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Patologia GeralOdontologiaAmanda Britto @HimeTiger Sumário A objeção, o desvio, a desconfiança alegre, a vontade de troçar são sinais de saúde: tudo o que é absoluto pertence à patolog ia. 1. Fatores Etiológicos para agressão a célula (químicos e físicos).......................................p3-17 2. Adaptações................................................................................................................p18-33 3. Lesões Reversíveis.......................................................................................................p34-43 4. Lesões Irreversíveis.....................................................................................................p44-59 5. Fontes e Agradecimentos...........................................................................................p60-62 Nietzsche , Friedrich Amanda Britto #01 Fatores Etiológicos para agressão a célula Amanda Britto CONCEITOS O que é patológia? A patologia consiste no estudo de alterações de ordem estrutural, bioquímica e funcional em células, tecidos e órgãos, buscando explicar os processos por meio dos quais surgem sinais e sintomas de doenças. O que é uma doença patológica? Uma doença nada mais é do que uma manifestação patológica que acontece no organismo humano. Associada a sintomas específicos, a doença é, então, considerada como um processo patológico. Qual a origem do termo? Etimologicamente, o termo “patologia” significa estudo da doença, uma vez que, com origem grega, pathos significa doença e logos, estudo. Amanda Britto INTRODUÇÃO A célula tem quatro sistemas interdependentes que quando alterados podem levar a morte celular: 1- Membranas - que mantém a homeostasia iônica e osmótica da célula e das organelas. 2- Respiração aeróbica - fosforilação oxidativa com produção de ATP (mitocôndrias). 3- Síntese de proteínas e manutenção do citoesqueleto. 4- DNA Amanda Britto A lesão celular ocorre quando as células são submetidas a um estresse tão severo que não são capazes de se adaptar, ou quando são expostas a agentes lesivos. Amanda Britto ESTA LESÃO PODE SER Lesão celular reversível A célula agredida pelo estímulo nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, porém mantém-se viva, recuperando-se quando o estímulo nocivo é retirado ou cessa. Lesão celular é irreversível A célula torna-se incapaz de recuperar-se depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular. Amanda Britto ● Fatores determinantes que são inerentes ao organismo e estabelecem a receptividade do indivíduo. ● Fatores determinantes que dizem respeito ao ambiente. Podem ser classificadas, segundo sua origem, em endógenas (Internas) e exógenas(Externas). Endógenas Exógenas Amanda Britto Endógenas Exógenas • Herança genética: Determinam maior ou menor suscetibilidade das pessoas em adquirir doenças. • Anatomia e fisiologia do organismo humano. • Estilo de vida. • Ambiente biológico: determinantes biológicos. - Acidentes, - Infecções (Microbiologia e Entomologia médicas - inseto parasita hospedeiro) • Ambiente físico: Determinantes físico-químicos. Amanda Britto ▪ Feridas cirúrgicas ▪ Traumática ▪ Fraturas ▪ Hematomas Físico: ▪ Álcool ▪ Drogas ▪ Cigarros ▪ Monóxido de carbono ▪ Venenos ▪ Chumbo Químico: Deficiências nutricionais: TIPOS Microorganismos ▪ Má nutrição ▪ Hipovitaminose ▪ Obesidade ▪ Vírus ▪ Bactérias ▪ Fungos ▪ Parasitas Amanda Britto 1) Privação de oxigênio (hipóxia ou anóxia) - asfixia, altitudes extremas 2) Isquemia - obstrução arterial. 3) Agentes físicos - trauma mecânico, queimaduras, radiação solar, choque elétrico, radiação ionizante. 4) Agentes químicos - álcool, medicamentos, poluentes ambientais, venenos, drogas ilícitas. 5) Agentes infecciosos - vírus, bactérias, fungos, protozoários. 6) Reações imunológicas - doenças autoimunes, reação anafilática. 7) Defeitos genéticos - anemia falciforme. 8) Alterações nutricionais - obesidade, desnutrição. Causas de lesão celular Amanda Britto Alterações morfológicas nas células lesadas Amanda Britto Ocorrem tumefação celular Alteração gordurosa Bolhas na membrana plasmática e perda das microvilosidades Dilatação do retículo endoplasmático Aumento do volume das mitocôndrias Alterações morfológicas nas células de Lesão reversível: Amanda Britto Podem ocorrer aumento da célula Retração e fragmentação do núcleo e extravasamento de seu conteúdo Alteração tecidual, na necrose. Alterações morfológicas nas células de Lesão irreversível: Amanda Britto Necrose de Coagulação no músculo cardíaco Após um infarto agudo do miocárdio, podemos ver as fibras do músculo estriado cardíaco, onde algumas já perderam seu núcleo (cariólise), e em outras fibras musculares o núcleo ainda está sendo fragmentando (cariorrexe). Amanda Britto FISIOPATOLOGIA Amanda Britto CÉLULA NORMAL (HOMEOSTASE) Lesão Celular Apoptose Alterações Subcelulares Lesão Celular Reversível Necrose Adaptação Ponto de irreversibilidade Incapacidade de se adaptar Estímulos Nocivos Estresse, demanda aumentada Amanda Britto #02 Adaptações e e degenerações Amanda Britto INTRODUÇÃO As células são compostas por: • Núcleo celular: Contém o material genético. • Citoplasma: Carrega o conteúdo celular. • Membrana plasmática: Envolve as células, é fina e flexível, e apresenta permeabilidade seletiva, tendo como função regular a passagem e a troca de substâncias. • Organelas celulares: Possuem funções específicas, podendo ser respiração, nutrição e excreção das células Amanda Britto As moléculas que compõem a célula estão em constante renovação, exceto o DNA. • Armazena e transmite informações genéticas. • Composto por nucleotídeos: Um carboidrato de cinco carbonos (pentose), uma base nitrogenada, um ou mais grupos fosfato. • Formado por duas cadeias de polinucleotídeos (fita). • Adesina, Citosina, Guanina e Timina são as quatro bases encontradas na estrutura do DNA. Amanda Britto ADAPTAÇÃO CELULAR As células nos tecidos, diante dos variados estímulos (fisiológicos e patológicos) que recebem, buscam adaptar-se, alterando as suas estruturas, de modo que a função celular é estimulada ou reduzida ou não alterada, segundo as circunstâncias que lhe são impostas e a capacidade da célula em se adaptar. Amanda Britto O equilíbrio do meio interno (homeostase) depende de vários fatores simultâneos: ✓ Disponibilidade de substratos para o metabolismo celular e da integridade das vias de síntese (anabolismo) e degradação (catabolismo) ✓ Integridade do genoma ✓ Interação das células entre si e com os componentes da matriz extracelular (MEC) produzidos pelas células ✓ Graus de diferenciação e de especialização celulares Amanda Britto A capacidade de uma dada célula em se adaptar às condições que lhe são impostas depende do tipo de estímulo, sua intensidade, duração e dos graus de diferenciação e especialização celulares. Acúmulos intracelulares As células adaptam-se por diferentes alterações celulares, que repercutem nos tecidos e órgãos Hiperplasia Hipoplasia Hipotrofia Atrofia Metaplasia Amanda Britto Hiperplasia É o aumento no número de células (proliferação) em um tecido ou órgãoo qual também pode mostrar aumento de volume ou de parte do corpo. • Pode ser fisiológica: - Pela ação hormonal na mama durante a lactação, e no útero durante a gravidez. - Compensatória como a que se dá na regeneração hepática, após hepatectomia parcial. - Hiperplasia renal contralateral, após nefrectomia, etc. • Patológica: - Por excesso de estímulo hormonal ou por fatores de crescimento, como a hiperplasia endometrial pela ação do estrogênio. - Adrenais na Síndrome de Cushing. - Tireoide no hipertireoidismo. - Paratireoides no hiperparatireoidismo secundário. - Linfóide secundária às infecções, entre outras causas, etc. Amanda Britto Hiperplasianodular da próstata Amanda Britto Hipoplasia É a diminuição da população celular de um tecido, órgão ou parte do corpo • Pode ser fisiológica: - Involução do timo na puberdade e das gônadas no climatério. - Órgãos no envelhecimento por aumento da apoptose, etc. • Patológica: - Anemias hipoplásicas por hipoplasia da medula óssea, devido aos agentes tóxicos e infecções. - Hipoplasias pulmonar ou renal durante a embriogênese; - Hipoplasia linfóide na AIDS. - Hipoplasia do timo nas crianças com doenças crônicas, desnutridas, etc. Amanda Britto Hipoplasia do esmalte MATOS, A. B et al, 1998. Amanda Britto Hipertrofia É o aumento do tamanho das células e, consequentemente, dos órgãos, e de parte do corpo. As células hipertróficas têm aumento na síntese de suas estruturas subcelulares (organelas, citoesqueleto, etc). • Pode ser fisiológica: - Aumento na demanda funcional vista na hipertrofia muscular estriada esquelética no exercício físico; - Estímulo hormonal, como a hipertrofia e a hiperplasia das fibras musculares lisas do útero durante a gravidez - Hipertrofia secundária à hiperplasia mamária durante a lactação • Patológica: - Hipertrofia cardíaca devido à sobrecarga de pressão na hipertensão arterial ou na estenose valvar; - Hipertrofia do rim na hidronefrose, Amanda Britto Hipertrofia do miocárdio na hipertensão arterial Amanda Britto Hipotrofia, Atrofia É a redução quantitativa dos componentes estruturais celulares, com diminuição do volume das células e dos órgãos (dependendo do número de células envolvidas) ou de parte do corpo. Muitas vezes é também acompanhada de redução no número de células. Em geral há aumento da degradação das proteínas celulares. Diz-se atrofia quando a redução é acentuada. • Pode ser fisiológica: - Desenvolvimento embrionário (atrofia da notocorda; do ducto tireoglosso). - Redução uterina no puerpério, etc, ou patológica por: desuso; desnervação (atrofia muscular). - Redução do fluxo sanguíneo (isquemia); - Desnutrição protéico-calórica acentuada (marasmo); - Hipotrofia/atrofia do timo nas crianças com doenças crônicas, desnutrição; - Redução do estímulo hormonal; - Senilidade (por redução do metabolismo e da proliferação celulares). - Pressão (compressão extrínseca, e.g. a hipotrofia do endométrio por leiomioma submucoso, ou aumento da pressão intrínseca, e.g. hipotrofia do tecido nervoso cerebral na hidrocefalia. - a hipotrofia do parênquima renal na hidronefrose), etc. Amanda Britto Metaplasia É a alteração reversível onde um tipo de célula adulta, epitelial ou mesenquimal, é substituída por outro tipo de célula adulta. - Nos fumantes, a substituição do epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado da mucosa brônquica por epitélio estratificado escamoso (metaplasia escamosa); - Metaplasia escamosa na endocérvice do colo uterino. - Metaplasia intestinal na mucosa gástrica devido à gastrite crônica, ou na mucosa do esôfago devido ao refluxo crônico gástrico- esofágico. Ao surgimento de tecido conjuntivo cartilaginoso, ósseo, adiposo ou de células hematopoéticas em órgãos, que normalmente não os possuem, como o tecido adiposo intralinfonodos inguinais, mesentéricos e ilíacos laterais; o tecido ósseo que surge em áreas com calcificação distrófica, como em cicatriz cirúrgica na derme, a observada no endométrio e a encontrada no pilomatricoma (neoplasia benigna da pele, que se origina de células primitivas basais da epiderme, que se diferenciam em células da matriz do pelo). - Metaplasia hematopoética hepática nas anemias graves, nos rins displásicos císticos, etc. Amanda Britto Cervicite crônica inespecífica Metaplasia escamosa do colo uterino Amanda Britto Acúmulos intracelulares Constituintes celulares normais Substâncias anormais endógenas ou exógenas Pigmentos exógenos Pigmentos endógenos Podem ser caracterizados : Amanda Britto #03 Lesões Reversíveis Amanda Britto Todas as lesões celulares leves ou letais interferem na atividade bioquímica da célula, afetando a respiração aeróbica, síntese de proteínas, manutenção da integridade de membranas celulares e seu material genético. O processo patológico reversível é caracterizado por alterações morfológicas bioquímicas e funcionais decorrentes da incapacidade celular de manter sua homeostasia, resultante em alterações físico-químicas e no acúmulo de substâncias no interior (citoplasma) das células. INTRODUÇÃO Amanda Britto CÉLULA NORMAL LESÃO CELULAR REVERSÍVEL CÉLULA + ESTÍMULO LESIVO NÃO LETAL Ocorrem tumefação celular, alteração gordurosa, bolhas na membrana plasmática e perda das microvilosidades, aumento do volume das mitocôndrias, dilatação do retículo endoplasmático, entre outras. Amanda Britto Baixos níveis de estresse podem causar lesão celular reversível; excedendo o limiar resulta em lesão irreversível. Uma célula submetida a lesão celular reversível pode ser reconhecida pelo inchaço celular e as alterações nas concentrações de lípidos nas células.O inchaço celular ocorre em resposta a desequilíbrios iónicos ou devido a lesões mecânicas causadas na membrana plasmática. Isso afetará o processo de transporte através das membranas, resultando em lesões celulares. Alterações de lipídios também ocorrem como resultado de lesão celular reversível e predominantemente, a acumulação de lipídios pode ser observada durante lesão celular reversível. A lesão celular reversível ocorre quando a célula danificada é capaz de retornar ao seu estado fisiológico normal quando o estresse é removido da célula. Amanda Britto Degeneração glicogênica – Carboidratos Degeneração hidrópica – Água 2. Degeneração gordurosa – Lipídios Degeneração hialina – Proteínas Resultados principais de lesão reversível Amanda Britto Degeneração hidrópica (edema celular ou degeneração vacuolar) é a primeira manifestação de quase todas as formas de dano celular. – Alteração reversível não-letal. – O acúmulo intracelular de água ocorre pela incapacidade da célula de manter o equilíbrio iônico e a homeostasia de fluidos, em função de falha nas bombas dependentes de energia das membranas celulares. – Quando ocorre em um órgão inteiro, este pode se apresentar pálido, com aumento do peso e turgor. (Robbins & Cotran, 2015) DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA EM PARÊNQUIMA HEPÁTICO Amanda Britto Esteatose hepática ou degeneração gordurosa do fígado é a condição na qual ocorre acúmulo de triglicerídeos dentro dos hepatócitos. – O fígado é o principal órgão envolvido no metabolismos das gorduras, mas a esteatose também pode ocorrer no coração, no músculo e nos rins. – Causas: toxinas (álcool), desnutrição proteica, diabetes mellitus, obesidade e anoxia. – A esteatose hepática pode ser dividida em macrogoticular e microgoticular. (Robbins & Cotran, 2015) DEGENERAÇÃO GORDUROSA - ESTEATOSE HEPÁTICA Amanda Britto Acúmulo anormal intracelular de glicogenio, reversível, conseqüência de desequilíbrios na síntese ou catabolismo do mesmo. O glicogênio é normalmente encontrado nos músculos (0,5 a 1%), no fígado (2 a 8 %), no miocardio, no útero pré menstrual e no gestante, nas células cartilaginosas, nos tecidos fetais, na parótida, na pele, nos rins, nos macrófagos e neutrófilos próximos à focos inflamatórios e em oncócitos (quanto mais indiferenciados forem, maior a quantidade de glicogênio). DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA Amanda Britto Alteração da constituição físico-química dos elementos protéicos, resultando em acúmulo no interior do citoplasma, caracterizado à microscopia de luz, pela presença de material vítreo, amorfo, hialino (róseo), brilhante e róseo. DEGENERAÇÃO HIALINA DE MALLORY EM HEPATÓCITOS NO ALCOOLISMO Degenerações hialinas (DH) Amanda Britto Amanda Britto #04 Lesões Irreversíveis Amanda Britto INTRODUÇÃO A lesão celular irreversível ocorre quando uma célula é submetida a estresse tão intenso que resultam na mortecelular. Isso é causado por apoptose ou necrose. A apoptose é a morte celular controlada que ocorre em resposta ao envelhecimento celular. A necrose é o processo de morte celular ocorrendo devido a um agente físico, químico ou biológico que causa lesão celular irreversível. Amanda Britto A causa da necrose pode ter diferentes etiologias, dentre elas: Agentes físicos: como no caos de ação mecânica, temperatura, efeitos magnéticos, radiação, entre outros. Agentes químicos: dentro deste grupo estão inclusas substâncias tóxicas e não-tóxicas (álcool, drogas, detergentes entre outros). Agentes biológicos: em casos de infecções virais, bacterianas ou micóticas, parasitas, entre outros. Insuficiência circulatória (necroses isquêmicas): São compreendidas no grupo as necroses dos infartos, das úlceras de decúbito e das vasoconstrições. Amanda Britto Necrose é a soma das alterações morfológicas que seguem a morte celular num tecido ou num órgão vivo. Mudanças na morfologia são resultantes de: Desnaturação das proteínas Digestão enzimática das organelas e outros componentes celulares Amanda Britto Tipos de Necrose Necrose de coagulação Necrose de Liquefação Necrose Caseosa Necrose Gordurosa Necrose Gangrenosa Amanda Britto 1-Picnose : o núcleo reduz-se, tornando- se mais arredondado do que o normal, e cora-se mais intensamente pela hematoxilina em virtude da maior acidez em sua massa; torna-se homogêneo, pois a cromatina se transforma em massa única; o núcleo geralmente desaparece. 2-Cariólise: este é o final do processo. Desaparecem, respectivamente, o núcleo e a cromatina. 3-Cariorrexe: a cromatina distribui-se irregularmente, podendo acumular-se em grumos na membrana nuclear; há perda dos limites nucleares. 1 2 3 Amanda Britto Ocorre devido a uma hipóxia ou isquemia em qualquer tecido, exceto o cerebral, que sofre necrose por liquefação. Ela é determinada pela desnaturação das proteínas celulares autolíticas, com o que a célula não é destruída e a arquitetura tecidual é mantida por alguns dias até a digestão e remoção da necrose. Necrose de coagulação Amanda Britto Devido à infecção por agentes biológicos ou por isquemia ou hipóxia no tecido cerebral. A lesão e morte celular são causadas por toxinas produzidas pelos micro-organismos infecciosos ou por processo inflamatório. As células mortas são rapidamente fagocitadas e digeridas. A digestão do tecido necrótico resultará na formação de uma massa residual amorfa, geralmente composta por pus. Necrose de Liquefação Amanda Britto Provocada por isquemia ou pela ação de microrganismos. Pode ser úmida ou seca, dependendo da quantidade de água existente. A forma seca ocorre quando há perdas de líquidos por evaporação, insuficiência de afluxo de líquidos nutrientes, ou quando os tecidos sofrem a ação de determinadas substâncias químicas. Os tecidos apresentam-se secos, duros, escuros e apergaminhados (como as múmias). A forma úmida está associada com a proliferação de germes da gangrena, devido à presença de líquidos nutridores nos tecidos. Exalam um odor pútrido; frequentemente há a formação de bolhas gasosas. Necrose gangrenosa Amanda Britto O tecido necrosado adquire um aspecto róseo e vítreo, semelhante à fibrina. Ocorre em algumas doenças autoimunes e na hipertensão arterial maligna. Necrose fibrinoide Infiltração Fibrinoide Lesão Vascular Grave Amanda Britto Ocorre quando há o extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, o que leva à liquefação dele. É o tipo de necrose que ocorre nas pancreatites agudas. Necrose Gordurosa Amanda Britto Como evolui a necrose? O processo necrótico pode evoluir para cicatrização total, devido à proliferação de tecido conjuntivo-vascular ou gerar ulcerações permanentes ou recidivantes. Os processos necróticos maiores podem se tornar encapsulados pelo tecido conjuntivo que os envolve. Amanda Britto Apoptose - Morte celular programada o Destruição programada de células durante a embriogênese o Involução hormônio dependente de tecidos adultos o Depleção de células de tecidos celulares proliferantes o Morte de células sanguíneas Amanda Britto ● Estímulo: Hipóxia e toxinas ● Histologia: Tumefação cellular, necrose de coagulação, rompimento de organelas. ● Mecanismo: Depleção de ATP, lesão na membrana, danos por RL. ● Reação Tissular: Inflamação Necrose Apoptose ● Estímulo: Fisiológicos e patológicos ● Histologia: Células isoladas, condensação de cromatina, corpos apoptóticos. ● Mecanismo: Internucleossomal, ativação gênica, endonucleases. ● Reação Tissular: Sem Inflamação, fagocitose de corpos apoptóticos. Amanda Britto Amanda Britto ● A lesão celular reversível resulta em alterações morfológicas e celulares que podem reverter se o estresse for removido da célula. ● As células podem retornar ao estado celular normal quando o estresse é retirado. ● Recursos empobrecidos de ATP, inchaço celular e pequenas mudanças nas organelas celulares resultam em lesões celulares reversíveis ● O depósito de gorduras ou desequilíbrios nas concentrações iónicas está envolvido em lesões celulares reversíveis.. Lesão Celular Reversível Lesão Celular Irreversível ● A lesão celular irreversível resulta em morte celular completa. ● As células não podem retornar ao estado normal, mesmo que o estresse seja retirado. ● O esgotamento total de ATP, danos celulares mecânicos, danos ao DNA, destruição total da homeostase de cálcio e morte celular resultam em lesões celulares irreversíveis. ● A apoptose ou necrose ocorre em lesões celulares irreversíveis. Amanda Britto #05 Fontes KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. (https://www.infoescola.com/citologia/lesoes-celulares/) SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "DNA"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/dna.htm. Acesso em 19 de abril de 2020. Brasileiro Filho, G. – Bogliolo Patologia Geral, 6a edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. MATOS, A. B.; TURBINO, M. L.; MATSON, E. Efeito das técnicas de microabrasão no esmalte: estudo em microscopia eletrônica de varredura. Rev Odontol Univ São Paulo, v. 12 , n. 2 , p. 105-111 , abr./jun. 1998. (Hipoplasia) KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.F.; ASTER J.C. Robbins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 8ª ed., Rio de Janeiro-RJ; Editora Elsevier, p 03-42, 2010; ABCMED, 2014. Necrose: definição, causas, tipos, evolução. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/553812/necrose+definicao+causas+tipos+ evolucao.htm>. Acesso em: 22 abr. 2020. http://anatpat.unicamp.br/lamdegn20.html http://anatpat.unicamp.br/lamgin1.html Metaplasia https://www.ufrgs.br/patologiageral/ https://biomedicinaestetica.com.br/nariz-necrosado/#.XqCPzchKibg http://www.medicina.ufba.br/patologia_i/microscopia/neccoag.htm http://patologia.medicina.ufrj.br/index.php http://anatpat.unicamp.br/lamuro20.html Imagens: Google imagens. FONTES https://www.infoescola.com/citologia/lesoes-celulares/ http://anatpat.unicamp.br/lamdegn20.html http://anatpat.unicamp.br/lamgin1.html https://www.ufrgs.br/patologiageral/ https://biomedicinaestetica.com.br/nariz-necrosado/#.XqCPzchKibg http://www.medicina.ufba.br/patologia_i/microscopia/neccoag.htm http://patologia.medicina.ufrj.br/index.php http://anatpat.unicamp.br/lamuro20.html THANKS! Obrigada professor e todos as fontes de pesquisa presentes nesse trabalho pela oportunidade adquirir mais conhecimentos e conseguir construir uma junção de várias informações em um só lugar.
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