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ESTRUTURAS DE PONTES Aula 2 Profa. Ma. Anna Beatriz Alves de Mello Curso de Engenharia Civil Ações nas Pontes Como as pontes são um tipo particular de estrutura, a consideração das ações e da segurança deve ser feita de acordo com a norma NBR 8681:2003 “Ações e segurança nas estruturas - Procedimento”, que classifica as ações da seguinte forma: FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES AçõesAções permanentespermanentes indiretasindiretas diretasdiretas variáveisvariáveis especiaisespeciais normaisnormais excepcionaisexcepcionais Ações nas Pontes De acordo com a norma NBR 7187:2003 "Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido - Procedimento", as ações podem ser agrupadas em: Ações permanentes Ações variáveis Ações excepcionais FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações nas Pontes Ações permanentes a) as cargas provenientes do peso próprio dos elementos estruturais; b) as cargas provenientes do peso da pavimentação, dos trilhos, dos dormentes, dos lastros, dos revestimentos, das barreiras, dos guarda-rodas, dos guarda-corpos e de dispositivos de sinalização; c) empuxos de terra e de líquidos; d) as forças de protensão; e) as deformações impostas, isto é, provocadas por fluência e retração do concreto, por variações de temperatura e por deslocamentos de apoios. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações nas Pontes Ações variáveis a) as cargas móveis; b) as cargas de construção; c) as cargas de vento; d) o empuxo de terra provocado por cargas móveis; e) a pressão da água em movimento; f) o efeito dinâmico do movimento das águas; g) as variações de temperatura. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações nas Pontes Ações excepcionais - choques de objetos móveis, - as explosões, - os fenômenos naturais pouco frequentes, como ventos ou enchentes catastróficas e sismos, - entre outros. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Peso próprio dos elementos estruturais: • calculado a partir do volume de concreto de cada peça considerando os seguintes valores dos pesos específicos: • concreto simples: 24 kN/m³ • concreto armado ou protendido: 25 kN/m³ FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Peso de elementos não estruturais: - Pavimentação • em pontes rodoviárias considerar o peso e prever ainda um possível recapeamento. • peso específico empregado de no mínimo 24 kN/m³ • para o recapeamento prever uma carga adicional de 2 kN/m² • no caso de pontes de grandes vãos, essa carga adicional pode ser dispensada a critério do proprietário da obra FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Peso de elementos não estruturais: - Lastro ferroviário, trilhos e dormentes • em pontes ferroviárias prever, de acordo com a situação da ferrovia, o peso do lastro, dos trilhos e dos dormentes • considerar para o material do lastro peso específico aparente de 18 kN/m³. • supor que o lastro atinja o nível superior dos dormentes e preencha completamente o espaço limitado pelo guarda-lastro, até a sua borda superior, mesmo se na seção transversal do projeto assim não for indicado. • na ausência de indicações, a carga referente aos dormentes, trilhos e acessórios deve ser considerada no mínimo igual a 8 kN/m por via FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Empuxo de terra • determinado no cálculo de elementos de infraestrutura, pilares de encontro e de cortinas • o cálculo é feito supondo o terreno sem coesão e sem atrito entre o terreno e a estrutura (desde que as solicitações assim determinadas estejam a favor da segurança) • peso específico do solo úmido no mínimo igual a 18 kN/m³ • ângulo de atrito interno no máximo igual a 30° FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes • considerar os empuxos ativo e de repouso nas situações mais desfavoráveis • a atuação estabilizante do empuxo passivo só pode ser levada em conta quando sua ocorrência puder ser garantida ao longo da vida útil da obra • o empuxo passivo (Ep) não deve ser considerado pois existe a possibilidade do solo ser retirado, como ilustrado na figura a seguir: FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Quando a superestrutura funciona como arrimo dos aterros de acesso: • a ação do empuxo de terra proveniente desses aterros deve ser levada em conta apenas em uma das extremidades do tabuleiro. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes • em tabuleiro em curva ou esconso, deve ser feita também a verificação para a atuação simultânea dos empuxos em ambas as extremidades, da maneira mais desfavorável. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Empuxo de água e subpressão • deve ser considerado nas situações mais desfavoráveis, dando especial atenção ao estudo dos níveis máximo e mínimo dos cursos d'água e do lençol freático. • na utilização de contrapeso enterrado é obrigatória, na avaliação de seu peso, a consideração da hipótese de submersão total do mesmo, salvo comprovação da impossibilidade de ocorrência dessa situação. • nos muros de arrimo deve ser prevista, em toda a altura da estrutura, uma camada filtrante contínua, na face em contato com o solo contido, associada a um sistema de drenos, de modo a evitar a atuação de pressões hidrostáticas. Caso contrário, deve ser considerado nos cálculos o empuxo de água resultante. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Protensão • deve ser considerada nas pontes de concreto protendido • é uma força normal de compressão que provoca uma variação na dimensão da peça e, se essa variação é impedida total ou parcialmente, surgirão tensões adicionais, que devem ser consideradas • por ser um esforço permanentemente aplicado, influi sobre a deformação lenta do concreto, além da deformação imediata que produz no momento em que é aplicado • considerada de acordo com os princípios do concreto protendido, satisfazendo o disposto na NBR 6118:2014 "Projetos de estruturas de concreto - Procedimento" FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Deformações impostas Fluência • é a deformação permanente do material sujeito a cargas ou tensões constantes, em função do tempo. • é importante no caso do concreto protendido por causar perdas de protensão. A sua consideração para determinação da perda de protensão é feita de acordo com as indicações da NBR 6118:2014. • acarreta acréscimo de deformação nas estruturas, de concreto armado ou protendido, que com o tempo deve ser levado em conta na verificação do estado limite de deformações excessivas. • em elementos comprimidos, este acréscimo de deformações pode produzir acréscimos significativos nas solicitações, que também devem ser objeto de atenção na verificação do estado limite último. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Deformações impostas Retração • é importante no caso de concreto protendido por causar perdas de protensão. • no concreto armado, a norma NBR 6118:2014 permite nos casos correntes considerar,tendo em vista a restrição imposta pela armadura, na prática a retração como uma queda de temperatura de 15ºC. • provoca o aparecimento de solicitações quando as deformações da estrutura provenientes desta ação forem impedidas. É o caso das pontes com estrutura principal hiperestática, onde as diversas partes constituintes devem ser projetadas para resistirem a esses acréscimos de tensões. • nas pontes com estrutura principal isostática essas deformações devem ser levadas em conta no projeto dos aparelhos de apoio, caso contrário aparecerão esforços adicionais correspondentes às deformações impedidas. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Permanentes Deformações impostas Deslocamentos de fundações • um dos critérios para escolher entre uma estrutura principal isostática ou outra hiperestática consiste justamente em eliminar a segunda solução quando houver temor de recalques excessivos de fundação. • quando a estrutura hiperestática for escolhida, apesar da possibilidade de recalques excessivos da fundação, os efeitos destes recalques devem ser estudados cuidadosamente FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Cargas móveis Produzidas por meio de veículos que circulam sobre a ponte. A norma atual para carga móvel em ponte é a NBR 7188:2013 "Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas". FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Carga P • é a carga estática concentrada aplicada no nível do pavimento, • com valor característico e sem majoração, • unidade kN Carga p • é a carga estática uniformemente distribuída aplicada no nível do pavimento, • com valor característico e sem nenhuma majoração, • dada em kN/cm² FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Carga Q • carga P ponderada pelo CIV (coeficiente de impacto vertical), CNF (coeficiente do número de faixas) e CIA (coeficiente de impacto adicional) • unidade kN � = � ∗ ��� ∗ �� ∗ �� FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Carga q • carga p ponderada pelo CIV (coeficiente de impacto vertical), CNF (coeficiente do número de faixas) e CIA (coeficiente de impacto adicional) • unidade kN � = � ∗ ��� ∗ �� ∗ �� FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis A carga móvel rodoviária padrão TB-450 é definida por um veículo tipo de 450 kN, com seis rodas, P = 75kN, três eixos de carga afastados entre si em 1,5 m, com área de ocupação de 18 m², circundada por uma carga uniformemente distribuída constante p = 5kN/m². Esse sistema de cargas é chamado de TB-450, onde TB é abreviatura de trem-tipo rodoviário brasileiro. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Figura 1 - Disposição das cargas estáticas Ações Variáveis A carga móvel assume posição qualquer em toda a pista rodoviária com as rodas na posição mais desfavorável, inclusive acostamento e faixas de segurança. A carga distribuída deve ser aplicada na posição mais desfavorável, independentemente das faixas rodoviárias. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis • Nos passeios para pedestres das pontes e viadutos; adotar carga vertical uniformemente distribuída de 3kN/m² na posição mais desfavorável concomitante com a carga móvel rodoviária, para verificações e dimensionamentos dos diversos elementos estruturais assim como para verificações globais. • As ações sobre os elementos estruturais dos passeios não são majoradas pelos CIV, CNF e CIA. • Todos os passeios de pontes e viadutos deverão ser protegidos por dispositivos de contenção, dimensionadas de acordo com o item 5.3.3.2.2 FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Coeficiente de Impacto Vertical CIV = 1,35, para estruturas com vão menor do que 10,0m. CIV = 1+1,06∗ 20 Liv+50 para estruturas com vão entre 10,0 e 200,0m. onde: Liv é o vão em metros para o cálculo de CIV, conforme o tipo de estrutura, sendo; Liv usado para estruturas de vão isostático. Liv: média aritmética dos vãos nos casos de vãos contínuos. Liv: comprimento do próprio balanço para estruturas em balanço. L: vão em metros. Para estruturas com vãos acima de 200,0m, deverá ser realizado estudo específico para a consideração da amplificação dinâmica e definição do Coeficiente de Impacto Vertical. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Coeficiente de Número de Faixas As cargas móveis verticais características definidas conforme item 5.1. devem ser ajustadas pelo Coeficiente do Número de Faixas do tabuleiro “CNF”, conforme abaixo descrito: CNF=1-0,05*(n-2) >0,9 onde • n: número (inteiro) de faixas de tráfego rodoviário a serem carregadas sobre um tabuleiro transversalmente contínuo. Acostamentos e faixas de segurança não são faixas de tráfego da rodovia. Este coeficiente não se aplica para o dimensionamento de elementos estruturais transversais ao sentido do tráfego (lajes, transversinas, etc.). FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Coeficiente de Impacto Adicional Os esforços das cargas móveis verticais definidas no item 5.1 devem ser majorados na região das juntas estruturais e extremidades da obra. Todas as seções dos elementos estruturais a uma distância horizontal, normal à junta, inferior a 5,0m para cada lado da junta ou descontinuidade estrutural, devem ser dimensionadas com os esforços das cargas móveis majorados pelo Coeficiente de Impacto Adicional, abaixo definido. CIA = 1,25 para obras em concreto ou mistas. CIA = 1,15 para obras em aço. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Força centrífuga As cargas horizontais provenientes da força centrífuga nas obras em curva horizontal, aplicadas no nível da pista de rolamento, são um percentual da carga vertical do veículo tipo aplicado sobre o tabuleiro, na posição mais desfavorável, concomitante com a respectiva carga vertical. Hfc=2,4 * P, em kN, para curva com raio R<200m Hfc = 480 * P, em kN, para curva com raio 200<R<1.500m R Hfc = zero para raios superiores a 1.500m Onde R: raio da curva horizontal no eixo da obra, em metros FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Choque lateral • É uma força de direção horizontal considerada nas pontes ferroviárias, devida à folga existente entre o friso da roda e o boleto do trilho e é causada pela oscilação horizontal do trem • É considerada agindo normalmente ao eixo da via férrea. • esta ação é importante no dimensionamento da infraestrutura e dos aparelhos de apoio. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Choque lateral • o valor dessa força é estabelecido pela NBR 7187, como sendo igual a 20% do peso do eixo mais pesado do trem-tipo considerado • esta ação é importante no dimensionamento da infraestrutura e dos aparelhos de apoio. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Frenação e aceleração • Os veículos ao serem freados ou acelerados numa ponte, irão produzir sobre as mesmas, forças na direção do tráfego, ou seja, forças horizontais ao longo do eixo da ponte. • Geralmente, nas pontes de concreto, a laje resiste bem a estes esforços, transmitindo-os aos elementos da infraestrutura de uma forma que dependedo arranjo dos aparelhos de apoio. Estes esforços irão então produzir uma considerável flexão da infraestrutura FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis As cargas horizontais devido à frenagem e/ou aceleração, aplicados no nível do pavimento, são um percentual da carga vertical característica dos veículos aplicados sobre o tabuleiro, na posição mais desfavorável e concomitante com a respectiva carga vertical. Hf=0,25*B*L*CNF, em [kN] onde: Hf ≥ 135kN B: largura efetiva [m] da carga distribuída de 5kN/m2. L: comprimento concomitante [m] da carga distribuída. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Carga de construção • Durante a fase construtiva poderão ocorrer ações provisórias que devem ser consideradas no projeto. • a NBR 7187 estabelece que no projeto e cálculo devem ser consideradas as ações das cargas passíveis de ocorrer durante o período da construção, notadamente aquelas devidas ao peso de equipamentos e estruturas auxiliares de montagem e de lançamento de elementos estruturais e seus efeitos em cada etapa executiva da obra. • cargas estas que devem ser consideradas na estrutura com o esquema estático, resistência dos materiais, e seções resistentes existentes por ocasião da sua aplicação. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Carga de vento Deve ser calculada de acordo com a NBR 6123 FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Empuxo de terra provocado por cargas móveis • Nos encontros e nas cortinas, podem ocorrer pressões devidas à carga móvel que está adentrando ou deixando a ponte. Estas pressões se somam às anteriores FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis • essa carga móvel colocada junto à cabeceira da ponte, para efeito de cálculo, é considerada uniformemente distribuída, e cujo valor pode ser estimado transformando o peso do veículo-tipo em carga uniformemente distribuída e compondo-a com a carga distribuída q que considera o efeito de outros veículos FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis • O carregamento assim obtido, pode ser considerado como um aterro adicional, de altura ha, dividindo-se o seu valor pelo peso específico do solo FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Pressão da água em movimento • Segundo a norma NBR 7187:2003, a pressão da água em movimento sobre os pilares e os elementos de fundação pode ser determinada através da expressão: p=k∙va 2 onde: • p é a pressão estática equivalente em kN/m² • va é a velocidade da água em m/s • k é um coeficiente dimensional cujo valor é 0,34 para elementos de seção transversal circular FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis • Para elementos com seção transversal retangular, o valor de k é função do ângulo de incidência do movimento da água em relação ao plano da face do elemento, conforme a Tabela 1 FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Efeito dinâmico do movimento das águas • Em situações em que o movimento da água é muito importante, a norma NBR 7187 estabelece que o efeito dinâmico das ondas e das águas em movimento deve ser determinado através de métodos baseados na hidrodinâmica. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis Variações de temperatura Determina variação de volume das peças estruturais, podendo produzir tensões em suas seções, quando essas variações forem impedidas, total ou parcialmente, por vínculos. A NBR 7187 estabelece para os efeitos de variação de temperatura nas pontes as mesmas condições da NBR 6118: • Adotar uma variação de temperatura de ± 15°C em torno da média. • O coeficiente de dilatação térmica do concreto é estabelecido em α = 10�� °��� supondo válida a Lei de Hooke, segundo a qual uma peça de comprimento inicial ℓ submetida a uma variação de temperatura Δt sofre uma deformação dada por Δℓ = ℓ α Δt, supondo-se Δt como uniforme, chamando ε = Δℓ / ℓ (deformação específica). • Δℓ ℓ = ε = α Δt FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Variáveis • Se a barra for impedida de se deformar, a tensão normal a que estará sujeita será, portanto: Lei de Hooke σ = εE σ = E α Δt Δℓ = Nℓ �� • Para peças totalmente imersas no terreno ou água, não deve ser considerado o efeito de Δt. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Excepcionais Segundo a norma NBR 8681, ações excepcionais são aquelas que têm duração extremamente curta e muito baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser consideradas no projeto de determinadas estruturas. • No caso das pontes, a norma NBR 7187 cita os choques de objetos móveis, as explosões, os fenômenos naturais pouco frequentes, como enchentes catastróficas e sismos, entre outros. • A ocorrência de ações excepcionais se dá em circunstâncias anormais. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Excepcionais Choques objetos móveis (colisão em pilares) • é a única ação especificada pela norma NBR 7187, que estabelece que os pilares passíveis de serem atingidos por veículos rodoviários ou embarcações em movimento, devem ter sua segurança verificada quanto aos choques assim provocados. • dispensa-se esta verificação se no projeto forem incluídos dispositivos capazes de proteger a estrutura contra este tipo de acidente. • Como medida mitigadora de eventuais impactos , os pilares situados junto a faixas rodoviárias devem ser verificados para uma carga horizontal de colisão de 1000 kN na direção do tráfego, e 500 kN perpendicular ao tráfego, não concomitantes entre si, aplicadas a uma altura de 1,25 m do terreno ou pavimento. Estes valores decrescem linearmente com a distância do pilar à pista, sendo zero a 10,0m. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Ações Excepcionais Sobre a consideração de outras ações excepcionais, a norma NBR 7187 estabelece que devem ser feitas em construções especiais, a critério do proprietário da obra. FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES DADOS PARA PROJETO SISTEMA ESTRUTURAL PONTE EM VIGA T de seção variável, com tabuleiro superior: Duas longarinas bi-apoiadas vencendo um vão de 22m com dois trechos em balanço de 3m. Três transversinas (duas nas seções no apoio e uma no meio do vão) Duas travessas (entre os pilares) Veículo tipo: TB-450 kN (75 kN para cada roda) Cargas uniformes: q = 3kN/m² (passeio), q’ = 5kN/m² (em toda a pista) FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES DADOS PARA PROJETO Corte longitudinal FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES DADOS PARA PROJETO Seção transversal do apoio FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES DADOS PARA PROJETO Seção transversal do meio do vão FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Cargas Permanentes Peso Próprio Vigas + Laje em balanço + Laje entre vigas + Mísulas longitudinais da laje FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURASDE PONTES g1= 1,7707 m² . 25 kN/m³ = 44,26 kN/m Cargas Permanentes Peso Próprio Guarda-corpo + Camada de Regularização FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES g2= (0,5223 m² + 0,3150 m²). 25 kN/m³ = 20,93 kN/m g1+g2 = 65,19 kN/m Cargas Permanentes Peso Próprio Vigas (região do apoio) + Laje em balanço + Laje entre vigas + Mísulas longitudinais da laje FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES g3= 1,9494 m² . 25 kN/m³ = 48,73 kN/m g3+g2 = 69,66 kN/m Cargas Permanentes Peso Próprio Transversina do meio do vão + mísulas da laje FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES P1= 0,3344 m² . 25 kN/m³ . 3,55 m = 29,67 kN Cargas Permanentes Peso Próprio Transversina de apoio + mísulas da laje FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES P2= 0,4544 m². 25 kN/m³. 3,34 m = 39,19 kN Cargas Permanentes Peso Próprio Cortina + mísula da laje + consolo de apoio da laje de aproximação + laje de aproximação FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES P3= 0,7318 m². 25 kN/m³ . 6,33 m = 115,8 kN Cargas Permanentes Peso Próprio Cortina Lateral FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES P4= 5,7680 m² . 0,2 m . 25 kN/m³ = 28,84 kN Cargas Permanentes Peso Próprio Volume de solo sobre a laje de aproximação FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES P5 = 1 . 0,2250 m² . 6,33 m . 19 kN/m³ = 9,02 kN 3 Cargas Permanentes Distribuição de cargas permanentes na viga principal no Ftool FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES g1 + g2 = 65,19 kN/m g3 + g2 = 69,66 kN/m P1 = 29,67 kN P2 = 39,19 kN P3 + P4 + P5 = 115,80 + 28,84 + 9,02 = 153,66 kN Cargas Permanentes DIAGRAMA DE ESFORÇOS CORTANTES Cargas Permanentes FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Cargas Permanentes DIAGRAMA DE MOMENTOS FLETORES Cargas Permanentes FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – ESTRUTURAS DE PONTES Seção x Mg Vg 0 0 0,0 -153,7 1 1,5 -303,8 -251,4 2e 3 -754,5 -350,3 2d 3 -754,5 733,0 3 5,2 698,1 588,5 4 7,4 1835,1 445,1 5 9,6 2656,5 301,7 6 11,8 3162,4 158,3 7 14 3352,8 14,8 7 14 3352,8 -14,8 8 16,2 3162,4 -158,3 9 18,4 2656,5 -301,7 10 20,6 1835,1 -445,1 11 22,8 698,1 -588,5 12e 25 -754,5 -733,0 12d 25 -754,5 350,3 13 26,5 -303,8 251,4 14 28 0,0 153,7
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