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“A osseointegração se define como uma conexão direta, estrutural e funcional entre um implante e tecido ósseo, sem a ocorrência de crescimento de tecido fibroso na interface osso-implante, e com a possibilidade de submeter a prótese sobre implantes a carga funcional” – Branemark ➢ Industrial • Biocompatibilidade • Desenho do implante • Superfície do implante ➢ Profissional/CD • Condição do leito cirúrgico • Técnica cirúrgica • Condições de carga protética ➢ Compatibilidade biológica: impurezas, corrosão, toxicidade etc. ➢ Compatibilidade mecânica: deflexão, elasticidade etc. ➢ Funcionalidade e praticidade Transformação de um material metálico ou liga metálica pela sua interação química ou eletroquímica num determinado meio de exposição • Resulta na formação de produtos de corrosão (óxidos) • Formação de tecido de granulação → sistema imune do paciente ➢ Óxidos de titânio Camada protetora → processo de oxidação → estável • Predominância de TiO ➢ Corpo do implante • Protegido da ação do oxigênio • Diferentes graus pureza: grau 1 mais maleável e livre de contaminação e grau 4 rígido e com adição de Fe, Ca, O, N e H • Diferentes ligas metálicas a base de titânio (Ti-6Al-4V é a mais utilizada) • Alta energia superficial (pequeno ângulo de contato e bom molhamento superficial por líquidos corpóreos) ➢ Cicatrização por primeira intenção: tecidos que irão cicatrizar estão próximos uns dos outros; mais rápida ➢ Cicatrização por segunda intenção: bordas da ferida afastadas; cicatrização lenta → cicatriz Fatores que modificam: o Vascularização o Infecção o Mobilidade o Distância Formação de osso ou pseudoartrose: • Resposta do tecido ósseo • Formação de tecido fibroso → fibrointegração • Necrose óssea com formação de sequestro → manipulação incorreta do osso (ex.: falta de irrigação) Cicatrização com formação de novo osso : • Células adequadas • Nutrição celular adequada 1. Qualidade óssea (medular, cortical, contaminação) 2. Quantidade óssea (altura, espessura) Classificação de Lekholm e Zarb: Classe I – osso cortical compacto homogêneo (bom) Classe II – osso compacto espesso circundando núcleo densamente trabeculado Classe III – cortical óssea fina envolvendo núcleo densamente trabeculado Classe IV – cortical óssea fina envolvendo núcleo esponjoso (ruim) Localização dos tipos ósseos : o Tipo I: sínfise mandibular o Tipo II: posterior de mandíbula ou anterior de maxila o Tipo III: anterior de maxila ou posterior de mandíbula o Tipo IV: posterior de mandíbula Aguardar um tempo para fazer implantes após extrações devido periodontite e fraturas contaminadas • Unirradicular: 60-120 dias • Multirradicular: 120-180 dias ➢ O osso remodela com relação às forças aplicadas ➢ Modificações na função do osso, acarretam alterações definitivas na arquitetura do mesmo ➢ São necessários estímulos para manutenção da forma e densidade óssea ➢ Diminuição do trabeculado ósseo e da densidade ➢ Perda da altura e depois da largura externa ➢ Diminui 25% da largura no primeiro ano e 4mm de altura Classificação quanto a quantidade óssea: ➢ Espessura: o Vestíbulo-lingual Cirurgia de instalação do implante → contato do sangue envolvendo espaços do implante → ligação química entre implante e proteínas do paciente → formação de coágulo de sangue → reabsorção de cóagulo e substituição por osso saudável Estabilidade primária → estabilidade mecânica entre porcas do implante e tecido ósseo Estabilidade secundária → osseointegração (10- 15N/cm³) Obs.: há uma reabsorção óssea devido ao trauma da cirurgia antes da osseointegração (diminuição da estabilidade mecânica) ➢ Cirurgia traumática (necrose óssea) – irrigação da broca! ➢ Movimentos no implante ➢ Sobrecarga ➢ Pobre biocompatibilidade do implante e impurezas de superfície ✓ Desdentado total ✓ Desdentado parcial ✓ Ausência de um só elemento dental ✓ Finalidade ortodôntica ✓ Paciente com fissuras labio-palatinas ✓ Prótese maxilo-facial ✓ Ortopedia 1. Desdentado total ➢ Prótese protocolo de Branemark ➢ Prótese fixa metalo-cerâmicas ou metalo-plástica ➢ Overdenture ou sobredentadura ➢ Indicada para região anterior de mandíbula com 4-6 implantes e na maxila 6 implantes no espaço intersinusal ➢ Indicada em casos de falta de suporte labial ➢ Prótese confeccionada com resina acrílica termopolimerizável e dentes de estoque sobre infraestrutura metálica rígida ➢ Os implantes deverão estar instalados no lado lingual ou palatino ➢ É uma prótese parafusada ➢ A distribuição dos implantes deve formar um polígono e os que se encontram na distal devem estar um pouco inclinados para posterior e afastados 2-3mm para mesial do forame mentual ➢ Possibilidade de indicação para prótese fixa parcial, chamada de segmento de prótese protocolo → evitando enxertos Carga imediata: a prótese inicial é provisória → depois de 4-6 meses fazer uma nova prótese acompanhando a acomodação dos tecidos moles e dando a possibilidade de executar gengiva cerâmica ➢ Implanto retida (parafusada) e implanto suportada (não tem contato com a mucosa) ➢ Necessário ainda um pouco de suporte labial ➢ Quantidade maior de implantes ➢ Implato-retida e muco-suportada ➢ É retida por sistemas de retenção parafusados nos implantes (O’rig, barra-clip ou ambos) ➢ Indicada quando não há suporte labial ➢ Prótese confeccionada com resina acrílica termopolimerizável e dentes de estoque ➢ Tem toda a extensão de uma prótese total ➢ Os implantes deverão estar instalados na crista do rebordo ➢ 2 implantes mandíbula (sínfise mandibular – entre forame mentoniano) e 4 na maxila ➢ Ponte fixa sobre implantes 2. Implante de um dente unitário ➢ 3 partes: a) Implante que repõe a raiz do dente b) Pilar que vai suportar a coroa c) A coroa protética → pode ser cimentada ou parafusada 3. Prótese crânio-facial ➢ Implantes para reter a prótese extraoral ➢ Implante imediato Preservação do alvéolo (caso não seja possível imediato): o PRF (Plasma Rico em Fibrina) ou PTFE (não absorvível, artificial) → substituto ósseo e membrana de colágeno Implante unitário • Distância entre implante e ligamento periodontal do dente adjacente = 1,5mm • Distância entre a plataforma do implante e a margem gengival = 2,0- 3,0mm • Manter 1mm na região vestibular → instalar o implante mais para palatina/lingual (evitar reabsorção) • Espaço mesio-distal = 6,0-7,0 mm (1,5mm de um lado + até 4,0mm de diâmetro do implante + 1,5mm do outro lado) Implantes contíguos • Distância entre implante e dente = 1,5- 2,0mm • Distância entre implantes = 3,0mm (1,5mm p um + 1,5mm p outro) 1. Contra-ângulos redutores 20 para 1 (a cada 20 rotações do micromotor, 1 rotação no contra-ângulo → aumento de poder torque): perfuração do osso para colocação do implante 2. Micromotores elétricos + motor elétrico: sabe-se a velocidade de perfuração mais precisamente → diferente do micromotor acoplado na cadeira 3. Kits de brocas: o Fresas escalonadas: começa com brocas menores → brocas maiores (evitar muita força no osso; superaquecimento do osso) Obs.: Diâmetro da cavidade do implante → 0,7- 1,0mm menor que o diâmetro do implante (implante entrar travado no osso) Velocidade da broca no osso = 800-1200 rpm (velocidade para instalar o implante um pouco menor) 1. Anestesia 2. Incisão 3. Preparo da cavidade óssea 4. Instalação do implante (contra-ângulo ou chave de catraca) 5. Avaliação da estabilidade do implante o Tapa implante ou carga imediata 6. Sutura o Osseointegração (2-3 meses) o Reabrir → tirar tapa implante → cicatrizador (gengiva – 15 dias) o Prótese definitiva 7. Cuidados pós-operatóriose terapêutica medicamentosa Sobre o rebordo (palatinizadas/lingualizadas) e intrasulculares → retalho → exposição do osso Técnicas: Incisão triangular – Neumann (1 relaxante) Incisão trapezoidal (2 relaxantes) Maxila desdentada o Incisão linear sobre o rebordo → descola retalho → expõe osso Mandíbula desdentada o Incisão linear sobre o rebordo + incisões relaxantes na distal (facilitar descolamento) ➢ Fresa lança ➢ Helicoidal 2,0mm ➢ Pilot 2,0-3,0 ➢ Helicoidal 3,0mm ➢ Helicoidal 3,15mm ➢ Helicoidal 3,35mm ➢ Macho de rosca Master 3,75 ➢ Countersink ➢ Usar fios de sutura que provoquem menor reação inflamatória • Poliglactina 4-0 ou 5-0 • Nylon 4-0 ou 5-0 * (acumula menos biofilme) • Seda 4-0 ➢ Antibioticoterapia ➢ Anti-inflamatório ➢ Analgésico ➢ Ansiolítico (pacientes ansiosos) ➢ Colutório ➢ Manter o volume alveolar com ROG ➢ Aumentar a espessura e a altura do processo alveolar com enxerto ósseo autógeno ROG – Regeneração Óssea Guiada ➢ Membrana aplicada em um local anatômico prevenindo interferências na osteogênese Osso humano ➢ Enxerto autógeno: extra (ex.: crista do osso ilíaco, tíbia, calota craniana etc.) ou intraorais ➢ Enxerto homógeno (cadáver): osso fresco e congelado; osso seco e congelado (FDBA); osso seco, congelado e desmineralizado (DFDBA) Substitutos ósseos ➢ Enxerto heterógeno: osso bovino; coral natural (Carbonato de cálcio) ➢ Enxertos aloplásticos: polímeros; biocerâmicas (β-FosfatoTricálcio e Hidroxiapatita); Sulfato de cálcio; vidros bioativos • Eliminação de problemas relativos a histocompatibilidade e transmissão de doenças • Potencial osteogênico (formação óssea), osteo indutor (induz células mesenquimais indiferenciadas se se diferenciarem células produtoras de tecido ósseo) e osteocondutor (arcabouço físico para penetração de novos vasos sanguíneos) • Desvantagem: em casos de necessidade de muita quantidade aumenta a morbidade, maior tempo cirurgia e internação do paciente (extraorais) 1. Quanto à origem • Autógeno • Homógeno • Heterógeno • Sintético 2. Quanto às características físicas • Anorgânico, inorgânico ou mineralizado: aproveita-se hidroxiapatita • Desmineralizado: aproveita-se a parte orgânica (colágeno) • Fresco ou mistos: utiliza-se partes orgânicas e inorgânicas 3. Quanto às propriedades biológicas • Osteocondutor (ex.: osso bovino) • Osteoindutor (ex.: osso autógeno ou aloplástico com proteínas) • Osteogênico (ex.: osso autógeno) • Osteopromotor (ex.: membranas): mantêm tecidos moles afastados e promove formação de osso 1. Não reabsorvíveis (membranas plásticas) 2. Reabsorvíveis/absorvíveis (membranas de origem animal ou aloplásticas com colágeno) Com enxertos autógenos podemos aumentar a quantidade óssea, tanto em altura como em espessura. A qualidade óssea não é possível de ser melhorada ➢ Mento (maior risco parestesia, de deiscência de sutura e exposição óssea e infecção) ➢ Linha oblíqua* (menor morbidade) ➢ Túber Com enxertos autógenos podemos aumentar a quantidade óssea, tanto em altura como em espessura Osteotomia no local doador escolhido → retira bloco de osso com instrumental → fixa bloco ósseo no leito receptor com parafusos de titânio (1,5mm de diâmetro) → garantir estabilidade do bloco (1-2 parafusos) → preencher espaço com enxergo particulado → cobre tudo com membrana de colágeno → fecha retalho mucoperiosteal → aguarda 6 meses (neoformação óssea) Nova cirurgia → reabre local → retira parafuso → instalação de implante ➢ Ambiente hospitalar ➢ Anestesia geral ➢ Médio cirurgião-geral/traumatologista ➢ Incisão sobre a crista do osso ilíaco e divulsão da musculatura ➢ Osteotomia e remoção do bloco ósseo Crista ilíaca Quantidade de osso significativa, porém, muito poroso (mais reabsorção) Calota craniana • Neurocirurgião • Osso cortical (mais duro) • Recuperação tranquila, cicatriz escondida pelo cabelo • Complicações mais graves → meninges! Enxerto sinusal/ Levantamento de seio maxilar • Levanta a membrana do seio maxilar → ganho de osso na região posterior • Enxerto particulado no seio maxilar 1. Hexágono externo: micromovimentações entre implante e componente protético → inflamação → reabsorção óssea (saucerização) 2. Hexágono interno 3. Encaixe de cone morse (mais moderno): componente protético preso dentro do implante → sem saucerização o Vantagens: biomecânica, estabilidade do componente protético e aspecto microbiológico ➢ Superfície lisa ou usinada: conseguidas através da usinagem simples de um bloco metálico (menor superfície de contato) ➢ Superfície tratada por diversos métodos: jateamento de partículas, duplo ataque ácido, ataque eletrolítico e anodização o Área superficial aumenta de 6-10x que os implantes lisos o Melhora a adesão e proliferação celular o Acelera a velocidade do mecanismo de osseointegração o Aumenta a resistência da interface osseointegrada o Aumenta o índice de sucesso dos implantes instalados em osso de baixa densidade, estabilidade tardia Estabilidade primária (momento da instalação): macroestrutura, densidade óssea, técnica cirúrgica. Estabilidade secundária (cicatrização do implante): superfície do implante. Estabilidade terciária (longevidade das reabilitações): biomecânica e oclusão harmoniosa.
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