio de pilhas. Na Copa seguinte, em 1970, a camisa verde e amarela entra em campo com garra e determinada a trazer a taça. Sob o comando de João Saldanha, vence os adversários sem nenhuma derrota pelo caminho. Os auditórios das rádios ficavam lotados e viraram lugar de entretenimento para a população do subúrbio, que queria ver de perto os artistas e músicos, entre 1950 e 1960. A classe média se incomodava com o comportamento dos fãs que faziam filas na porta das emissoras, chegando a sugerir o pagamento de ingressos para elitizar a frequência dos auditórios. Mas a indústria fonográfica e o rádio investem em gêneros populares como o tango, a música sertaneja, o baião e marchinhas de carnaval. Surgem, nessa época, estrelas como Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira, Luiz Gonzaga, Castainha e Inhana, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Ângela Maria. Com a chegada da cultura americana, a música sofre a influência do rock and roll após 1955, marcando espaço entre os mais jovens. O primeiro rock de composição brasileira foi composto por Miguel Gustavo e interpretado por Cauby Peixoto: Rock and roll em Copacabana. O Tropicalismo surge no Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), em 1967, quando Gilberto Gil e Os Mutantes misturam o pop e o rock e cantam Domingo no parque. Nos anos 1970 e 1980, a Frequência Modulada (FM), de excelente qualidade sonora e pequeno alcance, propicia um crescimento do número de emissoras. Os locutores e DJs arriscam novas formas de se relacionar com o ouvinte, que passa a ter um perfil específico, segmentado e escuta individualizada. O aumento do número de emissoras também faz crescer o consumo da música e da indústria fonográfica, com surgimento de gravadoras independentes e de novos artistas. No decorrer dos anos 1970, um hibridismo de gêneros vem à tona com os Mutantes, Secos e Molhados, Terço e 14 Bis Ao longo da década de 1980, com o fim da Ditadura Civil-militar, os jovens mostram sua rebeldia cantando o “Rock Brasil” de Legião Urbana, Blitz, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Ultraje a Rigor etc. Em 1985, um megaevento musical marca um momento interessante para o fortalecimento do rock nacional e, ao mesmo tempo, não resistência às influências internacionais que ganham espaço principalmente nas FMs jovens: O Rock in Rio. Entre o final dos anos 1980 e 1990, as rádios populares começam a cantar e a romantizar a vida cotidiana dos sertões e do homem do campo. No topo da lista das paradas musicais temos Roberta Miranda, Sergio Reis, Chitãozinho e Chororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo. Quando o sertanejo começa a apresentar sinais de saturação, em meados de 1990, o pagode ganha força, trazendo a representatividade do negro e do pobre das periferias urbanas com Raça Negra e Negritude Junior. As gafieiras e a Black Music se misturam em um novo gênero trazido por Tim Maia e Jorge Ben Jor, e a música baiana ajuda a esquentar o ritmo dos verões com É o tchan. A rádio AM foi a primeira frequência a atender a população de massa, cobrindo o Brasil de dimensões continentais ainda no século XX. As mudanças tecnológicas, a força da internet e os consumos de informação em dispositivos móveis influenciam as tomadas de decisões no rumo da comunicação, incluindo da radiodifusão.

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