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Tipos de ligação receptor-efetor: 1. Receptor ionotropico; 2. Receptor metabotropico; 3. Receptores catalíticos; 4. Receptores nucleares (somente este não está na membrana e sim dentro da célula). Receptor ionotropico: ➢ Canal iônico controlado por neurotransmissores; ➢ Permite o influxo iônico; ➢ Atuam na escala de milissegundos abrindo e fechando os seus poros (por onde os íons passam); ➢ Pode entrar cloreto e hiperpolarizar a célula (inibir a célula, afasta do limiar de ativação) ou entrar um sódio e despolarizar a célula (meio intracelular menos negativo, podendo ou não gerar um potencial de ação - inversão de cargas). Receptor metabotropico: ➢ É um receptor aclopado a proteína-G (proteína periférica); ➢ O ligante se liga ao receptor, o receptor muda sua conformação e ativa uma proteína-G (ela pode abrir um canal ou fechar, muda o influxo iônico, altera a excitabilidade celular); ➢ Pode gerar segundos mensageiros. O primeiro mensageiro é o neurônio; ➢ A proteína-G se liga a uma enzima, ela pode inibir a enzima ou ativar. A enzima vai catalisar uma reação, acumulando segundo mensageiro, fazendo uma cascata de sinalização e ativar sinasses (enzimas que fosforilam - abre um canal ou fecha). Escala de segundos. Receptores catalíticos: ➢ Eles por si só tem atividade catalítica, não precisam formar segundos mensageiros para eventos de fosforilação. Os receptores têm métodos para executar fosforilação e ativar síntese proteica. Escala de horas. Receptores nucleares: ➢ O receptor nuclear não está na membrana, então seu ligante consegue permear a membrana plasmática e encontrar ele. Envolve geração de novas proteínas. Tipos de receptores ionotrópicos: Excitatório (glutamato): O glutamato se liga ao receptor e abre o canal. Glutamato é excitatório porque quando ele se liga, há uma mudança na conformação e causa a abertura do poro. O meio intracelular fica menos negativa (despolarização); Inibidor (GABA): O GABA se liga ao receptor Gaba-a. Tem efeito de hiperpolarizar a célula, inibir os neurônios, por ao se ligar ao receptor, ele muda sua conformação, abrindo um poro e permitindo a entrada de cloreto que deixa o meio intracelular mais negativo. Ortostérico = se liga ao sítio direto. O receptor GABA tem em todo sistema nervoso central. Exemplo: Benzodiazepínicos (antagonista alostérico não competitivo, não compete pelo sítio de ação do GABA) aumentam a afinidade do GABA (agonista) ao seu sítio, fazendo com que mais cloreto entre na célula inibindo (por isso diminui ansiedade, induz sono, relaxante muscular). Receptores nicotínicos (acetilcolina): Precisa ter subunidades (a imagem está representado 5) alfas (subunidades obrigatórias onde se liga a acetilcolina) para abrir o canal. Esses inibidores estão de forma abundante no sistema nervoso central. Receptores metabotropicos: ● Acoplado a proteína-G (Pode ser excitatória ou inibitória - abre ou fecha canais iônicos); ● Altera o influxo iônico; ● Se for excitatória: ativa uma enzima; inibitória: inibe uma enzima; ● Essa enzima forma segundos mensageiros (ex: AMPc formado a partir do ATP, é um segundo mensageiro); ● Ativação de proteínas sinasses (proteína que fosforila - ativa ou inibe alvos proteicos); ● Escala de milissegundos ou segundos; ● Muscarina pode se ligar (podem ser excitatórios ou inibitórios - se ligam a uma proteína-G de acordo). Exemplo: = Adrenalina/epinefrina se liga a um receptor metabotrópico (consegue atravessar sete vezes a membrana plasmática). A adrenalina é o ligante e muda a conformação do receptor (fisicamente), sendo percebido pela proteína-G, fazendo com que o GDP saia e entra GTP (Há uma troca que permite que a subunidade alfa da proteína se separe e se difunde na membrana plasmática para ativar uma enzima). Essa enzima (proteína integral de membrana - adenililciclase) catalisa a formação de AMPc a partir de ATP. Formando então o segundo mensageiro. É por amplificação de sinal (aumenta a concentração de AMPc e ele ativa uma proteína quinase-a/sinasse-a, uma proteína capaz de fosforilar um canal e abrir ele ou não deixar que ele abra). Via AMPc Um receptor sete alças transmembrana (metabotrópico) que vai ativar uma proteína G (qual proteína? depende da via e do receptor) → GDP sai e GTP entra → subunidade alfa se difunde na membrana e ativa uma enzima → enzima catalisa AMP cíclico a partir de ATP. ★ O AMPc consegue se ligar ao PKA, que vai fosforizar alvos. PKA: É uma proteína que tem quatro subunidades. Duas subunidades são regulatórias (cada uma pode se ligar até 4 AMPc) e as outras duas são catalíticas (fosforilarão/transferem alvos proteicos). ★ Essa via precisa ser interrompida para não ficar fosforizando❗ Formas de fechar a via AMPc: 1. Diminuir a concentração de AMPc (uso de uma enzima que vai quebrar o AMPc); 2. Usar um antagonista para diminuir a ativação; 3. Usar um inibidor para competir com a formação do AMPc (para a não formação do AMPc); 4. Fazer a subunidade alfa voltar a se ligar fisicamente, tirar o grupamento fosfato da enzima fosforilada (para ser desfosforilado). Grudar de novo as subunidades (alfa, beta e gama). O GTP precisa ser transformado em GDP, a própria subunidade alfa faz essa transformação removendo o fosfato inorgânico do GTP - GTPase intrínseca). Regulação do metabolismo energético pela AMPc: AMPc tem a capacidade de alterar o metabolismo em três cenários: 1. Envolvendo a quebra de lipídeos (fazendo lipolise); 2. Redução de síntese do glicogênio (inibir a enzima que forma o glicogênio); 3. Aumento da quebra de glicogênio. Como ocorre com a adrenalina: agonista se liga ao receptor, ativa uma proteina- G, que dissocia uma subunidade alfa e ativa uma adenililciclase, transformando ATP em AMPc que ativa uma proteína quinase-a e subunidades catalíticas começa a fosforilar alvos (por ex fosforila uma lipase para quebrar e fornecer energia). Há também como uma quinase ativar outra quinase (que pode ativar outra, ampliando o sinal) para pegar o glicogênio e transformar em glicose (fornecer energia). Ops: Cálcio também é um segundo mensageiro. Via do IP3 e DAG: ● Acetilcolina, hormônio ou outros neurotransmissores/proteínas ativam a via, se ligando a uma Gq/um receptor aclopado a essa via; ● O sinal ativou o receptor metabotrópico que está acoplado a uma proteína-Gq. A subunidade alfa se dissocia da beta-gama e muda GDP por GTP e a subunidade alfa da proteína-Gq ativa uma enzima (fosfolipase-c). Não vai usar ATP e sim um lipídeo de membrana (Fosfatidilinositol 4,5-bifosfato) utilizado pela fosfolipase-c para formar um inositoltrifosfato (IP3) e diacilglicerol (DAG). Ou seja, a fosfolipase-c quebra o lipídeo de membrana e forma IP3 e DAG (vão ficar solúveis no citosol). O IP3 como agonista do canal de cálcio, vai ativar o canal e permitir que o cálcio saia do retículo endoplasmático e se ligue a uma sinasse (ativando uma PKC). O DAG com o cálcio ativa uma proteína sinasse-c e vai fosforilar diferentes alvos proteicos (pela PKC). 📌 IP3 = Libera cálcio. DAG = Ativa PKC. Referência: Neurociências: desvendando o sistema nervoso [recurso eletrônico] / Mark F. Bear, Barry W. Connors, Michael A. Paradiso ; tradução: [Carla Dalmaz ... et al.] ; [revisão técnica: Carla Dalmaz, Jorge Alberto Quillfeldt, Maria Elisa Calcagnotto]. – 4. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017.
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